terça-feira, 30 de maio de 2023

A PRIMEIRA TRAVESSIA AÉREA DO ATLÂNTICO PASSOU PELA FIGUEIRA DA FOZ A 30 DE MAIO DE 1919 – FOI HÁ 104 ANOS

 


Via Fernando Curado

«Na manhã do dia 30 de maio de 1919 “a população da Figueira da Foz acorreu à praia prestes e ávida de curiosidade. Flutuava no Mondego, perto da sua foz, o histórico hidroavião americano N. C. 4, que, pilotado sob a direção do valoroso comandante Read, conseguiu levar a bom termo o arrojado empreendimento da travessia aérea do Atlântico”.

“O N. C. 4 desceu na Figueira da Foz, às 8 e 20, devido a uma ligeira avaria n'um dos seus motores, que foi em breve reparada, levantando vôo às 14 e 25, com destino ao Cabo Finisterra”.
“Desceu no porto de Ferrol, d'onde seguiu para Plymouth, terminus do raid transatlântico. Este notável e inesperado acontecimento impressionou agradavelmente toda a Figueira da Foz, que assim teve ensejo de admirar e homenagear, quanto o limitadíssimo espaço de tempo permitiu, a interessante aeronave e os seus intrépidos tripulantes”.
“Fora da barra da Figueira, na baía de Buarcos, fundeou um destroyer americano, que ali acudira em auxílio do N. C. 4, e cujos serviços não foram utilizados”.
Assim relatou a notícia a revista “Ilustração Portugueza”, de 16 de junho de 1919, na página 475 do seu número 695.
O NC4 fazia parte de uma esquadrilha de 3 hidroaviões composta pelo NC1 e o NC3, e pertenciam à U.S.Navy que se propunha fazer a travessia do Atlântico Norte, voando de New York para o Canadá, partindo de Trepassey Bay (Terra Nova) diretamente para a Europa, escalando os Açores.
Havia um prémio de 10.000 libras instituído pelo jornal “Daily Mail” para quem conseguisse terminar a viagem.
John Towers, piloto do NC3, um dos principais cérebros do empreendimento, tinha elaborado um plano de voo que incluía 22 navios da Marinha colocados ao longo do percurso da primeira etapa, distanciados 50 milhas entre si, e equipados com holofotes que auxiliariam a navegação dos hidroaviões. Os hidroaviões dispunham de equipamento de rádio para comunicarem com os barcos e entre si.
A rota dos três hidroaviões teve início na base naval de Rockaway Beach (Nova Iorque), de onde descolaram a 8 de maio de 1919 com destino a Halifax (Nova Escócia, Canadá).
Por avaria de 2 motores, o NC4 prosseguiu a viagem à superfície até à Naval Station de Chatham (Massachusetts), onde reparou os motores.
O NC1 e o NC3 chegaram a Halifax no dia 8 de maio. No dia 10 de Maio, os NC1 e NC3 voaram para Trepassey Bay (Canadá).
Entretanto foram colocados 21 navios destroyers entre Cape Race e a ilha do Corvo (Açores), a intervalos de 50 milhas para segurança do voo.
O NC4 só chegou a Halifax a 14 de maio e a Trepassey Bay a 15 de maio.
Após longos preparativos, os 3 hidroaviões partiram de Trepassey Bay pelas 18 horas do dia 16 de Maio de 1919 com destino aos Açores (Horta).
A primeira parte do percurso dos 3 hidroaviões correu normalmente, até a aproximação da Ilha das Flores, já de madrugada, onde o “nevoeiro” ameaçava a sua segurança.
Sem visibilidade e o combustível a chegar ao fim, os pilotos do NC1 e do NC3 optaram por uma amaragem de emergência, em pleno oceano, na esperança de serem localizados pelos ”destroyers”.
O NC1 ao fazer a amaragem foi destruído por vagas alterosas e a sua tripulação recolhida pelo navio grego “IONIA” que os transportou para a cidade da Horta.
O NC3 chegou a Ponta Delgada em circunstâncias dramáticas.
Amarou a cerca de 200 milhas de Ponta Delgada e devido a avaria do emissor de Rádio, a tripulação não conseguiu contactar os “destroyers” de apoio sendo arrastado pela corrente ao sabor da mareta.
Auxiliado por dois motores que ainda funcionavam, ao fim de 53 horas de navegação marítima, o NC3 entra na baía de Ponta Delgada a 19 de maio, com o comandante Jonh Towers e a tripulação exaustos e o hidro danificado incapaz de voar.
O NC4, com o nome de ”Liberty”, comandado por ALbert C. Read, cumprindo o plano de voo, alcançou a baía da Horta, onde amarou às 13H23M do dia 17 de maio.
Jonh Towers, piloto do NC3, é o primeiro piloto mundial a entrar com um hidroavião no porto de Ponta Delgada, uma vez que Albert C. Read e o seu NC4 se encontravam na cidade da Horta.
Concluída esta primeira etapa em 15 horas e 13 minutos, a uma velocidade cruzeiro de 148 Km/hora, o NC4 saiu da Horta 3 dias depois, a 20 de maio, com destino a Ponta Delgada.
Chegou no mesmo dia, 20 de maio, a Ponta Delgada, onde ficou imobilizado durante 7 dias, devido às más condições atmosféricas.
No dia 27 de Maio o NC4 saiu de Ponta Delgada, às 8h18, com destino a Lisboa, onde amarou no rio Tejo às 20h01 do dia 27 de maio de 1919.
Quando o hidroavião amarou no Rio Tejo, os sinos das Igrejas de Lisboa repicaram em comemoração do feito.
O NC4 saiu de Lisboa a 29 de maio, com destino a Plymouth, mas teve de amarar na Figueira da Foz, no dia 30 de maio, às 8H20M, devido a uma ligeira avaria num dos seus motores, que foi em breve reparada, levantando voo às 14H25M com destino ao Cabo Finisterra.
Depois amarou em Ferrol (noroeste da Galiza), concluindo a travessia aérea em Plymouth (Sudoeste de Inglaterra), a 31 de maio de 1919.
A tripulação do NC4 era constituída pelo comandante tenente Albert Cushing Read, pelos pilotos tenentes Elmer Stone e Walter Hinton, pelos engenheiros James Breese e Eugene S. Rhodes e o rádio operador Herbert C. Rodd.
A primeira travessia aérea do Atlântico, de Nova Iorque (Rockaway) a Plymouth (Inglaterra), foi concluída em 23 dias, com 6 amaragens.
Este feito, grandioso para a época, e ao qual Portugal ficou indelevelmente ligado, acicatou a coragem dos pilotos portugueses.
Três anos depois, em 1922, Gago Coutinho e Sacadura Cabral atravessaram também o Atlântico, de Lisboa ao Rio de Janeiro, utilizando 3 hidroaviões, em 62 horas e 26 minutos de voo, durante 79 dias, e com o apoio de 3 navios.
Após o histórico voo de 1919, o piloto Read afirmou: “Em breve será possível voar num avião à volta do Mundo a uma altitude de 60 000 pés a 1 000 milhas por hora”.
No dia seguinte, o The New York Times publicou um editorial em que afirmava:
“Uma coisa é ser um aviador qualificado, outra bem diferente é ser profeta. Nada do que é hoje conhecido suporta a previsão do Comandante. Um avião a 60 000 pés de altitude estaria a girar as suas hélices num vácuo e nenhum aviador poderia viver por muito tempo no frio enregelante do espaço interestelar”.
Mas “o sonho comanda a vida, e sempre que um homem sonha, o mundo pula e avança” (António Gedeão, Pedra filosofal).
A 3 de Junho de 1919, o piloto Read foi feito Comendador da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito de Portugal.»

segunda-feira, 29 de maio de 2023

ACIFF comemorou 188 anos


Via Campeão das Províncias

"Na passada sexta-feira, no Salão Caffé do Casino Figueira, a Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz, realizou uma Gala para assinalar 188.º aniversário da ACIFF (a terceira associação empresarial mais antiga do país), reunindo mais de três centenas de convidados, entre empresários, dirigentes, autarcas e convidados, para festejar a efeméride. 

Nesta noite festiva foram distinguidas quase três dezenas de empresas com mais de 50 anos e uma dezena e meia com mais de cem anos de vida empresarial ininterruptamente. 

A festa terminou com o Bolo de Aniversário e um espectáculo musical comemorativo com Rita Guerra."

Turismo do Centro, um dos feudos do centrão...

Raul Almeida
De acordo com o Diário as Beiras, o actual presidente da Câmara de Mira, Raul Almeida, eleito pelo PSD, é candidato ao Turismo do Centro nas eleições a realizar em julho próximo. 
O actual líder desta entidade regional, Pedro Machado, candidato amplamente derrotado apresentado pelo PSD/Figueira às eleições autárquicas de Setembro de 2021, vai ser candidato à assembleia-geral na mesma lista.
“Depois de ouvir muitas pessoas ligadas à área do turismo e muitos autarcas, ter sido lançado o desafio por algumas dessas pessoas, alguns ‘players’ nesta área do turismo, depois de uma reflexão, decidi avançar”, afirmou Raul Almeida à agência Lusa, considerando que reúne condições “para poder prosseguir o excelente trabalho que tem sido feito na região de Turismo do Centro nos últimos anos [com] uma forte dinâmica, um forte crescimento”.
Raul Almeida considera que foi feito “um grande trabalho” nos últimos anos no Turismo do Centro, sob a liderança de Pedro Machado, que não pode recandidatar-se a um terceiro mandato, pelo que o convidou a integrar a sua equipa como candidato à assembleia-geral.
“Aceitou e, para nós, é uma garantia da continuidade e uma garantia, também, de ele poder partilhar todo o seu conhecimento e os contributos que deu à região”.
Sublinhe-se. 
Pedro Machado

Raul Almeida, de 52 anos, é licenciado em Direito. Foi eleito presidente da Câmara de Mira, em 2013, e reeleito em 2017 e 2021, pelo PSD. Está impedido de se recandidatar a um quarto mandato.
Se for eleito presidente da comissão executiva da Entidade Regional de Turismo do Centro Turismo, o autarca renuncia ao cargo de presidente da câmara de Mira.
“Para mim foi uma honra e é uma honra servir o Município de Mira”, declarou, explicando que um “dos fatores que pesou” na sua decisão de se candidatar ao Turismo do Centro prende-se com o facto de os seus vereadores estarem “super bem preparados, estão por dentro de todos os dossiês, estão por dentro de todos os assuntos”, para “poderem contribuir para o desenvolvimento de Mira”.
Raul Almeida, “também por esse fator”, entendeu que “estavam reunidas as condições para poder avançar” com a candidatura, dada estar garantida na Câmara “a continuidade de um projeto que tem 10 anos”.
“Acho que também posso dar o meu contributo, neste caso à região, com os meus conhecimentos e com a minha capacidade de trabalho”, acrescentou.
O Turismo do Centro abrange as regiões da Beira Baixa, Coimbra, Leiria, Médio Tejo, Oeste, Ria de Aveiro, Serra da Estrela e Viseu Dão Lafões, num total de 100 concelhos.

Grupo Recreativo Vilaverdense "uma casa com memória" comemorou, ontem, 102 anos

 Via Diário as Beiras

Ponte Edgar Cardoso não encerra esta noite

 Via Diário as Beiras

Diáios "desportivos" ou diários de futebol?..

O ciclista João Almeida aos 24 anos, com o terceiro lugar na geral, vitória em uma etapa e primeiro no prémio da juventude, fez história na 106.ª Volta à Itália e constituiu o símbolo dos portugueses no Giro. O objectivo com que partiu para Itália passava por conseguir um lugar no pódio.
O ciclista também conquistou a classificação da juventude, é o primeiro português a concluir o Giro no pódio e o segundo corredor luso a ficar entre os três melhores de uma grande Volta, depois de Joaquim Agostinho ter sido terceiro nas edições de 1978 e 1979 da Volta a França e segundo na Vuelta1974.
Reparem  no destaque dado hoje pelos três diários "desportivos" nas suas primeiras páginas.

Mais uma "trapalhada"...

Professores e alunos chamados para exames em dias de feriado 

"Alunos e docentes terão de prestar provas nacionais em datas comemorativas nos seus municípios. 
A primeira sobreposição acontece no dia 7 de junho, em Oeiras, a data agendada para a Prova de Aferição de Matemática, do 8.º ano. 
Ministério justifica com regulamento.
Várias provas de aferição e exames nacionais vão realizar-se em dias de feriado municipal, de norte a sul do país. 
Ao que o DN soube, os diretores de agrupamentos de escolas dos municípios atingidos por esta sobreposição de calendário estão a ser questionados pela comunidade escolar, mas remetem responsabilidades para o Ministério da Educação (ME). 
Oeiras não é o único município que abrirá as portas das escolas em dia de feriado. A 16 de junho, data do Exame Nacional de Matemática do 9.º ano, Espinho e Olhão também terão de aplicar a prova em dia de festividades. 
Espinho comemora a data de elevação a cidade e Olhão, o dia de revolta contra os Franceses. Segue-se o Corvo, Açores e Ourém, a 20 de junho. Uma sobreposição com os exames de Geografia A e História da Cultura e das Artes. Ainda em junho, dia 22, as festividades serão interrompidas em Vila Pouca de Aguiar, para a realização do Exame Nacional de História A e Espanhol. O mesmo acontece a 28, no Barreiro, dia das provas de Matemática, MAC e Latim.
Em julho, com a realização da 2.ª fase dos exames nacionais, o cenário repete-se no dia 24, em Condeixa-a-Nova e Pedrógão Grande, com as provas de Matemática, MAC e Filosofia. Já no dia 25 (provas de Biologia, História, Geometria Descritiva, Desenho A), são seis os municípios afetados: Cantanhede, Celorico de Basto, Mira, Mondim de Basto, Ovar e Santiago do Cacém. Loures fecha a lista de municípios com um feriado "diferente" para alunos e professores, no dia 26 (provas de Inglês, Alemão, Espanhol, Francês, Italiano e Mandarim), data da comemoração da criação do concelho."

domingo, 28 de maio de 2023

Cuidado: Montenegro quer "tirar-nos da cadeia para nos meter no hospital"...

Luís Montenegro, refrindo-se ao actual Governo PS, hoje no Diário de Notícias.
"Vemos os jovens a partir, vemos os que estão na vida activa a ganhar baixos salários, vemos os que estão reformados com medo que o Governo lhes corte na sua pensão"
Montenegro até pode ter alguma razão sobre a gestão deste Governo de maioria absoluta de António Costa. Porém, como sempre, com muita culpa sua, os portugueses estão "lixados" e bem "lixados": estas palavras não assentam, que nem uma luva, nos Governos onde o PSD foi o partido do Governo?

Ligação fluvial entre a margens do Mondego: com o barco "Carlos Simão" avariado entrou ao serviço o "Praia da Costa Nova"

"Carlos Simão", o  barco eléctrico adquirido pelo Município da Figueira da Foz para o transporte de passageiros entre as duas margens, avariou na passada quinta-feira, o dia seguinte ao baptismo.
Contudo, as viagens entre o lado norte e o lado sul da foz do estuário do Mondego continuam a ser asseguradas por barco.
O "Praia da Costa Nova", embarcação que a autarquia figueirense já tinha alugado, e que estava a aguardar o desenrolar do processo burocrático, depois de reparado num estaleiro da nossa cidade, substituiu o "Carlos Simão" nessa finalidade.
A embarcação elétrica está dentro da garantia e,segundo informação colhida via Diário as Beiras de ontem, "os estaleiros espanhóis que a construíram já estão a tratar do processo da reparação."

Três entrevistas para ver e ouvir com atenção

O testemunho de três vítimas de abusos sexuais na Igreja

Via SICN

Figueira da Foz passou a estar representada no Conselho Nacional da URAP

Realizaram-se, ontem sábado dia 27 de maio, na Casa do Alentejo, em Lisboa, duas Assembleias Gerais  da União de Resistentes Antifascistas (URAP).
Estiveram presentes mais de uma centena de sócios de todo o país, que debateram a intervenção da URAP e elegeram os novos corpos sociais.
O Núcleo da da Figueira da Foz da URAP, que esteve presente com uma delegação de três membros, passou a estar representado no Conselho Nacional por Aprígio Barraca e Jorge Neves.
Foto: URAP

sexta-feira, 26 de maio de 2023

Seiça e a realidade que só não vê quem não quer

Seiça, a região e o mosteiro, é um blogue que nos conta "a história do Convento de Santa Maria de Seiça, através dos séculos."
Não é actualizado desde 7 de Março de 2014. 
Refiro o blogue porque penso que uma das responsáveis era a Senhora Maria Rosa Anttonen, que em 03 de Agosto de 2009, em nota à comunicação social,  colocou duas questões pertinentes, sobre o Convento de Santa Maria de Seiça,  um convento abandonado....
"Porque foi o Paço de Tavarede completamente recuperado e o Convento completamente abandonado?
Porque houve dinheiro para um e o outro foi completamente esquecido e está em absoluta degradação?"
Na segunda-feira, dia 17 de Agosto de 2009, na sessão de Câmara Municipal, foi entregue um abaixo-assinado no sentido de sensibilizar as autoridades para a necessidade de reconstrução do Convento de Santa Maria de Seiça.
Chegados a Setembro de 2021, passados 12 anos, sob gestão PS e "o que é que aconteceu?"
Propaganda.

A poucos dias da realização das autárquicas de 2017, tudo continuava a resumir-se a uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma.
Na edição de 21 de Setembro desse ano o Diário as Beiras trazia a seguinte notícia:
"Convento de Seiça já tem anteprojeto para preservação".
S
egundo o jornal, o projeto prévio para a preservação das ruínas do convento de Santa Maria de Seiça foi apresentado no salão nobre dos paços do concelho da Figueira da Foz, ao executivo camarário e à associação SMS (criada para defender e promover aquele imóvel histórico). A sessão também contou com a participação do então presidente da Junta do Paião, Paulo Pinto. 
Elaborado pelo Atelier 15 Arquitetura, do Porto, o anteprojeto enfoca a dimensão e a riqueza arquitetónica da igreja do convento, que tinha uma “escala brutal”. O gabinete de arquitetos propõe preservar o que resta do local de culto, assinalando no terreno a sua dimensão original, ao mesmo tempo que advoga a atribuição de uma classificação ao imóvel. Para o efeito, terá de ser removida a vegetação que cresce há décadas nas ruínas do convento e de se estancar as infiltrações de água.
O referido ateliê de arquitetura propõe duas fases para a preservação do convento e antigo centro de estudos teológicos, que terá sido construído antes da nacionalidade portuguesa, pela Ordem de Cister. 
A primeira etapa contempla a limpeza e a consolidação das ruínas da igreja. A segunda, tem por missão consolidar todo o edifi cado e o restauro (possível) de dois pisos.
Por sua vez, de acordo com a proposta do Atelier 15 Arquitetura, a antiga fábrica de descasque de arroz é para ser demolida. Se, por um lado, a antiga unidade industrial não tem valor arquitetónico, por outro, desempenhou uma acção destruidora do convento, explicaram os autores do anteprojeto. 
No entanto, para memória futura, ficará o testemunho da chaminé. 
João Ataíde, presidente da Câmara da Figueira da Foz, quis saber quanto é que vai custar a preservação das ruínas do convento, mas não obteve resposta
O ateliê, contudo, ficou de avançar as previsões orçamentais dentro de um mês. Entretanto, alertaram que, em obras como aquela, nunca se sabe o que se vai encontrar, pelo que a margem de erro remete para meras estimativas. 
A empreitada, conforme se podia ler na edição de 21 de Setembro de 2017 do jornal AS BEIRAS, tinha cabimento num programa de fundos europeus

Passou o tempo. Em Abril de 2019 o falecido presidente João Ataíde foi para Secertário de Estado do Ambiente e entrou o presidente substituto Carlos Monteiro.
Recorde-se que o Mosteiro de Seiça foi mandado construir por D. Afonso Henriques em louvor à Virgem Maria, devido a um milagre recebido junto da capelinha de Nossa Senhora de Seiça.
Os primeiros monges do convento foram os de Lorvão que, naquele tempo, pertenciam á ordem de São Bento, cujo superior foi o Abade D. Paio Egas, nomeado para este cargo no ano 1175
D. Afonso Henriques faleceu (1185) sem que a obra estivesse concluída, mas o seu filho D. Sancho I deu-lhe continuidade, entregando o convento á ordem de S. Bernardo por esta ser considerada um "raro exemplo de virtude e Santidade".
Em Setembro de 1348, a peste negra fez com que o Mosteiro de Seiça sofresse muitas perdas entre religiosos e caseiros. Esta epidemia dizimou 150 religiosos em 2 meses.
Em 1513, D. Manuel ordena a reparação do Mosteiro por este se mostrar bastante degradado. Assim, a igreja foi ampliada e tornou-se num dos melhores templos das redondezas. Em 1895 foi vendido a uma família que transformou o mosteiro em fábrica de descasque de arroz, fábrica que veio a falir anos depois.
Actualmente, é propriedade da Câmara da Figueira da Foz, tendo sido comprado por Santana Lopes, no seu primeiro mandato como presidente de câmara da Figueira, que adquiriu o espaço por cerca de 225 mil euros.
Na altura, o autarca do PSD prometeu uma "intervenção de fundo" no imóvel, porém, passados todos estes anos, as ruínas do convento continuaram à mercê da degradação e do vandalismo.
Em Junho de 2020, "foi classificado como monumento nacional". As entidades que lhe conferiram o estatuto reuniram-se e a proposta foi aprovada por unanimidade. Esta decisão, permitiria que a  autarquia avançasse com a candidatura para a recuperação das ruínas, no montante de três milhões de euros.
No sítio do Turismo de Portugal na internet, o Mosteiro de Santa Maria de Seiça, na freguesia do Paião, era apresentado como uma oportunidade de investimento para fins turísticos. A autarquia, então presidida por Carlos Monteiro, não descartava a possibilidade de o alienar, se houvesse uma proposta de compra sustentada num projeto com interesse público. Porém, na altura, segundo afirmou o presidente da câmara ao DIÁRIO AS BEIRAS, o município estava determinado em proceder à recuperação das ruínas. 
Muita propaganda foi feita ao longo dos 12 anos de gestão socialista até ao final.

E assim se chegou a Setembro de 2021.
Depois de ganhar as eleições e tomar posse, Santana Lopes cumprindo o guião por si traçado na campanha elitoral, enfrentou o problema património - em particular o Mosteiro de Seiça e o Paço de Maiorca, “realidades que estavam muito complicadas”.
Logo em Dezembro de 2021, poucos meses após ter tomado posse, foi anunciado que “após sucessivas diligências levadas a cabo pelo Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, nomeadamente através do Secretário Executivo da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIM RC), a Comissão Diretiva do Programa Operacional Regional do Centro (CENTRO 2020), aprovou na passada quinta-feira, dia 09 de dezembro de 2021, a candidatura a fundos para a intervenção de requalificação e consolidação do Mosteiro de Seiça”.
A obra, com um investimento total estimado de 2.924.933,33 € e um investimento elegível de 2.922.881,66 €, foi cofinanciada pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) a 85%, ou seja, com 2.484.449,41 €.
Esta candidatura teve por objectivo a recuperação e reutilização deste monumento nacional de elevado valor patrimonial e cultural, devolvendo a sua identidade à população e ao visitante, permitindo a fruição deste espaço, e o desenvolvimento da cultura e do conhecimento histórico, através da sua preservação e sustentabilidade futura. 
A conclusão da intervenção está prevista para o dia 31 de dezembro de 2023.
Foto via Município da Figueira da Foz

"... a Figueira da Foz é uma das cidades portuguesas com um dos mais baixos índices de criminalidade, também no verão"...

“Temos grandes necessidades operacionais e temos a Jornada Mundial da Juventude. Portanto, fazemos uma análise de risco e balanceamos os recursos que temos. O que posso dizer, quase com toda a certeza, em situação normal, não vai haver reforço do Corpo de Intervenção enquanto a Jornada Mundial da Juventude estiver a acontecer”, garantiu o diretor nacional da PSP, Magina da Silva, em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, feitas na sua mais recente visita à cidade.


FAZER UM BOM USO DO ROUBO

 Por Eugénio Lisboa


Docentes da Faculdade de Letras de Coimbra criticam demissão de professor russo

Via Diário de Notícias

«Cerca de 60 docentes da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC) criticaram, num abaixo-assinado, a forma como o diretor do Centro de Estudos Russos foi demitido e defenderam um processo de averiguações pela reitoria.

Através do documento "Pelo direito ao contraditório e à presunção da inocência", os docentes afirmaram que "foi com perplexidade" que tomaram conhecimento do "despedimento sumário" do diretor do Centro de Estudos Russos, Vladimir Pliassov, sem a realização de um inquérito "que lhe permitisse responder às acusações de que foi alvo".

Vladimir Pliassov foi acusado de "propaganda russa" por dois ativistas ucranianos, num artigo de opinião publicado no Jornal de Proença e depois replicado pelo jornal Observador, que alegaram posteriormente, na Rádio Renascença, que o docente russo seria um ex-agente do KGB.

"Independentemente de outros aspetos envolvidos, consideram os/as subscritores/as deste documento que a situação cria um precedente inaceitável, suscetível de comprometer a relação de respeito e confiança entre a Universidade de Coimbra e os/as seus/suas funcionários/as, para além de pôr em causa princípios nucleares de direito e de cidadania", afirmaram os docentes, no abaixo-assinado a que a agência Lusa teve acesso.

O documento foi entregue na quarta-feira à reitoria da Universidade de Coimbra, com uma cópia endereçada também ao diretor da Faculdade de Letras.

Os docentes consideraram que o processo de despedimento, "pela gravidade das imputações em causa, exigiria, no mínimo, um processo de averiguações e uma clarificação por parte da Universidade dos factos que estiveram na base da medida tomada".

"A ausência de tais procedimentos cria um precedente inaceitável e viola o mais elementar direito de o docente ser ouvido e de ter oportunidade de rebater as acusações que lhe foram feitas, em praça pública, sem o mínimo contraditório e respeito pela presunção de inocência".

Entre os subscritores, estão vários diretores de cursos (de licenciatura, mestrado e doutoramento) da FLUC, assim como da subdiretora da Faculdade de Letras, Ana Peixinho, da subdiretora do Departamento de Filosofia, Comunicação e Informação, Inês Amaral, e da diretora do Departamento de Línguas, Literaturas e Culturas, Paula Barata Dias.»

quinta-feira, 25 de maio de 2023

"... o Paço simboliza a grandeza da freguesia"

 Via Diário as Beiras

A Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra transferiu a Casa da Criança Infanta D. Maria para o Município da Figueira da Foz, por um período de 50 anos sem pagamento de renda

 Via Diário as Beiras

Piso da nacional 109, entre Marinha das Ondas e Gala, é um assunto que se arrasta há dezenas de anos...

A EN109 no concelho da Figueira da Foz é um problema antigo...
Em 2016, a Câmara Municipal emitiu um comunicado e divulgou nas redes sociais que a empresa pública Infraestruturas de Portugal (IP) anunciava o investimento de 3,25 milhões de euros para as obras da sua requalificação, valor que seria distribuído em dois anos, sendo 1,2 milhões em 2016 e 2,05 milhões em 2017.
Passaram os anos.
Em 28 de junho de 2019, a então Deputada do PSD, Ana Oliveira, questionou o Governo, na pessoa do Ministro das Infraestruturas e da Habitação, colocando uma pergunta por escrito, sobre a prometida requalificação do troço da Estrada Nacional 109 (IC1) que passa o concelho da Figueira da Foz de norte a sul.
Hoje, no Diário as Beiras, fica a saber-se que a “IP tem uma verba prevista para este ano de 500 mil euros para investir no troço da EN109 da margem Sul do concelho”.
Este meio milhão vai servir para quê?
Segundo Santana Lopes: “será para reparar o estado em que a estrada está. Depois, haverá uma intervenção de fundo”.

Para ver melhor, clicar na imagem.