sexta-feira, 28 de março de 2014

Bruno de Carvalho

Sacado daqui

"RESPIRAR ABRIL - 40 ANOS"


Para que serve um vice-presidente de câmara?..

João Ataíde, o independente reeleito numa lista do PS,  tomou posse em 19 de outubro passado. Leva, portanto, cerca de meio ano deste segundo mandato – o primeiro com maioria absoluta.
Na tomada de posse, o presidente da Câmara da Figueira da Foz afirmou ter como intenção, nos próximos quatro anos,  “prosseguir a consolidação financeira, manter a eficiência, rapidez e transparência dos serviços municipais, intervir no espaço público e nos equipamentos, melhorar a qualidade de vida no concelho e incrementar o desenvolvimento”.
Começou mal, porém, este segundo mandato do dr. João Ataíde: uma das duas reuniões mensais passou a ser realizada à porta fechada; depois, surgiu o caso do estacionamento pago no Hospital da Figueira da Foz;  a seguir, a polémica no CAE que envolveu directamente o seu vereador de confiança e agora vice-presidente  – o dr. António Tavares. Outras polémicas estão em cima da mesa. Uma,  que envolve  também directamente o seu vereador de confiança  - o dr. António Tavares, pois começou com uma frase do vereador PS no jornal AS BEIRAS:  "...  não conseguimos perceber como pode a Açoreana, empresa proprietária do chamado edifício "O Trabalho", fazer perpetuar e permitir a degradação constante do mamarracho que todos conhecemos, para mais situando-se numa zona nobre da cidade e de grande fluxo de turistas e locais..."; a outra, que vai ter novos capítulos, em breve, tem a ver com o facto de “a Câmara da Figueira da Foz ter chamado a si a gestão do EstádioMunicipal José Bento Pessoa, que era gerido há várias décadas pela Naval 1.º de Maio, no âmbito de um protocolo assinado com o clube”.
Presumo que um  vice-presidente de câmara, sirva talvez para  substituir o presidente, quando este está ausente, e usar a sua magnífica cultura, inteligência e lata visão e experiência política para tentar prevenir e evitar “tiros nos pés”, que causam sempre danos políticos para os protagonistas, como certamente o futuro nos irá demonstrar...
É estranho, ou talvez não, que quem quer dar a imagem que  tudo faz e faz e fará para proteger os cidadãos figueirenses tenha  assistido  e continue a assistir a tudo isto  caladinho, fazendo manobras de diversão no jornal, direccionadas para alvos que nada têm a ver com a forma como é gerida a autarquia figueirense, como, por exemplo, o autor deste blogue e outras pessoas que ousam divergir da maneira como esta maioria absoluta está a governar os destinos do nosso concelho.
Seja como for – e oxalá isso não aconteça - arrisca-se a que um destes dias o presidente, para voltar a mostrar quem manda (as pessoas esquecem-se com frequência), o despromova de vice para vereador  dos cemitérios.
Depois do prometedor salto qualitativo que, como político desta política, deu em meados do ano passado, seria muito mais condizente com a actuação que tem tido nos últimos meses.

Ontem, foi mais um dia de governo à beira de um ataque de nervos

O governo desmente-se a si próprio, o que não é uma técnica de gestão recomendável.
Persiste um enigma: foi Montenegro que driblou as Finanças ou estas que desautorizaram o chefe do grupo parlamentar?
O leitor em breve o saberá, mesmo que o governo não nos brinde com o desmentido do desmentido do desmentido. É claro, porém, que o PSD  está dividido sobre as vantagens do suicídio português maquilhado de política de austeridade.
Hoje, no jornal i pode ler-se:
“O secretário de Estado da Administração Pública revelou a jornalistas matéria sensível sobre pensões. 
A Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES), que atinge os reformados com pensões acima dos 1350 euros é provisória, mas o governo está à procura de uma medida de igual valor que mantenha os cortes nas pensões que até aqui a CES tem garantido.
O que o governo assegurou ontem, através do ministro da Presidência, é que para além dessa medida - relativamente à qual negou existir uma formulação definitiva, uma vez que não há conclusões do grupo de trabalho - "não haverá reduções adicionais de rendimento dos reformados em Portugal".
A  polémica sobre o novo desenho nos cortes das reformas rebentou ontem depois de vários diários trazerem na primeira página pormenores sobre a possibilidade de manter os cortes aos pensionistas perante a necessidade de acabar com a Contribuição Extraordinária de Solidariedade. A informação revelada era resultado de um briefing convocado pelo Ministério das Finanças, mas apanhou de surpresa o primeiro-ministro e o ministro responsável pela coordenação política, Poiares Maduro, que desconheciam que as Finanças tinham decidido revelar à comunicação social pormenores do que estava em cima da mesa. Em visita oficial a Moçambique, Passos Coelho apressou-se a classificar as notícias dos cortes permanentes nas pensões como fruto da "especulação", mas não deixou de mostrar claramente o seu desagrado com a decisão das Finanças de divulgar peças do processo aos jornalistas: "Por vezes assisto ao debate público sobre estas matérias e penso que ele podia ser mais sereno e mais informado do que é e espero que os membros do governo contribuam também para isso", disse o primeiro-ministro.
Quanto à notícia concreta, tanto primeiro-ministro como ministro da Presidência remeteram-na para o domínio da "especulação". "Não faz sentido estar a especular, será decidido no governo, não será decidido sem a minha participação", disse Passos Coelho. Com a ministra das Finanças ausente de viagem a Washington, coube ao secretário de Estado da Administração Pública, José Leite Martins, a condução do encontro com jornalistas que apanhou o núcleo duro do governo de surpresa. A reunião era um briefing - em que o secretário de Estado aceitou que as informações fossem atribuídas a "fonte oficial das Finanças".
O problema é que a divulgação não estava coordenada ao mais alto nível e rapidamente tanto o primeiro-ministro como o ministro da Presidência se apressaram numa operação de "controle de danos".
Luís Marques Guedes culpou directamente os jornalistas presentes por, alegadamente, terem transformado uma "conversa em off" em notícia. "Acho que as interpretações feitas pela comunicação social de conversas tidas com alguns membros do governo ou com um membro de um governo - não sei quem tenha sido - é exagerada para não dizer abusiva. Uma coisa é fazer um ponto da situação sobre os trabalhos que estão a decorrer, outra coisa é tirar daí conclusões. Se os jornalistas pretenderam transformar uma conversa em off num ponto de situação num dado adquirido, não chamaria a isso uma fuga de informação, chamaria a isso uma manipulação de informação". Mas a verdade é que não se tratava de uma "conversa em off". Secretário de Estado e jornalistas combinaram - à boa moda dos briefings - o que podia ser atribuído a "fonte oficial das Finanças" e o que não podia. Mas decididamente neste governo um briefing é uma actividade maldita.”

Notícias de Lavos

As Festas da Comunidade Lavoense para 2014,  vão ter  sete iniciativas que se realizam em lugares diferentes da freguesia.
O  programa tem início em Abril, com o “Cantar das Almas Santas”  (há mais de 55 anos que não se realiza), e vai acontecer nos dias 2, 3, 4 e 5 só nos lugares de Outeiro e Franco. No dia 5 será celebrada na Igreja Matriz, pelas 18h00, uma missa por intenção das Almas falecidas e para entrega de eventuais donativos.
A Corrida de Carretas será no Bizorreiro, a 27 de Abril, integrada nas Festas de S. Jorge.
A 27 de Julho, nos Carvalhais, integrado nas festas da Senhora da Luz, vai realizar-se o “Roteiro das Fontes e Lavadouros” (Fonte do Barroco, Largo do Poço, Fonte dos Telheiros, Fonte das Ruas e Fonte da Lagoa), fazendo-se em cada uma um quadro vivo tradicional, que finalizará com um almoço convívio (cada um leva o seu farnel).
O Dia da Cultura Lavoense está agendado para 3 de Agosto, em Santa Luzia, no Sport Clube de Lavos, a partir das 15h00 e está aberto a todos os grupos da freguesia que queiram associar-se. Inclui um desfile e atuação dos mesmos.
Entre 8 e 16 de Novembro, nos Armazéns de Lavos, realiza-se o 7.º Festival das Enguias, que vai contar com muita animação (Folclore, Concertinas, Grupos de Cantares, bombos, gaiteiros, fados, baile e algumas surpresas), tudo com o objetivo de valorizar este certame gastronómico.
O último evento está marcado para Dezembro, em data a anunciar, vai ter lugar na Casa do Povo de Lavos, com a representação da comédia “A birra do morto”, a representar por um grupo formado com “prata da casa”
Segundo explicou José Elísio, estas festas estão orçadas em 17.300 euros, e prometem “continuar a unir os lavoenses por uma freguesia ainda melhor”.

A Junta de Lavos  lançou um desafio às empresas:  solicitar apoios para as colectividades da freguesia.
O anúncio foi feito pelo presidente da junta, José Elísio, no início desta semana, durante a apresentação da Festa da Comunidade Lavoense.
O primeiro donativo já foi conseguido e destina-se à Sociedade Artística e Musical Carvalhense.
A Aviliz, uma empresa vocacionada para a actividade agropecuária, “assumiu um compromisso com dois mil euros anuais”, explicou José Elísio. A empresa compromete-se, assim, a suportar as despesas com a escola de música da filarmónica da SAMC.
Neste sentido, no dia 5 de abril, pelas 21H30, será assinado um protocolo, na sede da associação, sita em Carvalhais. Os pedidos de apoio vão continuar, até porque a freguesia de Lavos tem várias colectividades, para além dos grupos de escuteiros e de jovens lavoenses.

Por outro lado, a junta de freguesia realiza já amanhã, a primeira sessão de esclarecimento “para discutir o presente e o futuro de Lavos”. A iniciativa ter lugar  pelas 21H30, no Sport Club de Lavos.
No dia seguinte, à mesma hora, realiza-se uma nova sessão, na Casa do Povo de Lavos. 
Em abril, a ação é dirigida à população de Carvalhais e decorre, no dia 12, no Centro Recreativo e Cultural Carvalhense. A colectividade de Oucofra é a que se segue (dia 13). No mesmo dia, nova sessão, mas na Sociedade Artística e Musical Carvalhense.
Segundo José Elísio,  as sessões pretendem tão-somente “dar voz à população” sobre projectos, iniciativas e preocupações relacionadas com a freguesia.

Em tempo.
Informação recolhida no Blog dos Carvalhais e no jornal AS BEIRAS, edição papel.

quinta-feira, 27 de março de 2014

Abertura das XXXVII Jornadas de Teatro Amador

imagem sacada daqui
No âmbito da celebração do Dia Mundial do Teatro, o Lions Clube da Figueira da Foz, com a colaboração da Câmara Municipal, realiza hoje, pelas 21h30, no Centro de Artes e Espectáculos, a abertura das XXXVII Jornadas de Teatro Amador, com a peça “Povoação vende-se”, pelo CITEC. 
Esta edição das Jornadas de Teatro Amador vai proporcionar 14 espectáculos em seis freguesias, com 12 das representações a cargo de grupos e colectividades do concelho da Figueira da Foz. 
O encerramento das Jornadas será também no CAE, no dia 01 de Junho, a partir das 15h00, com o Teatrão a apresentar a peça infantil “As extraordinárias aventuras do urso polar e da raposa do deserto”
A peça de hoje, pelo CITEC de Montemor-o-Velho, tem texto de Andrés Lizarraga, dramaturgia, encenação e espaço cénico de Deolindo L. Pessoa e é interpretada por Fernando Campos, Rui Couceiro, F. Capinha Lopes, Quim Zé Carraco, José V. Couceiro (Zé Zé), Andreia Teixeira, Carlos A. Cunha, Maria São José e Judite Maranha.

Não tem pais ricos nem ganhou a lotaria e quer passar a andar de Audi?..

Não desanime: tem (mais) um  “presente envenenado” ...
As nossas vidas, nas mãos deste Governo, são cada vez mais uma lotaria...
Agora, até dependem das bolinhas do sorteio! 

Para quem não ainda não sabe o que é ser um politico de sucesso em Portugal, ser um político de sucesso em Portugal é isto...

"Os impostos indirectos tratam todos pela mesma medida, tanto pobres como ricos, razão porque são, nesse aspecto, mais injustos. É essa, aliás, a razão porque eu nunca concordei em taxar cada vez mais os impostos indirectos, nomeadamente o IVA. Ele vale 20% para quem tem muito como para quem tem pouco".
Pedro Passos Coelho, no livro "Mudar", editado em 2010.

"Se ainda vier a ser necessário algum ajustamento, a minha garantia é de que seria canalizado para os impostos sobre o consumo, e não para impostos sobre o rendimento das pessoas".
Pedro Passos Coelho,  em Bruxelas em 24 de março de 2011.

Passos Coelho e o IVA em 2010 e em 2011

Será que somos um país de bufos e chibos?

foto Pedro Agostinho Cruz
Cândida Almeida, ex-directora do Departamento Central de Investigação e Acção Penal e actual procuradora geral adjunta do Supremo Tribunal de Justiça ao falar sobre o papel económico e social da justiça nos últimos 40 anos, nas conferências Utopias XXI, do Casino Figueira e do Instituto Superior de Contabilidade e Administração (ISCAC) - Business School, na noite de terça-feira passada – e cito o jornal AS BEIRAS – afirmou o seguinte: “Não há inocentes na violação do segredo de justiça”.

Em tempo.
A fuga de informação,  constitui um dos  tais problemas de que toda a gente fala e ninguém resolve neste País.
Será que estamos condenados a ser  um país de bufos e chibos?
Ainda os arguidos não foram notificados da Acusação e já alguém se chibou à imprensa do teor desta...
«Lamento imenso e acho uma vergonha, o que se passa com as buscas em Portugal, as buscas são divulgadas, os jornalistas já lá estão todos prontos, ou alguns, as pessoas têm direito à intimidade da vida privada. Aí os arguidos passam a vítimas e as pessoas condenam-nos», era o que já dizia o antigo Procurador-Geral da República, Pinto Monteiro.

Não há carecas na Coreia do Norte?..

O líder norte-coreano Kim Jong Un com a mulher Ri Sol Ju / Reuters

Os homens norte-coreanos terão de ter o penteado igual ao do líder, de acordo com uma directiva que entrou em vigor em Pyongyang há 15 dias e que se estende agora a todo o país, revelam os media locais.


Portugal, anos setenta do século XX

«Portugal, anos 70 do Século XX, não gostaria de voltar a este País, mas infelizmente estamos cada vez mais perto..»

Em tempo.
Palavras e fotografia de Alfredo Cunha,  via Ana Maria Godinho Costa.

Desportivo Clube Marítimo da Gala em Assembleia Geral


quarta-feira, 26 de março de 2014

Gala Figueira Tv

"Resultados das votações com as percentagens de todos (incluindo os que não ganharam)..."Fernando Gonçalves, aqui.

Será?..

Paulo Macedo: “O problema é as pessoas estarem a consumir medicamentos a mais”...

Reino da impunidade?..

Colégios investigados receberam 20 milhões do Governo

Deixemos as flores e voltemos às demolições (II)

Ontem, por causa da publicação desta postagem,  recebi na caixa de comentários do Outra Margem o seguinte comentário:

“António disse...
Acabe-se com esta demagogia verborreica de uma vez por todas! O meu caro Agostinho conhece o plano de pormenor do Bairro Novo? já ouviu falar? sabe o que são direitos adquiridos? sabe em que situações, de acordo com a lei, é possível dar ordem de demolição de um imóvel? Sabe quanto é que a Câmara teria que indemnizar o privado se quisesse demolir o prédio? Sabe qual o valor do prédio no imobilizado da empresa? Conhece os pareceres jurídicos sobre o assunto? sabe que a Açoreana apresentou um projecto de requalificação do imóvel que foi aprovado e a que não deu seguimento? Sabe que a Açoreana por duas vezes teve que intervencionar o prédio por ordem da Cãmara fazendo aquilo que era possível à edilidade obrigar. Sabe que, de acordo com os juristas, um processo judicial arrastar-se-ia anos e anos e a situação ainda era pior, porque a Câmara perderia de certeza? Sabe de todas as démarches e as entidades contatadas para resolver este problema? Sabe os técnicos e horas que foram investidas na busca de uma solução? Pois é, o problema é falar sem saber. E a sua ignorância nesta matéria é que compara duas situações que, simplesmente, não são comparáveis. Caro Agostinho: escreve do que sabes e o que não souberes pergunta (estou disponível se souber responder) e estuda. Cumprimentos. António Tavares
25 Março, 2014 15:09”

De imediato, teve a seguinte resposta do autor deste blogue:

“Antonio Agostinho disse...
Então, aproveitando a sua boa vontade, ficam algumas perguntas, creio que do interesse de quase todos os figueirenses:
Quanto é que a Câmara, neste caso concreto, teria que indemnizar o privado se quisesse demolir o prédio?
Qual é o impedimento pra o cumprimento da lei, do valor do prédio no imobilizado da empresa?
O que dizem os pareceres jurídicos sobre o assunto?
Porque é que a Açoreana apresentou um projecto de requalificação do imóvel que foi aprovado e não deu seguimento?
Não era obrigação da Câmara zelar pelo cumprimento dos seguimento do projecto?
Porque é as situações não são comparáveis?
A Câmara do Porto tem mais poderes legislativos ou mais competências legais que a Câmara da Figueira?
Porque é que a Câmara perderia de certeza um processo judicial?
Seguindo o seu raciocínio estamos num país sem lei - os tribunais não funcionam?

Sobre a minha ignorância - que é real.
A culpa não será da Câmara que não disponibiliza a informação aos habitantes do concelho?
Será com reuniões à porta fechada - para os munícipes e para os jornalistas - que se incentiva à participação na vida colectiva do nosso concelho?
Cumprimentos
25 Março, 2014 16:50”

Como não obtive resposta, não vou perder mais tempo com a pseudo-exegese do António   Tavares.
Não vou, por uma razão muito simples - por muito que tenha escrito, faltou-lhe a humildade de se reconhecer também, a ele, como parte do problema.
O cerne da questão, como António Tavares muito bem sabe, é outro, bem mais complicado.
É o medo.
Na Figueira  não há a Câmara e os privados.
Na Figueira,  há apenas e só quem tenha relacionamento com e com a Câmara - omnisciente e omnipresente - isto é, de uma forma ou de outra toda a gente depende da Câmara, ponto.
No fundo, no fundo os “democratas”, como se intitulam, não querem o debate, preferem como a pseudo-exegese  demonstra,  atirar-se  às pernas.
Por outras palavras, preferem tentar  matar o mensageiro a discutir a mensagem...
Tivesse António Tavares,  que não é arguido ou suspeito no seu percurso camarário do cometimento de qualquer ilegalidade ou irregularidade, uma réstia de dignidade, uma réstia de moralidade, e seria o primeiro a condenar este tipo de comportamento, que também conheceu e foi vítima, quando estava do outro lado.
Mas não. António Tavares acha-se uma vítima, a única vítima.
E no PS, neste PS,  de que se tornou militante nas circunstâncias e no período temporal conhecido, as vítimas reagem sempre da única forma que conhecem - à canelada.

Os meus melhores cumprimentos senhor vereador.

Assim a vida passa vagarosa: O presente, a aspirar sempre ao futuro: O futuro, uma sombra mentirosa.

“Das coisas mais difíceis que há na vida é prever o futuro, dizia Miguel Torga em 1948 no “Diário”. A afirmação é evidente. Serve para qualquer um de nós - para a cidade ou país onde vivemos ou até este planeta onde partilhamos este mundo globalizado que criámos.
Embora “nem possa ter a certeza dos processos nem a verificação dos fins”, como refere Pessoa, no “Livro do desassossego”, posso ao menos definir objectivos para, caminhando, para eles ir criando o caminho.
O que não posso nem devo, enquanto responsável político, é limitar-me a gerir a res pública de uma forma avulsa, condicionado à obrigação de tratar o lixo, limpar a cidade e pouco mais. Ou condicionar-me a actos avulsos de celebração cultural, mais popular ou mais erudita, permitindo carnavais sem identidade ou satisfazer-me com iniciativas sem enquadramento num plano de futuro.
A Figueira, cuja actividade portuária foi importantíssima nos séculos XVII e XVIII, que teve uma incomparável actividade turística dos finais do século XIX e até meados do século XX, adormecida por tão notáveis êxitos, acabou por não definir novos objectivos, terminados os anos de ouro. Se “o caminho se faz caminhando”, não é menos verdade que não chegaremos onde não sabemos para onde ir.
Talvez que o facto de termos agora um responsável regional possa ajudar a definir objectivos através das sinergias que potenciem todos e cada um dos concelhos da nova CIM. E que, na falta de recursos, ao menos se consagre no planeamento regional e local os objectivos que verdadeiramente merecem a região e o concelho.”

Em tempo.
O texto é do Eng. Daniel Santos, e foi sacado à edição impressa do jornal AS BEIRAS.
O título é do Poeta Antero de Quental (“Sonetos” 1860-62) e é uma escolha do autor do Outra Margem.

O porquê da centralização da fiscalização bancária na Europa

A figura da semana:
“Anda tudo para aí muito satisfeito com o facto de a União Europeia ir finalmente concentrar no BCE os mecanismos de fiscalização bancária, algo que há muito já deveria ter sido feito, dizem.
De facto, deveria; mas não foi, e não é por acaso que não foi; e agora é, e não é por as instituições e os deputados europeus terem finalmente feito o que já deveriam ter feito.
O que acontece é que a crise financeira vai chegar agora aos grandes bancos europeus.
A crise financeira (que não tem nada a ver com a crise das dívidas soberanas, que é a consequência directa do Tratado de Lisboa) resulta de o enriquecimento bancário se ter feito através de processos especulativos que estoiraram quando as pessoas, por efeito desses mesmos processos que aumentaram a desigualdade, começaram a empobrecer - a especulação alimenta-se do enriquecimento das vítimas, se estas empobrecem, morre. Os bancos pequenos não tinham como fugir às consequências da crise e estoiraram; mas os bancos grandes estão exactamente na mesma situação, ou pior, porque a sua capacidade especulativa é muito maior.
Eu já escrevi há anos que o Deutsche Bank deve ter um buraco tão grande que a Lua cabe lá dentro; até agora, têm conseguido esconder esse buraco, mas isso não vai durar muito mais; e quando ele estoirar, quem o vai assumir? A Alemanha vai fazer o mesmo que Portugal fez?
Claro que não! A Alemanha vai chutar o problema para a Europa, para o BCE, para nós!!!
Nós ainda vamos ter de contribuir para tapar o buraco do banco da Alemanha. Já estamos a contribuir, este processo das dívidas soberanos está a ser usado para tapar esse buraco à nossa custa; mas não chega, é preciso mais, muito mais.
Portanto, já sabem: o processo em curso, o trabalho apresentado pela Elisa Ferreira, não é o resultado da acção dos deputados em defesa da Europa, é o resultado da acção das instituições europeias ao serviço da Alemanha.”

Um partido que cria bancos desde 1993...

"Ainda o novo banco do PSD não nasceu e já vai assim"...

terça-feira, 25 de março de 2014

Para mais tarde recordar

foto Paulo Pimenta
Luís Montenegro, líder da bancada do PSD: "Quero deixar aqui de uma forma clara. Vamos todos jogar limpo. Não é verdade que venham aí cortes de salários mais e pensões, mais cortes de rendimentos".