terça-feira, 31 de agosto de 2021

As causas da falta de mão de obra qualificada na restauração na Figueira...

«O presidente da Associação Figueira com Sabor a Mar, Mário Esteves, estrutura patronal do sector da restauração, vem alertando para a falta de mão de obra qualificada no concelho. “Este assunto da falta de mão de obra qualificada ainda não se resolveu. Mas estamos esperançados que possamos ter resultados, no seguimento do protocolo celebrado entre a Câmara da Figueira da Foz e o Instituto de Emprego e Formação Profissional [IEFP] para a instalação de um centro de formação [no antigo Sítio das Artes], para o qual estão previstos cursos de cozinha, bar e mesa”, disse Mário Esteves ao Diário as Beiras. 

“Como se justifica haver tanta formação do IEFP e das escolas e os patrões virem dizer que não há mão de obra qualificada?”, começa por questionar António Baião, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Centro em declarações ao mesmo Diário as Beiras. 
E é António Baião que deu as respostas.
“O primeiro impacto negativo acontece no estágio, com a atribuição de funções ao estagiário que nada têm a ver com a formação que lhe é dada, como descascar batatas ou lavar louça”.  Por outro lado, acrescentou António Baião, “durante o estágio, os estagiários não são remunerados e têm horários superiores aos permitidos”. E como “precisam de boas notas finais, os estagiários acabam por não protestar”.  
António Baião acrescentou ainda: regra geral, na restauração e na hotelaria, “praticam-se salários baixos e existe desregulação dos horários”. Ora, sustentou o sindicalista, isso leva a que muitos profissionais mudem de ramo ou emigrem. Mário Esteves, porém, afiançou que “a restauração pratica os salários e cumpre as condições laborais contemplados no acordo coletivo de trabalho”

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