"A anunciada saída de Francisco Louçã da liderança do Bloco e a sua substituição por uma direcção bicéfala, constituída por um homem e uma mulher, corresponde à necessidade de equilíbrios internos, mais do que a “exigências do século XXI”. Nestes 13 anos, a imagem exterior do Bloco foi construída sobretudo por Francisco Louçã e Miguel Portas. A saída de cena do primeiro e o desaparecimento prematuro do segundo, por um lado, e a previsível disputa entre o PS e o PSD nas próximas legislativas, o que leva sempre ao “voto útil”, podem marcar definitivamente os limites eleitorais em que o Bloco se vai mover no futuro."
A pergunta é:
Está o Bloco bloqueado?
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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