“O Pastor Neto é um Homem de convicções fortes, com sensibilidade social apurada, que nunca se vendeu aos poderes, que nunca acumulou riqueza, que prezou a simplicidade e que muito fez pela Cova-Gala”.
Isto, foi escrito neste blogue, por um anónimo, em Setembro de 2006.
Como escrevi no post então publicado, “em 1960, João Severino Neto foi nomeado pela Igreja Evangélica Presbiteriana de Portugal, Pastor da Igreja Evangélica da Figueira da Foz.
Isso implicava ter de prestar assistência pastoral a pequenas comunidades presbiterianas existentes em aldeias circunvizinhas, como a Cova e Gala, duas aldeias situadas a três quilómetros a sul da Figueira, ali logo ao remate da Ponte dos Arcos.
Nessa altura, e estamos a falar dos anos 60 do século passado, Cova e Gala eram duas terras de pescadores completamente abandonadas pelos poderes.”
Passados todos estes anos, o Centro Social da Cova e Gala, Instituição que fundou e de que foi Presidente até ao início deste ano, vai prestar uma justa homenagem ao seu fundador.
O evento, vai ter lugar no próximo dia 20 do corrente mês de Novembro, pelas 20 horas, no Hotel Mercure na Figueira da Foz.
Nota final: a inscrição para o jantar pode ser feita no Centro Social da Cova e Gala e na Cruz Vermelha Portuguesa (delegação da Figueira da Foz).
O preço por pessoa é de 20 euros.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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