António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
quinta-feira, 11 de abril de 2013
Pois… Mas, a Figueira é uma terra com cada vez menos pão e cada vez mais circo…
“Vivi na Bélgica, Itália e França. Nesses países, os cartazes de propaganda política estão confinados a biombos metálicos fornecidos pelas autarquias, onde cada lista tem direito exatamente ao mesmo espaço, em geral apenas a uma das faces de um biombo. Apesar de mais pobres, verifico escandalizado os rios de dinheiro que se gastam em outdoors de campanha em Portugal. Outdoors com 8 a 12 metros de comprimento poderão custar entre cerca de 500€ e 1500€ cada, dependendo da quantidade, do material e da empresa que os instala. Há quatro anos, no concelho da Figueira havia outdoors de listas independentes e de partidos a juntas de freguesia cujos custos superavam o orçamento do material de colagem dos principais partidos em cidades como Bolonha ou Estrasburgo. Isto é uma aberração e uma aberração ao quadrado em tempo de crise. Ao contrário das vozes populistas, não considero que as subvenções do Estado a partidos e a listas independentes devam ser cortadas ou fortemente reduzidas. A política não deve ficar apenas a cargo dos ricos. No entanto, uma deliberação acional ou local poderia interditar a utilização deste material.”
Rui Curado da Silva, hoje nas BEIRAS (sem link)
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1 comentário:
O atrelado das mudanças ainda continua no mesmo sítio!
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