quarta-feira, 8 de maio de 2024

Limpeza...

 Via Diário de Notícias

«Um homem de caráter inviolável, uma pessoa incomparável e um verdadeiro líder. Há muitos anos, quando este senhor era um jovem subcomissário e eu um jovem polícia, vice-presidente da ASPP, ainda não nos conhecíamos. Os seus homens, os seus subordinados, levaram-me a defendê-lo publicamente, pois a hierarquia superior da época perseguiu-o simplesmente por ser um oficial próximo dos seus homens e disposto a ajudar tudo e todos dentro do bom senso, da justiça e do humanismo. Este homem foi sempre um comandante admirado, querido e amado por todos com quem contactou. Quem ler o que estou a escrever só pode pensar duas coisas: ou o Manuel Morais é um mentiroso compulsivo e o senhor diretor Barros Correia é o oposto da minha descrição, ou então quem se atreve a exonerar um homem com esta personalidade e esta integridade? Este mundo vive momentos de confusão absoluta, onde o interesse público é secundarizado em nome de outros valores duvidosos. Os humanistas honrados e valiosos são vilipendiados, desonrados e tratados com desprezo, como se fossem lixo. Com a saída deste diretor, a esperança de que "o tal discurso", que tanto nos preocupa, se desvaneça nesta organização tornou-se uma miragem. A polícia perdeu efetivamente o melhor diretor de todos os tempos, e a sociedade perdeu um diretor nacional humanista e vocacionado para a causa pública, a esperança de uma polícia muito mais humana e próxima dos cidadãos. Este ato incompreensível é revoltante, tanto como polícia, como como cidadão e como ser humano.»

Santa Casa

No dia em que várias pessoas, a começar pelo ex-Provedor Edmundo Martinho, vão ser ouvidas na AR, saiu esta peça no Jornal Público

Para ler melhor clicar na imagem

Também em política, o apetite excessivo e a sofreguidão podem "matar", ou pelo menos causar danos irreperáveis...

 Acção criminal contra Marcelo. PS e PSD travam intenções de Ventura.

terça-feira, 7 de maio de 2024

Eu é mais tremoços...

«... num país onde toda a gente se demite “por razões pessoais”...»

João Miguel Tavares no Jornal Público: "... Ana Jorge é acusada de incompetência, é corrida do cargo à pressa para não ser indemnizada e depois é ameaçada de cometer um crime se deixar as funções que incompetentemente exerce. Não sei se Ana Jorge é má ou excelente provedora da Santa Casa. Mas isto eu sei: o tratamento de que foi alvo é uma absoluta obscenidade. O mundo da política pode ser feio, porco e mau, como o fillme de Ettore Scola, mas convém impor alguns limites ao descaramento. Quem trata pessoas assim não é gente séria."

Abrigo da Montanha: de restaurante a centro municipal de correntes marítimas e movimentos de areias

Via Diário as Beiras

Limpeza continua: Governo demite diretor da PSP e nomeia comandante da Unidade Especial para o cargo

«O Governo exonerou, esta segunda-feira, José Barros Correia, diretor nacional da PSP desde setembro de 2023. O superintendente chefe garante que sai por "exclusiva iniciativa" da ministra da Administração Interna, Margarida Blasco. Luís Carrilho, até agora comandante da Unidade Especial de Polícia, é o sucessor.»

PSD, agora e sempre, um partido messiânico

Video sacado daqui
PSD: fez ontem cinquenta anos, que fundado por Francisco Sá Carneiro, Francisco Pinto Balsemão e Joaquim Magalhães Mota, nasceu com o nome de Partido Popular Democrático (PPD).

Quem eram Sá Carneiro, Francisco Pinto Balsemão e Joaquim Magalhães Mota, os fundadoress do PPD?
Eram, antes do 25 de Abril de 1974, os liberais da Assembleia Nacional, a tal Ala Liberal tolerada pelo Estado Novo. 
Era, digamos assim, "uma irreverência bem comportada, em nada semelhante à contestação protagonizada por gente  merecedora de espancamento, prisão, deportação ou mesmo assassinato."

Por isso, foram na altura apelidados, como “guarda-chuva dos fascistas”
Mais do que um problema, era uma cicatriz que Francisco Sá Carneiro percebeu que tinha de resolver rapidamente. 
Em Maio de 1974, Portugal era um país onde o socialismo era a palavra mais banalizada e o desiderato dominante. Portanto, numa altura em que ser liberal não era politicamente eficaz, apresentar-se como Social-Democracia, foi o caminho possível para o PPD parecer de Esquerda.

O PPD há 50 anos defendia - melhor: dizia defender - o socialismo. 
Tentou mesmo entrar para a Internacional Socialista. Porém, Mário Soares não andava a dormir. É neste contexto histórico que, em Outubro de 1976, acontece a transformação: de PPD,o partido passa a PSD. Continuando, segundo os seus fundadores, a ser um partido de Esquerda.

Como o futuro comprovou nos 48 anos seguintes, ficaram pelas intenções.
Nas décadas que se seguiram - e nos dias de hoje - o PSD pode ser tudo, menos menos socialista e de Esquerda. Aliás, nem sequer Social-Democrata. Basta recordar o modelo económico percorrido pelo Cavaquismo e a fase Passista do “ir além da Troika”.

50 anos depois o PSD continua igual: não é de Esquerda, nem é socialista. Não se asssume como de Direita e pretende localizar-se algures entre o conservadorismo e o liberalismo - quer na economia quer nos costumes.
50 anos depois, perante a ameaça do Chega, entre o popularucho e o conservadorismo saudosista, quer parecer reformador, mas é o que sempre foi: um partido profundamente messiânico.

Eurodeputados ganham mais 8,6 milhões em trabalhos fora do Parlamento. Quem são e quanto ganham os portugueses?

Num estudo revelado a um mês do início das eleições europeias - que vão entre 06 e 09 de junho - a TI UE, analisando as declarações de interesses dos deputados portugueses ao Parlamento Europeu, pode ver-se o seguinte: as remunerações paralelas variam entre os 14 euros de Sandra Pereira (PCP), em senhas de presença numa Assembleia de Freguesia, e os mais de 68 mil euros anuais do recém-chegado Ricardo Morgado (PSD, em substituição de Cláudia Monteiro de Aguiar, que saiu para o Governo), como representante legal de uma instituição e que está na 27.ª posição dos maiores rendimentos declarados.

Um em cada quatro eurodeputados desempenha trabalhos paralelos remunerados fora do Parlamento Europeu, que ascendem a 8,6 milhões por ano. Portugal surge em 21º na tabela. Veja os nomes e os valores clicando aqui.

segunda-feira, 6 de maio de 2024

Vodafone Rally de Portugal 2024 em directo na televisão

Para quem não tiver oportunidade seguir o Rali de Portugal na estrada, a RTP e a SportTV têm previstas transmissões em direto do Vodafone Rally de Portugal. Entre 9 e 12 de maio o Rally de Portugal vai ter uma ampla cobertura televisiva, tanto na RTP, que é a estação de televisão local oficial e transmitirá material para pré-visualização e reportagens durante os quatro dias.
Estão programadas as seguintes transmissões em direto na RTP: quinta-feira, 9 de maio, transmissão da super especial da Figueira da Foz entre as 19h00 – 19h58 Figueira da Foz na RTP 1, no sábado, 11 de maio, entre as 19h00 – 19h58 a Super Especial Lousada na RTP 2 e no domingo, 12 de maio, entre as 8h30 e 9h30, Fafe 1 na RTP 1, e entre as 12h00 – 13h30 Fafe 2 (Power Stage) na RTP 1
Para além da RTP, as transmissões em direto das classificativas também poderão ser acompanhadas na Sport TV. A grelha é a que pode ver, clicando aqui.

Contas da Câmara foram aprovadas na Assembleia Municipal

Via Diário as Beiras 

Preocupação a sul

"O presidente da Junta da Marinha das Ondas, José Alberto Suzana, intervindo na Assembleia Municipal da Figueira da Foz, afirmou que a exploração de suinicultura instalada no lugar de Matos irá ser ampliada. “Esta unidade está mesmo ao lado das casas”, frisou, acrescentando que “a ampliação para o dobro vai trazer mais problemas à população”. O autarca apelou à “câmara municipal e às entidades competentes” que travem a ampliação das instalações."

“É na sustentabilidade das associações de bombeiros voluntários que está o nó górdio de todo um conjunto de coisas”...

«Margarida Blasco, Ministra da Admnistração Interna, anunciou que iniciará em breve conversações com a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), tendo em cima da mesa as propostas do programa do Governo e o caderno reivindicativo da liga, adiantou o presidente dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz (BVFF), Lídio Lopes, ao DIÁRIO AS BEIRAS. O dirigente, falando à margem das comemorações do Dia Internacional do Bombeiro, promovidas pela LBP no Casino Figueira, com a participação de Margarida Blasco, elencou as principais reivindicações dos bombeiros. Em declarações a este jornal, Lídio Lopes destacou que, “fundamentalmente”, está “a questão da sustentabilidade das associações humanitárias de bombeiros”. O dirigente ressalvou que “da sustentabilidade decorre tudo o que tem a ver com a necessidade”. Ou seja, indicou: “Decorre a nossa capacidade de acolher as carreiras de bombeiros com justos salários para os bombeiros profissionais”. Além daquela reivindicação, “decorre a capacidade” das associações humanitárias de bombeiros “no universo das viaturas, dos equipamentos de proteção individual e da prestação do socorro em quaisquer situações dos riscos definidos no plano nacional de emergência”. Lídio Lopes tem vindo a criticar a definição unilateral, por parte do Estado, do preço e do prazo de pagamento dos serviços prestados pelos bombeiros relativos ao transporte de doentes. 

Uma questão de sustentabilidade.

“É na sustentabilidade das associações de bombeiros voluntários que está o nó górdio de todo um conjunto de coisas”, defendeu o presidente dos BVFF. “Não esquecemos o Fundo de Proteção Social do Bombeiro, nem estamos a falar do plano de reequipamento dos corpos de bombeiros com viaturas, que são matérias à parte, embora também pudessem ser tratadas no âmbito da sustentabilidade das associações”, ressalvou. 
Aos jornalistas, no final das referidas comemorações, Margarida Blasco defendeu que é necessário “reforçar o sistema de Proteção Civil” ao nível dos municípios.»

Para que passe a constar...

... afixe-se este postal de Carlos Rodrigues, publicado no Correio da Manhã

domingo, 5 de maio de 2024

Subsídio de risco...

 Via Diário de Notícias

O que é que falta aos figueirenses?

Como costuma dizer um Amigo meu: "o nosso provincianismo é endémico. O Eça fez-lhe o retrato como ninguém." 
Sublinhe-se, porém: não que tratar bem as pessoas da província seja rural (como diz agora o "nosso" presidente),  ou provinciano (como diria o Eça - essa, sim, é o do Eça...). 
Todavia, que isso não seja um acto completamente espúrio e desajustado.
Como bons provincianos que somos, gostamos que alguém vindo de fora nos inflacione o ego. 
Mas, para quê? 

O que a imgem mostra, para quem conhece a Figueira, tem nome: chama-se "publicidade enganosa". Basta citar o site onde fomos buscar esta imagem para o provar: "no centro de Portugal, o Vila Galé Collection Figueira da Foz é um hotel na Figueira da Foz com uma localização privilegiada na emblemática marginal da cidade e junto à praia, sobejamente conhecida pelo seu areal a perder de vista."

Para quem já viajou muito (o que não é meu caso, mas já tive centenas de conversas com amigos e amigas que o fizeram), sabe que a Figueira continua a ser uma das cidades que oferece melhor qualidade de vida para cá se viver.
Temos rio, mar, praia de finas areias, serra, marinhas de sal, flamingos e paisagens maravilhosas, fascinantes, fantásticas e deslumbrantes. Não temos temperaturas  agressivas, nem condições de tempo desagradáveis. A cidade é pacata e aprazível. Podemos dar passeatas saudáveis. Felizmente, não somos uma cidade cosmopolita e barulhenta. Depois das 22 horas podemos andar na rua tranquilamente e em segurança. O povo figueirense é naturalmente afável e simpático. Não existem problemas de segurança ou violência no dia a dia. Temos um bom Hospital e outras ofertas a nível de saúde.
Depois: a Figueira oferece aos seus habitantes algo que não tem preço nos dias de hoje: tranquilidade. A poluição, tirando algumas zonas do sul do concelho, quase que não se nota. Mesmo na cidade, não se nota o cheiro dos escapes (quando o vento sopra do sul, o que é raro, sente-se a poluição das fábricas a sul). O trânsito flui (temos agora conjunturalmente alguns problemas na Ponte da Figueira), existem poucos semáforos e dá para estacionar o automóvel com facilidade. Podemos fazer uma refeição fora de casa a preços ainda módicos e acessíveis. Temos um barco a ligar as duas margens.

O que é que falta?
O que alguns precisam: algo que lhes inflacione o ego, para poderem alterar a monotonia duma existência estéril de parolos deslumbrados?
Aproveitem bem este momento de "publicidade enganosa"...

Fia-te no Chega e vais ver o trambolhão que levas: o PSD não sabe a realidade, ou não percebe o que é o partido de André Ventura?..

 Imagem via Jornal de Notícias

Óscar do pior argumento

Leiam, mas com cuidado, ele é idoso! Ele é o Óscar "Tortura" Cardoso. "A ditadura só caiu porque as pessoas estavam fartas de comichão: no 25 de abril costuma circular imenso pólen e havia dificuldades em importar anti-histamínicos"...

Imagem: daqui

Texto: Cátia Domingues/Humorista

«No 25 deAbril, por ocasião dos 50 anos da coisa mais bonita, o “Correio da Manhã" deu-nos a entrevista que se pedia. Não, não foi a Aurora Rodrigues, não foi a Isabel do Carmo, não. 

O entrevistado foi Óscar Cardoso, inspector da PIDE, que teve a oportunidade de dar uma perspetiva diferente à História de Portugal. Parece que a policia política do Estado Novo, responsável por neutralizar toda e qualquer oposição ao regime, afinal era cá da malta e tem de beber este copo até ao fim, até ao fim. Segundo o próprio, as pessoas não foram torturadas pela PIDE. Foram, e cito, “chateadas” pela PIDE. E é verdade, há vários relatos de presos que sobreviveram ao encarceramento que dizem isso mesmo. O que os forçava muitas vezes a confessar não eram pauladas no lombo, despir e tocar nas mulheres interrogadas, simulação de afogamento, não. Porque isso configura tortura e a PIDE só aborrecia, como aquelas pessoas que falam alto no cinema. Um dos métodos mais comuns era o de ligar à hora de jantar para casa do suspeito para lhe falar da Endesa. Outro era a famosa tortura do sono que, como sabemos, consistia em estarem ossuspeitos a dormir e vir um pide e começar “estás a dormir? estás a dormir?”, ou quantas vezes o policia que estava a fazer o interrogatório não utilizava aquele método tão cruel como: “Vê lá este mergulho! Olha não estavas a olhar. Vê lá este”. Ou pensam que a escolha de prisões em Peniche ou em Caxias, ali à beirinha da praia, foi por acaso? 

Óscar também revelou que os choques no corpo, que estão bem documentados, não eram tortura. Nas suas palavras, "faziam comichão". Sim, na medida em que podemos dizer que decepar um braço aleija. O Óscar quer fazer crer que as sessões de interrogatório da PIDE eram um daqueles momentos divertidotes no confessionário do “Big brother” em que entregam umas pulseiras que dão choques ao concorrente Flávio C., enquanto o fazem jogarJenga. Na mesma entrevista, Óscar revelou o seu voto, porque realmente nunca foi fã do voto secreto. Óscar votou no PAN. Estou a gozar. Foi no Chega. 

Óscar também foi organizador de uma tropa secreta, criada pela PIDE nas ex-colónias, chamada Os Flechas, que parece o nome querido de um grupo de escuteiros-mirins que se dedicam a fazer fogueiras com duas pedrinhas, com a diferença de não serem marshmellows a grelhar: “metia-se a pólvora de uma bala em cima da cabeça do arguido em papel de tabaco, lançava-se fogo ao tabaco em cima do papel; não queimava a cabeça mas aquecia um bocadinho, dizíamos que era feitiço, eles ficavamhorrorizados, eles viam num espelho o fumo a sair da cabeça”. É pena que o Youtube tenha sido inventado anos depois, porque o Óscar tinha tudo para ser uma estrela das pegadinhas. 

Mas esta não foi a primeira entrevista que o “Correio da Manhã” lhe fez. Já em 2016, o inspector da PIDE Óscar Cardoso foi alvo de perguntas bem pesadas por parte do jornal. “Incomoda-o que definam a sua vida pelos dez anos na PIDE-DGS?” Respondeu Óscar: “Foram os anos mais felizes da minha vida. Pelo contrário, tenho muito orgulho nisso”. Eu não sei se o “Correio da Manhã” já tem entrevistas pensadas para outros dias comemorativos, mas eu sugiro convidarem a Cruella de Vil para o Dia Mundial do Animal.»

sábado, 4 de maio de 2024

Ainda há luar

Miguel Sousa Tavares no Expresso: Todo o poder ao povo!

"A insistência neste tipo de “estudos” sobre a “corrupção” em Portugal funciona como um círculo vicioso que se alimenta a si próprio, privilegiando a percepção sobre os factos e os números e instigando de forma determinante o discurso do Chega e das conversas de café.

Quanto mais não fosse, a multidão de portugueses a festejar nas ruas a liberdade no dia 25 e os 27 mil sócios do FC Porto a resgatarem para a liberdade o seu clube no dia 27 mostraram às aves de rapina que ainda não estamos prontos para o seu festim. E ao contemplar a lua cheia na noite de 25 ocorreu-me o título do livro de Sttau Monteiro: “Felizmente Há Luar”. Ainda há luar."

Para ler na íntegra, clicar aqui.