Luisa Mesquita: traíu ou foi traída?
“O PCP de Santarém assumiu ontem - com a ratificação dos organismos executivos - a expulsão de Luísa Mesquita do partido invocando a "grave violação" dos estatutos partidários e a quebra de compromissos assumidos.”
O que ganhou o PCP?
Aparentemente nada. Luisa Mesquita dixit em Outubro 29, 2007: "O PCP tem a vantagem de continuar como terceira força política e de impedir que eu me pronuncie e que eu efectivamente trabalhe. E, ao mesmo tempo, não se promove a expulsão, porque ao promover a expulsão eu teria condições para trabalhar de forma independente".
Para quê então a expulsão? Isso é um assunto interno do PCP. Como não sou militante deste, nem de nenhum Partido, não conheço obviamente pormenores que deverão ser importantes.
Todavia, vinda de quem vem, "esta indignação com a expulsão de Luisa Mesquita não deixa de ser comovente”...
Revela, no mínimo, uma santa ingenuidade!..
Deviam era ficar contentes por o PCP expulsar gente! Assim são cada vez menos!...
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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