terça-feira, 28 de maio de 2024

Europa...

 

Mais pormenores  aqui.

Mendaz

Político que despreza a coerência, pilar da honestidade intelectual por
salvaguardar o primado da lógica, deve conhecer muito bem o povo que pretende representar. 

Povo que se deixa representar por políticos mendazes não pode queixar-se nunca desse político e de outros que tais. 

Simplesmente, porque tem o que merece.

O ataque desmedido de Israel à Faixa de Gaza é algo que mexe com o mais profundo de qualquer ser humano minimamente sensível. 

A reação geral (e natural)  tem sido, mais do que de lamento e de revolta, também de dó pelo que está a sofrer aquela população indefesa. Homens, mulheres, crianças atacados diariamente, sem tréguas. Hospitais, escolas, centros sociais e de saúde desfeitos. Cadáveres espalhados nas ruas, aguardando a ida para uma qualquer vala comum. 

As fronteiras fechadas pelas tropas israelitas. Assistência médica e alimentar sem chegar ao destino. E o povo em agonia, a morrer lentamente, perante a indiferença de Netanyahu. Que vai proclamando, criminosamente, que enquanto houver um membro do Hamas ou quem o acolha vivo, o ataque não parará. Pois, apesar de tudo isto, o nosso ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, do alto da sua extrema vaidade, proclamou, para quem o quis ouvir, que não existe nenhum genocídio em Gaza

Todavia, genocídio,segundo as enciclopédias e dicionários, “designa crimes que têm como objetivo a eliminação da existência física de grupos nacionais, étnicos, raciais e/ou religiosos”

Será que para o social-democrata Paulo Rangel está tudo a viver bem na Faixa de Gaza? Será que ele pensa que as noticias são todas inventadas? 

Vergonhoso para o país e os portugueses sermos representados por alguém como este ministro.

9.ª alteração à 1.ª revisão do Plano Diretor Municipal da Figueira da Foz – abertura de procedimento Período de prévia participação pública (21 de maio de 2024 a 12 de junho de 2024)

«Em nota na internet, a autarquia lembra que, com prazo de conclusão de 12 meses, esta 9.ª alteração “é suscitada pela necessidade de se alterar a qualificação do solo rústico, para categoria destinada a equipamentos de utilização coletiva e outras infraestruturas, bem como o limite da Unidade Operativa de Planeamento e Gestão (UOPG) 4, com vista à instalação do aeródromo municipal da Figueira da Foz, no lugar designado por Pinhal da Gandra, pertencente às freguesias de Moinhos da Gândara e de Alhadas, próximo da Autoestrada A17”

Via Diário as Beiras


Sebastião

segunda-feira, 27 de maio de 2024

A Madeira continua um jardim

Resultado das eleições na Madeira realizadas a 26 de Maio de 2024, 50 depois do 25 de Abril de 1974...

"Madeira, 48 anos depois, a anomalia persiste: a Madeira vai continuar a ser governada pela única força que até hoje teve nas mãos as rédeas do poder regional."

David Pontes, Público

O PSD precisará de toda a direita, incluindo o Chega, para governar com tranquilidade. Com Albuquerque, isso não vai ser fácil. O regime movimenta-se em gelo fino, e a Madeira é um dos locais onde esse perigo se manifesta de forma mais acentuada."

Carlos Rodrigues, Correio da Manhã

O Ginásio Clube Figueirense assegurou a subida à Proliga

Esta vitória deu também acesso à final nacional da 1ª Divisão Masculina, que será disputada já no próximo domingo, em Vila Pouca de Aguiar.

Imagem via Diário as Beiras

Polícia Municipal na Figueira: em 2024, uma necessidade ou uma utopia?

Na semana passada, o Presidente da autarquia figueirense anuciou que pondera a criação da Polícia Municipal, não só, mas também por se encontrar muito insatisfeito com a actuação da força policial da zona urbana.

“Os Municípios têm uma responsabilidade acrescida, se a polícia só aparece para os gratificados, nós temos que olhar por nós, pois o que faz a atratividade de um concelho também é a segurança”, disse Pedro Santana Lopes.

Como nasceu, parece que o assunto morreu. 

Na Figueira, retirando as tricas partidárias, não se discute pública e politicamente nada.

As polícias municipais servem para cooperar «na manutenção da tranquilidade pública e na protecção das comunidades locais».

No quadro das atribuições e competências das autarquias locais, a Lei n.º 159/99, de 14 de Setembro, estabelece que os municípios dispõem de atribuições no domínio de polícia municipal [artigo 13.º, n.º 1, alínea p)]. E no artigo 30.º do mesmo diploma, sob a epígrafe «Polícia municipal», prevê-se que «Os órgãos municipais podem criar polícias municipais nos termos e com intervenção nos domínios a definir por diploma próprio».

Refira-se que o Código Administrativo de 1940 já conferia às câmaras municipais atribuições de polícia (artigo 44.º, n.º 6), já que lhes pertencia, de acordo com o disposto no artigo 50.º, n.º 13, deliberar «Sobre a criação e sustentação de uma polícia municipal e instalação de postos ou construção de quartéis destinados ao serviço de polícia urbana ou rural».

Mas o que é um corpo de polícia municipal?

1.ª – As polícias municipais são, de acordo com o disposto no artigo 1.º, n.º 1, da Lei n.º 19/2004, de 20 de Maio, serviços municipais especialmente vocacionados para o exercício de funções de polícia administrativa no espaço territorial correspondente ao do respectivo município;

2.ª – As polícias municipais exercem funções que se inserem nas atribuições dos municípios, actuando prioritariamente na fiscalização do cumprimento quer das normas regulamentares municipais, quer das normas de âmbito nacional cuja competência de aplicação ou de fiscalização esteja cometida ao município e ainda na aplicação efectiva das decisões das autoridades municipais (artigo 3.º, n.º 1, da Lei n.º 19/2004);

3.ª – Nos termos do artigo 237, n.º 3, da Constituição da República, as polícias municipais cooperam na manutenção da tranquilidade pública e na protecção das comunidades locais, exercendo, em cooperação com as forças de segurança, funções de segurança pública nos domínios contemplados no n.º 2 do artigo 3.º da Lei n.º 19/2004;

4.ª – As polícias municipais não constituem forças de segurança, estando-lhes vedado o exercício de competências próprias de órgãos de polícia criminal, excepto nas situações referidas no artigo 3.º, n.os 3 e 4, da Lei n.º 19/2004;

5.ª – A identificação e revista de suspeitos, medidas cautelares de polícia previstas no artigo 3.º, n.º 3, da Lei n.º 19/2004, podem ser adoptadas pelos órgãos de polícia municipal unicamente em situação de flagrante delito;

6.ª – Os órgãos de polícia municipal podem proceder à revista de segurança no momento da detenção de suspeitos de crime punível com pena de prisão, em caso de flagrante delito, desde que existam razões para crer que as pessoas visadas ocultam armas ou outros objectos com os quais possam praticar actos de violência – artigos 251.º, n.º 1, alínea b), e 174.º, n.º 5, alínea c), do Código de Processo Penal (CPP);

7.ª – Os agentes de polícia municipal podem exigir a identificação dos infractores quando necessário ao exercício das suas funções de fiscalização ou para a elaboração de autos para que são competentes (artigos 14.º, n.º 2, da Lei n.º 19/2004, e 49.º do regime geral das contra-ordenações, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 433/82, de 27 de Outubro;

8.ª – O não acatamento dessa ordem pode integrar a prática do crime de desobediência previsto e punido pelos artigos 14.º, n.º 1, da Lei n.º 19/2004, 5.º, n.º 2, do Decreto-Lei n.º 40/2000, de 17 de Março, e 348.º, n.º 1, alínea a), do Código Penal;

9.ª – As polícias municipais, no exercício das suas competências de fiscalização do cumprimento das normas de estacionamento de veículos e de circulação rodoviária [artigos 4.º, n.º 1, alínea b), da Lei n.º 19/2004, e 5.º, n.os 1, alínea d), e 3, alínea b), do Decreto-Lei n.º 44/2005, de 23 de Fevereiro], podem exigir aos agentes das contra-ordenações que verifiquem a respectiva identificação, podendo a sua recusa implicar o cometimento de um crime de desobediência, nos termos do artigo 4.º, n.º 1, do Código da Estrada e das disposições legais citadas na conclusão anterior;

10.ª – O infractor que tenha recusado identificar-se pode ser detido em caso de flagrante delito pelo agente de polícia municipal para ser apresentado ao Ministério Público e, eventualmente, ser submetido a julgamento sob a forma de processo sumário, nos termos dos artigos 255.º, n.º 1, alínea a), do CPP, e 4.º, n.º 1, alínea e), da Lei n.º 19/2004;

11.ª – Os agentes das polícias municipais somente podem deter suspeitos no caso de crime público ou semi-público punível com pena de prisão, em flagrante delito, cabendo-lhes proceder à elaboração do respectivo auto de notícia e detenção e à entrega do detido, de imediato, à autoridade judiciária, ou ao órgão de polícia criminal;

12.ª – Não sendo as polícias municipais órgãos de polícia criminal, está vedado aos respectivos agentes a competência para a constituição de arguido, a não ser nos inquéritos penais que podem desenvolver, conforme disposto no artigo 3.º, n.º 3, da Lei n.º 19/2004;

13.ª – De acordo com o disposto no artigo 4.º, n.º 1, alínea f), da Lei n.º 19/2004, e do artigo 249.º, n.os 1 e 2, alínea c), do CPP, os órgãos de polícia municipal devem, perante os crimes de que tiverem conhecimento no exercício das suas funções, praticar os actos cautelares necessários e urgentes para assegurar os meios de prova, até à chegada do órgão de polícia criminal competente, competindo-lhes, nomeadamente, proceder à apreensão dos objectos que tiverem servido ou estivessem destinados a servir a prática de um crime, os que constituírem o seu produto, lucro, preço ou recompensa, e bem assim todos os objectos que tiverem sido deixados pelo agente no local do crime ou quaisquer outros susceptíveis de servir a prova (artigo 178.º, n.º 1, do CPP);

14.ª – Os agentes de polícia municipal, relativamente às infracções às normas regulamentares cuja fiscalização lhes está cometida, que revistam natureza de contra-ordenações, ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 48.º-A do Decreto-Lei n.º 433/82, podem ordenar a apreensão dos objectos que serviram ou estavam destinados a servir para a prática de tais ilícitos, ou que por eles foram produzidos, e bem assim quaisquer outros que forem susceptíveis de servir de prova;

15.ª – O regime jurídico quanto às atribuições e competências das Polícias Municipais de Lisboa e do Porto é o que se encontra definido pela Lei n.º 19/2004, de 20 de Maio.

Na Figueira, temos um caso de estudo: a empresa municipal que, supostamente, foi criada para regulamentar o estacionamento.

Existiram, desde o início, três problemas: um, tem origem no seu objecto; outro, na legalidade ou melhor na ilegalidade com que operava; terceiro, resultado da sua clara improdutividade.

A Figueira Parques foi criada por forma a regulamentar o estacionamento na Figueira. Na altura, os seus criadores viram na empresa uma verdadeira galinha dos ovos de ouro. Nada melhor que concessionar o estacionamento, como se o simples facto de o concessionar, significasse à partida regulamenta-lo. A cidade tem de facto um enorme problema para resolver, que se chama trânsito, mas actuar apenas do lado da concessão, não resolve o problema, antes pelo contrário, agrava-o.

Se numa primeira fase de implementação, os condutores, passavam os carros, para as ruas adjecentes e não concessionadas, actualmente com a cidade inundada de parquímetros, a fuga ao pagmento, com a privatização da empresa, é mais difícil. 

O primeiro problema, surge com a aparente ilegalidade com que o sistema de parquímetros funciona, com a complacência de todos. A lei orgânica do Banco de Portugal e agora do Banco Central Europeu, atríbui às notas e moedas em circulação, um curso forçado. Por outras palavras, todos somos obrigados a aceitar notas e moedas, e de facto penso que todos, não nos lembramos de um sítio onde esteja escrito, que não se aceitam notas ou moedas. Se estiver não é legal.

Mas os parquímetros, não aceitam notas e temos de ter trocos certos para o tempo que desejamos estacionar. Quantos de nós já não fomos autuados, enquanto fomos trocar moedas ao café mais próximo?

Será que passados todos estes anos a Figueira Parques, mesmo com a privatização, cumpriu o objectivo para que foi criada - a regulação do estacionamento na Figueira?

A segurança é um assunto muito sério.

Coimbra tem Polícia Municipal. E serve para quê?

Na Figueira, em 2024, dados os custos que uma medida destas certamente acarreteria, justifica-se a criação de um corpo de Polícia Municipal?

O estado da nação...

FC Porto cumpre tradição em Fátima

«Tal como aconteceu nos últimos três anos, o FC Porto voltou a parar em Fátima este domingo depois de conquistar a Taça de Portugal. Sérgio Conceição foi rezar à Capelinha das Aparições

4 (quatro) canais de televisão estiveram em directo 20 minutos, interrompendo a análise das eleições na Madeira, para acompanhar...

domingo, 26 de maio de 2024

A sociedade do espetáculo é o veículo de uma ideologia que utiliza o poder das imagens para obter a passividade dos indivíduos...

 Big Brother Bugalho — a sociedade espetáculo

«A sociedade do espetáculo que o PSD promove através de um concorrente do Big Brother de nome Sebastião Bugalho é uma sociedade em que as imagens funcionam como meio de dominação através dos meios de manipulação da opinião, os mass media. (…)

Os especialistas em marquetingue do PSD conhecem os impulsos que levam seres comuns a disporem-se a tudo para sair do anonimato e sabem que criar uma imagem é mais fácil sobre uma tábua lisa do que sobre uma superfície rugosa e com inscrições anteriores. (…)

Estamos, com este concorrente, a ser atraídos pelo espetáculo de um jovem armado de certezas, disposto a tudo, a iniciar-se numa montra do Bairro das Luzes Vermelhas, não em Amesterdão, mas em Bruxelas, que é perto e mais moderno.»

Carlos Matos Gomes

Para ler a texto na íntegra clicar AQUI

O logótipo deitado fora pelo Governo de Montenegro é candidato a prémio europeu

Via Correio da Manhã
"O logótipo da República, da autoria do designer Eduardo Aires, encomendado pelo anterior Governo e retirado pelo atual, na sequência de forte polémica, foi considerado o melhor trabalho de ‘branding’ (definição visual de marca) em Portugal em 2023. 
 A mudança de logótipo foi a primeira medida do Governo de Montenegro. Na campanha, prometeu que se fosse eleito a imagem gráfica com símbolos da bandeira de Portugal iriam ser recuperados. “Nós, no nosso projeto, não fazemos sucumbir as nossas referências históricas e identitárias a uma ideia de sofisticação, connosco não há disso. Já chega de política de plástico”, afirmou então Montenegro. Prometeu e recuperou a esfera armilar, as quinas e castelos (ausentes do logótipo agora premiado). 
A antiga imagem gerou também polémica pelo custo: 74 mil euros. Agora, o trabalho de Eduardo Aires, um dos mais prestigiados designers portugueses, é candidato a prémio europeu."

Ventura chamou "mandriões" aos portugueses e ninguém se indignou!..


Ontem Carlos Ferro Director Executivo no 
Diário de Notícias.

«Ventura chamou "calões" aos portugueses e ninguém se preocupou!..

Relembrado o caso, ficam dois alertas para questões que deviam preocupar bastantes os deputados. Primeiro: os partidos da esquerda usaram os meios mediáticos para se insurgir - e bem - contra a triste frase, mas deixaram passar um ponto essencial: se os turcos são preguiçosos por fazerem um aeroporto em cinco anos, o que são os portugueses que esperam demorar dez a construir o aeroporto já batizado como Luís de Camões?»

Já pensava que tinha sido apenas eu que tinha dado por ela: o calculista, cínico e sibilino Ventura, chamou mesmo "calões aos portugueses...
Recordo o que escrevi aqui.
Alguém ainda acha que Ventura chamou mandriões aos turcos?
Alminhas santas, puras e castas, que deram 50 deputados ao Ventura e outras que para aí andam a julgar que o Ventura é um génio.
Olhando para as declarações do Ventura, ao dizer que os mandriões turcos levam cinco anos, e os portugueses dez, a quem é que ele está a chamar malandros?
Talvez o que interessasse verdadeiramente era que Ventura apontasse a raíz do problema. Em bom português, desse "nome aos bois".
Será do Governo? Será das empresas? Será dos engenheiros? Será dos operários?
Dos operários certamente que não será. Onde é que existem operários em Portugal para fazer o aeroporto, o TGV, mais uma ponte sobre o Tejo e a habitação que está em falta!..
Terão de vir de África, Nepal, talvez Turquia, etc.
Ventura é suficientemente cínico e sibilino para saber que se fosse por aqui nenhuma televisão lhe passava cartuxo...
Os tempos de Winston Churchill, já lá vão há muito tempo. Dizia o estadista.
"É preferível ser irresponsável e estar com a verdade do que ser responsável e no erro".

sábado, 25 de maio de 2024

Isto anda tudo ligado: impostos, salários e Banco Alimentar...

Este meu rico feitiozinho há-de ir comigo pró churrasco... 
Na campanha em curso neste fim de semana o Pingo Doce junta-se, mais uma vez, "à campanha de recolha de alimentos do Banco Alimentar Contra a Fome, através de vales de produtos que estão disponíveis, até dia 2 de Junho, nas lojas de Portugal Continental e da Madeira, além de presença de voluntários nos dias 25 e 26 de maio".

Ano após ano, os hiper/supermercados deste país enchem-se de gente, que enche a conta bancária dos "merceeiros" Soares dos Santos e Azevedos da parvónia. A malta, vai às compras e o que é que acontece?
Ia comprar um pacote de arroz, compra dois - vai um para o Banco; ia comprar um pacote de esparguete, compra dois - vai um para o Banco; ia comprar uma garrafa de azeite, compra duas - vai uma para o Banco...

E qual é a comparticipação dos "merceerios" e do estado? 
Os "merceeiros", com as vendas a disparar, enchem o baú! 
O estado, idem com o IVA! 
A ganância é um poço sem fundo...
Por isso, é que ao longo dos anos os malandros dos portugueses, os sindicatos vermelhos e as "filhas da puta" das leis laborais, só têm servido para atrapalhar a vida a quem quer criar emprego - claro,  miseravelmente pago. 

Citando Carmo Afonso no Público Público de ontem. 
"Não se estranha que um Governo de direita confunda melhores condições de vida com menos tributação. Não o digo com ironia. Faz parte da matéria de que são feitos os partidos de direita não valorizar (pelo menos, não muito) a tributação enquanto mecanismo de combate às desigualdades e de redistribuição de riqueza. Assumem que consiste, sim, num inconveniente que impede os indivíduos de receberem a totalidade dos rendimentos do seu trabalho e dos rendimentos do seu capital ou património. 
Foi a AD que ganhou as eleições e foi a direita na sua globalidade que obteve a maioria absoluta dos votos dos portugueses. Isso significa que escolheram esta lógica. Não é pois surpreendente que a fiscalidade seja a ferramenta escolhida para atingir os mais variados objetivos: serve para potenciar o crescimento económico, atrair investimento de empresas estrangeiras ou seduzir os mais jovens a ficar em Portugal. 
A parte surpreendente virá a seguir."

EXPOONDAS

 Via Diário as Beiras

sexta-feira, 24 de maio de 2024

Conjunto de medidas, aprovadas em Conselho de Ministros, dirigirido aos mais jovens...

Carmo Afonso. Jornal Público

"Não faço parte da esquerda que confunde ser de esquerda com ter feito um voto de pobreza. Fico verdadeiramente contente por existirem jovens em Portugal que ganham tão bem, e o que gostaria mesmo é que fossem mais nessas condições. Claro que isso não significa que concorde que o Governo os beneficie fiscalmente em necessário prejuízo dos restantes contribuintes. Devemos ter presente que mais de metade dos trabalhadores portugueses ganha menos de mil euros e que apenas 3,3% dos trabalhadores ganha mais de três mil euros. Uma pessoa ouve falar de um conjunto de medidas aprovadas para que os jovens não tenham de emigrar e não conta com este delírio. Aguardo com curiosidade as próximas medidas. Talvez um apoio na aquisição do primeiro carro topo de gama. É sabido que os jovens talentosos têm caprichos. Não é fácil convencê-los a ficar num país destes, um país que em cada esquina tem pespegado um pobre."

Aprendam...

É assim que se fazem as coisas...


"No dia 23 de Maio, ontem, o Público entrevistou Sebastião Maria. E fez disso primeira página dando-lhe o quadrado merecido. 
No dia 24 de Maio, hoje, o Público entrevistou Taylor Swift. 
Não. O Público entrevistou Marta Temido. As mesmíssimas páginas dadas a Sebastião Maria, a 10 e a 11, mas o quadrado na primeira página... 
É assim que se fazem as coisas. Aprendam com quem tem estudos."

A senda continua: "HDFF deixou de fazer cirurgias ao cancro da mama este ano por não ter atingido o número mínimo anual de 100 operações por cirurgião"...

Como escrevia alguém, em janeiro de 2013, a Figueira, ao que dizem, tem um passado glorioso.

Entretanto, pouco mudou.
Nos meados do século passado, ao que dizem, foi uma cidade cheia de pujança social, económica e cultural. Nos dias que passam,  porém, apesar da sua inigualável beleza, parece estar moribunda.

Há quem culpe Aguiar de Carvalho, há quem não desculpe  o "traidor" Santana Lopes e a falta de realismo do falecido Duarte Silva, como os principais culpados do estado a que a Figueira chegou.
Há,  também,  quem aponte o dedo a João Ataíde e a Carlos Monteiro.
Independentemente das culpas que possam caber aos autarcas que têm servido (mal) a cidade e aos governos que a têm prejudicado, a verdade é que os figueirenses  também pouco têm feito para evitar o descalabro actual.

No tempo de Sócrates, perdemos a maternidade. É certo que alguns figueirenses  se levantaram e protestarammas de pouco valeu. A maternidade foi mesmo encerrada.
Isso, foi simbólico.
No final de 2014, a Figueira perdeu o seu jornal mais antigo – o Figueirense – e nada aconteceu para tentar contrariar o destino.
É certo que, ao longo dos anos, outros títulos desapareceram, no essencial, também por  desinteresse dos figueirenses. Recorde-se alguns, nos últimos 30 anos: Barca Nova, Mar Alto, Correio da Figueira, Linha do Oeste.
Os figueirenses têm orgulho – presumo eu -  na Biblioteca e no Museu municipal, no CAE, no associativismo, no Casino,  como exemplos de uma cidade voltada para o lazer e para cultura.
Gostam -  também presumo eu -  da Naval, do Ginásio, do Sporting Figueirense  da SIT, do Caras Direitas, do GRV, da Cruz Vermelha, dos Bombeiros (municipais e voluntários), da Assembleia Figueirense, da Misericórdia -  e  do papel destas entidades em defesa da promoção da solidariedade e  do progresso social, associativo, desportivo e social da cidade e do seu concelho.

Mas isso chega?
Ter orgulho em exibir algumas jóias da coroa, como prova de vitalidade,  é próprio de famílias arruinadas que se agarram a elas para demonstrar que ainda estão vivas.
A Figueira está moribunda, agarrada a um bairrismo provinciano completamente ultrapassado.
A Figueira precisa de gente que goste da cidade, que a ame e a queira voltar a colocar no mapa de forma sustentada e com dignidade -  não como uma moda.
E a senda e os argumentos são sempre os mesmos, como podemos comprovar na edição de hoje do Diário as Beiras.

Confesso-me inquieto. Temos de estar atentos ao nosso Hospital: não vá alguém querer transformá-lo num centro de saúde com diversas especialidades clínicas e um Bloco Operatório a funcionar algumas horas durante o dia. Um concelho com a saúde doente, seria prejudicial, não só à nossa saúde, como também ao desenvolvimento do concelho!
Citando Miguel Torga. “É uma tristeza verificar que a política se faz na praça pública com demagogia e nos bastidores com maquinações. E mais triste ainda concluir que não pode ser doutra maneira, dada a natureza da condição humana, que nunca soube distinguir o seu egoísmo do bem comum e vende a alma ao diabo pela vara do mando. A ambição do poder não olha a meios, pois todos lhe parecem legítimos, se eficazes.”