António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
sexta-feira, 5 de janeiro de 2007
2 comentários:
Anónimo
disse...
há bancos que recusam abrir contas a desempregados ou pessoas sem profissão. Não nos bastava que muitos bancos fossem já, eles próprios, agentes directos e/ou indirectos de desemprego, para além de motores directíssimos do endividamento dos portugueses (mediante campanhas de desinformação que estão a colocar a corda no pescoço de muita gente) - e agora temo-los como agentes de exclusão social, papel que, diga-se de passagem, lhes assenta como um fatinho bem talhado. Socialmente a situação é grave. Não nos esqueçamos de que um cidadão sem conta bancária não pode ter cheques nem cartão “Multibanco”, o que o impedirá de aceder a muitos dos bens e serviços que a sociedade deveria proporcionar a todos... Correrá ainda o risco de ser olhado com desconfiança por muitos dos seus concidadãos, pois – como todos sabem – há muita gente que não usa cheques ou cartões porque está impedido por decisão judicial. isto será globalização ou glebalização?...
2 comentários:
há bancos que recusam abrir contas a desempregados ou pessoas sem profissão. Não nos bastava que muitos bancos fossem já, eles próprios, agentes directos e/ou indirectos de desemprego, para além de motores directíssimos do endividamento dos portugueses (mediante campanhas de desinformação que estão a colocar a corda no pescoço de muita gente) - e agora temo-los como agentes de exclusão social, papel que, diga-se de passagem, lhes assenta como um fatinho bem talhado.
Socialmente a situação é grave. Não nos esqueçamos de que um cidadão sem conta bancária não pode ter cheques nem cartão “Multibanco”, o que o impedirá de aceder a muitos dos bens e serviços que a sociedade deveria proporcionar a todos... Correrá ainda o risco de ser olhado com desconfiança por muitos dos seus concidadãos, pois – como todos sabem – há muita gente que não usa cheques ou cartões porque está impedido por decisão judicial.
isto será globalização ou glebalização?...
Estão falar dos glebos da gleba? A glebe e a aristocracia operária sempre me divertiram bué!
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