segunda-feira, 23 de setembro de 2019

Para ler e pensar...







"A abstenção não se combate com posts dizer a “eu já votei”. 
A abstenção não se combate com posts publicados na véspera e no dia das eleições a fazer o elogio do voto. 
A abstenção não se combate a apontar o dedo a quem não vota, a enumerar culpados. 
As pessoas que se abstêm não o vão deixar de fazer por vergonha ou culpa. Ou para não parecer mal aos que têm a atitude certa, correcta. As pessoas que se abstêm poderão deixar de o fazer se houver uma discussão politica que os envolva nos 4 anos que antecedem as eleições. E, acima de tudo, se desde cedo, sim, muito cedo, forem despertados em casa, na escola, para a vida política. Para uma consciência de que o voto é um direito precioso e um dever ainda maior. Não se cria um leitor por se lhe apontar o dedo, dizendo em tom paternalista: “ah, tu não lês, és preguiçoso, não queres saber e por isso não és merecedor de uma coisa qualquer”. Cria-se um leitor dando-lhe livros para as mãos desde cedo, cria-se um leitor em casa de pais leitores, dando o exemplo. 
Demora tempo, exige espera, dedicação e, acima de tudo, crença no outro. Na política é a mesma coisa.
Já agora, para que não haja dúvidas, eu voto."

1 comentário:

CeterisParibus disse...

De 8,5% ( 1975 ) a 44,1% ( 2015 )*

Acho que as democracias verdes são menos abstencionistas que as maduras. Os peritos ( pessoas casadas )dizem ou acham o mesmo dos casamentos. E como diz um amigo meu, apenas 5% da população se preocupa em perceber a gestão da cidade ( ou do país ). A ser assim, só percebo o acto de votar dos outros 50%, como sendo a força do hábito ou a obrigação da simpatia ou filiação partidária. E assim sendo...

P.S. Tu sabes caralhete, que é apenas uma opinião sem nada de científico, para além dos números citados, os quais vêm de entidade oficial e obedecem a métricas.

*Dados Pordata.