quinta-feira, 11 de janeiro de 2007

O que é que a Figueira tem contra a lampreia?



Janeiro a Abril são, por excelência, os meses da lampreia.
De captura e de degustação. Considerada uma praga nos Estados Unidos e Canadá, a lampreia é um dos petiscos mais caros e mais apreciados da gastronomia portuguesa.
É nas chamadas zonas tradicionais da pesca de lampreia, como o rio Mondego, que a podemos encontrar com facilidade e onde é consumida em doses consideradas “industriais”.Os empresários da restauração chegam a facturar, nesta altura, quase tanto como no resto do ano.
Curiosamente, porém, no concelho da Figueira e na Freguesia de São Pedro, onde algumas dezenas de pescadores se dedicam à sua captura, que saibamos, não existe nenhum restaurante especializado na confecção deste “petisco”.

Já Montemor-o-Velho, aqui mesmo ao lado, como se pode ver no site http://www.cm-montemorvelho.pt/, valoriza a lampreia.
A realização do “festival da lampreia” em Montemor-o-Velho, vai trazer ao Baixo Mondego no próximo mês de Março, entre os dias 2 e 11, milhares de visitantes.
A lampreia em Montemor, assume-se assim como um importante factor de desenvolvimento da economia local, numa altura do ano em que o turismo se encontra a viver a chamada “época baixa”.

E na Figueira, concelho onde na zona centro é pescada a maior quantidade do tão apreciado ciclóstomo, passa-se alguma coisa para tentar combater a sazonalidade turística?
Por cá, vamo-nos entretendo com algo que ainda não passa de um ideia do vereador Lídio Lopes, que “poderá ser parecido com a Europa dos Pequeninos, um projecto que, em tempos, a Fundação Bissaya Barreto tentou materializar em Aveiro, mas que caiu por terra devido a um conjunto de circunstâncias”...
Tenhamos confiança: a ideia está a ser analisada pelo presidente da câmara “com interesse”. “Estamos a pensar no assunto, sendo certo que há interesse em criar um parque temático que junte a vertente recreativa e o conhecimento”, disse Duarte Silva ao jornal as Beiras...

De recordar, que a Figueira da Foz, ainda no ano passado, foi palco do Festival de Peixes Tradicionais, certame esse que decorreu entre 16 e 27 de Março e contou com a participação de muitos restaurantes do concelho. O certame, organizado pela empresa municipal Figueira Grande Turismo (FGT) e pela delegação local da Associação de Restauração e Hotelaria do Centro (ARHC), teve por objectivo «divulgar a gastronomia regional e promover o consumo de peixe», numa zona em que a pesca representa uma importante actividade económica. Assim, os apreciadores puderam encontrar diversos pratos com base em peixe e outros produtos do mar, como solha, faneca, cação, chocos e lulas, acompanhados de iguarias como migas, arroz malandro, açorda ou feijão frade, entre outras. O festival pretendeu também contrariar os efeitos da época baixa, dinamizando a cidade e os restaurantes locais e contribuindo para afirmar a Figueira da Foz a nível gastronómico e da qualidade do peixe da zona.
O que é que a Figueira tem contra a lampreia?

9 comentários:

Anónimo disse...

Em Portugal, a lampreia é comida sobretudo em arroz de lampreia, com uma confecção próxima da cabidela, e à bordalesa, um guisado normalmente acompanhado de arroz. Alguns restaurantes e casas fazem-na também assada no espeto. A lampreia é comida de finais de Janeiro a meados de Abril.
BOA QUESTÃO.
«O que é que a Figueira tem contra a lampreia?»
Um abraço

Anónimo disse...

A Figueira é uma cidade aristocrática, não precisa de fazer valer as suas valências! Para quê ? Os verdadeiros aristocratas sabem onde podem comer na lampreia...onde...onde NA FIGUEIRA DA FOZ...pois está CLARO, Claríssimo! Enfin!

Anónimo disse...

A Figueira não tem nada contra a lampreia. Os figueiredos, sim e o resto da malta fandanga, também.
Então como se passa directamente da pesca, sem ir à Lota, para o bolso dos intermediários do costume, a coisa atinge tal preço que o melhor é ir a Montemor ou à Ereira. Ali sim, come-se Lampreia bem confeccionada e a preços justos. Aqui rouba-se o Estado não levando o pescado à Lota, o pescador auto-rouba-se ao ir levar o produto ao ladrão e depois rouba-se quem quer comer lampreia e cai na asneira de ir ao restaurante.

Anónimo disse...

tó (da lota):

E onde é que os de Montemor ou da Ereira vão comprar a Lampreia?
à lota?
Já vi que tá a leste do paraíso...
É só areia pros olhos dos incautos...
Sabe alguma coisa das condições (isto é, da falta delas) que a lota tem para transaccionar lampreia?
Sabe? Mas sabe mesmo?
A lota é a sua especialidade...

Anónimo disse...

Este tó (da lota) é mesmo uma sumidade...
Então é na lota que os da Ereira e de Montemor vêm comprar as lampreias?...
Você nem a lota conhece... SERÁ QUE EXISTEM CONDIÇÕES PARA MANTER AS LAMPREIAS VIVAS NA LOTA?
Diga-me você que é o dono de muita coisa. será que também é da lota e nem sabe como funciona o que é seu!...

Anónimo disse...

Martinha e zé dos percebos:
O que eu não defendo é o facto de porque a Lota não tem condições de manter lampreias vivas, os pescadores vão entregá-las de mão beijada aos intermediários. Se a martinha e zé dos percebos são associados nessas negociatas, é o transparece da reacção.
Continuem, pois, a engordar à custa do trabalho do pescador deixando este no estado habitual.

Anónimo disse...

tó (da lota)
Cu migo não vale a pena...
Troca, interpreta mal deturpa tudo...
Alguém defendeu a candonga?
No meu tempo valia mais uma terceira classe do que ser eng. ou prof, ginastica....

Anónimo disse...

oh tó (da lota) o ze dos percebos é pescador, não é "chulo"...

Anónimo disse...

Desculpem me a intromissão, apenas para dizer que a Docapesca, embora sendo o organismo oficial para a correcta venda e transação do pescado não está a zelar pelos interesses dos pescadores, senão vejam-se e analisem-se os preços de venda na lota e os preços praticados pelos revendedores! A disparidade existente leva à fuga, a necessidade de um maior controle dos preços da venda em lota e do preço praticado no mercado, permitiria uma maior mais valia para o pescador e uma diminuição dos lucros dos revendedores e um preço mais justo ao consumidor.