"Numa definição ampla, corrupção política significa o uso ilegal - por parte de governantes, funcionários públicos e agentes privados - do poder político e financeiro de organismos ou agências governamentais com o objectivo de transferir renda pública ou privada de maneira criminosa para determinados indivíduos ou grupos de indivíduos ligados por quaisquer laços de interesse comum – como, por exemplo, negócios, localidade de moradia, etnia ou de fé religiosa."
Numa altura em que os casos de suspeitas de corrupção marcam a actualidade, “o número de detidos por corrupção nas cadeias portuguesas não ultrapassa as 22 pessoas”.
Segundo o Correio da Manhã, “a única explicação para esta situação é a grande influência dos grandes corruptos nos aparelhos partidários e na produção legislativa”.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
"Vós deveis saber que um deputado deve ser um homem que não só represente um corpo de doutrina política, mas também tenha dotes intelectuais e científicos indispensáveis para defender essa doutrina" Manuel de Arriaga em panfleto eleitoral de 1881 e contínuo, referindo um texto que ando a ler de João Gabriel intitulado "Confidencial. A década de Sampaio em Belém", e diz assim " uma parte, porventura, demasiado significativa, dos nossos parlamentares não justifica o lugar que ocupa. Muitos não sabem sequer as necessidades do círculo que os elegeu e, no entanto, legislatura após legislatura o cenário repete-se num ritual perturbador onde as caras são as mesmas. [...] os partidos encheram-se de gente sem profissão que se vai deixando mediocrizar, onde alguns se eternizam, pela simples razão que não têm lugar fora destes. Isso não aceitável." Tirando este aparte e se reflectirmos nestas palavras dirigidas aos deputados nacionais, quando transportadas para o denominado poder local elas transformam-se numa equação que multiplica as deficiências encontradas ao nível do parlamento por mil, salvo obviamente algumas, poucas e honrosas excepções. Mas que no fundo não causam mossa no sistema geral. Esses são normalmente os que se afastam para não serem conotados com o sistema que os rege. Os melhores desaparecem e ficam os ... Perdoem-me mas não vou apelidar ninguém daquilo que me apetece agora chamar-lhes!
É pá, deixa-te mardas e lê mas é coisa de jeito.
Onde é que queres ir com leituras dessas'
Candidatar-te a presidente para enganar mais uns parvos? vai mas é trabalhar.
Enviar um comentário