quinta-feira, 23 de maio de 2024

Hoje há reunião de câmara

Realiza-se hoje, quinta-feira, dia 23 de maio, pelas 17h00, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, a segunda reunião de Câmara ordinária do mês de Maio.

A Ordem de Trabalhos esta disponível clicando aqui.

quarta-feira, 22 de maio de 2024

Mugir e chamar vacas às deputadas, também pode?

"Estas ofensas, injúrias e declarações racistas são consideradas sentido de humor e ironia e são bem aceites, eventualmente celebradas, pelo eleitorado do Chega."

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Estudo Jerónimo Martins/Pingo Doce... (2)

Filipe Tourais

"A informação falsa está muito longe de circular apenas nas redes sociais. A Fundação Manuel dos Santos, Pingo Doce para os amigos, tem dinheiro para pôla a circular em livro. O último, coordenado pelo neoliberal Pedro Brinca, apresenta para lá umas contas feitas à maneira, sem base empírica rigorosamente nenhuma, para concluir que Portugal perde rios de dinheiro em investimento estrangeiro por não ter acompanhado os congéneres europeus na redução do IRC.

Quem os leia e os leve a sério ficará com a ideia de que existem exemplos de estudos que consigam comprovar a relação que propõem, entre reduções de impostos sobre lucros e crescimento económico. Não existe um único. A fantasia que desenvolvem faz ainda de conta que os investidores internacionais não sabem que somos o 10º país da Europa com salários mais baixos e que o que possam pagar em IRC, que a maioria nunca chega a pagar, é largamente compensado com o que não pagam em salários, como acontece nos países europeus onde quem trabalha recebe salários de gente.
Finalmente, e haveria bastante mais a dizer sobre tanto veneno ideológico em forma de livro, sugerem que a redução de IRC às empresas poria os nossos empresários a pagar melhores salários. Está-se mesmo a ver que ficariam imediatamente todos generosíssimos e que Portugal deixaria de ser o país da Europa com a maior percentagem de lucros distribuída, não em salários, em dividendos sobre lucros entre os seus accionistas, desinvestimento puro e duro. Eles é que sabem. A receita proposta é muito simples. Os lucros têm que aumentar o mais possível a sua fatia no bolo da redistribuição da riqueza gerada, seja através do que se recusam a pagar em salário a quem trabalha para a sua fortuna, seja através de reduções das contribuições dos empresários para a sociedade que os enriquece.
Os salários têm que ficar à espera que uma produtividade muito estranha, que nada tem que ver com lucros que aumentam sem a produtividade a -impulsioná-los, cresça o suficiente para que os nossos empresários não se arruínem de vez, tal como aconteceu na Argentina, a fazer fé no que se lê numa entrevista de um académico argentino da mesma escola a uma publicação online.
Segundo o "especialista", assim vinha devidamente apresentado, o problema da Argentina está nos salários, que aponta serem demasiado elevados apesar de serem bastante mais miseráveis do que os nossos, por terem crescido acima da mesma produtividade que nada tem que ver com crescimento de lucros que sempre aumentaram mais do que os salários, nem com o crescimento económico da Nação, comprometendo de forma ainda mais acentuada o pagamento de uma dívida que, ainda mais do que cá, necessitaria de salários mais elevados que gerassem uma receita fiscal em linha com a sustentabilidade do país. Os salários e os direitos laborais e sociais insipientes, eles chamam-lhes "privilégios", é que têm que ser pulverizados para libertar os lucros argentinos e a amada Pátria desse fardo que os impede de crescer.
Acredite nesta gente quem se convença que a política é como o bingo. Perdem todos menos um, o vencedor, que cada um é livre de acreditar com todas as suas forças que será o próprio. Como reza aquela frase bonita repetida por tanta gente “positiva” e “resiliente “, “se não acreditares em ti, ninguém acreditará”. Siga pois para bingo, como fizeram os argentinos, com o resultado trágico de todos conhecido. O combate às desigualdades, a diferença entre esquerda e direita, o direito a serviços públicos universais e de qualidade e a luta de classes são coisas do passado. Estão completamente fora de moda. Uma redistribuição mais justa da riqueza produzida é populismo socialista. O que está a dar é ficar à espera que a produtividade aumente na condição de sem abrigo ou de campista em espaço urbano, não ganhar o suficiente para fazer uma refeição de carne ou peixe de dois em dois dias, aterrar no caos de uma urgência hospitalar e esperar mais de 24 horas para ser atendido e culpar os imigrantes de tudo o que apeteça."

Inauguração de praceta em Quiaios foi adiada

Na edição de ontem, o Diário as Beiras, informava que a Junta de Freguesia de Quiaios «vai inaugurar, no próximo dia 26 (domingo), às 15H30, uma praceta na rua Direita, em homenagem aos presidentes da junta de freguesia eleitos nos 50 anos do poder local democrático.»
Em declarações publicadas ao mesmo jornal, edição de hoje, o presidente da Câmara da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, «afiançou que as obras realizadas pela junta de freguesia na praceta “não foram autorizadas pelo município”.
Ainda assim, o edil clarificou que, “tendo em conta o objeto da empreitada realizada na praceta”, foram desenvolvidas diligências entre Santana Lopes e o presidente da Junta de Freguesia de Quiaios, Ricardo Santos, para o assunto “ser resolvido brevemente”. No entanto, o presidente da câmara revelou que terão que ser feitas “alterações por questões de segurança rodoviária e dos peões”, sendo a data da inauguração alterada.
Contactado ontem pelo Diário as Beiras, Ricardo Santos, presidente da Junta de Freguesia de Quiaios, explicou os motivos do adiamento. “O senhor presidente da câmara não pode estar presente e, por isso, resolvemos conciliar agendas”.
A nova data para a inauguração do espaço ainda não está definida.
A nova praceta resulta da demolição de uma casa e de uma garagem à entrada da rua Direita para facilitar as manobras dos autocarros que aí circulam. 
A localização, junto à Igreja Paroquial de Quiaios “justificou a sua transformação num pequeno espaço público de lazer que, através de painéis de azulejos, perpetua imagens que preservam a memória coletiva da freguesia”, escreveu a Junta de Freguesia de Quiaios na rede social Facebook
A intervenção custou 22 mil euros.

terça-feira, 21 de maio de 2024

Museu Nacional Resistência e Liberdade, Peniche

"Ao longo da História, sempre existiram presos políticos. No séc. XIX, por exemplo, durante a guerra civil, no Forte de Peniche estiveram detidos, alternadamente, liberais e absolutistas, assim estava no comando D. Miguel ou D. Pedro. A Primeira República não foi isenta na matéria e a partir do golpe militar de 1926 foram variadas as pessoas detidas por se oporem ao regime vigente. Mas no ano de 1933, que instaurou o Estado Novo em Portugal, foi formalmente constituída a polícia política. Entre 1934 e 1974, na Cadeia do Forte de Peniche estiveram detidos mais de 2 600 presos políticos. O novo Museu Nacional Resistência e Liberdade conta muitas das suas histórias e enquadra-as no que foi o Regime de Salazar e as múltiplas formas de luta que se travaram contra ele. Uma visita guiada por José Pedro Soares, que cumpriu pena no Forte de Peniche, e Aida Rechena, a diretora do museu."
Para ver a visita guiada clicar aqui.

Quiaios vai homenagear presidentes da junta de freguesia eleitos nos 50 anos do poder local democrático

 Via Diário as Beiras

"WHITE SUITE FLEET” (FROTA BRANCA) NA FIGUEIRA (2)


Os portugueses pescam na costa da Terra Nova há séculos. 

A Frota Branca costumava visitar o porto de St. John's para se reabastecer de mantimentos e combustível ou para se proteger das tempestades. 
Durante esses anos os portugueses foram sempre bem recebidos. Trocaram-se músicas, vinho, palavras e amizade, jogaram-se partidas de futebol. 
Os canadianos, além de compartilharem algo - a pesca do bacalhau em algumas das águas mais perigosas do mundo - abriram as suas e corações aos marinheiros portugueses. 
White Fleet Suite é uma homenagem aos navios de madeira e aos homens de ferro daqueles tempos exóticos e apaixonantes. É uma apresentação musical que destaca as nossas duas culturas e histórias partilhadas, com música tradicional e original, canção e poesia, e visuais de fontes de arquivo e coleções particulares. 
A música foi composta e compilada por Pamela Morgan, orquestração e produção de Duane Andrews, poesia de Agnes Walsh.
A White Fleet Suite foi estreado no Arts and Culture Centre, St. John's NL, em 3 e 4 de novembro de 2023.
Depois de uma digressão por Portugal, que começou no dia 18 em Arcos Valdevez, tendo passado também em Viana do Castelo e Ílhavo, vai estar hoje na nossa cidade.

Imagem: Diário as Beiras

Texto: daqui

Fica o registo


Estudo Jerónimo Martins/Pingo Doce...

Académicos propõem baixar IRC em 7,5 pontos e eliminar derrama em Portugal

Foto: Joaquim Morais Sarmento, Ministro das Finanças

Segundo um estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos, financiado pela Jerónimo Martins/Pingo Doce, que naturalmente não tem nehum interesse na matéria, "a descida do IRC em 7,5 pontos percentuais faria aumentar o PIB português em 1,44% a curto prazo e teria um impacto positivo no investimento, na competitividade e ainda no consumo já que, neste cenário de redução do imposto em 7,5 pp, a remuneração do trabalho também iria aumentar em 1,79%, pois as empresas conseguiriam reter e partilhar mais lucros com os trabalhadores."

Nesta investigação, "os autores argumentam que a perda de receita fiscal pela via da redução do IRC poderia ser financiada através de vários instrumentos de compensação orçamental, designadamente impostos sobre o consumo, impostos sobre o trabalho, despesa pública ou transferências sociais."

segunda-feira, 20 de maio de 2024

Os “ratinhos” dos nossos tempos

«No tempo em que ninguém para cá queria vir não havia no Alentejo imigrantes mas havia emigrantes. Os chamados “ratinhos” que iam das Beiras trabalhar na altura das ceifas. E, tal como os imigrantes de hoje, aceitavam trabalhar por muito pouco, viver ás vezes até ao relento e comer para ali uma côdea de pão. 
Ontem, como hoje, muita gente culpava os “ratinhos” e não os agrários, que tudo faziam para pagar o menos possível a quem trabalhava. Os agrários exploradores que tinham na polícia rural, que era a GNR, os jagunços perfeitos para pôr em sentido quem protestava. E, se para pôr o gado em sentido, fosse preciso matar em plena rua uma mãe de quatro filhos, matava-se.

À extrema-direita só interessa, justamente, o desviar das atenções. O culpar os imigrantes é o desviar das atenções do facto de que todos estarmos a perder direitos. Nada mais que isso. 
O que a extrema-direita é, também se aplica à Iniciativa Liberal do Cotrim, que quer é um regresso aos anos 60. Um regresso ao tempo em que, além de haver três famílias numa casa de três quartos ou menos, ainda havia milhares de barracas, um pouco por todo o lado e em que, quem tinha a, sorte de ter uma cama e não uma enxerga, só tinha dois jogos de lençóis comprados a prestações. 
Quanto mais a extrema-direita, o fascismo, o racismo, a xenofobia crescerem, mais deslocados haverá. Porque ficar à espera de ser morto pela fome ou por uma milícia não é opção para ninguém. 
A extrema-direita é parte do problema, aqui e nos países de onde os imigrantes vêm, nunca a solução. E, se não formos capazes de ver isso, estamos tramados.»

"Dizer que uma determinada etnia é burra, a liberdade que nos faltava"

 Via Jornal Público

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Como depende dos portugueses...

 

domingo, 19 de maio de 2024

Quem nos defende de Aguiar Branco?

"Isto foi só o começo e Pedro Aguiar-Branco acabou de escancarar as portas ao aprofundamento de linguagem racista, xenófoba e discriminatória na Assembleia da República. André Ventura, como qualquer miúdo bully, testa os seus tutores para perceber até onde pode ir. É do mais primário, mas é parte do que temos nas nossas relações políticas.

Observei durante o dia de ontem, da esquerda à direita democrática, a todo um espanto pelas declarações anuentes do PAR, mas agora a sério, estavam à espera de outra coisa de Pedro Aguiar-Branco? Eu, sinceramente, não estava. Basta observar a cadência e consistência das declarações de elementos da AD nos últimos anos. Aparentemente, este abre olhos pode ser útil para perceber que a luta contra o racismo não se resume a afrontar a bancada do Chega, mas que é algo muito mais lato, com cúmplices em todas as esferas políticas e instituições do país."

Daqui

sexta-feira, 17 de maio de 2024

Quando entrei numa fábrica, percebi o que era ser operário. Não tinha noção. E os estudantes que na altura defendiam a classe operária também não deviam saber muito bem o que era ser operário.

 Rui Simõesde autor documentários como “Deus, Pátria, Autoridade” (1976) e “Bom Povo Português” (1980)

Santa Casa: "Paulo Alexandre Sousa é uma escolha de Luís Montenegro"

Via Sol: "SANTANA ADMITIU ACUMULAR MISERICÓRDIA COM FIGUEIRA"

"Paulo Alexandre Duarte de Sousa é o novo provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML). 

A escolha dos nomes para a nova Mesa da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa foi assumida por Luís Montenegro, que fez questãode chamar a si o dossiê. A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e do Trabalho, Maria do Rosário da Palma Ramalho, que tutela esta instituição, limitou-se a concordar com a escolha do primeiro-ministro, que considerou que o sucessor de Ana Jorge teria de ser de sua indicação pessoal. Este procedimento do PM não foi encarado com muito agrado por Palma Ramalho, apesar de não o ter demonstrado nem junto do gabinete do chefe do Governo. 
A escolha do novo provedorfoi um processo difícil e, tal como todas as decisões de Luís Montenegro que causam maior expectativa, esteve até à última hora em segredo absoluto. 

Tal como o Nascer do SOL noticiou a semana passada, Pedro Santana Lopes foi um dos nomes considerados para liderar os destinos desta insituição, cargo que ocupou até 2016. 0 Nascer do SOL confirmou que o assunto foi tema de uma conversa entre o primeiro-ministro e o presidente da Câmara da Figueira da Foz. No encontro, o autarca terá sugerido a Luís Montenegro um novo modelo da estrutura de liderança da SCML, por forma a tornar compatível a acumulação de funções. 

Pedro Santana Lopes faz questão de levar até ao fim, ou seja, até Outubro de 2025, o seu mandato de presidente da Câmara da Figueira da Foz, que considera «sagrado». Santana defendeu que o lugar de provedor poderia ser à imagem de um chairman que coexistisse com uma comissão executiva idêntica à atual Mesa da SCML. 
Este novo lugar de chairman não seria remunerado e permitia a Santana acumular com asfunções de presidente de Câmara, participando nas reuniões da Administração. Os poderes executivos seriam exercidos por alguém que ficaria sob sua tutela. A solução de Santana Lopes foi apresentada antes mesmo da exoneração de Ana Jorge, a cujo processo de demissão o antigo provedor fez alguns reparos. 
Rosário Águas, ex-secretária de Estado do Governo que Santana Lopes liderou, seria um dos nomes que poderiam integrar a comissão executiva se aquele modelo tivesse sido bem acolhido pelo chefe do Governo. Luís Montenegro, no entanto, não terá dado seguimento a esta proposta e optou por manter o modelo de sempre, que será encabeçado por Paulo Sousa." 

No Chega é assim

«“houve reflexão e uma discussão sobre o assunto” e houve “quem estivesse mais a favor e menos a favor”.  No fim, deram carta - branca a André Ventura para protagonizar a intervenção do partido.»
João Pedro Henriques via Expresso«Esteve longe de ser consensual dentro do Chega a iniciativa de acusar o Presidente da República de “traição à Pátria” por este ter defendido as chamadas “reparações históricas” às ex- -colónias. O grupo parlamentar, agora com 50 deputados, dividiu-se, o que se manifestou na reunião que antecedeu esta semana a entrega do projeto de deliberação que consubstanciou no Parlamento a acusação. Os argumentos, segundo o Expresso soube, variaram entre críticas à ausência de base legal para a acusação ou reservas sobre a vantagem eleitoral de atacar desta forma, com argumentos tão graves, um Presidente da República ainda beneficiado com elevadas doses de popularidade. 

A bancada resolveu as divisões sem votação, dando carta - branca a André Ventura para protagonizar a intervenção do partido.»

No PS/Figueira Miguel Pereira move-se ...

 Via Diário as Beiras