quinta-feira, 12 de setembro de 2019

Ou Vai Ou Racha...

Mensagem de José Elísio Ferreira de Oliveira quanto às celebrações da freguesia de Lavos e dos 500 anos do foral.

"CONSTATAÇÕES
Nunca fui homem, nem jamais serei, de atirar a pedra e esconder a mão. Sempre aceitei a crítica quando séria e frontal, e nunca a deixei de fazer sempre que me parece ser meu dever fazê-la. Às claras!
Assinando sempre por baixo.
Tivemos recentemente em Lavos um acontecimento que se reputava de grande momento cívico, cultural e histórico – o assinalar da passagem dos 500 anos de Foral Novo concedido, em Évora, por El-rei D.
Manuel I.
Era o momento ideal, um momento único, para que a nossa Autarquia fizesse um esforço supremo para unir os Lavoenses e os diversos lugares da Freguesia. Infelizmente a Autarquia enveredou por outros caminhos. Manteve-se na senda do divisionismo, do confronto partidário e da afronta menor e desnecessária
e, o resultado desta forma de actuar foi que aquilo que poderia ter sido um êxito foi um fiasco, na minha opinião. Ora então vejamos.
A Junta de Freguesia e a Comissão Organizadora, ao não escolherem o Largo dos Armazéns ou o Largo da Igreja para a realização da celebração dos 500 anos de Foral, logo admitiram temer o fracasso enfiando o evento naquele espaço exíguo e ainda parcialmente ocupado pelas barracas e cenários. Aí pouco mais de uma centena de pessoas já lhe emprestava um ar digno. Foi o primeiro fiasco!...
O Desfile Quinhentista, que era sem dúvida um dos momentos altos do Programa, teve umas duas dezenas de figurantes a desfilar por algumas ruas de Santa Luzia que, aliás, estavam praticamente desertas à sua passagem. E nas janelas apenas uma mão cheia de colchas…. Foi um fiasco!...
A Ceia Manuelina, que deveria ser outro momento alto, não registou a presença de pessoas com inscrições e a mesa acabou ocupada pelos elementos do grupo que foi contratado e pago para animar o acto.
Outro fiasco!…
Na Missa Campal, que deveria ter sido outro momento alto, estiveram tantos ou menos fieis do que habitualmente na missa dominical que se celebra na Igreja Matriz. Mais um fiasco!...
A única coisa que esteve razoável, pelo menos do ponto de vista de campanha eleitoral, foram os jantares nas tasquinhas; um número razoável de pessoas ali foi, comeu e foi embora. É claro que as colectividades (apenas 4 das 9 que há na Freguesia) é que “safaram” a situação e, destas quatro, algumas até lá estiveram por serem masoquistas, pois quanto mais “porrada” levam da Junta de Freguesia, mais disponíveis estão para “alinhar”. Aqui tenho que tirar o chapéu à Senhora Presidenta da Junta. Segue a política que, um dia, um Senhor Presidente da Câmara da Figueira da Foz me recomendou. Dizia-me ele: - “Você não pode dar tudo o que lhe pedem. O povo quer um pão numa mão e um chicote na outra.” Nunca alinhei nesta
filosofia mas, se calhar, o homem até tinha razão.
Até à próxima!.."

José Elísio Ferreira de Oliveira

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