Há poucos dias, mais precisamente no passado dia 17 do corrente, Alberto João Jardim, esse grande e educado democrata, completou 30 anos no cargo de presidente do Governo Regional da Madeira.
Em democracia é uma proeza. Mas, ao contrário do que muita gente pensar, não tão extraordinária como à primeira vista possa parecer.
A receita, acreditem, até nem exige tantos condimentos como isso: dose q. b. de caciquismo, criação de uma clientela amorfa e interesseira, com a atribuição de subsídios, distribuição de alguns “tachos” e, claro, formalização de negócios dependentes do poder. Tudo isto bem regado por um centralismo asfixiante e temos o caldo completo.
Para apurar o “petisco”, juntam-se uns métodos políticos terceiro mundistas ...
A receita, é conhecida e é esta. E está a ser aplicada em muita localidade perto de nós. Também no continente.
Alberto João Jardim, por enquanto, é o “rei”, mas há quem esteja a caminho de o destronar ...
No Portugal democrático, é bom que se tenha a noção de que Alberto João Jardim não é o único cacique empoleirado num poder que parece perpétuo.
É apenas o mais visível.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
2 comentários:
Ai esse amor ao Simão.
Já começo a pensar que isso é mesmo amor para sempre.
Ou é muito amor ou muita inveja, muita mesma.
Se fosse amor digo que és gay, que tenho a certeza.
Mas se for inveja digo que é muita inveja meu querido.
Um beijo lindo--
Hoje, por ser dia de páscoa, fiz-lhe, finalmente a vontade: publiquei um dos seus inenarráveis comentários, onde pode dar publicamente testemunho do seu atraso a vários níveis - nomeadamente mental.
Não se preocupe porque isso ainda não é assim tão grave. Acredite que há coisa pior, muito pior.
E essa tragédia também já o atingiu a si: é o que morreu dentro de si enquanto pensa que ainda está vivo.
Enviar um comentário