terça-feira, 19 de setembro de 2006

E se existissem regras na atribuição de subsídios às Colectividades?

Foto: PEDRO CRUZ


Os actuais vereadores do PS na Câmara Municipal da Figueira da Foz desejam critérios e transparência no apoio às colectividades.
Por isso, na última reunião do executivo camarário, apresentaram uma proposta Regulamento Municipal de Apoios ao Associativismo.
A proposta foi rejeitada, com o voto de qualidade do Presidente da edilidade, eng. Duarte Silva.
Mas, afinal, que visava, se fosse aprovada, a proposta regulamento do vereador do PS António Tavares?
A resposta é simples: “racionalizar recursos, clarificar publicamente as normas e imprimir rigor, transparência e empenho da autarquia”, são os objectivos declarados.
O documento apresentado, “é um exaustivo elencamento de normas, que cobrem todas as actividades do movimento associativo (desde acções pontuais à cedência de transporte, passando por obras, aquisição de equipamentos ou viaturas, formação, edição, etc.). Em paralelo, são definidos os critérios a adoptar, quer para avaliação da dinâmica e capacidade organizativa das associações quer para os apoios propriamente ditos.”
Em palavras simples: para quem anda (ou andou) pelo associativismo, ver clarificarados os critérios das ajudas às depauperadas Colectividades.

Naturalmente, o actual poder camarário está contra.
José Elísio, o vereador do pelouro, “discorda total e frontalmente de boa parte das considerações feitas pelo vereador António Tavares".
As explicações: “por um lado, os apoios que a câmara dá não têm sido contestados”
(pergunta-se: e o que aconteceria, no futuro, a quem tivesse a ousadia de contestar?);
“por outro lado, a câmara não quer, nem pouco mais ou menos – como interpreta da proposta do PS–, imiscuir-se na vida das colectividades, ao ponto de controlar o que fazem, por que fazem, como fazem e quanto gastam e não gastam com cada parcela”
(quer dizer: o melhor critério continua a ser o amiguismo, os contactos pessoais, as cumplicidades partidárias, o oportunismo eleitoral. Mas isto, agora, é como sempre foi!.. Lembram-se?).
Certo, certo, no actual estado de coisas, é que, como disse António Tavares, “a Câmara não tem critérios que se conheçam, na atribuição de subsídios a colectividades”
Em última análise, prevalece a "vontade discricionária do vereador”.

Pergunta final.
Quando for poder na Câmara Municipal da Figueira da Foz, será que o Partido Socialista fará aprovar alguma vez uma proposta que cumpra os objectivos do vereador António Tavares?

11 comentários:

Anónimo disse...

Quando o PS estiver no poder fará exactamento o q o PSD agora faz e o PSD fará oposição, tal como o PS agora.
A porcaria será a mesma e provavelmente com os mesmos actores.
Resta saber se a assistencia critica de agora também o será quando os homens do PS estiverem a fazer asneira.
Como será?

Anónimo disse...

O Associativismo não é uma coisa menor.
O Associativismo não é um mero passatempo.
O Associativismo é uma ferramenta importante para a construção duma verdadeira Democracia.
O Associativismo exige trabalho, reflexão e criatividade.
O Associativismo, e quem a ele dedica boa parte dos seus tempos livres, merece respeito de quem conjunturalmente se encontra no poder.
O Associativismo, como espaço de construção de Liberdade, merece ser tratado com lisura e transparência.
O Associativismo, como actividade nobre que é, nunca deveria ser utilizado como moeda de troca na caça ao voto pelos políticos.
O Associativismo deveria merecer sempre o interesse e o apoio de que é alvo em campanhas eleitorais.
Tenho dito.

Anónimo disse...

O concelho da Figueira em quantidade tem muitas colectividades E a qualidade e quantidade do seu trabalho?... Acompanha?
Isso seria uma boa reflexão para a Câmara, em especial para o vereador da tutela.
Seria de todo desejável que as colectividades do nosso concelho possuíssem infra-estruturas e apoios de nível para desenvolverem o seu trabalho com maior autonomia.
As colectividades precisavam é de “cana para pescar”.
Mas um associativismo forte não seria uma ameaço ao caciquismo?.....
A subsídio-dependência é uma armadilha para as colectividades, mas é eficaz para os pequenos politicos que temos.
Mas é uma armadilha .... Perigosa. As colectividades que se habituaram a “mamar” para crescer e sobreviver, não têm futuro.
O futuro o dirá.

Anónimo disse...

CONTESTAR CONTESTAR E CONTESTAR.
ALGUÉM TEM MEDO DE CONTESTAR?
NEM UM BURRO TEM MEDO DE CONTESTAR MESMO SABENDO QUE LÁ VEM VERGASTADA!
CONTESTAI, CONTESTAI FIGUEIRENSES!

Anónimo disse...

O vereador Zé Elisio é uma caricatura mal amanhada do que deve ser um dirigente de um órgão autárquico eleito pelo Povo. Faria uma boa carreira à sombra do Alberto João Jardim e seus métodos caciquistas e alarves.
Mal está a Figueira quando está à mercê de criaturas como o Elisio!

Anónimo disse...

o que?
o pernas é fixe pá...

Anónimo disse...

o pernas é fixe................... e o resto que se lixe

Anónimo disse...

A que propósito é para aqui chamado o vereador Elísio?
Sendo o vereador da limpeza, higiene e esgotos, o que tem a ver com as colectividades?
Ou será que tem?
Terá também alguma coisa a ver com parvos?

Anónimo disse...

Bem, ou sou mesmo muito burro, ou o PS esteve mesmo quase 20 anos (vinte)na CMFF?
Mas brincamos aos tavareszitos ou quê?
chega, caraças!!!!!!!!!

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

Lá por o Salazar estar quase 40 anos no governo não quer dizer que, pela tradição, tenhamos que viver na ditadura! Felizmente há evoluções e progressos!