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terça-feira, 10 de janeiro de 2023

Paço de Maiorca à espera do destino final...

Foto via Diário as Beiras

Em comunicado publicado a 11 de Setembro de 2020, o "PSD responsabiliza gestão socialista pelo dossier Paço de Maiorca". Ao mesmo tempo, a Concelhia da Figueira da Foz do PSD, na altura presidida por Ricardo Silva, colocou, na rotunda à entrada da cidade junto à linha férrea, um cartaz gigante sobre o dossier Paço de Maiorca, onde se destacam as palavras “gestão danosa”, “vergonha” e “incompetência”. No documento a Concelhia do PSD afirma que "a Figueira merece mais e melhor!": os figueirenses foram “lesados pelo PS” em seis milhões de euros e o edifício está “ao abandono”
No dia seguinte, 12 de Setembro de 2020, em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, Carlos Monteiro afirma que “o PSD mente e sabe que está a mentir, o que em nada dignifica a democracia”.
Segundo o então presidente da câmara, “as evidências são que o contrato leonino, a favor do privado, foi assinado em 2008, a obra iniciou-se antes da nossa tomada de posse e os compromissos não puderam ser assumidos porque a câmara estava em falência”. Carlos Monteiro acrescentou que, quando os socialistas quiseram fazer pagamentos nas obras do Paço de Maiorca, foi publicada a lei que acabou com as empresas municipais que davam prejuízo. “O que levou a que o Tribunal de Contas não permitisse fazer o pagamento das obras e o assunto fosse para a justiça”, frisou. 
“O PSD é duplamente causador da situação, ou seja, pelo contrato leonino e por ter iniciado as obras em fase de eleições e deixar a câmara com uma dívida superior a 90 milhões de euros, o que nos impediu de honrar os compromissos que eles tinham assumido”, concluiu o edil.
No comunicado do PSD, publicado no dia anterior, podia ler-se o contrário.
«O valor de 6 milhões de euros a pagar, vai hipotecar o futuro da Figueira da Foz. O PS tomou decisões sobre este negócio afirmando sempre que tinha soluções, para o qual, afinal, não tinham solução! Se o PS era contra este processo devia ter parado o mesmo logo que tomou posse em 2009, a exemplo do que fez com o projecto do “Parque Desportivo de Buarcos” (onde pagou uma indemnização à empresa construtora para parar). 
Tinha legitimidade democrática para isso. Não foi essa a opção, pois o então Presidente Dr João Ataide e seu executivo expressaram publicamente que tinham solução para o “Paço de Maiorca”, por isso permitiram que o negócio avançasse. 
Em Outubro de 2011 (dois anos após a tomada de posse), depois de terem sido investidos 4,2 milhões de euros e faltando 1 milhão de euros para terminar, executivo Socialista entendeu PARAR a obra.... deixando o Paço ao abandono até hoje! 
Muitos milhões vai custar para recuperar!! Entretanto, e perante os ALERTAS do PSD, sempre o PS e seu executivo respondiam que tinham soluções e interessados no negócio. 
A Sentença do Supremo Tribunal de Justiça, incide sobre decisões tomadas pelo PS e o seu executivo. Chegamos a esta Sentença pois o executivo PS nunca quis negociar uma solução em tempo útil, originando um problema GRAVE. A este tipo de procedimento chamamos “gestão danosa”, desperdício de recursos e desleixo do executivo PS! 
A posição do PS, ao chumbar a proposta de auditoria ao processo “Paço de Maiorca” em Dezembro 2019, só provou que estão de consciência pesada! 
Ainda está a tempo de mandar fazer uma Auditoria independente ao caso “PAÇO de MAIORCA”“Quem não deve, não teme”, tem medo?, prefere a mentira e calúnia para desviar as atenções às suas RESPONSABILIDADES.»
A Auditoria não se fez. Na edição de hoje do Diário as Beiras pode ler-se:

sexta-feira, 29 de julho de 2022

Uma entrevista para memória futura: em termos tácticos, Santana não pára de surpreender...

Passaram nove meses que Santana Lopes iniciou esta segunda passagem pela câmara Municipal da Figueira da Foz como Presidente. Nesta entrevista, manteve as promessas eleitorais e avançou com novos projectos.
Na parte política, que não é abordada neste trabalho jornalístico do Diário as Beiras, a leitura foi clara: agradou a todos - disse aquilo que a FAP gostava de ouvir e deixou a porta aberta ao apoio do PSD Figueira a um independente nas autárquicas de 2025, naturalmente mediante um acordo pré-eleitoral.
Resultado: a previsão de maioria absoluta garantida, se tudo decorrer com normalidade, é óbvia.
Como escrevi na edição de Novembro de 2021 na Revista Óbvia, que continua a ser, obviamente, apenas uma opinião. 
"Na Figueira, em 2021 e anos seguintes, concorde-se ou não, a vida política vai passar por políticos como Santana Lopes - aqueles que sabem aproveitar as oportunidades pessoais. Santana sempre foi mestre a aproveitar as falhas dos chamados "notáveis", que desprezam num partido enraizado no povo, os militantes. Os "baronetes" das concelhias e das distritais, têm de si próprios e da sua importância uma ideia desproporcionada do peso real que lhes é dado pela máquina partidária dum partido com Povo, como é o PSD. Sem esquecer que na "elite" local há quem se oponha, não me admirará que o verdadeiro "proprietário" do PSD Figueira, nos próximos tempos, venha a ser, não alguém que defenda a aproximação a Santana, mas, ainda que por interposta pessoa, o próprio Santana Lopes. E Santana Lopes, se assim o quiser, nem vai precisar de tornar a ser militante do PSD... 
Acham estranho? Lembram-se o que aconteceu ao PS depois de 2009? O PS Figueira passou a partido municipalista liderado por João Ataíde, que nunca foi militante socialista. 
Ventos e marés podem contrariar-se, mas há muito pouco a fazer contra acontecimentos como o que aconteceu ao PSD Figueira nas autárquicas 2021. 
Em 2021, que saída tem um PSD Figueira confrontado com uma escolha entre a morte por asfixia ou por estrangulamento? Resta Santana Lopes, um político que, como ficou provado na anterior passagem pela Figueira, continua em campanha eleitoral, mesmo depois de ter ganho as eleições?"

Vamos, pois, via Diário as Beiras, à entrevista dada por Santana Lopes ao Dez&10 na passada quarta-feira.
«O presidente da Câmara da Figueira da Foz encerrou a quinta temporada do talk-show Dez&10. 
Na entrevista, no dia em que o protocolo a assinar entre o município e a Universidade de Coimbra (UC) foi aprovado por unanimidade e a estrada do Cabo Mondego abriu ao trânsito, o autarca levou ao programa as duas mãos cheias de projetos para o desenvolvimento do concelho. 
Contudo, a materialização de projetos implica investimentos. No caso daqueles que Santana Lopes anunciou, serão, decerto, verbas muito avultadas. No entanto, o autarca figueirense garantiu que, “neste mandato, não haverá dívida que não seja absolutamente unânime”
Por outro lado, afiançou ainda, o município recorrerá a fundos europeus para as obras e medidas anunciadas. Questionado sobre o balanço de nove meses de mandato, Santana Lopes mencionou diversos projetos que tem entre mãos, materiais e imateriais. E destacou: “Mesmo que não tivesse vindo fazer mais nada neste mandato, se só fizesse isto que aconteceu hoje [quarta-feira, referindo-se à aprovação do histórico protocolo com a UC], eu já me sentiria contente. Tenho muito mais para fazer, mas já me sentiria contente”

Universidade de Coimbra no Cabo Mondego 

Os imóveis e os terrenos adjacentes da antiga fábrica de cal do Cabo Mondego estão a ser avaliados pela câmara municipal, tendo em vista a sua aquisição para a instalação da UC, cuja atividade, na Figueira da Foz, arrancará na Quinta das Olaias. “Se correrem bem as negociações que estão em curso, a aquisição é uma hipótese. Pelo menos, para uma parte das instalações da UC”, avançou o presidente da câmara. 
A zona do antigo terminal rodoviário deverá também ser transformada em instalações da UC e em residências para estudantes e outros serviços de apoio aos universitários. Santana Lopes apontou que o objetivo principal para este manado “é trabalhar para a Figueira atingir outro patamar de desenvolvimento”. Isto, acrescentou: “Para as pessoas poderem viver cá e serem melhor remuneradas, para a economia crescer, apostarmos na inovação e na investigação”
O autarca apelou a uma ideia coletiva. “Gostava muito que todos nós assumíssemos, interiorizássemos isto: o grande objetivo, o grande lema, a grande estrada de trabalho é a inovação e a investigação em várias áreas de atividade. A Figueira, para dar o salto para este patamar de desenvolvimento, tem de se destacar a aí”, advogou. 

Nova entrada da cidade e rua da República 

Requalificar a entrada principal da cidade, pelo lado da estação de comboios, é uma antiga ambição de Santana Lopes. Neste seu segundo mandato, afirmou no Dez&10, é mesmo para fazer. 
Para o efeito, vai lançar “um grande concurso de ideias”, com a colaboração da Ordem dos Arquitetos. “Achamos que a cidade pode ser muito mais bonita do que é”. “Vamos fazer uma intervenção, desde a rotunda [de acesso à A14], abrangendo o futuro parque urbano, até à zona da estação. Pode passar por uma solução viária que esconda mais a zona da rua de Coimbra e dos armazéns que ali estão, que ficam ainda mais autónomos para funcionarem comercialmente”, adiantou. 
Ao abrigo desta intervenção, será ainda requalificada a rua da República. Santana Lopes pretende replicar, nesta artéria da Baixa da cidade, uma solução idêntica à Galleria Vittorio Emanuele II, em Milão, Itália. Ou seja, com cobertura transparente, a fim de criar algo semelhante a um centro comercial de rua. 

Desta vez, é “mesmo” para levantar voo 

A construção de um aeródromo municipal é um projeto que Santana Lopes recupera do seu primeiro mandato (1997 - 2001), previsto para a área que entretanto está a ser utilizada para a expansão da Zona Industrial. 
Desta vez, porém, será construído no futuro parque empresarial do Pincho. 
“Mas vai ser mesmo para avançar”, garantiu. A pista terá cerca de 800 metros e “um pequeno hangar”
“Estou a trabalhar para fazer o aeródromo, que está desenhado, outra vez a meu pedido, pelos serviços da câmara”, adiantou. O investimento, cujo montante não revelou, “não é muito significativo e faz um “upgrade” [melhoria] do concelho”, defendeu. 

Campo de golfe regressa à agenda 

Um outro projeto que Santana Lopes pretendeu materializar no primeiro mandato foi um campo de golfe, de 18 buracos, na Lagoa da Vela. Mas deparou com a oposição do então ministro do Ambiente, José Sócrates, que acabou por inviabilizar o investimento privado. 
Desta vez, no entanto, anunciou o presidente da câmara, o equipamento será projetado para uma outra zona do concelho, que não revelou, e terá 24 buracos. O autarca frisou que, no Centro Litoral, não há campos de golfe, equipamentos desportivos que, afirmou, são “uma razão de atratividade [turística] imensa”

Novidades na piscina-mar 

Santana Lopes, desde o início do atual mandato autárquico, deixou bem claro que não gostava do projeto de reabilitação do complexo municipal da piscina-mar. Por sua vez, o seu antecessor Carlos Monteiro, atual vereador e líder do PS local, principal partido da oposição, garantiu-lhe que não se oporá à decisão que o sucessor vier a tomar, incluindo a denúncia do contrato de concessão, por 50 anos, concretizada pelos socialistas. 
O que estava em causa era a construção de uma nova ala, para aumentar a capacidade hoteleira, que reduziria a piscina descoberta. Perante a oposição manifestada por Santana Lopes, o concessionário aceitou desistir da concessão. “O que posso garantir é que não vai ser a câmara a fazer a obra”, afiançou Santana Lopes. “A ver se conseguimos um acordo com o concessionário”, disse ainda. 
Face a este desenvolvimento, vender o imóvel ou voltar a concessioná-lo a privados, eis a questão. “Não excluo nenhuma das hipóteses”, admitiu. Entretanto, o complexo turístico continuará fechado e a autarquia prepara-se para construir uma piscina natural no areal urbano. 

Paço de Maiorca também é para avançar 

Santana Lopes tem uma solução idêntica à da piscina-mar para o Paço de Maiorca, ou seja, concessionar ou vender a privados os dois imóveis municipais e classificados. 
A parceria público-privada, criada por Duarte Silva (PSD) e desfeita por João Ataíde (PS) - ambos já falecidos - , resultou numa fatura de cerca de seis milhões de euros para o município e as obras de adaptação para uma unidade hoteleira não foram concluídas. A solução poderá passar por concessionar o imóvel, por 50 anos, a um fundo de investimento, que o recupere e explore uma atividade económica. “Essa é a mais provável”, avançou Santana Lopes. A outra hipótese é coloca-lo no mercado e ser vendido. “Não sei se vale a pena fazer novamente esse esforço [de investimento pela autarquia]. Mais vale concentramo-nos noutro objetivo”, defendeu. 
“Não excluo a hipótese da alienação”, acrescentou. 
O paço está fechado há vários anos e em avançado estado de degradação.»

segunda-feira, 11 de julho de 2022

46.ª edição do FestiMaiorca

Texto: via Diário as Beiras
"Dois anos depois da última edição, o festival internacional de folclore de Maiorca FestiMaiorca está de volta, de 16 a 21 de julho. A paragem de dois anos foi forçada pela pandemia. 
O espectáculo de abertura realiza-se no primeiro dia, pelas 22H00, no Terreiro do Paço, em Maiorca. No mesmo dia, pelas 17H00, no salão nobre da Câmara Municipal da Figueira da Foz, terá lugar a sessão solene. Segue-se, uma hora depois, o desfile dos grupos participantes, entre a Esplanada Silva Guimarães e o Jardim Municipal. 
No Jardim Municipal da Figueira da Foz, realizam-se espetáculos diários, a partir das 22H00, de 17 a 21. A organização leva, ainda, o folclore do mundo às freguesias de Alhadas, Quiaios, Buarcos e São Julião e, claro, Maiorca. 
Esta é a 46.ª edição do FestiMaiorca. O festival, um dos mais antigos e reputados da Europa, é organizado pela Casa do Povo de Maiorca. Este ano, conta com a participação de grupos de folclore de Portugal, Guiné Bissau, Colômbia, Chile, México, Porto Rico e Eslováquia. 
A Câmara da Figueira da Foz contribui com apoio logístico, no valor de 10.800 euros, e um apoio financeiro de 20 mil euros. Por outro lado, isenta o festival de taxas municipais, num total de 224 euros."

quarta-feira, 27 de abril de 2022

"Câmara da Figueira da Foz com resultado negativo superior a 4 ME em 2021"

Via Diário as Beiras

«O valor total da dívida à banca passou de 14 ME em 2020 para 17 ME em 2021, tendo o aumento decorrido do “efeito conjugado da redução da dívida dos empréstimos (1,95 ME) e da contabilização da dívida (4,9 ME), referente ao acordo com o BCP, relativo à execução da garantia bancária prestada no âmbito do processo judicial da insolvência da sociedade Paço de Maiorca”.

No que respeita à transferência de competências na área da Educação, Anabela Tabaçó revelou que, em 2021, os gastos do município com o Pessoal e Fornecimentos e Serviços Externos totalizaram cerca de 5,8 milhões de euros e o pacote financeiro do Estado foi de quase 4,6 ME, o que se traduziu num défice superior a um milhão de euros.

O vereador socialista Carlos Monteiro, anterior presidente da Câmara, reconheceu que o resultado negativo se deveu às circunstâncias excecionais de combater a pandemia e de antecipar o “Estado Social Local que o atual presidente quer criar”.

O autarca vincou ainda que, desde 2011, a dívida municipal baixou de 53 milhões de euros para aproximadamente 17 milhões e que o prazo médio de 24 dias para o município efetuar os seus pagamentos “ainda deve ser encarado como uma referência”.

Relativamente ao défice na transferência de competências na área da educação, Carlos Monteiro defendeu que deve existir conversações com o respetivo ministério para se proceder a “alguns acertos”.

O vereador único do PSD votou contra as contas do exercício de 2021 por considerar que a Câmara continua a não controlar as despesas correntes, salientando que outras autarquias vizinhas “controlaram as despesas e investiram mais”.

As contas foram aprovadas com oito votos a favor dos nove vereadores que constituem o executivo, quatro do movimento Figueira a Primeira e outros tantos do Partido Socialista.»

quarta-feira, 2 de março de 2022

"Câmara da Figueira da Foz rescinde com empreiteiro do Palácio Conselheiro Branco"

TEXTO VIA DIÁRIO AS BEIRAS
Imagem via Diário de Coimbra,
30 de Janeiro de 2021

«A Câmara da Figueira da Foz aprovou hoje, por unanimidade, uma proposta de rescisão litigiosa com o empreiteiro responsável pela intervenção no Palácio Conselheiro Branco, em Maiorca, devido aos “excessivos” incumprimentos dos prazos.

O presidente da autarquia, Pedro Santana Lopes, invocou o “manifesto incumprimento excessivo por parte da empresa”, que foi reconhecido por toda a oposição.
As obras, no montante de 140 mil euros, que se destinavam a intervenções ao nível da cobertura total, janelas, portadas e pintura exterior, iniciaram-se ainda em 2019 e previam um prazo de execução de 90 dias.
O Palácio Conselheiro Branco, que já acolheu o posto da GNR de Maiorca, é um edifício classificado como de interesse municipal, sendo propriedade da Câmara da Figueira da Foz.
O vereador e anterior presidente da autarquia, Carlos Monteiro (PS), defendeu também a rescisão litigiosa por “ser difícil trabalhar com aquele empreiteiro, que não cumpre [prazos]”.
Salientando que a empresa em questão “tem um relacionamento muito mau com a Câmara”, Carlos Monteiro recordou que já foi “difícil trabalhar com ele na Casa do Paço”, situada próxima dos Paços do Concelho.
O socialista acrescentou ainda que a maior parte da intervenção está concluída.
Falta recolocar a cúpula do edifício que, segundo o presidente do município, Santana Lopes, vai ser entregue a uma empresa, ao abrigo as normas que preveem a intervenção por questões de segurança e salubridade.
“Aquilo está num estado inaceitável, coberto por uma lona, e temos de repor a cobertura, porque a obra já está parada há tempo e tudo se vai degradando”, disse o autarca, frisando que a Câmara “tem de intervir o mais rápido possível”.
Aos jornalistas, Santana Lopes adiantou ainda que a recuperação do Paço de Maiorca é uma obra que tem de avançar “tão depressa quanto possível”, ainda este ano, para “a degradação não continuar”.
O presidente do município disse que está a trabalhar numa utilização do Paço de Maiorca “que seja muito vantajosa para aquela vila e para o concelho todo”.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

2021 já passou. Importante é planear o próximo tempo da Figueira...

A crónica de António Agostinho publicada na Revista Óbvia em Janeiro de 2022

Quando termina um ano ano e começa outro, é normal fazer o balanço do que passou e planear, tanto quanto possível, o que desejava concretizar nos próximos meses.

A começar uma breve nota pessoal. 2021 foi um ano inesquecível para mim: fui avô.

Visto em termos colectivos, aliás, à semelhança de 2020, foi um enorme desafio. Tivemos covid-19, quarentenas, novas vagas, estirpes, restrições e as crises. 

A climática a gritar-nos aos ouvidos e a sobressaltar os corações dos que vivem a sul do estuário do Mondego devido à erosão costeira . A política, que já se adivinhava a nível nacional, a bater-nos à porta com gentis lembretes, tais como a subida dos impostos, dos preços dos serviços e dos bens e produtos essenciais. A humanitária que asfixia povos do mundo inteiro e que todos camuflam para fingir que não existe… 

A nível local, tivemos mudança política na presidência da câmara municipal da Figueira da Foz. Na assembleia municipal e nas freguesias, tirando Buarcos e São Julião e Paião, houve evolução na continuidade.  

Enquanto cidadão atento, tenho tido ao longo dos anos a incrível e grata oportunidade de conhecer inúmeros pormenores das mais diversas realidades que têm condicionado o desenvolvimento e o progresso planeado e sustentado  do concelho da Figueira da Foz. Por culpa, também de quem vota, temos tido a nível local políticos oportunistas, demagogos, populistas, arrogantes e, regra geral, incompetentes. 

Com uma experiência de vida já longa, chego à conclusão de que nos contentamos com muito pouco. Não me interpretem mal, porém: não é que estejamos mal servidos com o território com que a natureza nos brindou. Pelo contrário. Este paraíso à beira mar plantado merecia é muito mais de quem o tem governado. É uma cidade com tanto potencial que só falta alguém para o potenciar e desenvolver.

Santana Lopes e a sua equipa, apesar da herança do passado recente, tem tentado ser fiel às propostas com que se apresentou a sufrágio. Até ao momento, continua a seguir o guião por si próprio anunciado no acto da tomada de posse. O regresso do ensino superior à Figueira é a prioridade. O património - em particular o Mosteiro de Seiça e o Paço de Maiorca - “realidades muito complicadas” -,  a “resposta social, com os centros de saúde e o sistema de transporte das pessoas que vivem mais longe do centro do concelho”, são áreas em que o autarca prometeu no dia da tomada de posse “trabalhar mais depressa”. Nesse dia 17 de Outubro p.p. Pedro Santana Lopes  assumiu também como prioridades o mar, a erosão costeira e as respostas sociais. Sem esquecer, contudo, "as obras herdadas e em curso".  Vivemos tempos duros e difíceis. Espero a chegada do “devido tempo, para conhecer os resultados da prometida auditoria às contas da câmara”.

Para 2022, mesmo tendo em conta a instabilidade política em que vivemos, coloco nos meus desejos que este novo executivo presididio por Santana Lopes se esmere e consiga fazer muito mais e melhor do que o seu  antecessor - felizmente  "breve". 

Mais e melhor pelos velhos. Mais e melhor pelos jovens. Mais  pelos transportes públicos, pelo comércio local, pela integração e diversidade cultural, pelo turismo, pela pesca, pelo ambiente, pela empregabilidade e combate ao desemprego. Mais e melhor pelos animais. Mais e melhor pelo bem estar dos que aqui querem continuar a morar, teimando em viver na Figueira, apesar de quem tem governado a cidade e o concelho não ter criado as condições para cá permanecermos.

Mais do que eu, mero cidadão atento, espero que os nossos políticos tenham mais contacto com a realidade e tenham atenção às necessidades reais dos que aqui vivem. Para o que resta de 2022, desejo que se faça política a sério, isenta e com competência. Sem beneficiar clientelas.

O paraíso à beira mar plantado que é a Figueira merece mais e melhor. E nós, cidadãos, também. Mas também temos de fazer mais por isso.

2021 gerou  mudança política na Figueira. Santana ocupou o cargo de Carlos Monteiro, que esteve no poder 12 anos seguidos.

Em Setembro passado os figueirense mostraram um cartão vermelho ao candidato do PS. 

Definitivo?..

segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

Paço de Maiorca: será possível o "milagre"?.. (2)

Ontem no OUTRA MARGEM, escrevemos.

Sexta e sábado, o Paço de Maiorca esteve de portas abertas, das 14H00 às 17H00. As visitas com cerca de meia hora de duração, destinaram-se a grupos com um número máximo de 10 pessoas. 

Para além dos técnicos de cultura da Câmara da Figueira da Foz, as visitas foram acompanhadas e supervisionadas por elementos do corpo dos Bombeiros Sapadores da Figueira da Foz, “por razões de segurança” e cumprimento das normas sanitárias.
O edifício está devoluto e em degradação há vários anos. O actual presidente da Câmara da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, já garantiu que vai tratar da reabilitação do imóvel classificado. De resto, vem reiterando que a reabilitação e a preservação do património são duas das suas prioridades.
Todavia,  pelo que me pude aperceber no rescaldo da visita, existem dificuldades que se vão colocar à reabilitação do que foi edificado - e do que foi destruído
Se o acervo doado ao Paço está a salvo, bem como os azulejos removidos e o célebre papel oriental pintado, há muitas novas inserções de betão que aumentam a área útil do edifício, criação de pisos abaixo do nível edificado original que são uma fonte de instabilidade e infiltrações no edifício e a quase total destruição dos planos originais da casa pela remoção de paredes - alterações quase impossíveis de serem revertidas.  De lamentar ainda o abandono das zonas nobres da casa - a cozinha e a capela, eventualmente pré existências ao edifício do século XVII.
Vim de Maiorca ontem à tarde, naturalmente triste, chocado, desolado, revoltado e com a seguinte dúvida: no estado a que isto chegou, para além de fazer acontecer um milagre, o que fazer com o Paço de Maiorca e com que dinheiro?»
O Paço de Maiorca continua a ser notícia hoje. Ler para crer.
Via Diário as Beiras.
E via Diário de Coimbra.

domingo, 23 de janeiro de 2022

Paço de Maiorca: será possível o "milagre"?..

Sexta e sábado, o Paço de Maiorca esteve de portas abertas, das 14H00 às 17H00. As visitas com cerca de meia hora de duração, destinaram-se a grupos com um número máximo de 10 pessoas. 
Para além dos técnicos de cultura da Câmara da Figueira da Foz, as visitas foram acompanhadas e supervisionadas por elementos do corpo dos Bombeiros Sapadores da Figueira da Foz, “por razões de segurança” e cumprimento das normas sanitárias.

A Câmara da Figueira da Foz chama a esta iniciativa “Ver para crer”. É fácil perceber  porquê: um espaço patrimonial icónico e de inegável interesse para o município deu lugar a um ciclo ruinoso.
A realidade ultrapassa a ficção. O que vi é mau de mais. O visitante, neste caso eu, fica profundamente incomodado com a realidade "das atrocidades culturais cometidas num dos mais notáveis edifícios de caráter civil, datado de finais do século XVII”
No início da visita, tomei contacto com  "um filme com imagens reais de locais específicos do paço, captadas há 20 anos, em confronto com a dramática realidade dos dias de hoje"
“Ver para crer”,  abana mesmo consciências. A preservação patrimonial é uma questão de cultura e de valores. O processo político é conhecido. Passou pela decisão política de cancelar as obras de reabilitação e transformação do Paço de Maiorca em unidade hoteleira, tomada quando o PS governava o município, com João Ataíde na presidência da câmara. A empreitada, da responsabilidade do município, porém, havia sido lançada pelo anterior executivo camarário, liderado pelo PSD, era Duarte Silva presidente da autarquia. 
A exploração comercial do imóvel envolvia uma parceria do município com um privado. O fim das obras e a dissolução da empresa mista resultou no pagamento, em 2021, pelos contribuintes figueirenses, de uma indemnização de cerca de seis milhões de euros aos credores. E poderá não ficar por aqui, já que o ex-parceiro privado exige ser ressarcido em 200 mil euros. 

Na actualidade, o edifício está devoluto e em degradação há vários anos. O actual presidente da Câmara da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, já garantiu que vai tratar da reabilitação do imóvel classificado. De resto, vem reiterando que a reabilitação e a preservação do património são duas das suas prioridades.
Todavia,  pelo que me pude aperceber no rescaldo da visita, existem dificuldades que se vão colocar à reabilitação do que foi edificado - e do que foi destruído
Se o acervo doado ao Paço está a salvo, bem como os azulejos removidos e o célebre papel oriental pintado, há muitas novas inserções de betão que aumentam a área útil do edifício, criação de pisos abaixo do nível edificado original que são uma fonte de instabilidade e infiltrações no edifício e a quase total destruição dos planos originais da casa pela remoção de paredes - alterações quase impossíveis de serem revertidas.  De lamentar ainda o abandono das zonas nobres da casa - a cozinha e a capela, eventualmente pré existências ao edifício do século XVII.
Vim de Maiorca ontem à tarde, naturalmente triste, chocado, desolado, revoltado e com a seguinte dúvida: no estado a que isto chegou, para além de fazer acontecer um milagre, o que fazer com o Paço de Maiorca e com que dinheiro?

sábado, 22 de janeiro de 2022

"Ver para Crer" incomoda Carlos Monteiro...

A decisão do executivo camarário presidido por Santana Lopes, de abrir o Paço de Maiorca ao público, para os visitantes poderem ter a oportunidade de ver com os próprios olhos o estado em que se encontra o imóvel, levou o ex-presidente Carlos Monteiro a reagir em comunicado.   

O Paço de Maiorca abre portas, a partir de ontem, durante este mês, à sexta-feira e ao sábado, das 14H00 às 17H00. As visitas, com 30 minutos de duração, destinam-se a grupos com um número máximo de 10 pessoas. 
São acompanhadas e supervisionadas por elementos do corpo dos Bombeiros Sapadores da Figueira da Foz, “por manifestas razões de segurança” e cumprimento das normas sanitárias, e por técnicos de cultura da Câmara da Figueira da Foz.
Via Diário de Coimbra, a imagem acima mostra um resumo do comunicado emitido por Carlos Monteiro.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

Paço de Maiorca, um imóvel que a câmara municipal, há cerca de 24 anos, decidiu, por unanimidade, adquirir...

Diário de Coimbra. 12 de Dezembro de 2019

Da série, Paço de Maiorca:um «crime financeiro» e «negócio ruinoso», mas (digo eu...), «com charme»!.. 

"Paço de Maiorca - Fita do Tempo". Para ler, clicar aqui.

Podia ser dita muita coisa, mas que acrescentar ao que disse, em Novembro de 2012,  o então deputado Nelson Fernandes?

“Tudo isto sem dúvida que correu bem para a Quinta das Lágrimas. Isto é um buraco para a Câmara mas não é o pior. Isto é um padrão do que aconteceu no mandato anterior. Parceiros há aí aos montes, é preciso é escolhê-los bem como fizeram no mandato anterior”

Porque foi comprado, é uma pergunta que se pode colocar, mas passou o tempo útil para isso.
Resta a questão: o que fazer com o Paço de Maiorca?

Pelos vistos, mais importante que Ler para Crer temos de ir Ver para Crer ...

"Paço de Maiorca: um «charmoso» «crime financeiro» e «negócio ruinoso», que vem de longe e sem fim à vista...", aí está na ordem do dia da política local!..
Foto via página do Município da Figueira da Foz 

Na página do Município da Figueira da Foz no facebook, acabou de cair esta postagem:

"Era uma vez um Paço, o Paço de Maiorca ou Paço dos Viscondes, um palácio edificado no século XVIII, na freguesia de Maiorca, no concelho da Figueira da Foz e declarado Imóvel de Interesse Público, em setembro de 1977…
Era uma vez um Paço, o Paço de Maiorca ou Paço dos Viscondes, que, no ano de 1999, foi adquirido pela Câmara Municipal da Figueira da Foz, para estar de portas abertas ao público enquanto referência de património cultural…
Um palácio repleto de histórias e de maravilhas únicas, uma arquitetura marcada pela influência barroca, com um interior ricamente decorado com painéis de azulejos de inspiração rococó, com pinturas de tetos absolutamente geniais, com uma cozinha octogonal enorme, com representações de cenas culinárias sem esquecer a sala de papel e a capela do séc. XVI, com o seu altar e as paredes ornamentadas com azulejos da Flandres e frescos. E a envolvente natural, com jardins magníficos que a todos proporcionaram momentos de maravilhosa tranquilidade e contemplação. Felizes aqueles que o contemplaram nessa época!!!
Era uma vez um Paço, o Paço de Maiorca ou Paço dos Viscondes, o acima descrito que, ao longo dos anos, deixou de ser o que era. Uns investidores privados deliberaram transformá-lo num hotel de charme e hoje, era uma vez um Paço, o Paço de Maiorca ou Paço dos Viscondes…"
Ver para Crer é o desafio que o Município da Figueira da Foz lança para comprovar esta história.
Às sextas e sábados, das 14h às 17h, durante o mês de janeiro, acompanhado por elementos do Corpo de Bombeiros Municipais e Técnicos do Município, venha Ver para Crer esta história...

sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

As prioridades de Santana Lopes para a Figueira em 2022

Santana Lopes, até ao momento, continua a seguir o guião por si próprio anunciado no acto da tomada de posse. O regresso do ensino superior à Figueira é a prioridade. O património - em particular o Mosteiro de Seiça e o Paço de Maiorca - “realidades muito complicadas” -, a “resposta social, com os centros de saúde e o sistema de transporte das pessoas que vivem mais longe do centro do concelho”, são áreas em que o autarca prometeu no dia da tomada de posse “trabalhar mais depressa”. Nesse dia 17 de Outubro p.p. Pedro Santana Lopes  assumiu também como prioridades o mar, a erosão costeira e as respostas sociais. Sem esquecer, contudo, "as obras herdadas e em curso". Até ao momento, Santana Lopes está, na generalidade, a seguir o guião. Portanto, certamente que qualquer dia, quando chegar  “o devido tempo, serão conhecidos os resultados da auditoria às contas da câmara”.
Via Diário as Beiras, fica a última entrevista dada por Pedro Santana Lopes em 2021, onde perspectiva o 2022 que começa amanhã .

«O presidente da Câmara da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, definiu a instalação de um polo de ensino superior na cidade como a principal prioridade para 2022. 
O autarca, em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, adiantou ainda que suspendeu as obras na rua Direita de Quiaios, que “não vão continuar nos termos em que estavam previstas”. Por outro lado, afirmou que tem dúvidas se deve dar continuidade à requalificação da frente marítima de Buarcos e da Baixa figueirense. 
Pedro Santana Lopes acrescentou que o próximo ano deverá ser de “clarificação” para diversos dossiês que herdou do anterior executivo, apontando, por exemplo, a expansão da Zona Industrial e o areal urbano. “Há uma série de assuntos… Não gosto de perder tempo, os mandatos passam muito depressa. Portanto, em 2022, se Deus quiser, os figueirenses já verão vários resultados do trabalho que estamos a fazer”, adiantou o autarca. 
Todavia, Pedro Santana Lopes destacou um assunto que deverá marcar a sua gestão autárquica em 2022. “[É um desiderato] termos uma polo universitário a funcionar aqui como deve ser. É difícil, mas vou fazer tudo para ser possível começar já no próximo ano letivo”, afiançou. Entretanto, decorrem conversações entre o presidente da câmara e a reitoria da Universidade de Coimbra. 

Aposta na captação de empresas 

Outra das prioridades do autarca figueirense, que conquistou a presidência da câmara em setembro último, pela segunda vez – a primeira foi 1997, não se tendo recandidatado – é criar condições para a instalação de novas empresas no concelho. A Zona Industrial, situada na margem sul, já não tem lotes disponíveis. A solução para aumentar a capacidade de resposta para a instalação de novas indústrias, anunciou Pedro Santana Lopes, passa por preparar a futura Zona Industrial do Pincho, na margem norte. “E noutros casos, [há que] clarificar o regime de alguns terrenos do município, para termos uma bolsa de terrenos disponíveis para investidores”, acrescentou. 
De 2022, Pedro Santana Lopes disse esperar “que a Figueira, Portugal e o mundo vivam mais tranquilos e sem tanta ansiedade e angústia, como tanta gente sente”. E “que o país tenha estabilidade e que se trate a sério de assuntos sérios. Acho que precisamos de tino institucional e respeito; respeitar quem pensa diferente de nós e os que estiveram antes de nós; e que haja mais decência”
Aqueles são os projetos, processos e desejos que o autarca espera ver realizados em 2022. E o que é que os figueirenses podem esperar dele e da vereação que lidera? “Serviço. E servir, servir e servir. Isto [a atividade autárquica] é uma missão (…) e secundariza-se tudo o resto. É quase como ir para um convento”, garantiu Pedro Santana Lopes. 

“Quero continuar politicamente solteiro ou divorciado” 

Aquele será também o ano em que o PSD vai a votos na Figueira da Foz, para eleger novos dirigentes locais. Será que o antigo partido do autarca eleito pelo movimento independente Figueira A Primeira (FAP) se aproximará do executivo camarário? Isso dependerá, sobretudo, de quem vier a liderar a Concelhia. “Acho que é um pouco anacrónico [na votação do Orçamento do Município na Assembleia Municipal] o PSD ter votado contra [como já o havia feito na reunião de câmara]. Teve três votos contra do PSD e um da CDU. O BE absteve-se e o PS votou a favor. Espero que o PSD passe por cima daquilo que aconteceu e que haja normalidade. Sou independente, mas tenho uma ligação especial a este partido”, defendeu Pedro Santana Lopes. 
Uma vez que já não tem a Aliança (partido que fundou e do qual já se desvinculou) no dedo, na impossibilidade de não poder voltar a casar com o PSD, pelo menos enquanto for autarca independente, está disponível para uma união de facto? 
À “provocação”, Pedro Santana Lopes respondeu assim: “(Risos) Não, não! Quero continuar politicamente solteiro ou divorciado (risos)”

quinta-feira, 4 de novembro de 2021

Santana Lopes está a seguir o guião por si próprio anunciado no acto da tomada de posse

O património - em particular o Mosteiro de Seiça e o Paço de Maiorca, “realidades que estão muito complicadas” - e a “resposta social, com os centros de saúde e o sistema de transporte das pessoas que vivem mais longe do centro do concelho”, são as áreas em que o autarca prometeu no dia da tomada de posse “trabalhar mais depressa”. Nesse dia 17 de Outubro p.p., o agora independente Pedro Santana Lopes eleito pelo movimento “Figueira a Primeira”, assumiu também como prioridades o mar, a erosão costeira,  o regresso do ensino superior e as respostas sociais. Sem esquecer, contudo, a necessidade de  "acabar as obras em curso".
Ontem, à margem da reunião de câmara, Santana Lopes disse aos jornalistas, que dá prioridade à reabilitação do património municipal. O autarca referia-se a imóveis como o Mosteiro de Seiça (Paião), o Paço de Maiorca, o Palácio Conselheiro Lopes Branco (Maiorca) ou o moinho de marés (Alqueidão). “É prioridade para mim o património ser recuperado”, afirmou. A propósito de Maiorca, Pedro Santana Lopes garantiu: “o Paço de Maiorca vai ser recuperado, não tenham dúvida nenhuma”. Por outro lado, “o Mosteiro de Seiça não pode esperar. Quero começar a intervenção, porque o mosteiro precisa”, disse ainda Pedro Santana Lopes.
Portanto, até ao momento, Santana Lopes está a seguir o guião por si próprio anunciado no dia da tomada de posse.
Via Diário as Beiras ficam as principais decisões tomadas na reunião de câmara realizada ontem, para além da reabilitação do património: aprovação da delegação de competências, videovigilância no Bairro Novo e continuação de Rui Duarte à frente da Figueira Domus.

quarta-feira, 3 de novembro de 2021

Recuperação de edifícios municipais é “prioridade” para Santana Lopes na Figueira da Foz

Via Notícias de Coimbra
"A recuperação de edifícios municipais, como o Mosteiro de Seiça ou o Paço de Maiorca, para que as pessoas os possam visitar, é uma “prioridade” para o presidente da Câmara da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes. 
A questão da reabilitação do Mosteiro de Seiça foi hoje suscitada na reunião do executivo, devido a não existir ainda visto do Tribunal de Contas à empreitada orçada em 2,7 milhões de euros, nem aprovação da candidatura a fundos do Portugal2020, que suportam a obra em 85% do seu financiamento.
“Seiça tem ainda os fundos europeus para aprovar. E tem o visto do Tribunal de Contas para ser dado. O visto só é concedido quando houver a aprovação da candidatura aos fundos europeus, portanto estamos aqui num impasse”, frisou Santana Lopes, em declarações aos jornalistas à margem da reunião camarária. O presidente do município enfatizou que a recuperação do Mosteiro de Seiça “não pode esperar”: “Quero começar as obras, não é por mim, não é um capricho, é porque o Mosteiro precisa, tenho receio na situação”, alertou. 
Um dos receios, há muito identificado, diz respeito à situação da igreja em ruínas, que possui árvores no topo das duas torres e cujas raízes ameaçam a estabilidade da fachada do século XVI. 
Localizado num vale da freguesia de Paião, no sul daquele concelho litoral do distrito de Coimbra, junto à linha ferroviária do Oeste e ribeira de Seiça, o mosteiro teve origem na fundação da nacionalidade, embora o conjunto edificado atual seja dos séculos XVI e XVIII. 
Santana Lopes classificou a situação de “urgentíssima”, acrescentando que a primeira prioridade é “o que está em risco” no Mosteiro, ou seja, a “consolidação” do edificado em ruínas. Quanto ao projeto do anterior executivo em criar em Seiça um centro de interpretação, Santana Lopes manifestou “dúvidas”. “Acho que o Mosteiro tem de ser devolvido, tanto quanto possível, à sua pureza. Vejo-o como local de visita, a Figueira precisa, como de pão para a boca, de ter os seus pontos de interesse e relevo patrimonial em estado de serem visitados. Para que os cruzeiros que aqui param, os passageiros não se meterem na camioneta e irem para outras cidades”, ilustrou.

A recuperação de edifícios estende-se ao Paço de Maiorca – adquirido para o município precisamente por Santana Lopes há mais de 20 anos. Em 2008, o executivo do PSD aprovou uma parceria público-privada para ali edificar uma unidade hoteleira, a obra acabou abandonada e o processo judicial que se seguiu terminou com o município da Figueira da Foz a ter de pagar cerca de cinco milhões de euros à massa insolvente da sociedade. “Que o Paço de Maiorca vai ser recuperado não tenham dúvida nenhuma, a orientação é recuperar”, garantiu Santana Lopes. Sobre o edifício do século XVIII, que pertenceu aos Viscondes de Maiorca, o autarca revelou que na sequência de parceria público-privada “muito má” foram construídos, em anexo ao edifício principal, mais de 30 apartamentos, e existe uma “ponderação a fazer”, sem adiantar, de momento, mais pormenores sobre um eventual destino a dar ao Paço. 
“O valor primeiro é o relevo patrimonial, dentro da importância da vila de Maiorca, que tem características muito próprias”, sublinhou Santana Lopes, aludindo à envolvente do Paço, onde se inclui, igualmente, o Palácio Conselheiro Branco, também propriedade municipal. 
 “Fará sentido uma nova sede de Junta de Freguesia ou de serviços, meio milhão de euros, quando temos o Palácio Conselheiro Branco por recuperar? Temos de trabalhar na melhor opção”, frisou o presidente da Câmara."

Nota de rodapé.
Recorde-se que tanto o Convento de Seiça como o Paço de Maiorca estão (ou estiveram) à venda durante anos...