O património do centenário Grupo Caras Direitas vai minguar, com a alienação judicial do pavilhão desportivo, inaugurado em 1 de Dezembro de 1982 numa cerimónia presidida pelo Ministro das Obras Públicas de então, Eng. Viana Baptista.
Segundo o jornal As Beiras, “o vereador das Colectividades, António Tavares, garante que a câmara nada pode fazer para ajudar o Caras Direitas a ultrapassar este episódio negro da sua história.”
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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