domingo, 6 de agosto de 2006
Alerta
“Parece-me que passaram a fazer consultoria a um pseudo jornalista da figueira, para combaterem o teu blog.”
O alerta, veio em jeito de comentário, um dia destes.
Já tinha notado qualquer coisa. Uns ataques levezinhos. Umas ameaças descaradas. Umas ofensas fundas.
Mas o que é que se passa, afinal?
Este é um blog que ninguém frequenta, ninguém comenta, não é feito por nenhum dr.
Será que estamos a incomodar?
Na... Não acredito.
E depois, vamo-nos defender como?
Usando “escudos humanos”, ou minas?
Qual seria o propósito de usar "escudos humanos" sem que o inimigo soubesse que eles estão cá?
Seria eficiente?
Deixando de lado os “escudos humanos”, vamos às minas.
Vamos supor, que queríamos defender a fronteira da nossa freguesia com campos de minas.
O que fazer, se as minas não chegassem para proteger toda a nossa área territorial?
Teríamos duas hipóteses:1. Enterrar algumas, assinalando-as com bandeirinhas;2. Enterrar algumas, não dizendo onde.
Qual seria o método mais eficiente?
O primeiro método seria ineficiente. O inimigo só teria que contornar as bandeirinhas.
O segundo método seria mais eficaz. O inimigo, para avançar, teria sempre que proceder à desminagem do terreno, mesmo em locais onde não existem minas.No caso dos escudos humanos é a mesma coisa.
Não se sabendo onde estão, pressupõem-se que estão em todo o lado.
António Agostinho
sábado, 5 de agosto de 2006
Informação ao bréu e estopa
Em comentário de ontem, bréu e estopa, mostrava-se verdadeiramente preocupado com a churrasqueira do mercado velho.
Parece que os seus receios, felizmente, não se confirmam: ainda não abriu falência e continua a trabalhar e a ter clientela.
Enquanto é tempo, para atingir a suprema felicidade, proponho uma "vaquinha": partilho um frango com alguém que goste mais do peito que das pernas?
Será preciso contactar o Pilatos? ...
A implantação das passadeiras na praia, que ligam a Cova ao Cabedelo, onde foi aplicada tanta, tanta, madeira, é uma obra de inegável interesse para a Freguesia de S. Pedro.
Bem de manhã, logo a partir das 5 horas, à tarde e à noite, são algumas as centenas de pessoas, da Cova e Gala e de outros pontos do nosso concelho, que utilizam esta infra estrutura para realizar os chamados “passeios higiénicos”.
A obra é boa, mas precisa de manutenção. Como tudo, aliás.
Neste momento, há partes do percurso (talvez, também, por algum vandalismo que existe, aqui, como em toda a parte) que precisam de cuidados.
Seria uma pena que as passadeiras se degradassem irremediavelmente! ...
Mãos à obra. Se houver dificuldades, contactem o Pilatos...
Ele já contribuiu tanto...
Certamente que continuará disponível ! ...
sexta-feira, 4 de agosto de 2006
Começaram os treinos no G.D. COVA-GALA
Os seniores do Grupo Desportivo Cova-Gala, que vão participar no Campeonato Distrital da Associação de Futebol de Coimbra, prova que terá início em Setembro, já começaram a treinar.
O piso do pelado do Cabedelo encontra-se no estado que a foto de PEDRO CRUZ demonstra.
De lembrar, que esta é uma situação que dura há vários anos.
O Grupo Desportivo Cova-Gala, é uma Colectividade que tem uma importante obra realizada no fomento desportivo, sendo um dos Clubes de referência no seio da Associação de Futebol de Coimbra, na vertente de formação.
Para além do mais, é o embaixador, por excelência, da Freguesia de S. Pedro, pois as suas equipas de futebol divulgam todas as semanas o nome da Cova e Gala pelos diversos palcos desportivos do distrito.
Pena é que, quando na condição de visitado, o Grupo Desportivo Cova-Gala tenha apenas para retribuir a simpatia e a cordialidade própria dos covagaleneses, pois as condições do palco são as que sabemos! ...
A quem de direito: isto é um assunto muito sério. O que está em causa é a integridade física de atletas (de pessoas) que dão o melhor de si – voluntária e gratuitamente – para promover a nossa Terra.
O resto é conversa da treta. Ou de bares ...
quinta-feira, 3 de agosto de 2006
Medo de quê?
A participação dos covagalenses na discussão e troca de ideias sobre os problemas da sua Terra é uma manifestação democrática e saudável de inegável interesse cívico.
Foi esse o espírito dos que pensaram, criaram e mantêm este espaço.
Foto: PEDRO CRUZ
Houve um Amigo que, há poucos dias, curiosamente numa conversa de café, me disse que os Blogues podem ser o substituto das tertúlias de café de há uns anos atrás.
Quer dizer: as pessoas em vez de se reunirem à noite num café, vêm até ao computador, ligam a net, pensam, reflectem e partilham ideias uns com uns outros.
Isso assusta o pequeno poder, que não admite, sequer em pensamento, que algo saia debaixo da sua alçada.
A Cova e a Gala, os núcleos mais habitados da Freguesia de S. Pedro, cresceram. Agora, já não somos aquele pequeno aglomerado urbano, onde todos nos conhecíamos desde pequeninos, porque andámos juntos na Escola, a jogar à bola nos quintais, pela Colectividades, nas brincadeiras depois das aulas, etc.
A população, em 2006, tem outra gente, para além dos descendentes dos ílhavenses, que se sediaram na outra margem do Mondego, onde encontraram água potável e mar para arriscar a vida para poder continuar a existir.
E esta gente nova tem, naturalmente, outra cultura, outra vivência e outra experiência de vida, que pode, por exemplo, ser demonstrada pela forma como uma população urbana é independente face ao poder instituído. Por isso, não surpreende que possa haver manifestações cívicas, perante decisões do poder autárquico.
Por exemplo: as pessoas, com legitimidade, podem perfeitamente questionar os critérios que consubstanciaram o dispêndio de verbas dos nossos impostos aplicadas nas Colectividades locais. Os cidadãos, dado que estamos numa Terra onde o pensamento (é certo, que também a asneira) é livre, podem manifestar discordância, inquietação ou concordância activa e participativa com a decisão.
Isso, para uma mente medianamente aberta e democrática, seria um acto normal decorrente do usufruto da democracia na nossa Terra.
Mais, deveria ser até um motivo de orgulho e satisfação, pois hoje é imperativa a necessidade de se desenvolver a democracia participativa, como forma de combater a crise do exercício da cidadania. Viria mal à nossa Terra, se a maioria dos seus habitantes manifestasse, numa atitude de participação cívica, o desejo de ver esclarecidos os critérios culturais e desportivos que levaram recentemente ao dispêndio de milhares de euros, pelo poder autárquico local, no Mocidade Covense e no Marítimo da Gala?
Se as pessoas fossem envolvidas e entendessem as medidas, isso não poderia ser uma forma de as estimular a participar, a colaborar e a trabalhar no associativismo?
A política de desenvolvimento cultural da nossa Terra, passa pela participação dos covagalenses. Mas todos têm de sentir que o poder local olha para todos igualmente. Que não há filhos e enteados.
Isso passaria pelo diálogo, aberto, participativo e democrático com todos os dirigentes associativos.
Há medo de quê?
quarta-feira, 2 de agosto de 2006
Ao que chegámos! ...
Compreendo a sua força, a sua irreverência, a sua capacidade para sonhar.
Não compreendo a falta de educação, civismo, formação e irresponsabilidade.
Seja a que título for.
Sei que há gente pequenina, mesquinha, que não me pode ver – tudo bem, insultem-me. Se quiserem, façam aquilo que têm na vontade, sejam homenzinhos e venham “partir-me o focinho”, como já foi escrito em comentários anónimos.
Há uma coisa, porém, que ultrapassou tudo, mas mesmo tudo: meteram-se com a minha Mãe, uma Senhora impoluta, pobre, modesta, mas de uma honradez a toda a prova.
Para além disso, é uma pessoa doente e com 78 anos de idade.
Tenham juízo meninos. Sim, porque mesmo que os mentores tenham sido homens, não passam de uns rapazolas parvos e irresponsáveis.
Cova-Gala, onze horas e cinco minutos do dia 2 de Agosto de 2006
António Agostinho
Terça-feira, Agosto 01, 2006
Chave de São pedro - Nova Geração
É com enorme prazer que aqui apresentamos o novo visual do blog que, apesar do trabalho, nos deu bastante gozo melhorar, para nós e para todos os que nos visitam diariamente.
Espero que gostem e nos continuem a visitar e a deixar os vossos comentários.
Voces são importantes para nós!
Vamos todos contribuir para um aceso, mas controlado, debate de ideias, sobre a terra, o país e o mundo!
Abraços e Beijinhos, conforme as preferencias.
Ricardo, Nuno e Zé-Tó
Sábado, Julho 29, 2006
Estudar na Figueira...
Se o teu objectivo é ir para o ensino superior a Universidade Internacional da Figueira da Foz (UIFF) pode dar-te essa oportunidade de tirares uma licencenciatura em Psicologia, Direito ou Gestão. A academia da UI tem vindo a ganhar pontos e prestígio lá fora. É uma excelente alternativa para aqueles que não conseguem entrar nos sítios que querem. Se fores um deles não desanimes a UI espera por ti! A UI de Lisboa pode ser também a tua escolha. Estar perto de casa, não ter despesas em renda, alimentação e gasolina, são algumas das vantagens de estudar na Figueira para quem é de cá, e que são um tormento para os universitários que vão estudar para longe da sua terra-natal.
posted by José António Manata at 3:49 PM >5 comments
Comments on "Estudar na Figueira..."
<$BlogCommentAuthor$> said ... (8:29 PM) :
Caro Zé Tó:Estará tudo muito bem, mas sabendo, como sabes, o que valem esses cursos, devias fazer publicidade a outra coisa. Olha mira lá isto:A Figueira da Foz, tem cerca de 250 advogados, muitos eles sem nada que fazer a não ser defesas oficiosas.Para que são precisos mais psicólogos? Lá que a população anda a ficar necessitada de apoio psicológico é certo, mas quem vai precisar mais desse apoio são os próprios psicólogos e não tarda nada. Gestão, gerir, gerir...o quê?Cada vez há menos que gerir e mais gestores que não se conseguem gerir a si próprios.Hoje, ter um curso destes em Portugal, é quase o mesmo que nada.
<$BlogCommentAuthor$> said ... (9:45 PM) :
Um curso bom e que teria certamente, pelo menos um aluno era:Como ser um homenzinho na Blogosfera.O pupilo n.º 1 desse curso seria o doutorado em asneira e censura:Dr. Agostinho Daquela Margem.
<$BlogCommentAuthor$> said ... (4:23 AM) :
Apoiado!Esse segundo coment está divinal, o amigo tem toda a razão!Por acaso estava só de passagem, mas não resisti e penso que a blogosfera regional está de acordo comigo.
<$BlogCommentAuthor$> said ... (6:20 PM) :
esse dr. agostinho é um asno.vá censurar a puta da mãe..é uma vergonha pra blogosfera regional local nacional e internacional.esse filho da mãe devia ser corrido da nossa freguesia....
<$BlogCommentAuthor$> said ... (9:31 PM) :
Estão a ver a que é que eu me refiro?Basta analisar o comentário anterior anonimo das 6.20PM para entender o que pode ser a falta de civilidade, educação e humanidade.Espero bem que não seja jovem, porque se o for, envergonha-se a si e a seus pais.
terça-feira, 1 de agosto de 2006
HISTÓRIA DO SR. MAR
Deixa contar...
E depois?
A menina adormeceu
Matilde Rosa Araújo
segunda-feira, 31 de julho de 2006
O caso de alguns dos comentários “censurados”
Quem anda à chuva, se não tomar precauções, pode molhar-se.
Como dizia o Velho Joaquim Namorado, “ninguém está livre de levar um coice de uma besta”.
Existe quem aproveite a liberdade, sem saber verdadeiramente o que isso é (e, sobretudo, sem imaginar sequer o que foi preciso sofrer para a termos nos dias de hoje em Portugal), para mostrar falta de tudo.
É o caso de um tal senhorito, que ao abrigo de um anonimato cobarde, medríocre e arrogante (será que a arrogância lhe vem do dinheiro herdado? ...), andou entretido a enviar comentários verdadeiramente abjectos para alguns blogs figueirenses, nos últimos dias.
Aqui, no OUTRA MARGEM teve o tratamento merecido. Noutros, conseguiu conspurcá-los.
Cada um é dono da sua casa e governa-a como entende. Nada a dizer sobre isso, portanto.
Com intuitos meramente profiláticos, ficam exemplos de comentários “censurados” neste blog.
Tapem o nariz, pois para a história dos comentários em blogs figueirenses ficam aqui, sem exemplo, alguns. Evidentemente, os mais softs...
As conclusões serão vossas.
“Tó Faia deixou um novo comentário sobre a sua postagem "A licença do isqueiro! ...": Este gato preto mais o calceteiro maritimo são do melhor que tenho visto. Como esgóbios, mal informados, néscios e ignorantes não há melhor exemplo.Ao menos podiam limitar-se ao futebol ou às novelas da tvi. Mas como analfas e pouco mais que são, têm o desplante de se meter em conversas sérias sem antes, como é costume, se informarem e meditarem sobre assuntos sérios. A D. Ana tem razão. Isto, depois do 25 de Abril( Que não critico nem ataco) transformou-se num covil de ladrões. Tudo, mas tudo o que anda na politica é ladrão. Mário Soares é o maior ladrão de todos, o resto do bando e demais compinchas não lhe ficam atrás.Se bem se lembram, Salazar morreu pobre.
M. Alegre (reformado da RDP) deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Em democracia é assim": Só agora está a chegar a esta conclusão, Dr. Agostinho?Ditador não era o Salazar, ditador é cada português. Assim que se ache em posição de calcar e achincalhar o outro, o português não hesita.As frustações domésticas, ter de aturar a mulher e lavar a louça, aspirar e ainda ter de a levar a passear, faz com que cada portuga se transforme num ditador assim que tem a menor oportunidade. É no trabalho, sobre os subordinados, é na política sobre os que estão em minoria, é o uso da farda. Até a bombeirada manda, que isto de ser bombeiro não é mais que vir a ter a hipótese de vir a comandar alguém. Isso de apagar fogos e ajudar é tudo lérias. O importante é ser chefe de alguma coisa.É, como você costuma dizer, uma masturbação. Esta coisa é endémica, sabia? Aliás caso se desse o contrário você faria exactamente o mesmo, por isso estamos todos desculpados.
VIVA O SIMÃOZINHO!!!VIVA O TOZINHO!!!VIVA O CHICINHO!!!Estes indevidos são pior do que o Pinto da Costa ...Trafulhas...FORÇA AGOSTINHO...
Tó (da Lota) deixou um novo comentário sobre a sua postagem "MEMÓRIA - O Estado Novo, o isqueiro e a coca-cola": porque será que este "democrata" Dr. agostinho censura os posts?Uma coisa é certa. É muito avesso a verdades. Um estalinismo bacoco.
Tó Faia deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Não se perdeu": É um nojo que um gajo se arme em nazi e fascista de lapinhos azul, censurando comentários e manchando o bom nome da nossa terra.Aprende a ser humilde e democrata e depois aparece. antes disso deixa-te de porcarias, lava a cabeça por dentro e deixa de imitar o teu idolo. Os sociais-Fascistas Estaline e Ceaucescu!”
Mais palavras para quê?
As “pérolas” acima falam por si.
AGOSTO ESTÁ AÍ! ... HÁ, OU NÃO, MELHORIAS NO PISO DO CAMPO DO COVA-GALA?
Na passada quinta feira, o Benfica, embora num jogo a feijões, enfardou três! ...
Aqui, no OUTRA MARGEM, ficámos siderados! ...
O Pedro, benfiquista, ficou desasado! ... Eu, sportinguita, fiquei intrigado com tanta fartura! ...
Sem saber o que fazer, apeteceu-nos ficar uns dias em banho-maria! ...
Embora haja muito mais coisas para fazer na vida, em casos graves, como este, dormir, ou, apenas, descansar, pode ser mesmo muito bom!. ...
Tudo depende, no fundo, do contexto...
Todavia, dormir, não é tudo... Há muito mais vida para além disso
Mas lá que existem dias em que uma pessoa não deveria sair da cama, lá isso existem!..
Que o diga o Benfica deste Torneio no Algarve! ...
Há dias assim... Desastrados.
Que o diga o Moreto, que mostrou estar com a capoeira a funcionar. Aquele frango de sexta feira, no jogo com o Corunha, foi um bom prenúncio ...
Um dia, dois dias! ... Nada de desânimo ... Haverá outros dias, para o Benfica, para Moreira, para Moreto ... E, talvez, para o Quim! ...
Aqui, no OUTRA MARGEM, ficámos uns dias em banho-maria ! ... Nem assim tivemos descanso! ...
Ainda bem que assim aconteceu: prá frente é que é o caminho.
Que o diga este Sporting, convincente, ágil e concretizador, que saiu empolgado do Algarve! ...
Agosto está aí! ... No país rasca, do BRUNO do "Levanta-te e Ri", a generalidade dos portugueses está cada vez mais à rasca.
Agosto está aí! ... Os treinos, no Grupo Desportivo Cova-Gala, estão a iniciar-se.
A apresentação da equipa sénior, para a nova temporada, aconteceu hoje no Campo do Cabedelo.
Os campeonatos distritais começam em Setembro.
O Campo do Cabedelo, entretanto, continua com alguns problemas, aliás, habituais nos últimos anos. O piso do pelado, é o maior obstáculo para quem promove, com provas dadas, o desporto na Freguesia de S. Pedro.
Animem-se as hostes: parece haver luz ao fundo do túnel, pois existe terreno para o novo campo do Cova-Gala.
Manobra de diversão, ou não, surgiu, entretanto, um novo problema.
O Campo do Cabedelo, foi descoberto recentemente, localiza-se numa zona ventosa.
A quem de direito, isto é, a quem fez tão extraordinária descoberta: senão é possível resolver o resto, ao menos resolva-se o problema do vento! ...
Que, aliás, é o principal problema do momento! ...
E, pelos vistos, o mais fácil de resolver.
sábado, 29 de julho de 2006
Não se perdeu
quinta-feira, 27 de julho de 2006
MEMÓRIA - O Estado Novo, o isqueiro e a coca-cola
Portugal, nos tempos do Estado Novo, viveu situações que, de tão aberrantes, até parece que a realidade não passou de uma ficção.
Deixemos, por agora, os pormenores trágicos, que a vida já é pesada que chegue, e vamos ao caricato.
Já aqui lembrámos, um dia destes, o que aconteceu com o isqueiro, o "perigoso" instrumento que carecia de licença paga para ser utilizado pelos cidadãos fumadores.
Cremos que vale a pena pormenorizar um pouco mais! ... Até porque o tema teve enorme impacto, junto de quem faz o favor de visitar este espaço.
Vamos, pois, ao que interessa. A licença de isqueiro.
Atenção ao preciosismo: não era uma licença por isqueiro, mas sim por utilizador.
Por exemplo, uma família de oito elementos que partilhasse um único isqueiro, para estar legal, precisaria de oito licenças! ...Vamos aos detalhes.
Em Novembro de 1937, o Decreto-lei nº 28219 estabelecia que qualquer cidadão, para poder utilizar isqueiros em público, tinha que possuir uma licença.
Este documento tinha de ser passado por uma Repartição de Finanças.
Era nominal, o que significava que um mesmo isqueiro não podia ser utilizado por outra pessoa sem que esta tivesse uma licença para o utilizar.
Se alguém não apresentasse a referida licença, ao ser interpelado por um «fiscal de isqueiros» ou por um polícia, sujeitava-se ao pagamento de uma multa e à apreensão do acendedor. Não esquecer o pormenor da denúncia, “premiada” com 15% ao denunciante! ...
É bom ter memória e dar-lhe algum uso ...
Mais uma recordação curiosa! ...
Atentem, então, o que aconteceu com a Coca-Cola, a vulgaríssima bebida refrescante que, durante décadas, enquanto se incentivava o consumo de vinho, foi banida de Portugal.
Esta, como dizia o meu saudoso amigo Zé Martins, “é de cabo de esquadra! ...”
Vale a pena trazer à colação algumas palavras dirigidas por Salazar a Makinsky, na altura, o responsável daquela multinacional para a Europa, no sentido de excluir qualquer possibilidade de distribuição comercial da bebida no nosso País.
Citando a Historiadora Maria Filomena Mónica, ficam as palavras de Salazar: "sempre me opus à sua aparição no mercado português. Trata-se daquilo a que eu poderia chamar "a nossa paisagem moral". Portugal é um país conservador, paternalista e – Deus seja louvado – "atrasado", termo que eu considero mais lisonjeiro do que pejorativo. O senhor arrisca-se a introduzir em Portugal aquilo que eu detesto acima de tudo, ou seja, o modernismo e a famosa "efficiency". Estremeço perante a ideia dos vossos camiões a percorrer, a toda a velocidade, as ruas das nossas velhas cidades, acelerando, à medida que passam, o ritmo dos nossos hábitos seculares".
Tanto proteccionismo ao bom povo português devia enjoar, pois, se reflectirmos um pouco, verificamos que configurava mesmo um atentado contra a nossa liberdade de escolha. Mais: interferia com a qualidade de vida. Das nossas vidas.
quarta-feira, 26 de julho de 2006
O Vento soprou
O Vento soprou
O Céu trovejou
E o Mar enfureceu.
O Vento soprou
A Água correu
A Nuvem passou
E a Terra tremeu.
O Vento soprou
A Estrela brilhou
A Noite terminou
E o Sol apareceu.
O Vento soprou
O Dia acabou
E a Gente viveu.
No entretanto...
A Vida não parou!..
O Tempo passou
Sobrou o desencanto...
O Vento Soprou...
E ... se não se morreu...
A Gente envelheceu!...
terça-feira, 25 de julho de 2006
Três meses... continuamos a navegar! ...
.....
........................................ SERÁ PORQUE:
quem tem um olho, em terra de cegos é rei? ...
a intuição é uma forma de conhecimento do mundo que não podemos justificar racionalmente? ...
com a velocidade de informação o mundo ficou maior? ...
os sonhos são filmes que não sabemos que estamos a fazer? ...
as ideias pré-concebidas são paralisantes? ...
todos temos medo, mas só alguns arriscam? ...
o desafio é poder fazer aquilo que ainda não sabemos fazer? ...
a curiosidade é um motor? ...
conseguimos resistir a tudo, menos a uma tentação? ...
......................................... AFINAL, PORQUE SERÁ? ...
segunda-feira, 24 de julho de 2006
Em democracia é assim
Nas últimas eleições autárquicas, S. Pedro escolheu a continuidade.
Como em democracia quem tem mais votos ganha, conquistou o poder a “alaranjada” Lista “Independente”.
Contudo, os covagalenses sabem que a diversidade é a génese da democracia.
Face à indecisão e falta de clarificação do PS, nestas eleições, no que concerne à nossa Terra, a CDU, desde 1989 sem representação nos órgãos autárquicos da Freguesia de S. Pedro, conquistou localmente espaço político.
O eleitorado, ao contrário do que alguns aspiravam, mais que tudo, não colocou todos os ovos no mesmo cesto.
A sobranceria, a soberba, a precipitação e a falta de maturidade para aguardar calmamente o veredicto dos eleitores, foi tão evidente, que chegou a haver quem confundisse o desejo com a realidade, e tivesse comemorado antecipadamente: “foi uma goleada, 9 a 0”, foi dito publicamente por um elemento da Lista “Independente” “alaranjada” , enquanto ainda se procedia à contagem dos votos! ...
Valha-nos Deus! ...
Há muitas formas de ser útil à Terra onde se nasceu e de que se gosta. Servi-la, a partir da oposição, não é menos nobre, nem menos digno.
Por isso, dentro das limitações que 4 Assembleias de Freguesia realizadas por ano permitem, e com a correlação de forças existente – num universo de 9 membros, a CDU tem 1 representante –, a força minoritária tem tido uma participação activa, discutindo, mas apoiando o que considera justo e necessário; mas, também, não deixando de apresentar divergências quando tal se justifica.
A lealdade e o respeito pelas pessoas e pelas suas ideias, será sempre um valor fundamental. Contudo, isso é uma coisa, subserviência cega e muda, é outra.
Que não haja confusão! ...
Porém, há valores que, para um covagalense, estão acima de tudo.
Um desses valores, é o património que lhe foi naturalmente legado: o exemplo de humildade, honradez, seriedade e postura na sociedade, que foi transmitido pelos genes familiares.
Na vida, quem se bate com ética por projectos, valores e ideias sérias, conquista vitórias e derrotas pontuais.
Quem só está disponível para a vitória, não tem dimensão nem dignidade política.
Daí, à demonstração de falta de aptidão para lidar com este tempo novo e global, de troca aberta de ideias e informação, foi um passo e uma tristeza confrangedora.
Não saber lidar com o contraditório e estar de olhos fechados e orelhas moucas ao debate democrático, não é atitude de um político dos dias de hoje. Noutros tempos, é que quem falava mais alto tinha razão.
Hoje, felizmente, temos democracia! ...
Aquilo que julgamos o paraíso, também provoca angústia, mal estar e insegurança.
È dos livros, que colado às coisas boas está sempre presente o medo de as perder.
Mas a vida é mesmo assim. Em democracia, os vencedores de hoje, são os vencidos de amanhã.
- António Agostinho, COVAGALENSE
domingo, 23 de julho de 2006
D.A.M.M – dRuNkS aGaInSt MaD mOtHeRs
No início eram os DREADS e praticavam música punk.
Quem eram: na voz, o Moca; na bateria, o Bolas; na guitarra, o Ivo; e no baixo, o Calhau.
Isto, antes de 2002.
Entretanto, a banda evoluiu, tanto a nível musical, como no que diz respeito a ambições e objectivos profissionais.
A partir daí surgiu um novo projecto musical. Enveredaram pelo hard-rock.
Surgiu o projecto D.AM.M, com os seguintes elementos: na voz, o Calhau; na bateria, o Bolas, na percussão o Dani; no baixo, o Fernando; e na guitarra, o Ivo.
As composições que tocam nos concertos, são todas originais compostos pelo Calhau e pelo Ivo. Isto, no que diz respeito às letras. Na música, “todos metem o dedo”.
Os concertos transmitem sempre grande energia, o que passa para o público, e que é a imagem de marca desta Banda.
Os temas, “têm a ver com o dia a dia de cada um e a vida que levam”.
Têm como objectivo, “cultivar a amizade, fazer o que gostam e, ao mesmo tempo, ganhar algum dinheiro”.
Neste momento, têm algumas maquetes gravadas, a última das quais, ao vivo, na Queima das Fitas de 2005, na Figueira da Foz.
Concertos que ficaram na memória do grupo, de forma especial: Clube Mocidade Covense (Bolas); para o Calhau, são todos, mas o realizado no Grupo Desportivo Cova-Gala, compartilhado com os Contraband foi memorável; para o Nando, o Dani e o Ivo, foi o da Queima das Fitas, na Figueira.
Do futuro, ”esperam poder continuar a fazer o que gostam: dar concertos, realizar saídas, para passar a mensagem”.
Segundo eles, “é em cima do palco que se distinguem os homens das crianças”.
Pode deixar mensagens de incentivo, crítica, ou contactar a Banda para concertos na Internet, através de http://www.fotolog.com/kellydamm
(Um trabalho de Pedro Cruz)
sábado, 22 de julho de 2006
ORBITUR – o pioneirismo no campismo na Cova-Gala
O Parque de Campismo Orbitur, situado em plena Mata de Lavos, quase no extremo sul da Freguesia de S. Pedro, desde 1962, começou com uma dimensão de 2 hectares e apenas com um bloco sanitário e alguns (poucos) Bungalows.
Nos dias de hoje, as exigências impostas por esta forma de fazer turismo, obrigaram à evolução e ao crescimento.
A área ocupada expandiu-se. Passou para 8 hectares.
As infra-estruturas, naturalmente, também tiveram de acompanhar a expansão: 3 blocos sanitários, 2 piscinas, sala de jogos, supermercado, bar, restaurante e um maior número de Bungalows e a implantação de Bangalis, campo de futebol de 5, campo de ténis, campo de basquete e mesas de ping-pong, constituem apoios imprescindíveis para quem, nos dias de hoje, faz do campismo e caravanismo uma forma de usufruir os tempos livres.
Este Parque de Campismo, já com 44 anos de vida, com praia a 400 metros, continua a ser uma estrutura de referência no acolhimento aos visitantes da nossa Freguesia.
(Texto e fotos de Pedro Cruz)