Pronto, já sei que sou do contra mas, digamos assim, a leveza com que se disponibilizam dinheiros públicos para batucadas, cá pela Figueira, não me deixa indiferente… Mais: a ligeireza como tais decisões são justificadas - interesse turístico, económico e cultural!.. – também não me deixa indiferente…
A carga fiscal oprime. A mim, e certamente aos infelizes como eu, que não têm forma de contornar o fisco ou passar os proveitos para off-shores. E como o governo ou as autarquias, não fazem dinheiro, a solução é sempre a mesma. Quando este falta – e anda a faltar cada vez mais como se tem visto nos últimos seis meses - lançam um novo imposto,uma nova taxa ou uma nova coima.
Imposto após imposto, taxa após taxa, coima após coima, chegámos onde estamos.
Numa penúria de merda!..
Possivelmente, farei parte da minoria que, por estes lados, não gosta deste carnaval, que nada tem de português.
Posso, até, ser o único.
Todavia, a questão não é essa. As pessoas gostam do que gostam.
A questão é outra e muito diferente.
Tem a ver com a gestão dos dinheiros públicos.
A meu ver, a Câmara Municipal da Figueira da Foz, não tem o direito, dever, ou obrigação, de organizar e pagar carnavais.
Sejamos claros. O carnaval da Figueira/Buarcos é um produto comercial.
Deste modo, o investimento deveria ser feito por uma organização privada, que realizaria o espectáculo e recolheria o lucro ou o prejuízo.
Quem quisesse ia ver -
ia e pagava.
Quem não quisesse não ia ver, que é o meu caso -
não ia e não pagava.
Actualização:
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- Jornais:
Diário de Coimbra, Correio da Manhã, AS BEIRAS