terça-feira, 21 de agosto de 2012

A minha Aldeia


Imagem sacada daqui
A minha Aldeia continua, o que, neste momento, constitui um milagre.
Apesar de todos os problemas que a  abalaram  e consumiram no passado recente, foi capaz  de resistir, de   sobreviver, de continuar.
A  paisagem já desmesurada, fruto de um crescimento mal planeado, levado a cabo por  autarcas rendidos ao peso da demografia, simboliza as fragilidades da minha Aldeia: cultura deficiente, marginalização,  opressão, esquecimento das raízes, passividade identitária, carência e dificuldade de relacionamento entre o poder e o cidadão.
Cova-Gala, a minha Aldeia, apesar de tudo isso, continua a ser  a melhor Aldeia do mundo.
Pelo menos para mim.
Aceito que, para outros, esta minha  opinião possa ser discutível e controversa, por ter a ver  com um sentimento irracional.
Como diria Alberto Caeiro:
DA MINHA ALDEIA vejo quando da terra se pode ver no Universo....
Por isso a minha aldeia é grande como outra qualquer
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura...

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