sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Primeira mulher a presidir à terceira maior associação do país


«Vitória Abreu tomou ontem posse, prometendo um mandato de muito pragmatismo na resolução dos problemas dos associados.»

Evento a favor dos Bombeiros

 

O "ridículo" de comemorar o 25 de Novembro

Daqui a poucos dias temos as comemorações do 25 de Novembrode 1975.
Passaram 49 anos que se deu o golpe militar da contra-revolução do 25 de Novembro de 1975, que pôs fim à influência da esquerda radical iniciada em Portugal com o golpe de estado da revolução do 25 de Abril de 1974, que tinha ditado o fim da ditadura. 
É um facto histórico e não uma opinião!
A contra-revolução do 25 de Novembro de 1975 teve 2 principais actores. 
Um político e um militar. 
Mário Soares e Ramalho Eanes. Mas Ramalho Eanes ficou com os principais louros da vitória pela liderança e pela elaboração do plano de operações do golpe militar, pois os louros da vitória militar transformaram-se rapidamente numa vitória política, levando-o mais tarde à Presidência da República. 
No passsado mês de Abril, numa entrevista ao Diário de Notícias o coronel na reforma Carlos de Matos Gomes, em resposta a uma pergunta do jornalista («no seu livro diz também que o 25 de Novembro de 1975 não é exatamente a história simples que hoje se conta. Mas há duas figuras, dois triunfadores do 25 de Novembro, por quem confessa grande admiração, que são o general Ramalho Eanes e Mário Soares. São dois fundadores da democracia essenciais?») disse o seguinte:
«Não, nenhum deles é fundador de democracia nenhuma. A democracia é um processo que, aqui em Portugal, vai percorrendo várias etapas até chegar àquilo que é o modelo da democracia liberal, que existe na Europa apenas a partir da Segunda Guerra Mundial. Nós estamos hoje a falar de democracia, mas nunca vivemos numa democracia tão alargada quanto a que existiu desde o 25 de Abril até ao 25 de Novembro. Aquilo que vai limitar e enquadrar e meter em redil partidário a democracia é o 25 de Novembro.» 
E em resposta a outra pergunta («a democracia foi mais efetiva no período revolucionário?»), afirmou:
«Absolutamente. O que é que acontece? A democracia mete medo aos democratas formais, isto é, àqueles que modelam os sistemas de representatividade, que é o que existe. Nós vivemos numa democracia de representação indireta, e indireta a níveis altíssimos. Por exemplo, o procurador-geral da República tem uma legitimidade em quarto ou quinto grau. Desde que eu elejo um deputado até chegar à representatividade do procurador-geral da República vão cinco ou seis passos.»
Ouçam Miguel Sousa Tavares
No seu espaço semanal de comentário no Jornal Nacional, 5.ª Coluna, Miguel Sousa Tavares diz que "comemorar o 25 de Novembro pela primeira vez aos 49 anos não faz sentido, é ridículo".
O comentador da TVI diz concordar com Ramalho Eanes, que considera que "a data não é para ser celebrada, é para ser recordada", porque, sublinha, "ao contrário do 25 de Abril esta é uma data que dividiu e ainda divide os portugueses".
Para ouvir, clicar aqui.
Onde é que estavam Nuno Melo, Rui Rocha, Luís Montenegro, André Venturas, no dia 25 de Novembro de 1975?...

quinta-feira, 21 de novembro de 2024

"Este ano já foram removidas 21 viaturas da via pública, o dobro do ano passado"...

 Via Diário as Beiras

PORTINHO DA GALA, uma estrutura que custou mais de 2 milhões de euros...

Pescadores da Figueira da Foz alertam para perigo de morte em cais da margem sul 

"Em causa, segundo vários pescadores ouvidos pela agência Lusa, está o assoreamento daquele porto de abrigo (formalmente chamado Cais do Núcleo Piscatório da Cova-Gala) que acolhe embarcações de pesca artesanal e de recreio, e que é invadido por lamas nas marés vazantes, junto ao pequeno embarcadouro constituído por vários passadiços flutuantes e uma rampa de acesso ao rio. A situação é, aparentemente, recorrente – os pescadores argumentam que o molhe exterior que prolonga a margem esquerda do braço sul do rio Mondego, junto à rampa de acesso, é curto em comprimento e não impede a passagem das lamas – e querem ver a situação resolvida definitivamente."
Foto: António Agostinho

O Portinho da Gala foi inaugurado em 2004. Cerca de 10 anos depois, a autarquia inaugurou um centro cultural e de convívio, que custou cerca de 120 mil euros,  para a comunidade piscatória. Pelo meio, foram construídos os 80 armazéns. 
Desde 2018, que o gabinete jurídico da Câmara da Figueira da Foz está a fazer um novo regulamento para o Portinho da Gala, contando com o contributo da Junta de Freguesia de São Pedro e da Capitania da Figueira da Foz.

25 de Novembro: uma comemoração despropositada

Via Público

«Comemorar os 49 anos do 25 de Novembro na Assembleia da República com o mesmo modelo dos 50 anos do 25 de Abril é uma aberração. Comemorar os 50 anos do 25 de Novembro com o mesmo modelo dos 50 anos do 25 de Abril, convenhamos, também seria um disparate.

Mas é isso que vai acontecer dentro de dias no Parlamento, fruto de uma convergência e de uma pressa deliberada dos partidos de direita. Foi aprovado com os votos do PSD, CDS, Iniciativa Liberal e Chega, no final de uma discussão em que o partido proponente declarou tratar-se de uma “vitória do CDS e uma vitória de todos os democratas”.

Na sessão que celebrará para a semana o 25 de Novembro, o PSD aparecerá colado à extrema-direita, que concretizou, através do CDS, um dos seus sonhos: centrar a discussão numa polarização entre si e partidos como o PCP e o BE. Há cinco anos, em plena “geringonça”, fazer essa discussão era um embaraço para o PS, que tinha naqueles partidos um importante suporte. Hoje, ter o figurino a que vamos assistir no Parlamento é um presente que o PSD dá de bandeja ao Chega.»

«O PCP não vai estar presente na sessão solene de celebração do 25 de Novembro de 1975 na Assembleia da República, anunciou ontem o secretário-geral do partido, rejeitando a “operação em curso” de “apagamento do 25 de Abril”

quarta-feira, 20 de novembro de 2024

By pass e a definição dos políticos...

No decorrer da última campanha eleitoral, o PSD/Figueira colocou cartazes como o da imagem abaixo em S. Pedro, Costa de Lavos e Leirosa.
O ano passado, a maioria absoluta do PS, inviabilizou esta pretensão da comunidade figueirense que vive o problema da erosão a sul da barra do Mondego.

As obras na linha costeira da Figueira da Foz criaram um desequilíbrio brutal na costa do nosso concelho, que se tem vindo a agravar anos após ano. 
O concurso público para a concepção e construção do BYPASS volta a ser votado na Assembleia da República, nas alterações ao Orçamento de Estado 2025. Nos próximos dias saberemos se vamos ter os 18,1 milhões de euros para a execução do BYPASS ou não.
E vamos saber mais... Vamos saber quem está verdadeira e genuinamente preocupado com a erosão costeira e quem tem andado a fazer politiquice com um tema decisivo para a segurança dos moradores a sul do rio Mondego.
O ano passado sabemos o que aconteceu. Este ano, em breve veremos...




Prospecção e exploração de caulino em Vila Verde, Figueira da Foz

 Deputado: Alfredo Maia (PCP)

Obras na Ponte da Figueira terminam no 1.º trimestre de 2025

 Via Diários as Beiras


Novos órgãos sociais da Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz

 Via Diário as Beiras

Assim se vai fazedo o caminho...

A Direita anda a lançar a confusão, via Comunicação Social, para ir minando o já cada vez mais delapidado e depauperado SNS. O objectivo é óbvio: levarem por diante o seu objetivo neo-libral de privatização do negócio da doença.
A comunicação social, em vez de cumprir o seu papel, tem prazer em explorar a iliteracia financeira dos seus consumidores. «É todo um programa político onde só há um perdedor, o suspeito do costume, conhecido como "cidadão", ou "contribuinte", se bem que a melhor de todas, ainda que nunca invocada, seja "eleitor"
[Imagem "Britain's Prime Minister Margaret Thatcher and President Ronald Reagan share a laugh during a break from a session at the Ottawa Summit on July 21, 1981, at Government House in Ottawa, Canada"]

Citando Filipe Tourais.
«Não é a primeira nem será a última vez que ouviremos que a Saúde deu “prejuízo”. Comprovadamente, os empreendedores da Saúde contam com uma comunicação social feita à medida dos seus interesses para difundirem a mitologia que melhor serve a sua fúria privatizadora.  Energia, combustíveis, auto-estradas, banca, é longa a série de sectores de actividade onde o risco e a concorrência estão ausentes, que Garantem rendas e não lucros. Rendas exorbitantes, inigualáveis por qualquer actividade  desenvolvida em sectores com risco e concorrência, onde  o poder político que distribui as rendas não se mete.  A Saúde é um dos sectores que ainda lhes falta conquistar. Não há-de faltar muito. "Era uma vez uma Saúde que ainda era pública e já  havia muito boa gente a dizer que dava "lucros"/"prejuízos" [riscar o que não interessa]".»

O grau zero da governação

«A crise do INEM diz-nos mais acerca da governação do Estado. No caos agora posto a descoberto está também contida a insustentável falácia com que nos entretiveram os últimos governos de Costa e que o executivo de Montenegro se esforça por manter viva: a ideia de que governar não é sempre gerir recursos escassos e fazer opções dolorosas. Talvez seja mesmo apócrifa a frase atribuída a Lincoln e alegadamente pronunciada em Clinton, Illinois, em 1858: “Podeis enganar toda a gente durante um certo tempo; podeis mesmo enganar algumas pessoas todo o tempo; mas não vos será possível enganar sempre toda a gente.” Mas a frase é no mínimo ben trovata. Não há cativações, não há horas extraordinárias, não há expedientes ou artimanhas, por mais engenhosos que sejam, que possam dar a todos, durante todo o tempo, a ilusão de que se concluiu finalmente a quadratura do círculo na gestão da coisa pública: servir todas as clientelas e ainda cumprir o milagre das contas certas. E o problema, convém desmontar o equívoco, não é Bruxelas nem são as contas certas que outra coisa não são, aliás, do que a saudável garantia de que não obrigamos os nossos netos a pagar os nossos desmandos. O problema, por mais cruel e desagradável que seja dizê-lo, é que não é possível ter a TAP, ter a Efacec, ter autoestradas sem portagens, ter 35 horas de trabalho semanal e mais um sem número de ideias generosas e pias financiadas por recursos públicos e ainda assegurar que o Estado não falha naquilo que são os seus deveres essenciais.


Podemos e devemos divergir acerca das prioridades para a alocação dos recursos (sendo certo que da extrema-esquerda à extrema-direita todos concordamos que garantir uma rede eficaz de prestação de serviços de emergência médica é uma delas). É nessa divergência que se deve consubstanciar, aliás, o essencial do combate político. Aquilo que é profundamente perverso é continuar a gerir o Estado com base em pensamentos mágicos. A manta é curta e não é por apagarmos a luz para não a ver que deixaremos de sentir frio nos pés.»

terça-feira, 19 de novembro de 2024

Francisco José Viegas é o convidado de novembro das 5.ªs de leitura

O professor, jornalista, escritor e editor Francisco José Viegas é o convidado de novembro do projeto de promoção e incentivo à leitura «5as de Leitura», cuja sessão terá lugar dia 21 pelas 21h30, na Sala de Leitura da Biblioteca Municipal da Figueira da Foz, tendo como moderadora a professora e crítica literária Teresa Carvalho.

A entrada é gratuita, contudo, sujeita à lotação do espaço.

Vamos lá malta, salvem o prolongamento das Abadias...

«O presidente da Câmara da Figueira da Foz garantiu, em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, que o prolongamento do Parque das Abadias, para norte e até perto do parque de campismo municipal, continua na agenda. Isto apesar de Santana Lopes lamentar que a atual área tenha pouca utilização. “[Não desisti do prolongamento do Parque das Abadias], mas esses investimentos são muito pesados. Se confirmarmos que que os vamos fazer, as pessoas têm de saber que isto não é de ânimo leve”, defendeu. “Até pode ser que o prolongamento venha a ajudar a uma utilização maior que aquela que existe, mas tenho pena que atualmente não seja muito mais utilizado”, vincou Santana Lopes. Aquele espaço, inserido na cidade, frisou ainda o autarca, “é um sítio onde as pessoas nem precisam de se meterem no carro para irem lá, e está a servir uma grande comunidade de pessoas que mora ali à volta”. Mas nem assim é frequentado por muita gente. Entretanto, avançou Santana Lopes, o processo do prolongamento do Parque das Abadias está em curso.»

Hugo Soares a deixar pistas sobre a tal "refundação do INEM"...

Hugo Soares nega mas, lá vai adiantando: «Um cidadão português quando está doente está pouco preocupado sobre se quem o socorre, quem o atende, é o Serviço Nacional de Saúde (SNS), se é o privado, se são as misericórdias… Não quer é pagar e quer ter o serviço»
Esta é a clássica e insistente argumentação que a direita usa quando pretende justificar privatizações na saúde...
Imagem: daqui

Foram três os partidos da esquerda que no passado fim de semana se mostraram preocupados com privatizações na área da Saúde, mais especificamente no Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM). O silêncio da ministra Ana Paula Martins, no sábado, não ajudou a acalmar os ânimos face às acusações do líder do PS, Pedro Nuno Santos, de que o Governo estaria a desistir do INEM para passar  a “privatizar a prestação  da emergência médica”

No domingo, a coordenadora do BE, Mariana Mortágua, voltou a exigir a demissão da ministra, tal como de toda a sua equipa, antes de elencar uma série de ligações entre o setor privado e o Governo nesta área. E o líder do PCP, Paulo Raimundo, afirmou, em tom de crítica, que o Governo é “extraordinariamente eficaz em transformar cada um dos problemas com o qual nós vivemos numa grande oportunidade de negócio para o setor privado”.

Da série, esta nossa barra, ai esta nossa barra!.. Esta nossa barra...

Pescadores preocupados com o estado da Barra. 
(Notícia RTP. 18 de novembro de 2024)

Em devido tempo, tudo foi avisado, tudo foi dito, tudo se cumpriu: depois da construção do acrescento dos malfadados 400 metros do molhe norte, a erosão costeira a sul  da foz do mondego tem avançado, a barra da Figueira, por causa do assoreamento e da mudança do trajecto para os barcos nas entradas e saídas, tornou-se na mais perigosa do nosso País para os pescadores, a Praia da Claridade transformou-se na Praia da Calamidade, a Figueira, mais rapidamente do que esperava, perdeu.

Tudo nos está a ser levado...
Espero que, ao menos, perante a realidade possam compreender o porquê das coisas...

segunda-feira, 18 de novembro de 2024

Leitão adulto

António Fernandes Nabais

"O meu avô tinha dois apelidos e um deles era Leitão. No Carnaval, havia sempre um anónimo que lhe ligava para casa, perguntando à pessoa que tinha a sorte ou o azar de atender:

– Estou? É de casa do senhor Leitão?

– É, sim.

– Podia dizer-me quando é que chega a porco?

E pronto, era uma diversão.

Não herdei o saboroso apelido do meu avô, fiquei-me por um Nabais que, felizmente, me tem valido alguns trocadilhos que divertem e confirmam a minha geral inabilidade.

O ministro António Leitão Amaro, em declarações recentes, insinuou que há acidentes ferroviários que se devem ao facto de haver maquinistas a conduzir alcoolizados.

Será injusto, mas o porco é um animal muitas vezes associado a falta de higiene e a falta de respeito – ora, o respeito é extremamente higiénico.

A afirmação do ministro desrespeita uma classe profissional inteira, ao mesmo tempo que desresponsabiliza o governo da obrigação de contribuir para a resolução dos acidentes ferroviários.

Já há uns anos, o tão católico Mota Soares espalhou lama sobre os beneficiários do rendimento mínimo – a generalização é a arma habitual dos porcos que refocilam na política como se fosse uma pocilga, se é que me são permitidas as metáforas.

O meu avô viveu mais de 80 anos e não cresceu além do apelido. Leitão Amaro já chegou à idade adulta."

Não pesam na consciência de Montenegro as mortes no INEM?

 Via Público

Para ler melhor clicar na imagem