Foto: PEDRO CRUZ
Os actuais vereadores do PS na Câmara Municipal da Figueira da Foz desejam critérios e transparência no apoio às colectividades.
Por isso, na última reunião do executivo camarário, apresentaram uma proposta Regulamento Municipal de Apoios ao Associativismo.
A proposta foi rejeitada, com o voto de qualidade do Presidente da edilidade, eng. Duarte Silva.
Mas, afinal, que visava, se fosse aprovada, a proposta regulamento do vereador do PS António Tavares?
A resposta é simples: “racionalizar recursos, clarificar publicamente as normas e imprimir rigor, transparência e empenho da autarquia”, são os objectivos declarados.
O documento apresentado, “é um exaustivo elencamento de normas, que cobrem todas as actividades do movimento associativo (desde acções pontuais à cedência de transporte, passando por obras, aquisição de equipamentos ou viaturas, formação, edição, etc.). Em paralelo, são definidos os critérios a adoptar, quer para avaliação da dinâmica e capacidade organizativa das associações quer para os apoios propriamente ditos.”
Em palavras simples: para quem anda (ou andou) pelo associativismo, ver clarificarados os critérios das ajudas às depauperadas Colectividades.
Naturalmente, o actual poder camarário está contra.
José Elísio, o vereador do pelouro, “discorda total e frontalmente de boa parte das considerações feitas pelo vereador António Tavares".
As explicações: “por um lado, os apoios que a câmara dá não têm sido contestados”
(pergunta-se: e o que aconteceria, no futuro, a quem tivesse a ousadia de contestar?);
“por outro lado, a câmara não quer, nem pouco mais ou menos – como interpreta da proposta do PS–, imiscuir-se na vida das colectividades, ao ponto de controlar o que fazem, por que fazem, como fazem e quanto gastam e não gastam com cada parcela”
(quer dizer: o melhor critério continua a ser o amiguismo, os contactos pessoais, as cumplicidades partidárias, o oportunismo eleitoral. Mas isto, agora, é como sempre foi!.. Lembram-se?).
Certo, certo, no actual estado de coisas, é que, como disse António Tavares, “a Câmara não tem critérios que se conheçam, na atribuição de subsídios a colectividades”
Em última análise, prevalece a "vontade discricionária do vereador”.
Pergunta final.
Quando for poder na Câmara Municipal da Figueira da Foz, será que o Partido Socialista fará aprovar alguma vez uma proposta que cumpra os objectivos do vereador António Tavares?
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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11 comentários:
Quando o PS estiver no poder fará exactamento o q o PSD agora faz e o PSD fará oposição, tal como o PS agora.
A porcaria será a mesma e provavelmente com os mesmos actores.
Resta saber se a assistencia critica de agora também o será quando os homens do PS estiverem a fazer asneira.
Como será?
O Associativismo não é uma coisa menor.
O Associativismo não é um mero passatempo.
O Associativismo é uma ferramenta importante para a construção duma verdadeira Democracia.
O Associativismo exige trabalho, reflexão e criatividade.
O Associativismo, e quem a ele dedica boa parte dos seus tempos livres, merece respeito de quem conjunturalmente se encontra no poder.
O Associativismo, como espaço de construção de Liberdade, merece ser tratado com lisura e transparência.
O Associativismo, como actividade nobre que é, nunca deveria ser utilizado como moeda de troca na caça ao voto pelos políticos.
O Associativismo deveria merecer sempre o interesse e o apoio de que é alvo em campanhas eleitorais.
Tenho dito.
O concelho da Figueira em quantidade tem muitas colectividades E a qualidade e quantidade do seu trabalho?... Acompanha?
Isso seria uma boa reflexão para a Câmara, em especial para o vereador da tutela.
Seria de todo desejável que as colectividades do nosso concelho possuíssem infra-estruturas e apoios de nível para desenvolverem o seu trabalho com maior autonomia.
As colectividades precisavam é de “cana para pescar”.
Mas um associativismo forte não seria uma ameaço ao caciquismo?.....
A subsídio-dependência é uma armadilha para as colectividades, mas é eficaz para os pequenos politicos que temos.
Mas é uma armadilha .... Perigosa. As colectividades que se habituaram a “mamar” para crescer e sobreviver, não têm futuro.
O futuro o dirá.
CONTESTAR CONTESTAR E CONTESTAR.
ALGUÉM TEM MEDO DE CONTESTAR?
NEM UM BURRO TEM MEDO DE CONTESTAR MESMO SABENDO QUE LÁ VEM VERGASTADA!
CONTESTAI, CONTESTAI FIGUEIRENSES!
O vereador Zé Elisio é uma caricatura mal amanhada do que deve ser um dirigente de um órgão autárquico eleito pelo Povo. Faria uma boa carreira à sombra do Alberto João Jardim e seus métodos caciquistas e alarves.
Mal está a Figueira quando está à mercê de criaturas como o Elisio!
o que?
o pernas é fixe pá...
o pernas é fixe................... e o resto que se lixe
A que propósito é para aqui chamado o vereador Elísio?
Sendo o vereador da limpeza, higiene e esgotos, o que tem a ver com as colectividades?
Ou será que tem?
Terá também alguma coisa a ver com parvos?
Bem, ou sou mesmo muito burro, ou o PS esteve mesmo quase 20 anos (vinte)na CMFF?
Mas brincamos aos tavareszitos ou quê?
chega, caraças!!!!!!!!!
Lá por o Salazar estar quase 40 anos no governo não quer dizer que, pela tradição, tenhamos que viver na ditadura! Felizmente há evoluções e progressos!
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