O mundo que temos é este em que vivemos. Portanto: «não importa para onde tentamos fugir, as injustiças existem em todo o lado, o melhor é encarar essa realidade de frente e tentar mudar alguma coisa.» Por pouco que seja, sempre há-de contribuir para aliviar...
domingo, 26 de agosto de 2007
Eduardo Prado Coelho
"Tornamo-mos amigos de pessoas que não conhecemos, porque um dia descobrimos um livro delas". EPC
Quando se diz que o Sporting é um clube das elites, isso também tem muito a ver com o facto de ter adeptos e simpatizantes intelectuais como EPC, sem pejo de assumir que gostam de futebol e que têm um clube. EPC, que cultivava uma atitude aristocrática, não tinha preconceitos pseudo-intelectuais. Era capaz de escrever sobre o “nosso” Sporting e, mesmo assim, ser lido por quem detesta futebol. Porque quando escrevia sobre futebol abordava o fenómeno como uma pessoa normal. Com coração, cabeça e estômago. Também por isso, sendo um homem assumidamente de esquerda, chegando, às vezes, a escrever como se de um “spin doctor” do PS se tratasse, era lido e respeitado em todos os quadrantes políticos. Porque era livre nas suas escolhas, nos seus elogios e nas suas críticas. Desde a fundação do jornal “Público”, em 1990, EPC escrevia diariamente sobre as grandezas e as misérias da cultura, da política e da sociedade portuguesas, a partir dos episódios do quotidiano. Tinha amigos de estimação. E inimigos também. Como qualquer ser humano marcante.
Para além dos justos elogios post-mortem ao EPC, é curioso lembrar a sua ligação à Figueira, de onde são naturais duas das mulheres com quem viveu: Teresa Coelho e Mª Manuel Viana. Também EPC foi assíduo frequentador do Festival de Cinema dos tempos aureos onde, aliás, chegou a fazer parte do Júri do certame.
O que a gente mais gosta é de elogios funebres. Se o homem tivessse sido corrido d' "O Público", como outros foram, não teria tido estes elogios todos, embora o seu valor como homem, como pensador, como intelectual seria, sem dúvida, o mesmo.
3 comentários:
Quando se diz que o Sporting é um clube das elites, isso também tem muito a ver com o facto de ter adeptos e simpatizantes intelectuais como EPC, sem pejo de assumir que gostam de futebol e que têm um clube. EPC, que cultivava uma atitude aristocrática, não tinha preconceitos pseudo-intelectuais. Era capaz de escrever sobre o “nosso” Sporting e, mesmo assim, ser lido por quem detesta futebol. Porque quando escrevia sobre futebol abordava o fenómeno como uma pessoa normal. Com coração, cabeça e estômago. Também por isso, sendo um homem assumidamente de esquerda, chegando, às vezes, a escrever como se de um “spin doctor” do PS se tratasse, era lido e respeitado em todos os quadrantes políticos. Porque era livre nas suas escolhas, nos seus elogios e nas suas críticas. Desde a fundação do jornal “Público”, em 1990, EPC escrevia diariamente sobre as grandezas e as misérias da cultura, da política e da sociedade portuguesas, a partir dos episódios do quotidiano. Tinha amigos de estimação. E inimigos também. Como qualquer ser humano marcante.
Para além dos justos elogios post-mortem ao EPC, é curioso lembrar a sua ligação à Figueira, de onde são naturais duas das mulheres com quem viveu: Teresa Coelho e Mª Manuel Viana. Também EPC foi assíduo frequentador do Festival de Cinema dos tempos aureos onde, aliás, chegou a fazer parte do Júri do certame.
O que a gente mais gosta é de elogios funebres.
Se o homem tivessse sido corrido d' "O Público", como outros foram, não teria tido estes elogios todos, embora o seu valor como homem, como pensador, como intelectual seria, sem dúvida, o mesmo.
Enviar um comentário