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segunda-feira, 25 de abril de 2016

Não é assim que se comemora e dignifica o 25 de Abril - o verdadeiro, o de 1974.

Todos temos o direito à burrice...
O problema é que alguns abusam...
Esclareço, desde já, que gosto de burros - naturalmente, dos animais de quatro patas. 
Aliás, adoro todos os bichos com quem consigo criar empatia. 
Nos burros, aprecio o  egocentrismo que gostam de exibir,  que passa por alguma indiferença, sublinhe-se, quase que astuta, que nos leva a nós, burros, a chamar-lhes burros! 

Ainda hoje de manhã tive de me confrontar com a burrice humana.
A sessão da Assembleia Municipal que se realizou para comemorar o 25 de Abril, foi marcada para o pequeno Auditório do CAE.
Com lugares marcados para os convidados, vereadores camarários, membros da Assembleia Municipal, jornalistas, banda, coro, sobraram para aí uma dúzia de lugares para o Povo.
Resultado, o Povo velho, novo, doente, resistente, possante, débil, frágil, só teve duas alternativas: ou aguentou estoicamente em pé toda a sessão, virou costas e ou suportou parte...
O caricato da questão é que, como a minha foto, apesar da sua péssima qualidade demonstra, é que havia vários lugares reservados por ocupar, pois alguns dos convidados com direito a tratamento vip primaram pela ausência!..

Mesmo assim, ainda aguentei Joaquim de Sousa, o orador oficial, e os representantes do BE, PCP e PSD. Quando começou a usar da palavra o representante do PS, como não podia tomar xanax - estava de pé há mais de uma hora -, com muita pena minha, bati em retirada. Perdi, certamente, "um grande discurso", repito, "um grande discurso!", do presidente da Câmara da Figueira da Foz sobre a data gloriosa do 25 de Abril.

Entendamos: na Figueira, o 25 de Abril não está em causa. 
O que está em causa, com este executivo,  é o retrocesso dos valores de Abril. Em nome de um economicismo balofo, que, nos mínimos pormenores, se sobrepõe às pessoas,  está-se a descaracterizar tudo o que de positivo foi sendo feito - e muito foi -  ao longo destes anos.
Marcar, por exemplo, uma sessão comemorativa do DIA DA LIBERDADE e não contar com o Povo, simples e sem privilégios, não dignifica a data nem os valores que ditaram a necessidade da sua ocorrência.

O 25 de Abril aconteceu para isto mesmo: para se dizer o que se  entende e não sofrer nada com isso
Antes do 25 de Abril, não era assim. Quem diz o contrário, nunca teve nada para dizer, ou então disse o que o poder gosta de ouvir. Tipo: "a política é para os políticos" ou "deixem-nos governar". 
Os ditadores não proíbem apenas o que se diz, ou escreve, tentam proibir o direito que o Povo tem à informação e ao conhecimento...
Os ditadores proíbem tudo o que podem. Sobretudo, aquilo que se chegar ao conhecimento do Povo, pode colocar em risco os privilégios dos que proíbem

O que os políticos actualmente no poder na Figueira defendem é excessivamente mau.
Daí, o controle sobre os órgãos de informação e as reuniões de Câmara à porta fechada.
Muito próximo do que defendiam os fascistas depostos em 25 de Abril de 1974... 

domingo, 20 de dezembro de 2015

Bom domingo, bom natal e um próspero ano novo...

Há 9 anos e muitos meses, que andamos por aqui a dar notícias da Aldeia.
Tanto tempo depois, para desgosto de alguns, ainda por cá andamos...
Olhando para trás, modestamente, penso que este espaço, contribuiu para trazer à colação muitos problemas desta Aldeia, esquecida de gentes e poderes, da qual, não se costumava  dizer muito...

Para preocupação de alguns, Outra Margem adquiriu estatuto intervencionista, ao denunciar questões importantes para a Aldeia, para a cidade e até para o concelho, como, por exemplo, o "caso da erosão costeira a sul do Mondego", o "caso da falta de segurança da nossa barra", o "caso Alberto Gaspar", o "caso do Hospital que foi colocado dentro de um parque de estacionamento", o "caso de uma câmara de maioria absoluta socialista, que decidiu fazer reuniões de câmaras à porta fechada", etc.

Este espaço, protestou e lutou em nome do autor e, certamente, veiculando e dando voz ao protesto de muitos que não sabem como o fazer, contra o descalabro e a má governação a que estamos sujeitos.
Sem falsa modéstia, este espaço acabou a contribuir por integrar a Aldeia  na propalada globalização, sendo, desde há anos, um elo de ligação e uma fonte diária de notícias para muitos daqueles que, para conseguir sobreviver, tiveram de emigrar e estão espalhados por vários cantos do mundo...

Enquanto português, pagador de impostos e eleitor, há muito que desacreditei dos  políticos que tenho conhecido. 
A esses, a meu ver, resta apelar a algum bom senso que ainda possam ter...
Nos últimos anos, reduziram o emprego, a instrução, a saúde, a competência, a capacidade de criar, a riqueza, a iniciativa privada, a vontade de viver e  investir num país falido, enquanto fomos vendo  aumentar impostos, reduzir apoios sociais, salários e pensões.

Dos políticos locais, apenas espero que na próxima campanha política, os candidatos nos falem de forma clara dos projectos que têm para o Concelho e  para cada uma das freguesias que o compõem. É, apenas, isto que espero. 
Por mim, estão dispensados de passar cá pela Aldeia, com discursos políticos e promessas que se vão repetindo, campanha eleitoral após campanha eleitoral.
É o que menos me interessa. Quero compromissos claros e exequíveis. Quero gente que esteja ao nosso lado e na primeira linha a dar a cara pelos interesses da Aldeia e que lute connosco pela defesa da nossa terra sem calculismos políticos. 
Uma sugestão aos presidentes da junta: podem começar por lutar para mudar a realidade que são os orçamentos ridículos atribuídos anualmente para as freguesias.

A minha visão da sociedade e a minha maneira de estar na vida, não concebe ou admite, que para enganar terceiros e colher benefícios eleitorais, se gastem milhares de euros em equipamentos culturais e, passados anos, por falta de planeamento sustentado, funcionem como "tascas".
É por isso, sem querer impor a ninguém esta minha visão e esta minha maneira de estar na vida,  que não me calarei e não deixarei de protestar contra hipocrisias e oportunismos políticos.
É a democracia que me permite ter opinião. Exactamente, a mesma democracia que, por ironia do destino,  permite ao Cavaco ser presidente da República, ao dr. Costa ser primeiro-ministro, ao dr. Ataíde ser presidente da CM, ao António Salgueiro ser presidente da junta, curiosamente num país, num concelho e numa Aldeia, onde essa mesma democracia possibilita aos cidadãos eleger quem melhor lhes poderia responder aos seus anseios e aspirações...

Quanto ao que faço da minha vida, se escrevo em blogues, como em tempos escrevi em jornais, como em tempos fiz parte dos corpos directivos das Colectividades, fui membro de um executivo da junta de S. Pedro, andei a dar banho à minhoca, isso, os críticos deveriam saber que são assuntos da esfera da minha vida privada. 
Ninguém obriga ninguém a candidatar-se ao exercício de cargos políticos.

O que faço do meu tempo é comigo. 
Assim como é comigo viver onde quero viver, pelo que dispenso imposições, sugestões ou conselhos para me mudar, se me não sentir bem na Aldeia.
Fruto do trabalho, dos meus progenitores e meu, consegui garantir, há muito, os meios para que tal fosse possível nos quase 62 anos da minha vida. Quando a Aldeia que é a minha terra natal, não reunir condições para que aqui habite, com a qualidade de vida mínima que qualquer cidadão deve exigir, saberei mudar-me, sem que seja empurrado. 

O problema de fundo, para alguns, é que cada vez mais cidadãos da Aldeia, aspiram igualmente a uma Aldeia mais digna, mais desenvolvida, mais capaz de garantir habitabilidade, qualidade de vida e emprego aos seus filhos, coisa que até ao presente, não foi conseguida. 
As reminiscências de um caciquismo serôdio, velho de quase 30 anos, não afugentam ninguém.
Bom domingo, bom natal e um próspero ano novo.
Amanhã, a luta continua...

domingo, 29 de novembro de 2015

A Figueira intelectual deixou de pensar?

foto sacada daqui
O silêncio dos intelectuais figueirenses, face ao que se passa na nossa cidade desde 4 de novembro de 2013, diz quase tudo da cidade que somos. 
Não me lembro só (mas também...) de colunistas com tribuna fixa na imprensa ou com acesso aos canais intelectuais locais bem-pensantes. 
Lembro-me da elite intelectual local em geral, gente com obra feita na literatura, no jornalismo, nas artes plásticas, no ensino, responsáveis por grandes empresas, gente do teatro e do cinema, etc. Com raríssimas excepções, ressalvando os casos do engº. Daniel Santos e Rui Curado da Silva, o silêncio tem sido praticamente total. 
Nenhum órgão de comunicação local se lembrou de organizar um debate onde pusesse a discutir o tema, nomes “fortes” como Gonçalo Cadilhe, Nuno Camarneiro, Mário Silva, Domingos Silva, Joaquim de Sousa, Fernando Cardoso, Luis Albuquerque, Silvina Queirós, António Jorge Pedrosa, António Augusto Menano, por exemplo, para lhes perguntar o que pensam  de na Figueira se realizarem reuniões de Câmara à porta fechada, há mais de dois anos, num País que conseguiu a democracia desde o 25 de Abril de 1974.
Seria interessante saber o que pensa a intelectualidade local, sobre este assunto. 
O silêncio, na cidade do respeitinho, sobre este assunto, continua ensurdecedor.
Será, assim, com a manutenção de decisões destas, que se vai conseguir reforçar a participação dos figueirenses na vida colectiva da sua cidade? 
As pessoas, como sabemos, cada vez comparecem em menor número aos actos eleitorais. 
Cabe também aos políticos pensarem nisso - principalmente, fora da época das campanhas eleitorais!..
A Figueira é o berço do Patriarca da Liberdade e uma Terra aberta e disponível para a democracia. 244 anos depois do seu nascimento, ainda na sexta-feira passada, no discurso que fez no decorrer da cerimónia de homenagem a Álvaro Cunhal, João Ataíde - e bem - lembrou este grande vulto da Liberdade em Portugal. 
Como entender, perceber e aceitar que tivesse sido imposto por um executivo camarário PS, com maioria absoluta, tendo como presidente de Câmara o Dr. João Ataíde, reuniões camarárias realizadas à porta fechada?..

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

O meu balanço de dois anos de mandato autárquico deste executivo da Câmara da Figueira da Foz

Cito o jornal AS BEIRAS
de hoje.
"Em 2009, João Ataíde, que até àquele ano era juiz desembargador, conquistou a Câmara da Figueira da Foz para o PS, depois de 12 anos de gestão do PSD. Obteve, no entanto, maioria relativa, tendo na oposição os social-democratas e a Figueira 100%. Recandidatou-se em 2013, sem o movimento independente na corrida, e conquistou a maioria absoluta. A primeira medida que tomou foi fechar ao público e aos jornalistas a primeira das duas reuniões de câmara mensais ordinárias, pondo fim a uma tradição que se mantinha desde o 25 de Abril.
Foi uma decisão política controversa que mereceu forte contestação, por parte da oposição e da opinião pública. Quando já praticamente ninguém falava no assunto, volta a gerar celeuma, ao debater o plano estratégico do concelho à porta fechada. Desta vez, até autarcas e dirigentes do PS se juntaram às críticas. O autarca independente admitiu rever a decisão.
Porém, volvidos dois anos, tudo continua na mesma."

Esta tomada de posição política tomada por Ataíde no início de um mandato com maioria absoluta, marcou os 2 anos que se seguiram e há-de marcar os 2 anos que faltam por cumprir.
Ninguém que se julga com poder - como é o caso do ex- juiz desembargador e actual presidente da câmara da Figueira da Foz - gosta da democracia, porque sabe que só a democracia me dá a mim, vulgar cidadão, sem poder político ou económico, o direito e a possibilidade de derrubar alguém que se julga com poder...

O resto era o mínimo que tinha de ser feito. 
Volto a citar AS BEIRAS. "Os 40 milhões da dívida da câmara e das empresas municipais que encontrou em 2009, está a ser paga ao abrigo de um plano de saneamento financeiro, com maturidade de 12 anos (termina em 2021), que absorve cerca de seis milhões de euros por ano. 
Das obras realizadas nos dois últimos anos, João Ataíde destaca a construção do novo quartel dos Bombeiros Municipais e da Extensão de Saúde de Lavos; recuperação do Forte de Santa Catarina; instalação do Balcão de Atendimento Único da câmara; requalificação do largo da Feira Velha de Maiorca; beneficiação da rede viária, que continua (mas pouco, digo eu...);  as obras que acabaram com as inundações na rua da República. A segunda fase da reparação das muralhas de Buarcos também foi concluída neste lapso de tempo autárquico, bem como o centro de convívio e cultural do Portinho da Gala (vai servir para quê? - pergunto eu.  Mais de um ano depois do seu acabamento e meses depois depois da sua inauguração continua fechado...).
Estão aprovadas intervenções nas escolas Cristina Torres (secundária) e da Gala (1.º ciclo), relva sintética no campo de futebol da Leirosa e requalificação do areal urbano. 
Aplicou, por propostas da oposição (PSD), o primeiro Orçamento Participativo, processo em fase de votação." 

João Ataíde não gosta daquilo que considera ser um "misto de Conselho de Ministros e Parlamento, onde o órgão executivo se reúne para deliberar com a participação da oposição, que aproveita este figurino de governação para mediatizar as suas posições e propostas, e a presença de público e jornalistas." 
Por isso, depois da maioria absoluta, concluiu: “a oposição tem muito mais informação nas sessões fechadas ao público do que nas abertas. Nas abertas, temos a percepção que estamos escancarados a toda a comunicação. A democracia não é um ato de democracia directa”. 
Entretanto, continuamos com “o mesmo ar bafiento”...
Um dia, porém, os figueirenses, tal como os portugueses, vão acordar. Quando tal acontecer, não vão aceitar mais a multiplicação de discursos e proclamações de belos e grandes princípios democráticos que redundam, sempre, num profundo imobilismo político.
Os figueirenses e os portugueses, um dia, vão perceber que basta fazer o óbvio – pensar antes de votar.
Todo o mundo é composto de mudança.

Em tempo.
O caso do estacionamento pago no Hospital da Figueira da Foz, é talvez a maior obra de que o presidente Atáide se deve orgulhar, pois alcançou algo único e inédito, creio que em todo o mundo: conseguiu meter um Hospital dentro de um parque de estacionamento.
Ataíde e esta maioria absoluta do PS,  têm um lindo problema para resolver com esta história do estacionamento pago no Hospital Distrital da Figueira da Foz.
Como é que uma Câmara, que não tem dinheiro para fazer cantar um cego, avançou com 80 mil euros para resolver um problema que não é seu, que na melhor das hipóteses prevê recuperar em cinco anos, metendo-se num enorme imbróglio, isso, confesso, faz-me  uma enorme confusão!..

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Porque é que eu não estou assim tão confiante?...

A Figueira tem tido azar com as escolhas que os partidos têm feito para presidente de câmara.
Quando o PSD escolheu "um peso pesado", escolheu um profissional da política.
Quando o PSD e o PS escolheram "independentes", ficámos onde nos encontramos: no limbo, que é uma excelente e interessante maneira de não ser "nem carne, nem peixe".
Gere-se à vista, faz-se qualquer coisa, vai-se andando...
Tivemos a actual maioria absoluta da vereação camarária de um partido de Esquerda, o PS, a tomar decisões liberais que nenhum outro, PSD e anteriores vereações PS, ousou tomar.
Refiro-me, muito concretamente, às reuniões à porta fechada. 
Imaginem o que seria uma gestão PSD a implementar uma medida destas na Figueira?
Seria combatida e criticada como uma tomada de decisão de direita.
Como foi o PS, foi considerada e aceite pela maioria dos figueirenses, como uma medida de oportunidade, qualificada mais de centro, ou mais de esquerda.
Depende dos "oportunistas"...
Ontem, ficámos a conhecer o frágil governo de Cavaco Silva, de Passos Coelho e de Paulo Portas, no fundo o governo que interessava a António Costa.
Espero que esta venha a ser a situação que venha a interessar à maioria de nós...

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Recordar Manuel Fernandes Tomás, "O Patriarca da Liberdade", a tradição e a consciência cívica...

Mais uma vez, cumpriu-se a tradição. 
A tradicional homenagem a Manuel Fernandes Thomaz realizou-se no passado dia 24 de Agosto, uma oportunidade para os figueirenses reflectirem sobre os valores do político nascido na Figueira da Foz em 1771, a quem chamam o “Patriarca da Liberdade”
À deposição de uma coroa de flores no seu túmulo, situado junto ao monumento que lhe é dedicado, na praça 8 de Maio, seguiram-se as intervenções: António Ambrósio (presidente da Associação 24 de Agosto), Fernando Cardoso (presidente da Associação Manuel Fernandes Thomaz), Manuel Fernandes Tomás (descendente do homenageado) e João Ataíde (presidente da autarquia figueirense). 
O Grande Oriente Lusitano-Maçonaria Portuguesa enviou uma comunicação, que foi lida na cerimónia. 

Em tempo. 
A Figueira é o berço do Patriarca da Liberdade e uma Terra aberta e disponível para a democracia. 
244 anos depois do seu nascimento, como entender e aceitar que tivesse sido imposto por um executivo camarário PS, com maioria absoluta, tendo como presidente de Câmara o Dr. João Ataíde, reuniões camarárias realizadas à porta fechada?..

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Isto de "experiência-piloto de orçamento participativo", tem muito que se lhe diga... (II)

"Na passada sextafeira foi apresentado publicamente, nos paços do concelho, o Orçamento Participativo (OP), que resultou de uma proposta que os vereadores eleitos pelo PSD apresentaram e que mereceu a unanimidade da câmara. 
Num momento em que cada vez mais se verifica o afastamento dos cidadãos da coisa pública, ou melhor, os gestores da coisa pública se encarregam de afastar os cidadãos, este é um passo para evoluirmos na inversão desse caminho... 

Esperemos agora, que os Figueirenses aproveitem este mecanismo e se mobilizem."

Em tempo. 
O resto da crónica de Miguel Almeida, pode ser lida no jornal AS BEIRAS de hoje.
Para já, para mim a melhor ideia para celebrar a liberdade e a democracia é, simplesmente, praticá-la no quotidiano. 
Por isso fica a pergunta senhor presidente da câmara: para quando o fim das reuniões de câmara à porta fechada?..

sábado, 15 de agosto de 2015

Isto de "experiência-piloto de orçamento participativo", tem muito que se lhe diga...

Lido na quarta-feira passada no Diário de Coimbra
Questionado sobre se o projecto recupera o conceito da chamada Aldeia do Mar - uma promessa eleitoral anunciada em 2009 e nunca concretizada, que passava pela instalação de valências ligadas à investigação científica e à economia do mar complementada por espaços de lazer - João Ataíde sorriu e replicou: "vamos ver"
Quando? 
"Na reunião privada do executivo que se realiza a 3 de Setembro, que é quando a proposta vai ser apresentada"?

No dia 24 de Outubro de 2013, pela primeira vez, depois do 25 de Abril de 1974, um executivo camarário PS, com maioria absoluta, tendo como presidente de Câmara o Dr. João Ataíde, realizou uma reunião de Câmara vedada à presença de público e da comunicação social. Para que conste e por ser verdade a “coisa” para ser aprovada teve o voto a favor de João Portugal, Carlos Monteiro, João Ataíde, Ana Carvalho e António Tavares, as abstenções de Azenha Gomes e João Armando Gonçalves e um único voto contra, o de Miguel Almeida. .. 
Uma Câmara Municipal é um órgão democrático do Poder Local, onde o presidente só consegue impor a sua vontade se tiver o apoio ou a conivência da maioria dos vereadores. Foi o o que aconteceu. 
Olhamos para o passado recente da Figueira e cada vez temos mais perguntas, o que não quer dizer que o amor e o interesse pelo que se passa no nosso concelho e na minha Aldeia tenha diminuído. Pelo contrário. Talvez  tenha ficado mais complexo e rico.  
Aliás, deve ter sido essa a intenção de um presidente de Câmara e de uma maioria socialista que se continua a afirmar pela pedagogia e culto da democracia participativa!.. 
Lido hoje no jornal AS BEIRAS.
"O Orçamento Participativo (OP) Figueira da Foz foi apresentado ontem nos paços do concelho. 
José Correia, adjunto da presidência, começou por introduzir que, neste 2.º semestre, a autarquia leva a cabo uma experiência piloto de OP, diferente do modelo que vigorará em 2016. 
Assim, por agora, é considerado todo o concelho (posteriormente será sob a forma de quatro áreas diferentes – cidade, sul, norte e leste). 
O OP conta com uma dotação orçamental de 100 mil euros, atribuída ao projeto mais votado. 
Quem pode participar? Todos os cidadãos recenseados na Figueira da Foz e que, previamente, procedam ao seu registo. Informações que estão disponíveis desde ontem na página da internetda câmara orcamento-participativo
De realçar que a submissão da proposta requer que 20 cidadãos registados a subscrevam. No entanto, um munícipe pode subscrever mais do que uma (com a entrega nos serviços da autarquia ou das juntas de freguesia). 
Serão agendadas sessões de esclarecimento para apresentação e discussão de propostas, posteriormente analisadas por uma comissão a nomear pelo presidente da câmara. A votação é – este ano – online. “É um ano de teste. Pretende-se estimular a participação dos cidadãos, melhorar os procedimentos administrativos e no limite adaptar o regulamento em face daquilo que tivermos”, disse José Correia. 
Por sua vez, o vereador da coligação de oposição Somos Figueira, Miguel Almeida, registou com agrado o convite do presidente da câmara para a apresentação. “O OP vem reforçar a qualidade de democracia”, disse Miguel Almeida, salientando que “não deve ser estanque, devendo proceder-se a avaliações anuais”
O vereador apelou ainda aos figueirenses para que “se mobilizem para apresentarem propostas para o concelho”.  
Por último, o presidente da câmara afirmou que se trata do “primeiro sinal de democracia participativa”.  Evocando que o OP foi uma proposta do PSD, acolhida por unanimidade, João Ataíde acrescentou: “Estamos agora em condições de avançar com este projecto”
O edil manifestou que terá de ser iniciado de forma cautelosa. Quanto ao orçamento disse que deve ser alargado tanto quanto possível." 

João Ataíde, porém, pelo que tive oportunidade de ler no jornal AS BEIRAS, deixou no ar algo que me inquietou, apesar de não ser adepto dos modos de funcionamento dos diversos aparelhos partidários: “haverá um cuidado de afastar as estruturas partidárias da participação activa”.
É conhecida a dificuldade de João Ataíde em transmitir mensagens claras e perceptíveis pelo comum dos figueirenses. Todavia, há coisas básicas que se exige que um cidadão independente, eleito presidente de câmara democraticamente por uma lista independente tem de saber passar com clareza aos seus munícipes.
A democracia sem partidos, ou de partido único, não é democracia, é tirania. Não há volta a dar-lhe senhor presidente. 
Apesar dos partidos que foram fundados e saíram de processos de libertação da tragédia da segunda guerra ou das ditaduras (mesmo as que duraram mais, como aconteceu em Portugal), estarem muito mal vistos pelos cidadãos em geral, por terem enveredado por práticas pouco recomendáveis e funcionarem, sobretudo, para os homens e mulheres do aparelho, pelo que deixaram de estar ao serviço da resolução das aspirações de largas camadas da população portuguesa, não  é necessário, nem legítimo, que se afastem os partidos, para se inventarem novas formas de expressão da vontade popular - passem elas pela democracia digital, pela democracia representativa ou pela democracia directa (ou participativa, para usar um termo mais moderado)
Tudo, porém, demora tempo e exige clarificação para evitar equívocos. 
Aquilo que se está a iniciar na Câmara da Figueira - a tal "experiência-piloto de orçamento participativo" -  é o início de uma revolução que um dia será conhecida por uma designação ainda não encontrada com exactidão.
Exige-se, por conseguinte, aos responsáveis cuidado e clarificação na linguagem e nas atitudes.
Para já, para mim a melhor ideia para celebrar a liberdade e a democracia é, simplesmente, praticá-la no quotidiano. 
Por isso fica a pergunta senhor presidente: para quando o fim das reuniões de câmara à porta fechada?..

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Quem se agarra à puridade?..

De vez em quando apetece relembrar isto…
Desde Outubro de 2013, pela primeira vez, depois do 25 de Abril de 1974, um executivo camarário PS, com maioria absoluta, tendo como presidente de Câmara o Dr. João Ataíde, votou, para passar a vigorar daí para a frente, que os jornalistas e o público só podem estar presentes na segunda reunião de câmara do mês. 
Em Fevereiro passado, foi  votada uma proposta dos vereadores do PSD que defendia o fim das reuniões de câmara à porta fechada... 
Mais uma vez, a maioria absoluta PS, votou pela manutenção de uma reunião mensal realizada à porta fechada. 
Como defendemos desde que tal acontece – Outubro de 2013 - foi um erro, que o PS vai acabar por pagar… 
Sabem quem se agarra à puridade
Os camaleões, quando lhes interessa. 
Pode-se gostar do que não se entende. Porém, nunca se gosta do que não se conhece… 

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Sobre a saúde e a qualidade da democracia figueirense...

“Recentemente”, como refere a crónica de hoje do eng. Daniel Santos no jornal AS BEIRAS, “por iniciativa da câmara e da ACIFF discutiu-se o futuro da Figueira." Na opinião do cronista, “a probabilidade de se encontrarem soluções de futuro é maior se ocorrerem eventos desta natureza, onde possam discutir-se, de uma forma abrangente, as questões que tenham tradução na clarificação das metas e dos percursos para as atingir.” 
Todavia, parece que nem todos desejam que seja assim, como regista a terminar a sua crónica o eng. Daniel Santos: “é óbvio que tais eventos devem ocorrer com a participação do maior número possível de cidadãos, o que não acontece quando, embora abertos ao público, tenham lugar a meio da manhã. Por isso, não posso opinar sobre o que lá se passou, tal como a generalidade dos cidadãos, muitos deles interessados no futuro da Figueira e que poderiam também dar o seu contributo. Ou será que tais eventos se destinam apenas a autarcas executivos, empresários e reformados?”

Presumo que o sublinhado pelo eng. Daniel Santos, não aconteceu por acaso. Entre os actuais responsáveis empresariais e políticos, há gente que, na prática, defende que não é possível, na Figueira, discutir seja o que for acerca do futuro - sobretudo, o futuro dos figueirenses - pois o tempo, no nosso tempo, corre a uma velocidade vertiginosa e os políticos eleitos, seguindo as regras da democracia representativa, vivem e governam para os ciclos eleitorais e a ditadura mediática, reduzindo a ética republicana a um minúsculo emblema que, no máximo, ostentam em lindos discursos de circunstância ou na lapela. 
Temos o caso das reuniões camarárias realizadas à porta fechada e, depois, a acusação hipócrita das “elites” de que a maioria dos cidadãos não liga à política. 

Neste momento na Figueira – espero que algum Movimento Cívico pegue na ideia – parece-me que o mais urgente e importante seria “convocar os figueirenses” para debater, enquanto é tempo, a saúde e a qualidade da democracia local. 
Aquilo que o eng. Daniel Santos escreve no final da crónica que tenho vindo a referir é o cerne da questão para uma discussão profícua, consequente e séria do futuro da Figueira. 
A saúde e a qualidade da democracia – isto é, a participação do maior número de pessoas na discussão dos problemas - deveria interessar aos poderes políticos e aos negócios. Mas, mais do que aos poderes políticos e aos negócios, interessa aos cidadãos e só o inconformismo que ouse colocar a democracia em debate pode salvar a própria democracia. 
Todavia, penso que isso na Figueira será muito difícil de acontecer, pois pelo que conheço dos políticos locais, eles julgam que funcionam como um relógio suíço! 
E quem é que ousa discutir com um relógio suíço que goza da fama de estar quase sempre certo?

segunda-feira, 23 de março de 2015

Importante é o que se faz

Não custa ouvir as pessoas, a crónica do vereador Somos Figueira, Miguel Almeida, hoje publicada no jornal AS BEIRAS, mostra que devemos avaliar as práticas que as pessoas defendem e não as pessoas em si mesmas. 
Devo dizer, porém, que sempre me foi difícil separar as pessoas das ideias que defendem, porque é nesta adesão às ideias (ou afastamento) que nos mostramos aos outros; que definimos aquilo em que acreditamos (ou não); que, afinal, somos o que somos. 
Contudo, a prática, para mim, é o mais importante.
Há muito aprendi que não vale a pena atacar as pessoas por serem de esquerda ou de direita, deste ou daquele partido, deste ou daquele clube, desta ou daquela religião. 
Tenho amigos de esquerda e amigos de direita. Tenho amigos adeptos de vários clubes. Tenho amigos de várias religiões e sem religião.
Interessa-me, sobretudo, o que as pessoas fazem na sua prática diária. 
Há pessoas de esquerda que, apesar dos ideais que apregoam, são incapazes de ajudar uma pessoa em dificuldades ou de se comoverem com o sofrimento alheio, assim como há pessoas de direita que são profundamente solidárias e sensíveis. 
Mais importante do que a religião, o clube ou a família politica em que se inserem, vale a pena avaliar as pessoas pelo que são e pelo que fazem.
Conheço pessoas que dizem que são contra as reuniões camarárias à porta fechada e pelas reuniões descentralizadas e, depois, com o seu voto, permitem que se faça o contrário no organismo a que pertencem.   

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

A propósito de reuniões camarárias à porta fechada...

para ler melhor clicar na imagem
Ontem, via internet, acompanhei a reunião camarária...
Foi uma reunião que teve muita participação popular no período a esse fim destinado.
Foi essa a melhor memória que registei da reunião camarária de ontem à tarde... 
Mas, por quanto tempo pode essa imagem persistir na minha memória?
Na próxima reunião de câmara, mesmo que queira, não posso acompanhar o que, presumo, de mais importante se passa no meu concelho.
Deverei concluir que a persistência dessa futura nova imagem na minha memória, se ficará a dever ao facto de a porta daquela casa se encontrar fechada durante as horas que durar a próxima reunião camarária?
A meu ver não deverei. 
A persistência da perturbação que essa futura memória causa em mim e, estou certo, em muitos figueirenses, ficará a dever-se mais ao facto de perdurar em nós a imagem da porta fechada.
Mas, sobretudo, em mim e, presumo, que em milhares de figueirenses, vai perdurar a imaginação daquilo que, para além da porta fechada, não pude observar...
Nessa futura próxima memória, o elemento mais forte pode muito bem consistir numa imagem daquilo que não pude assistir, mas posso imaginar que, eventualmente, possa vir a acontecer...
Imaginações vagas e férteis todos temos... E, sobretudo, persistentes.  

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

A propósito de «gajos porreiros» que apoiam reuniões camarárias à porta fechada...

Hoje de manhã - ironicamente, eu sei... - um amigo meu de longa data, alertou-me para algo que, confesso, me estava a passar completamente ao lado.
Pela conversa, fiquei a perceber que, na Figueira, devo ser o único tolinho a achar - como sabem, o figueirense gosta de «achar»... - obscenas as manifestações públicas de um dos «gajos mais porreiros» da política e da cultura local - «quando convém, está sempre estrategicamente ausente, faz de conta que discorda, para, depois, de forma hipócrita e sagaz, através de palavrinhas mansas, manipuladas e ensaiadas, aparecer a salvar a face do poder que assume e exerce com unhas e dentes».

É pá, mas o que querem?.. Eu sou assim, inquieto e rebelde...
Não é que eu tenha nada contra os «gajos porreiros» que gostam de apoiar e ser apoiados. E é sabido que o figueirense gosta muito de «apoiar». Principalmente quem está conjunturalmente no poder. É uma coisa que lhe está no sangue: «apoiar».
O que, reconheço, é sinal de inteligência: a tendência é «apoiar-se» o poder, não vá a solidão e o ostracismo tecê-las...

Não querendo pôr em causa nada e, muito menos, ninguém, ingenuamente pergunto: que é feito do homem de cultura, anti-sistema, revoltado com o populismo, entregue à discreta solidão criadora?
Finou-se? Faleceu? Bateu as botas?
Agora é só alegria, confraternização, pancadinhas nas costas: no fundo o culto do «lambe-botismo».
O que prova, que pela Figueira, o pudor é qualidade em avançado estado de rarefacção.

Bom, mas tudo tem os seus pontos positivos: por exemplo, podermos observar o lado cómico-trágico do exercício.
Contudo, a conclusão é trágica: a aritmética não quer nada com a Cultura.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

O PS respondeu à oposição?..

A meu ver falta um ponto de interrogação no título da notícia publicada hoje no jornal AS BEIRAS.
Espero,agora, que o PS seja coerente até ao fim deste mandato autárquico e no futuro - os cerca de 3 anos que faltam - mantenha as reuniões à porta fechada.
Espero, também, que durante os cerca dos 3 anos próximos anos a oposição «e outras forças políticas, independentes e parte da opinião pública e publicada», nunca se conformaram com a decisão e continuem a protestar contra as reuniões à porta fechada.  Depois, passados 3 anos, o executivo camarário suspende as reuniões à porta fechada.
Continuamos com “o mesmo ar bafiento”...
Um dia, porém, os figueirenses, tal como os portugueses, vão acordar. Quando tal acontecer, não vão aceitar mais a multiplicação de discursos e proclamações de belos e grandes princípios democráticos que redundam, sempre, num profundo imobilismo político.
Os figueirenses e os portugueses, um dia, vão perceber que basta fazer o óbvio –pensar antes de votar.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Aconteceu o que era esperado e previsível: “executivo socialista volta a chumbar abertura de todas as reuniões de Câmara ao público e comunicação social”... (II)

Vereador António Tavares: ora cá está alguém que parece que continua a ter um karma muito negativo com o PS, mas que está no palácio e pretende ficar bem no retrato - ainda que chamuscado... – que teve necessidade de sair logo a terreiro, dando a sensação de que continua preocupado e cismado...
3 anos é muito tempo...
Espero que não aconteça o habitual: durante 3 anos a oposição «e outras forças políticas, independentes e parte da opinião pública e publicada», nunca se conformaram com a decisão e andaram a protestar - neste caso, contra as reuniões à porta fechada. 
Depois, passados 3 anos, o executivo camarário suspende as reuniões à porta fechada.
A oposição «e outras forças políticas, independentes e parte da opinião pública e publicada», passados 3 anos, dizem que o que andaram a pedir durante 3 anos é eleitoralismo.
Se assim vier a acontecer, é óbvio que é.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Uma Câmara Municipal é um órgão democrático do Poder Local...

O presidente só consegue impor a sua vontade se tiver o apoio ou a conivência da maioria dos vereadores...
A Figueira é o berço do Patriarca da Liberdade e uma Terra aberta e disponível para a democracia.
243 anos depois do seu nascimento, como entender que tivesse sido imposto por um executivo camarário PS, com maioria absoluta, tendo como presidente de Câmara o Dr. João Ataíde, reuniões camarárias realizadas à porta fechada?.. 


“É votada hoje a proposta dos vereadores do PSD que defende o fim das reuniões de câmara à porta fechada..." 
Segundo o jornal AS BEIRAS, "o vereador Carlos Monteiro terá discordado". Por sua "o vice-presidente da câmara, António Tavares, também não esteve de acordo e recentemente assumiu, em público, que é apologista que todas as reuniões sejam abertas." 
O PS não gostou desta frontalidade. O deputado municipal Mário Paiva, na qualidade de comentador do programa “Câmara oculta” da Foz do Mondego Rádio, afirmou que “o vereador António Tavares perdeu uma oportunidade de ficar calado”.
O jornal AS BEIRAS contactou os vereadores socialistas, incluindo o gabinete do presidente, para tentar saber como vão votar a proposta da oposição.
As respostas, embora evasivas, fazem adivinhar que tudo vai ficar na mesma. António Tavares adiantou que a proposta tem de ser previamente debatida pelo executivo, apontando o debate interno para a manhã desta segunda-feira. 
Por sua vez, Carlos Monteiro lembrou que, “enquanto não se voltar a debater o assunto, a decisão está tomada”
João Portugal, que acumula a vereação com a liderança local do PS, por seu lado, disse que mantém a sua posição, pois considera que  “não houve nenhuma alteração que se justifique uma mudança”. No entanto, reitera que a reunião em que se discute e vota o orçamento do município deve ser aberta ao público, ao contrário do que aconteceu este ano, pela primeira vez na Figueira da Foz desde 1974. 
Este foi, aliás, o pretexto para os contestatários à decisão de João Ataíde recolocarem o tema na agenda política. 
Ana Carvalho também advoga que “uma reunião deve manter-se fechada ao público”
Do gabinete da presidência o jornal obteve esta resposta: “Todas as considerações relativas à proposta apresentada pela coligação Somos Figueira [liderada pelo PSD] serão apresentadas em sede própria - reunião de câmara”. 
Ironia do destino: é precisamente numa reunião à porta fechada que a oposição vai tentar alterar a situação, o que certamente dará muito jeito a António Tavares e João Ataíde...   
Tal como previ, em devido tempo,  a “coisa” continua a dar muito que falar e escrever!.. 

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Vamos ser optimistas: "Vereadores do PSD propõem abertura de todas as reuniões de Câmara ao público e comunicação social"

Mais um ano de reuniões a começar na câmara da Figueira. 
Acabou-se 2014 a falar sobre o acessório. Em 2015 parece que se começa a falar sobre o fundamental e básico e que salta à vista de todos!.. 
A Figueira é o berço do Patriarca da Liberdade e uma Terra aberta e disponível para a democracia.
243 anos depois do seu nascimento, como entender que tivesse sido imposto por um executivo camarário PS, com maioria absoluta, tendo como presidente de Câmara o Dr. João Ataíde, reuniões camarárias realizadas à porta fechada?.. 

 “Na próxima reunião de Câmara, será discutida e votada uma proposta entregue pelos vereadores eleitos pelo PSD na coligação Somos Figueira, que visa abrir todas as reuniões de Câmara ordinárias à presença do público e da comunicação social. Recorde-se que, actualmente, a primeira reunião de cada mês é feita de forma privada. Os vereadores do PSD defendem que as reuniões públicas devem ser a regra e que a excepção deve ser realizar reuniões privadas. A proposta defende que não se tem visto vantagem no constante encerramento da primeira reunião do mês e que o executivo não deve temer nenhuma discussão ou votação, já que governa com maioria absoluta e tem o apoio de uma bancada também com maioria absoluta na Assembleia Municipal. Miguel Almeida frisou que é público que os vereadores executivos não têm uma opinião unânime sobre o assunto. Esta matéria será, então, discutida na próxima reunião, em que os vereadores do PSD defenderão a abertura de todas as reuniões ordinárias, salvaguardando que o presidente da Câmara poderá, sempre que os assuntos o justifiquem, e porque tem esse poder, agendar reuniões privadas.”

domingo, 14 de dezembro de 2014

Porque hoje é domingo, um momento de pausa para reflectir...

"Rua dos Tropeções, mais tarde Rua do Quebra-Costas (hoje rua 31 de Julho) esta a rua onde, por ironia toponímica, nasceu Manuel Fernandes Tomás, numa casa entretanto arrasada e que espreitava para a praça que hoje ostenta a sua figura de bronze em expressivo gesto".  

"Não enlevava os ouvidos, nem arrastava os ânimos com as torrentes da eloquência. Persuadia ou desarreigava! A frase quase nua e correcta, toda luz e força, partia directo ao alvo e feria-o no centro. Revelando todo o pensamento detestava as ampliações retóricas e os artifícios supérfluos. Não ornava a verdade: dizia-a". (Rebelo da Silva)  

A Figueira é o berço do Patriarca da Liberdade e uma Terra aberta e disponível para a democracia.
243 anos depois do seu nascimento, como entender que tivesse sido imposto por um executivo camarário PS, com maioria absoluta, tendo como presidente de Câmara o Dr. João Ataíde, reuniões camarárias realizadas à porta fechada?.. 

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Reuniões à porta fechada - não é muito fácil perceber com clareza o que se está a passar...

3 anos é muito tempo...
Espero que não aconteça o habitual: durante 3 anos a oposição e outras forças políticas, independentes e parte da opinião pública e publicada») nunca se conformaram com a decisão  e anda a protestar - neste caso, contra as reuniões à porta fechada. 
Depois, passados 3 anos, o executivo camarário suspende as reuniões à porta fechada.
A oposição e outras forças políticas, independentes e parte da opinião pública e publicada»), passados 3 anos, diz que o que andou a pedir durante 3 anos é eleitoralismo.
Se assim vier a acontecer, é óbvio que é.
É de aguardar, por conseguinte,  que a crónica da próxima terça feira do vereador PS e cronista do jornal AS BEIRAS António Tavares continue a dissertar sobre a oposição.
Eu não previ, em devido tempo, que a “coisa” ainda daria muito que falar e escrever?..

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

O problema da Figueira...


O problema da Figueira, não é o orçamento para 2015 e a sua circunstância. 
O problema da Figueira vem de trás... 
Nessa altura, a caravana passou e os cães aplaudiram. 
O verdadeiro problema da Figueira, é que nada mudou... 
A caravana continua a passar e os cães continuam a aplaudir.
O problema da Figueira,  é que somos um concelho constituído, na grande maioria, por indiferentes e resignados.
Portanto, somos governados com a indiferença que merecemos. 
É este o preço que andamos a pagar há décadas.
É este o preço que vamos continuar a pagar, enquanto permitirmos, com toda a indiferença, que o concelho decida o verdadeiramente importante em reuniões à porta fechada.
É este o preço que vamos continuar a pagar, enquanto permitirmos, com toda a indiferença, que exista um hospital dentro de um parque de estacionamento. 
Os programas eleitorais dos partidos, servem só para enganar eleitores antes das eleições... 
Programas eleitorais, aliás, é o que mais fácil de fazer existe. 
Passam os anos, passam as eleições e os eleitores continuam a cair como patinhos. 
Na Figueira, nem foi preciso arranjar alguém com a voz bem colocada.
Aos eleitores locais bastou um sorriso empático...