sábado, 9 de setembro de 2006

Salgado figueirense: o futuro continua uma “incógnita”

Fotos: PEDRO CRUZ



As marinhas de sal fazem parte da história, da cultura e da paisagem da Figueira da Foz. Desde os primórdios da nacionalidade, até um passado recente, a exploração do sal no Estuário do Mondego constituiu uma das principais actividades económicas do nosso concelho.
Na nossa Freguesia, a produção de sal também chegou a ser importante.
Nos dias de hoje, porém, a exploração das salinas está em declínio: poucas restam em funcionamento.
Embora não haja falta de sal, existem graves problemas de escoamento. Há muitas toneladas do produto armazenadas nos barracões.Há mesmo quem acredite, que a concorrência estrangeira acabe por, mais cedo ou mais tarde, liquidar o salgado da Figueira. Uma indústria, recorde-se, que ainda não há muitos anos atrás, deu trabalho a mais de 2000 pessoas e onde se chegou a obter bom dinheiro.
No presente, porém, o panorama é desolador: trabalham no sector poucas dezenas de pessoas. Entristecidos com a "morte lenta" da secular actividade, os poucos marnotos que ainda resistem, criticam a ausência de apoios do Estado.

Em Fevereiro passado, a Figueira da Foz recebeu o "I Encontro Nacional de Produtores de Sal Marinho Artesanal".
O acontecimento, tido como "histórico" pela organização, juntou produtores de sal marinho artesanal dos diferentes salgados portugueses.
A iniciativa, integrada numa "estratégia concertada dos vários produtores do espaço Atlântico, envolvidos no Projecto INTERREG SAL, como a França, a Espanha e Portugal”, serviu para discutir os problemas do sector.
A constituição de um grupo de trabalho que, espera-se, dê origem à Federação Portuguesa de Produtores de Sal Marinho Artesanal, foi a medida mais mediática que saiu deste primeiro encontro, que reuniu cerca de 70 produtores de sal de todo o País.
A legislação adequada e a certificação do sal marinho produzido por meios artesanais, foram alguns dos temas mais debatidos por diversos especialistas. Deste encontro saiu nomeado um grupo de trabalho constituído por três elementos: da Fozsal, José Canas, da Tradisal (Algarve) Jorge Moura, e um representante do Salgado de Aveiro. A coordenação ficou entregue a Renato Neves, o coordenador nacional do projecto Interreg Sal.
Na oportunidade, Teresa Machado, vereadora da Câmara Municipal da Figueira da Foz, mostrou-se optimista com a evolução do salgado na Figueira da Foz, “garantindo que o processo de certificação está a decorrer e deverá estar concluído ainda este ano.“
Por outro lado, dado que o declínio da actividade levou a um progressivo abandono ou transformação das salinas, a Câmara Municipal da Figueira da Foz adquiriu em 2000 uma salina, denominada Corredor da Cobra, onde foi instalado um núcleo museológico relativo à produção do sal.

Por este ano, a safra está quase no fim. Para o ano logo se vê.
Entretanto, o futuro do salgado figueirense continua uma "incógnita".

7 comentários:

Anónimo disse...

os barracões do sal dão uma salas impecáveis para grandes tainadas...não estraguem isto OK... Queremos lá saber da história do sal..Promto está bem contem la isso às pessoas mas não chateiem..um tipo só quer um lucal para comer umas tainadas e amis nada.Ok? até nem somos contra o Sal, nem contra nada nem ninguém desde que a fiscalização não venha aqui meter o bedelho...né! é pá ate eramos capazes de os convidar para cá virem, mas despois voçes botavam tudo ai na internet e ia ser o cabu dos travalhos.Na aabem mas é la com a coisa do Sal e do salgado que ele está por nossa conta.Olhem falem de outras coisas..por exemplo que tal convidarem as FARC para uma visita à freguesia!

Anónimo disse...

O salgado era tão importante que até condicionou a fronteira da nossa freguesia! ... Lembram-se? ...
O Pernas, sempre um mestre na arte de manipular, sabe melhor do que ninguém! ...
O lavoeiro da nossa junta também sabe!... Oh larilas.....

Anónimo disse...

É assim mesmo que a coisa está bem.
Já que a actividade não é rentável e ninguém se quer estafar a carregar jigas de sal, o melhor é apoiar os ultimos carolas que exercem essa actividade.
É pedir uns apois à União e vigiar bem, não vá o dinheirito ir para Mercedes e piscinas em vez do sal.E para administradores também.
De resto é como diz o Capitão do Salsalgado, é não fazer muito ruído, que a malta quer é sosego e uns petiscos. Boa!

Quanto à vinda das FARC até ao salgado, acho que seria uma boa ideia porque talvez refinassem bem o sal e o vendessem como outro pózito. Até era capaz de render umas massas.
Boa!

Anónimo disse...

Oh la la...
Ta descoberto o enigma: tó (da lota) e capitão do salsalgado são a mesma coisa:
Perfeito? Então fazemos assim: eu, como sou um gajo com mais dinheiro do que boa educação ou miolos, vou comprar a primeira página de todos os jornais de amanhã para dizer em letras garrafais "CAPITÃO SALSLGADO E TÓ (DA LOTA) VÃO XATIAR O CAMÕES". Segundo o vosso conceito de "liberdade de expressão sem limites" isto é perfeitamente normal e não se vão ofender porque eu só estou a usar da minha liberdade de expressão, certo? CERTO?
Vão levar onde levam as galinhas...

Anónimo disse...

Estás redondamente enganado. E além do mais, és parvo.

Anónimo disse...

Boa história tio. Lembro-me quando era pequena de andar descalça por essas salinas... Boas memórias e velhos tempos...
Um beijo que atravessa o atlântico!

Anónimo disse...

ena pá ai ...Para ! eu só sou o Capitão Salgado, não tenho conluios com ninguém nem conheço a lota nem o Tó. Quanto a levar eu levo onde quero meu caro senhor que voçe não tem nada com isso. Ok? voçe faz parte da teoria da conspiração? Não sei se compreende mas a gente a rir diz muita verdade! Entendidos ? agora não confunda deixe-se de brincar ás adivinhas no mundo virtual. Olhe se não gostou da piada das Farc paci~encia mas olhe que o Lota apanhou o sentido lá isso apanhou!