António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
terça-feira, 11 de março de 2014
“A melhor de todas as obras, desde sempre, e para sempre, sobre as Pescas e os Pescadores, e a História das Pescas, em Portugal”
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Daniel Santos oficializou candidatura
segunda-feira, 20 de janeiro de 2020
"Novos donos do Edifício O Trabalho manifestam interesse na reabilitação", uma novela em exibição na Figueira há cerca de 20 anos...
Ver para crer.
"Há cerca de 20 anos que os figueirenses esperam por uma solução para o Edifício O Trabalho, o mal-amado imóvel do Bairro Novo que destoa do conjunto. E foram muitas as notícias que anteciparam uma nova vida para o prédio."Tal como OUTRA MARGEM, esta novela (há quem lhe chame "engodo"...) já vem de longe.
Imagem via Diário as Beiras |
sábado, 9 de maio de 2020
Uma pesada herança que poderia ser uma janela de oportunidade... (6)
quarta-feira, 7 de janeiro de 2015
O trânsito na sede do concelho e um problema chamado Figueira Parques
foto sacada daqui |
A Figueira Parques, ao que presumo, foi criada por forma a regulamentar o estacionamento na Figueira da Foz. Ao que parece, com tanto sucesso, que já estendeu a sua actividade à freguesia de S. Pedro!..
Na altura, os seus criadores devem ter visto a Figueira Parques como uma verdadeira galinha dos ovos de ouro da Câmara figueirense.
O que não se tem vindo a verificar: por exemplo, em 2013 o Resultado Líquido foi “somente 7 493,98 €”.
À semelhança do que se passava noutras cidades, os políticos da altura - e os actuais... - devem ter pensado que nada melhor que concessionar o estacionamento na cidade, como se o simples facto de o concessionar, significasse, à partida, regulamenta-lo.
A cidade, passados todos estes anos, continua de facto com um enorme problema para resolver, que se chama trânsito.
Como se constata, actuar apenas do lado da concessão, não resolve o problema, antes pelo contrário, agrava-o. Se numa primeira fase de implementação, os condutores passavam os carros para as ruas adjacentes e não concessionadas, actualmente a cidade alargou a zona de parquímetros, o que tornou mais difícil a fuga ao pagamento do estacionamento para quem tem de se deslocar à sede do concelho, sem infringir a lei.
Existem muitos problemas em torno da eficácia da Figueira Parques, a começar pelo não cumprimento do objecto que ditou a criação da empresa em 1995 - “melhor gerir a rotatividade do estacionamento na via pública, angariar verbas para manter em bom estado de conservação as vias e a sinalização, assim como investir em novos locais de estacionamento.”
Pelo menos, no que concerne a “manter em bom estado de conservação as vias e a sinalização estamos mais do que conversados”...
quarta-feira, 12 de março de 2014
O Bairro Novo e a pesada herança do edifício "O Trabalho”...
para ler a crónica, clicar na imagem. |
"... não conseguimos perceber como pode a Açoreana, empresa proprietária do chamado edifício "O Trabalho", fazer perpetuar e permitir a degradação constante do mamarracho que todos conhecemos, para mais situando-se numa zona nobre da cidade e de grande fluxo de turistas e locais..."
A Figueira é mesmo uma cidade que não se leva a sério...
sábado, 21 de junho de 2014
Silêncios e cartas
No primeiro grupo, e para não sair da Figueira, temos os que não percebem “nada de ciclismo”...
Na Figueira, quem precisa - e são tantos, tantos... - cala-se.
De preferência, fazendo muito ruído para entreter e continuar.
Por saber que na Figueira ter razão antes do tempo, ainda que complicado, é o menos: não se pode é querer saber da razão.
segunda-feira, 30 de julho de 2018
Meu caro Teo Cavaco: os políticos da maioria absoluta mentiriam muito menos se lhes colocássemos menos questões...
Nos últimos anos, a Figueira perdeu população, perdeu os seus centros (o Picadeiro/Bairro Novo no verão e a Rua da República/Praças Nova e Velha no inverno são hoje uma pálida amostra do que já foram), perdeu jovens (quer porque não há Ensino Superior, apesar de estarmos circundados por três Universidades – Coimbra, Leiria e Aveiro -, mas também porque os novos licenciados aqui não encontram oportunidades válidas de emprego), e tem perdido oportunidades de investimento industrial.
Ora, quando seria vital definir um desígnio e uma estratégia para nos reposicionar na vanguarda, eis que o que se pretende é “uma Figueira com menos carros”…, sem que se faça o mínimo para dotar as entradas da cidade com parques de estacionamento, para providenciar transportes colectivos e/ou individuais mais amigos do ambiente, para tornar mais limpo e asseado o espaço público, para atrair comerciantes ao centro da cidade e industriais às zonas industriais através de políticas fiscais verdadeiramente eficientes.
Para quando a nova Zona industrial do Pincho? Para quando o alargamento da Zona Industrial da Gala? Há quantos anos os possíveis investidores estão a optar por concelhos limítrofes porque aqui não encontram terreno ou apoio? Menos carros? Talvez. Mas eu prefiro, primeiro, menos inércia."
Menos, uma crónica de Teotónio Cavaco. Via AS BEIRAS
sábado, 23 de novembro de 2019
Continuação da série "na Figueira é sempre carnaval"...
Imagem via Diário de Coimbra |
Concertos, presépios, comboio de Natal e o Jardim de Natal são algumas das actividades previstas para as festividades do Natal e passagem de ano na Figueira da Foz, anunciou ontem a Câmara Municipal.
A noite da passagem de ano começa naquela cidade com a banda do filme “Variações”, que sobe ao palco da praça do Forte às 22:45, seguindo-se às 00:15 de 01 de janeiro o ‘rapper’ Profjam e, por fim, o dj e produtor Tom Enzy.
O presidente da autarquia da Figueira da Foz, Carlos Monteiro, assinalou que o programa musical da última noite do ano “é para todos”, com a banda do filme Variações ”para um público mais velho“.
A vice-presidente Ana Carvalho completou, afirmando que Profjam é um nome “de que os adolescentes gostam muito”.
O programa de festividades de Natal e Passagem de Ano hoje apresentado, sob o lema “2020 motivos para vir à Figueira da Foz” estende-se de dia 30 de novembro a 05 de janeiro, no âmbito de uma parceria com a Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz (ACIFF), Associação do Bairro Novo e a colaboração de diversas colectividades e instituições do município do litoral do distrito de Coimbra.»
terça-feira, 26 de fevereiro de 2019
O passado e o presente
Do passado, ficou-nos a praia limpa de areia fina junto ao Relógio com as suas ondas frias de mar salgado.
Os chapéus de lona com saia de riscas dispostos cuidadosamente em filas paralelas, onde todos os anos em Agosto se reviam famílias.
Os barcos de pesca presos por cabos na margem do rio, apreciados do gradeamento de ferro.
Os chapéus e as cadeiras de lona do Turismo perto da esplanada.
Os giros em círculo nas bicicletas infantis alugadas no passeio do grande hotel.
A piscina praia de água salgada pertença da Estalagem, ponto de encontro animado quando não se descia ao areal, e a animação natural do Bairro Novo, especialmente à noite, fazendo “piscinas” no picadeiro e observando o desfile de modelos de bom gosto das gentes que iam bailar ao “Grande Casino Peninsular”.
As pessoas que vinham de férias partiam, e o regresso no ano seguinte era certo.
Muitos desses turistas habituais deixavam antecipadamente a casa de Agosto alugada e a previsibilidade e o conhecido eram o que parecia atrai-los.
Sabiam para o que vinham.
Descansavam e gostavam, divulgando a Figueira da Foz como Rainha das Praias de Portugal.
O tempo foi passando e a Figueira da Foz perdeu a sua identidade.
A imprevisibilidade, o fortuito, o acaso, as medidas avulso transfiguraram a Figueira da Foz.
Primeiro, as “negociatas” imobiliárias entre empreiteiros e autarquia.
Depois, a transformação da cidade em percurso animado de festas pimba, jovens bebedeiras , comes e bebes e barulho insuportável em zonas mudadas para esse fim, dantes locais aprazíveis de descanso e contemplação da bela Foz do rio.
Agora, desde 2009, estes autarcas habilitados já com o décimo ano de praia, surgem com múltiplas peripécias de animação do povinho, e muitas obras sem nexo, deixando a cidade irreconhecível em determinados locais.
Na praia, criaram verdete e dispuseram umas horríveis mesas de piquenique sem sombra junto a um wc, caro e de mau gosto. As infraestruturas de lazer que têm sido implementadas no areal são de material perecível e vão degradar-se. Muitos dos residentes contribuintes, quando criticam e esperam melhor, são desprezados, mas alguns resistem e recusam projectos caros, mal concebidos, para turista de fim-de-semana e de ocasião usufruir, assando dentro das viaturas no pára arranca.
A imprevisibilidade experimentada nestes últimos 10 anos de viagem autárquica não prova - (antes pelo contrário) - o desenvolvimento económico-social da cidade.
Há desleixo, ponto!
Sabemos que o futuro a “Deus pertence” e logo se verá, mas será que este presente pode ser fruto apenas de sucessivos acasos, dependentes de verbas emprestadas?
Não.
Aqui na Figueira da Foz não há heróis.
Há cobardia e alguma arrogância porque o próprio poder “vomita” pressões e tece comentários depreciativos para silenciar os críticos!
quarta-feira, 16 de abril de 2014
Profetas da Figueira... (5)
segunda-feira, 17 de março de 2014
O Bairro Novo e a pesada herança do edifício "O Trabalho”... (II)
quinta-feira, 23 de junho de 2011
"ACIFF contra nova superfície comercial em Tavarede"
quinta-feira, 29 de dezembro de 2016
sexta-feira, 11 de maio de 2018
Marisa Matias na Figueira
Além da eurodeputada bloquista, participam também no debate os cuidadores figueirenses Carla Catarina Neves e Fausto Carvalho. a que se junta Jorge Monteiro, elemento daquela estrutura partidária local na Figueira.
quinta-feira, 3 de dezembro de 2020
Está aprovado para 2021 o maior orçamento municipal de sempre na Figueira
Há muitíssimo a concretizar. Desde logo, definir o que é “qualidade de vida”, para nós e para as gerações futuras. Esse, mais do que um desafio, é nossa responsabilidade geracional - passa por balizar o que estamos dispostos a fazer para melhorar a qualidade do ar que respiramos, a água que bebemos, a comida que ingerimos e a paisagem que queremos preservar.
Um concenlho moderno, democrático e gerido com responsabilidade discute-se, interroga-se, renova-se e define objetivos que visem abranger a população. Só assim seria possível progredir rumo a patamares mais elevados de bem estar, felicidade e justiça social e ambiental. Isso, no fundo, resume-se numa palavra: palavra “desenvolvimento”.
O orçamento municipal para 2021 tem isso em conta?
Não o conheço em profundidade. Mas, pelo que tive oportunidade de assitir no decorrer da sessão camária de ontem, parece-me ser mais do mesmo e desfasado da realidade que é o concelho da Figueira da Foz.
Temos a intenção do aumento do desperdício de milhões de euros, replicando más práticas de um passado recente.
Fica um desejo, fácil de concretizar, para 2021: que haja honestidade intelectual na governança da Figueira.
O pior que nos podia acontecer, face aos desafios fáceis de advinhar que temos pela frente, era termos políticos que dizem uma coisa e depois fazem outra.
Quem é que acredita que isto vai ser realidade, ou, pelo menos, ter avanços significativos em 2021?quinta-feira, 28 de setembro de 2017
Devia haver eleições, pelo menos de seis em seis meses!..
Tudo devidamente regado por um tinto à maneira.
No meio do repasto, fui surpreendido pela simpatia da candidatura MUDAR JÁ, em especial pela minha Amiga virtual Paula Cavaco e pelo dr. Carlos Tenreiro, que me vieram cumprimentar de forma amistosa e efusiva...
Mas, voltando ao repasto...
Já não sei onde, li que comer gorduras era mau, mas, até hoje não deixei de comer.
Também sei que fumar é mau e deixei de fumar.
Já quanto ao beber: li que pode ser mau, mas não deixei de beber...
Por último, li que sexo era mau e, aí, não resisti: deixei de ler...
domingo, 2 de agosto de 2020
Na Figueira, quem tem sido fraco com os fortes, tem legitimidade moral para ser arrogante e pretensamente forte com os "fracos"?..
Exemplo disso é o edifício "O Trabalho".
Isto é a demonstração do que tem sido o poder político na Figueira, nas últimas 4 dezenas de anos: fraco com os fortes e forte com os fracos.
A questão, para os figueirenses é esta. Passo a citar o ex-vereador António Tavares, numa crónica publicada no jornal AS BEIRAS, na terça-feira, 11 de março de 2014.
"... não conseguimos perceber como pode a Açoreana, empresa proprietária do chamado edifício "O Trabalho", fazer perpetuar e permitir a degradação constante do mamarracho que todos conhecemos, para mais situando-se numa zona nobre da cidade e de grande fluxo de turistas e locais..."
O edifício o Trabalho, é o exemplo, mais do que acabado, do que resulta das megalomanias dos autarcas figueirenses de ontem, de hoje e, presumivelmente de amanhã.
“Na minha opinião, aquele edifício nunca devia ter sido construído. Não se trata apenas de um problemas estético, que retirou harmonia, trata-se de uma questão funcional, porque criou problemas de insolação, por causa do ensombramento que ele projeta nos outros edifício”, opinava nas BEIRAS de 29 de Dezembro de 2017, Daniel Santos. O especialista apontou, por outro lado, os problemas de funcionalidade, com o aumento do tráfego automóvel e a falta de estacionamento na zona, que “não tem capacidade para suportar a carga decorrente da ocupação do edifício”. Concluindo, defendeu: “a construção daquele imóvel contribuiu para retirar entidade ao Bairro Novo".
quarta-feira, 2 de setembro de 2020
Quem contaminará mais?..
- O Aeroporto?
- O avião?
- O Metropolitano?
- A CP?
- Santa Apolónia?
- A Linha do Estoril?
- Os comboios?
- A Feira da Tocha?
- A Feira da Malveira?
- A praia?
- Os bares?
- As touradas?
- As noites do Bairro Novo em Agosto?
- A SEMANA DA OSTRA 2020, em Setúbal?
- A FEIRA FARTA 2020, na Guarda?
- A EXPODEMO 2020, em Moimenta da Beira?
- A FESTA DAS VINDIMAS 2020, em Palmela?
- O futebol?
- O automobilismo?
- A Feira do Livro (os comunistas também gostam de ler)?
- A Festa do Avante (os comunistas também gostam de se divertir)?
terça-feira, 28 de julho de 2020
Adeus velha Europa!.. 2
1. o espaço urbano deve entender-se enquanto naturalmente propício a uma constante reestruturação, a qual pode ser dirigida estrategicamente ou seguida casuisticamente pelas autoridades competentes;
2. nos últimos dez anos, assistimos ao surgimento de novas centralidades, criadas pela proliferação de superfícies comerciais, erigidas na periferia;
3. no mesmo período, a cidade perdeu população residente e visitante, em geral, sendo notória a menor fruição dos espaços na Baixa, quer na época “baixa”, quer na “alta”, que dura cada vez menos dias.
Ora, levar gente à Praça da Europa está dependente do que se pretende para o concelho, para a cidade, para a Baixa, e só uma política global estratégica, a qual defina claramente o que se pretende alcançar nos próximos vinte anos, que recursos humanos e financeiros se alocarão e que ações se vão empreender, o poderá alavancar.
O que está a ser feito para dotar a Figueira de acessibilidades ferroviárias compatíveis com um desenvolvimento sustentado e sustentável? Para quando a resolução do problema que é, cada vez mais, o areal urbano, de forma a aproximar a cidade do mar ou este da cidade? E a Zona Industrial do Pincho, vai continuar no papel, ou como promessa eleitoral sempre adiada? E a verdadeira solução para a Serra da Boa Viagem? E para o Cabo Mondego? E para o Cabedelo? E para as Lagoas? E quando terminarão as incontáveis fases das inexplicáveis alterações das desgraçadas obras?
Trabalhar, de facto, para responder a estas questões, infelizmente recorrentes, é a solução para levar gente à Praça da Europa…, e à Baixa…, e ao Bairro Novo…, e a Buarcos…
Mas parece que há quem prefira pintar uns muros e umas sarjetas, ou prometer que é tudo para breve – enfim, “tásse” bem!…"
Via Diário as Beiras