quarta-feira, 22 de maio de 2019

Para a história da oposição na Figueira

Imagem sacada do Diário as Beiras
Há muitos anos que a oposição na Figueira é uma ficção democrática.
A opinião pública despreza-a. O poder ignora-a. E o concelho lembra-se dela, em momentos particulares, quando se quer vingar do poder  que, mais uma vez, o enganou. Até lá, a oposição vegeta, entregue a meia dúzia de entusiastas que se arrastam pela paisagem, sem meios, sem apoios e sem vozes “autorizadas”,  que se dignem dar a cara por uma alternativa credível.
Na Figueira está a acontecer o normal: ao contrário do que a expressão indica, o líder da oposição, no presente Carlos Tenreiro, não é um líder, é uma figura ornamental do regime, uma sombra esbatida do presidente de câmara, com um estatuto diminuído e um raio de acção diminuto.
Num concelho pequeno, onde as oportunidades são escassas, o líder da oposição, ainda por cima sem a cofiança política do partido de que é militante, prefere ter boas relações com o poder a corporizar ou a dar apoio a uma oposição que tem apenas a oferecer um futuro remoto e nada prometedor.
O resto, as diferenças ideológicas e as alternativas políticas, não existe. O resultado salta à vista: um discurso estudado e cuidadoso que não assusta o poder e nem o compromete. Perante isto e para concluir,  tenho sérias dúvidas de que a oposição, apesar das condições adversas, faça melhor nos próximos dois anos.
O presdente Carlos Monteiro tem a passadeira vermelha estendida para ganhar as autárquicas de 2021. Basta manter-se no registo actual: a mediocridade da política concelhia que temos.

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