- CDU 142/ PSD 205/PS 725/PCTP/MRPP 19
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
domingo, 19 de outubro de 2014
Rescaldo das intercalares de S. Pedro - 19 de outubro de 2014
- CDU 142/ PSD 205/PS 725/PCTP/MRPP 19
sexta-feira, 12 de dezembro de 2014
Sondagens, estudos de opinião e comentadores ...
Em Portugal, ao longo dos anos, têm existido para quem acredita na democracia participativa, pelo menos, dois grandes adversários a vencer em eleições: o triunfalismo (sugestionado pelas "sondagens", "comentadores" e outros "estudos de opinião". Os portugueses não podem esquecer que os votos não estão nem nas "sondagens", nem nos "estudos de opinião" e, muito menos, nos "comentadores". Votar, é uma escolha dos portugueses.) e a abstenção (ir votar, isto é, combater a abstenção, significa ultrapassar o apatia de que "já está tudo decidido" e que "não vale a pena").
Claro que vale a pena votar.
Nada, mesmo neste País, está decidido para sempre.
Tudo vai sendo decidido em cada dia que passa.
E tudo depende de nós.
terça-feira, 9 de maio de 2017
Na Figueira, os «políticos competentes, são aqueles que ganham eleições»?..
Edição de hoje do jornal AS BEIRAS. Para ver melhor, clicar na imagem |
Tudo passa, no essencial (está a ser assim em Buarcos/S. Julião e vai ser assim, pelo andar da carruagem, em Vila Verde...), pela mediatização dos gestos, a sobrevalorização das aparências e do espectáculo, em detrimento da capacidade de organização e de trabalho, ou da capacidade de projectar algum ideal sobre o futuro da freguesia e do concelho.
E, de degrau em degrau, em 2017, descemos até aos "administradores de ilusões" que nos tentam fazer crer, que a gestão criteriosa da imagem, ou a encenação das atitudes, são muito mais importantes que o conteúdo das coisas, que a realidade, que o verdadeiro ser...
Como se vê, a competência é o que menos importa no cada vez mais pequeno cosmos político figueirense...
A reflexão, que é urgente fazer, em torno da ruptura entre os cidadãos e a democracia (a crescente abstenção é um indicador claro), leva-nos invariavelmente à questão do divórcio entre o cidadão e a política.
A Figueira, nas autárquicas de 2017, vai viver, quase de certeza, um dos piores momentos da sua existência em democracia. Nos últimos anos, fomos governados por políticos medíocres que colocaram a Figueira numa situação praticamente irrelevante a nível nacional e nos transformaram numa cidade e numa sociedade de pessimistas.
O concelho corre o risco de, em outubro de 2017, bater o record da abstenção.
Teria sido necessário, para inverter essa tendência, que tivesse surgido um propósito comum, que se traduziria num efectivo sentido de comunidade e na participação dos cidadãos, indicadores de uma democracia de qualidade, uma democracia onde todos participem e aprendam.
Ainda houve uma "ameaça", mas mais uma vez, a politiquice figueirinhas prevaleceu. Verificou-se o óbvio: é muito difícil aos figueirenses conseguirem um verdadeiro envolvimento colectivo.
Mais tarde ou mais cedo, os figueirinhas terão de compreender, que uma revalorização da democracia no concelho é um desafio que se coloca a todos.
A implementação de políticas de qualidade, ao serviço do desenvolvimento do concelho e da maoiria dos seus habitantes, só será possível com o envolvimento de toda a comunidade. E isso passará por estimular práticas colaborativas e agir estrategicamente.
Todos temos de perceber e fazer entender aos políticos, que o essencial é que o concelho, no seu conjunto, se envolva. Que o mesmo é dizer, é fundamental envolver o concelho.
Precisamos fazer ver aos políticos figueirense que têm de fazer muito mais para merecerem o voto do concelho.
Não é descrendo do exercício do direito de cidadania que colaboraremos na construção do progresso e da identidade da Figueira da Foz.
segunda-feira, 4 de abril de 2022
Da série, a propósito da Democracia...
O voto, para a maioria dos que ainda votam em Portugal, hoje, é sobretudo um voto contra.
A abstenção, em certos actos eleitorais, chega a rondar os 60%. Segundo alguns comentadores/politólogos tão escassa participação fica a dever-se à fraca qualidade dos candidatos.
Estará aí a raiz do problema? O problema resume-se aos candidatos?
A meu ver isso pouco mudaria. Mesmo que os candidatos fosse o que de melhor existe na sociedade portuguesa, creio que a participação seria sensivelmente a mesma.
As pessoas não vão votar porque são comodistas e dizem-se cansadas da forma como se faz política neste país, sem aprofundar as razões porque assim acontece. É mais cómodo não ir votar dizendo que não acreditam nos políticos, não acreditam na mensagem política (normalmente, sem a conhecerem) que os políticos passam e na política que praticam depois do que anunciam nas campanhas.
O povo, antes de se queixar, tem de perceber o óbvio: se nestes mais de 40 anos o seu voto apenas tem servido para legitimar a partilha do bolo orçamental sempre pelos mesmos, porque é que vota sempre nos mesmos?
Em vez de fazer aquilo que seria o mais inteligente - procurar informar-se, formar opinião e votar em consciência -, continua a fazer o mais cómodo: deixou de ir votar.
Mas qual é a consequência da abstenção já ir em 60%?
Não muda nada. Os politólogos e outros especialistas vão falar da fraca representatividade da vitória. Os que continuam a ganhar dizem que a democracia funcionou e ganhou quem teve mais votos.
Como é que esta realidade poderá algum dia mudar?
Quando os portugueses quiserem deixar de ser menos comodistas.
Essa atitude obrigaria os partidos e os políticos a respeitar os seus compromissos.
No final, optimista como sou, penso que seria uma hipótese de retorno da seriedade e honradez à política.
segunda-feira, 9 de junho de 2014
NOTA DA REUNIÃO DA COMISSÃO CONCELHIA DA FIGª DA FOZ DO PCP REALIZADA A 7 DE JULHO DE 2014
Em Vila Verde a CDU foi a segunda força política com mais de 24% dos votos expressos.
No que refere às outras forças políticas, todas sofreram descidas acentuadas mas o destaque principal vai para a coligação governamental PSD/CDS.
A abstenção verificada no Concelho, quase 70%, penaliza justamente as forças politicas que tudo têm feito para afastar as pessoas das políticas europeias e esconder as suas consequências para o Povo Português.
Não só o PSD/CDS “pagou a factura” pelo seguidismo acéfalo das políticas Troikistas da UE, BCE e FMI e do impacto destruídor das mesmas no nosso país, este “castigo” atingiu também o PS. Apesar de vencedor, e devido à sua política oportunista, continua a fazer de conta que é oposição, à espera de que o poder lhe caia nos braços, sem se comprometer com políticas significativamente diferentes das praticadas pelo PSD/CDS.
Na opinião do PCP, é esta não clarificação no que se refere às questões vitais para os portugueses, como sejam a saúde, a educação, a protecção social, o desenvolvimento económico e o emprego, que fez com que milhares dos seus potenciais eleitores não lhe dessem o seu voto, optando pela abstenção, pelo voto branco ou nulo ou ainda por outras candidaturas, cujas motivações aventureiristas e reaccionárias são bem evidentes.
Não deixa de ser um mau sintoma que o PS, em vez de ver nos seus resultados o reflexo da sua opção política, procure corrigi-los desenterrando projectos de leis eleitorais da direita, procurando, por este caminho conseguir na “secretaria” o que não conseguem através de adesão eleitoral.
No que se refere ao BE, e malgrado o “contraciclo figueirense” descoberto por alguns “analistas” locais em relação ao BE nacional, a verdade é que perdeu no Concelho 900 votos acompanhando assim a tendência global.
Finalmente, a Comissão Concelhia da Fig Foz do PCP, saúda todos os seus militantes e os apoiantes da CDU, todos os que decidiram votar nesta força, muitos pela primeira vez, e que assim reconheceram a seriedade e coerência de quem está na luta política para servir e não para se servir.
A Comissão Concelhia da Figueira da Foz do
PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS
segunda-feira, 20 de maio de 2019
Europeias...
Cantado por aqueles que mais contribuem para o povo mostrar a sua indiferença.
Não venham com a cantilena de que altos níveis de abstenção representam um cartão vermelho, de protesto e de descontentamento contra a política em geral e ao estado a que isto chegou.
Isso é comodismo. Querem protestar, votem em branco, inutilizem o boletim, mas vão lá!
Abstenções de 60%, 70%, 80%, não são formas de protesto: são apenas, só mais uma forma de mostrar comodismo e o quanto o tuga se desinteressa por aquilo que lhe diz respeito e só ele pode contribuir para melhorar.
Querem um país democrático?
Votem...
quinta-feira, 9 de abril de 2020
Uma opinião: a minha
E a minha opinião, que é minha e só a mim responsabiliza, sobre a vereadora do pelouro da Acção Social, Diana Carina Pereira Rodrigues, de quem só conheço o que é público: as suas competências académicas, a sua actividade profissional (na Câmara Municipal da Figueira, entre 2016 e 2018, antes de ser vereadora) e a sua actuação enquanto política: membro da Assembleia de Freguesia de Tavarede e Vereadora da câmara Municipal da Figueira da Foz. O resto já sei do que a casa gasta: quem se mete com o PS, leva. Na minha opinião, a vereadora da Acção Social não tem arcaboiço e nem conhece a "sensível" realidade com que está a lidar nas funções políticas que está a desempenhar. E é só isso, para mim, que está em causa. Não conheço a pessoa, mas conheço a sua actividade política como vereadora, melhor do que 90% da minoria dos figueirenses que votaram na lista que venceu as últimas eleições autárquicas na Figueira da Foz. É verdade que a abstenção não coloca em causa a legitimidade dos eleitos. Contudo, torna-os vulneráveis, enfraquece a consistência social e política da sua representatividade e menoriza a democracia representativa. "Em concreto, o valor da abstenção tem vindo a crescer significativamente na Figueira da Foz: 40,63% em 2001, 42,55% em 2005, 42,78% em 2009 e 52,29% (!) em 2013." Em 2017 os resultados foram estes:
sexta-feira, 28 de julho de 2017
Votar "útil" sempre, também cansa...
O voto, é o modo pelo qual o representado constitui o seu representante, alguém que está numa lista (embora já existam algumas excepções...) de uma organização chamada partido político.
Por via do voto, o representante representa o representado. O representado é representado pelo representante.
Até aqui tudo bem. O problema é que na distribuição de mandatos o contingente dos abstencionistas, o conjunto daqueles que por qualquer motivo não endossaram uma procuração política a um representante, não é tido em conta.
A meu ver, está mal.
A abstenção devia ser considerada como qualquer outro concorrente e entrar no cálculo dos quocientes a partir dos quais, segundo a regra d'Hondt, é feito o rateio dos mandatos submetidos a sufrágio.
Acaso tal fosse feito conseguir-se-iam dois objectivos.
Por um lado, evitava-se que os senhores políticos se presumissem representantes de quem não lhes outorgou qualquer representação.
Por outro lado, se não fossem atribuídos os mandatos da abstenção, seria diminuído o número de políticos, o que permitiria depurar a fauna.
Se não pela qualidade, pelo menos pela quantidade.
Já me estou a ver, no dia 1 de outubro próximo: olho para os cartazes e fico a pensar.
Pode o voto ser útil em inúteis fingidos úteis?
quinta-feira, 7 de setembro de 2017
Figueira, terra de espantos, inquietações e deslumbramentos, mas onde nem tudo se desvenda e onde custa muito andar informado...
A abstenção foi a grande vencedora das eleições, confirmando os resultados das sondagens.
Os figueirenses, chamados às urnas, tomaram uma decisão indecisa: optaram pelo abstracto, em detrimento dos políticos.
Aparentemente, João Ataíde, terá sido outro dos grandes vencedores, o que pode ser considerado o mal menor.
Já sabemos que vai ser mais do mesmo: não vai fazer algo de significativo na Figueira, mas vai ter estabilidade profissional e um ordenado, que não sendo nada de especial, é razoável e pago atempadamente.
E, isso, vai ser bom para ele.
Por outro lado, poderá passar mais tempo em viagens e menos na Figueira, e isso será bom para todos nós.
Carlos Tenreiro, conseguiu os mínimos, e isso também foi bom.
No entanto, por estranho que pareça, a versão Tó Zé Brito do MUDAR JÁ, não cativou o eleitorado que se dirigiu às urnas, embora tivesse tudo a seu favor.
Isso, deve ter complicado a intenção de MUDAR JÁ para as próximas legislativas.
Tenreiro, mostrou ao longo da campanha uma extraordinária tendência para a inércia activa do Ser elevado ao Nada, condição tão proeminente em Jean-Paul Sartre.
A poucos dias das Eleições era mais que evidente que a sua mediocridade ia no sentido convergente ao do interesse e gosto dos figueirenses.
Então, o que se terá passado?
Uma das causas poderá ser explicada pelos apoios deficitários que teve, sobretudo do partido basista e real.
O CDS-PP, não conseguiu fazer diferente.
Tinham prevista uma grande festa marcada para o concelho do Noddy.
Penso que, finalmente, perceberam que o concelho do Noddy, para eles, não existe, ao verificarem que a coligação do CDS com a Abstenção falhou.
O resto, escrevendo com a objectividade política possível, não existiu...
Foi mais do mesmo.
Por isso, é que João Ataíde, desde a partida, esteve sempre em vantagem.
Na Figueira continua a ser sempre carnaval.
domingo, 24 de janeiro de 2016
Já sabemos quem vai ganhar: a abstenção...
segunda-feira, 29 de maio de 2017
A caminho da indiferença? (II)
São também muitos os que defendem que a verdadeira cidadania e que a desinteressada participação cívica e política só são possíveis fora do sistema partidário, uma vez que este está irremediavelmente corrompido e sujeito a regras opacas e impossíveis de cumprir por quem se preocupe sobretudo em servir e não em servir-se.
Qualquer exagero (por definição o que ultrapassa o necessário) deve ser combatido pela Razão, através da ação, nunca pela abstenção, e a luta de grupos de cidadãos figueirenses (pela construção do by-pass, que resolva o triplo problema existente, contra a intervenção nas praias, considerando que a obra da APA agrava o problema de erosão, pela preservação do corredor verde, sobretudo para evitar a contínua impermeabilização dos solos) mostra que todos, mais do que envolvidos, devemos estar comprometidos em trabalhar para entregar um futuro aos nossos filhos que honre um tão grande passado. Como nos ovos com presunto: a galinha esteve envolvida, o porco… comprometeu-se!"
Ovos com presunto, uma crónica de Teotónio Cavaco.
Nota de rodapé.
Uma imagem das eleições que se realizaram em 1975 |
Repito algo que em 22 de fevereiro de 2017, escrevi neste espaço.
É difícil encontrar outro tão forte e evidente sinal de fracasso de um sistema político: mais de metade dos cidadãos do nosso concelho não se interessam e não querem saber da sua vida e da gestão da sua cidade.
A origem do problema - os políticos sabem isso - está no funcionamento deficiente dos partidos. As manobras, as jogadas de bastidores, os truques, os jogos dos aparelhos partidários, foram desgostando e afastando os cidadãos e minimizando o exercício da cidadania. Primeiro, da participação. Depois, também do próprio exercício do direito ao voto.
Cada vez menos pessoas olham para os partidos como expressão das suas preocupações. Cada vez mais pessoas deixaram de ver os deputados e os eleitos locais como representantes do Povo. Entretanto - e isso é o mais grave para a saúde da democracia - o sistema parece estar de pedra e cal.
Porquê?
Simplesmente, porque a reforma necessária, teria de ir no sentido de atrair o envolvimento da cidadania, reforçar o poder de escolha dos eleitores, limitar e diminuir o poder absoluto dos directórios – e os directórios partidários não querem, mandam e não deixam.
O efeito deste estado de coisas é o que sabemos: a deterioração do sistema, a degradação da vida política e o definhamento da democracia.
Mas, isso, interessa pouco aos políticos no poleiro.
O importante, para eles, é garantir o "tacho", nem que para isso se tenham de prestar a todas as "panelinhas".
sábado, 20 de abril de 2024
Câmara da Figueira apresenta saldo positivo de 16.232 euros em 2023
"A Câmara da Figueira da Foz contabilizou em 2023 um saldo positivo de 16.232 euros, num ano em que reduziu o passivo em 1,7 milhão de euros e manteve o prazo médio de pagamentos em 16 dias.
Os documentos de prestação de contas, aprovados hoje com a abstenção do PS, registam um aumento considerável de 4,7 milhões de euros (31%) da despesa com a aquisição de bens e serviços e o acrescimento do pagamento de juros em mais de 374 mil euros.
Os gastos de pessoal também aumentaram 1,7 milhão de euros (10%) devido às atualizações remuneratórias e ao processo de descentralização de competências, que aumentou o número de funcionários.
“Foi um exercício económico difícil, com várias condicionantes. Apresentamos contas que refletem as repercussões da conjuntura atual, mas que demonstram o esforço do equilíbrio financeiro das contas municipais”, disse a vice-presidente da autarquia, Anabela Tabaçó.
A autarca, que detém o pelouro das finanças municipais, salientou ainda o aumento de dois milhões de euros na revisão de preços das empreitadas aprovadas em 2023, que representou um aumento de 61,5% face a 2022.
Na apresentação dos documentos, Anabela Tabaçó destacou ainda o impacto do “brutal” aumento das tarifas de resíduos sólidos impostas pela ERSUC-Resíduos Sólidos do Centro, que gerou um défice tarifário para o município de 636.767 euros em relação ao ano anterior.
Com uma receita arrecadada de 77 milhões de euros, a Câmara da Figueira da Foz registou um aumento nos impostos diretos, com destaque para o acréscimo de dois milhões de euros (mais de 50% em relação a 2023) na derrama municipal (aplicado às empresas).
Segundo a autarca, entre a extinção e a criação de novas empresas existe um saldo positivo de mais 111, que geraram um significativo aumento do volume de negócios.
A vice-presidente da autarquia liderada por Pedro Santana Lopes salientou que o Plano Plurianual de Investimentos registou uma execução de 82,59% relativamente aos processos já adjudicados e em execução.
As transferências para as Juntas de Freguesia totalizaram 1,36 milhão de euros, representando um aumento superior a 20% face a 2022.
O executivo do movimento Figueira a Primeira, que está no primeiro mandato, salientou ainda a redução de 1,7 milhão de euros no passivo municipal, que a 31 de dezembro era de 21,4 milhões de euros.
Apesar de optar pela abstenção, o PS assinalou com agrado a taxa de execução, a redução do passivo e o aumento da receita, nomeadamente da derrama.
“Este relatório de prestação de contas revela a relevância das propostas pelas quais o PS se bateu na discussão do orçamento, que permitiram um aumento das transferências para as freguesias na ordem dos 20%”, frisou a vereadora Diana Rodrigues.
A autarca socialista manifestou preocupação com a execução de projetos cofinanciados, nomeadamente do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), “que ditou uma redução na receita ao nível dos fundos comunitários”.
“Acreditamos que pela menor expressão do serviço de dívida e pelos aumentos de receita, é razoável ambicionar um investimento e uma execução mais robustos dos projetos mais fundamentais para o reforço da competitividade do concelho e das condições de vida dos figueirenses”, sublinhou.
O presidente da Câmara da Figueira da Foz, que encerrou a discussão da prestação de contas, realçou que dos 19 municípios que constituem a Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra apenas cinco autarquias registaram saldos positivos."
quinta-feira, 5 de setembro de 2019
CONTRA A MAIORIA ABSOLUTA
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
Sinais quê?...
sábado, 22 de abril de 2023
Figueira com saldo positivo de 774 mil euros em 2022
«A Câmara da Figueira da Foz contabilizou em 2022 um saldo positivo de 774.716 euros, de acordo com os documentos de prestação de contas ontem aprovados.
Segundo a vice-presidente do executivo camarário da Figueira da Foz, Anabela Tabaçó, para o saldo positivo contribuiu o aumento da cobrança de impostos correntes, com destaque para o Imposto sobre Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT), que aumentou mais de 1,46 milhão de euros e rendeu, no total, mais de seis milhões de euros.
A autarca, que integra o executivo liderado pelo movimento Figueira A Primeira (FAP), em funções desde outubro de 2021, salientou que o resultado de 2022 contrasta com os saldos negativos dos exercícios de 2020 e 2021, de 4,1 milhões de euros e 735 mil euros, respetivamente.
“Os indicadores vertidos nos documentos de prestação de contas demonstram um exercício económico pautado pelo rigor e pela contenção orçamental do lado da despesa e uma orçamentação muito próxima da sua execução pelo lado da receita”, sustentou. Responsável pelo pelouro das finanças municipais, Anabela Tabaçó destacou a taxa de execução da receita líquida de 89,78%, cujo indicador “mostra proximidade entre a receita orçamentada e a receita liquidada ao longo do exercício”.
A vice-presidente da autarquia figueirense realçou o aumento da receita correspondente à comparticipação de fundos comunitários, que totalizaram 6,6 milhões de euros em 2022, mais 4,1 milhões de euros relativamente a 2021. A autarca frisou também que o prazo médio de pagamentos da Câmara estava em 16 dias no final de 2022, o que se traduz numa diminuição de 24 dias face a 2021. Relativamente aos limites de endividamento, salientou que a margem se manteve nos cerca de 6,6 milhões de euros no final de 2022 e o endividamento bancário nos 22,5 milhões de euros.
As contas foram aprovadas com a abstenção do PS e do PSD e os votos a favor do movimento Figueira a Primeira. A vereadora socialista Diana Rodrigues justificou a abstenção com o facto de o executivo liderado por Pedro Santana Lopes gastar mais em despesa corrente (57%) do que em investimento e com uma execução do plano plurianual de investimentos que considerou baixa. “Este saldo resultou de um aumento de receita muito significativo, do aumento de transferências da administração central e da incorporação do saldo de gerência de 2021”, constatou a autarca do PS, que denunciou um desvio de mais de dois milhões de euros na aquisição de bens e serviços.
O único vereador do PSD, Ricardo Silva, reconheceu que entre 2011 e 2019 houve uma trajetória de “abaixamento da dívida”, que começou a aumentar novamente a partir desse ano. Para o autarca social-democrata, 2023 será “o ano zero” para atual executivo presidido por Santana Lopes."»
quarta-feira, 10 de outubro de 2018
O verdadeiro Povo da Figueira...
É ele que tem ganho todas as eleições.
É o único que tem legitimidade democrática para reclamar vitória e exigir que o seu programa fosse cumprido.
E o seu programa resume-se a isto: não se fazer nada.
O que para a Figueira seria melhor do que aquilo que esta maioria absoluta minoritária está a fazer à Figueira, a Buarcos e, talvez, ao Cabedelo.
Só que este verdadeiro, genuíno, autêntico Povo da Figueira, este povo da abstenção, é uma maioria de tal forma silenciosa, que se está positivamente nas tintas para tudo...
Até para reclamar o que é genuína e verdadeiramente seu...
quarta-feira, 27 de setembro de 2017
A importância de esclarecer...
Apesar de Mill ter a esperança de que envolver as pessoas na política as tonaria mais inteligentes e mais preocupadas com o bem comum, afirma que algumas formas de governo podem deixar-nos estúpidos e passivos.
No entanto, existem outras que podem tornar-nos perspicazes, exigentes e activos.
Apesar das boas intenções dos políticos, as formas mais comuns de compromisso político não só falham no enobrecimento da sociedade, como tendem inexoravelmente para a estupidificação e a corrupção.
O economista Joseph Schumpeter bem lamenta.
“O cidadão típico desce a um nível de desempenho mental inferior assim que entra no campo político. Argumenta e analisa de um modo que prontamente reconheceria como infantil na esfera dos seus interesses reais. Torna-se novamente um primitivo.”
Em 1975, mais de 90% dos portugueses com direito a voto votou nas primeiras eleições.
A abstenção foi de 8,5%.
Agora, no máximo, votam 40 e tal por cento para as eleições autárquicas na Figueira da Foz!..
Por isso é que os democratas se incomodam. A política não é valiosa para a maior parte dos habitantes do concelho da Figueira da Foz.
A democracia tem os seus defeitos e mesmo os seus limites.
Uma coisa, porém, devíamos ter presente no acto de votar.
“A tomada de decisão política não é escolher para si próprio - é escolher para todos.”
quarta-feira, 8 de agosto de 2018
Covardia cívica é que não...
A aparente inocência deste pensamento contém, porém, em si um dos aspectos mais negativos no plano democrático: sendo todos iguais, não vale a pena escolher.
Daí, as taxas de abstenção que, eleição após eleição, terem vindo a subir na Figueira.
Claro que os políticos figueirenses são como os outros...
E, também, como os outros, povoaram os lugares com gente da sua confiança: preferiram, em muitos casos, “yes, man” em vez do mínimo de competência.
Repare-se, no entanto, que bastou ao PS mudar um pouco de rumo (com a célebre GERINGONÇA) para que a direita viesse, alarmada e temerosa, proclamar o fim do mundo e a chegada do diabo.
No fundo, o medo deu-se porque a direita temia que se viessem a notar as diferenças profundas entre uma coligação para empobrecer os pobres e enriquecer os ricos (Passos + Portas) e uma convergência para devolver rendimentos e para estancar a política de empobrecimento geral (PS + CDU + BE + Verdes).
Num mundo em que os tubarões são protegidos para comer os pequenos, na linguagem do grande português, Padre António Vieira, há um impulso primário para fugir à realidade e poder escapar a essa crueldade contra a qual parece não haver antídoto.
No entanto, interiorizar que os políticos são todos iguais, traduz a ausência de qualquer disponibilidade para contribuir para mudar a sua própria vida e aceitar que os outros decidam por si.
Isso tem nome: é um acto de covardia cívica, na medida em que se pretende justificar uma conduta com a dos outros. É a afirmação de que não vale a pena escolher. É uma forma consentida de auto-alienação do que se passa na freguesia, no município e no país.
Mais valia assumirem o óbvio: fazendo da política profissão desejam, também, contribuir para a sociedade.
Ninguém vai para uma empresa porque a quer ver melhor.
Vai porque será o seu emprego.
Depois se verá, ou não, se terá um contributo válido.
É assim também na política.
Escusavam de ser hipócritas...