terça-feira, 21 de novembro de 2023
Cuidado com as paixões...
Quem não o sentiu, senti-se...
O centro de dados de Sines vale todo este imbróglio?

Quando anunciou o projecto em 2021, o Governo apresentou-o como “o maior investimento estrangeiro captado pelo país desde a Autoeuropa” — cerca de 3,5 mil milhões de euros. O Governo apontava ainda o “enorme potencial de exportação de serviços” e a alteração das “características do investimento” que tem sido captado para Sines, na direcção da transição digital. Mas estes dados e argumentos valem menos do que aparentam.
Desde logo, a comparação com a Autoeuropa é desmedida. A empresa alemã de Palmela emprega perto de cinco mil trabalhadores e compra grande parte dos componentes de que necessita a empresas que produzem no país. Também mantém relações próximas com várias outras entidades nacionais (universidades, institutos politécnicos, centros tecnológicos, centros de formação, etc.), contribuindo assim para o desenvolvimento do sistema nacional de inovação.
O impacto esperado do centro de dados de Sines não tem nada de semelhante — seja ao nível do emprego, do valor acrescentado nacional, do efeito de arrastamento sobre a economia ou do desenvolvimento tecnológico do país."
O resto do artigo pode ser lido no Público de hoje, em papel ou online."
Ganhou El LOCO
Liberdade, dólar e armas. Os trunfos de Milei para fazer da Argentina uma potência
«Apesar de reconhecer que a realidade argentina é "trágica", o vencedor da segunda volta das eleições presidenciais já começou a colocar em cima da mesa alguns dos trunfos que vai usar para recompor a conjuntura da nação da América Latina.
O presidente eleito propõe reduzir a influência do Estado ao mínimo, mostrando-se confiante de que só "um mercado livre" poderá resolver os problemas económicos e financeiros. Milei pretende adotar uma "reforma abrangente" para transformar a Argentina no "país próspero" que era no início do século XVIII, sendo que uma das principais medidas deverá passar por abolir o Banco Central. O "Estado paternalista", acredita o ultraliberal, tem sido "a causa de todos os problemas" e por isso propõe reduzi-lo ao mínimo. Para o futuro, espera-se ainda a redução do número de ministérios do Executivo para oito, a eliminação dos planos de assistência social, o corte de fundos de pensão e a introdução do dólar dos EUA como moeda nacional para combater a inflação, atualmente situada em 143%.
Dois dos ministérios que Milei prometeu fechar são os da Educação e da Saúde, que, juntamente com os do Desenvolvimento Social e do Trabalho, serão fundidos em apenas um, numa pasta que será designada de "Capital Humano", de acordo com o que está definindo no plano eleitoral. Milei propôs criar um "sistema de vouchers" e entregar o orçamento da educação aos encarregados "em vez de o ceder ao ministério" encarregue. Nesta área, também se compromete a eliminar a obrigatoriedade da educação sexual.
Na saúde, Milei ambiciona avançar para um sistema de planos de saúde, ou seja, o Estado deixa de subsidiar os hospitais e passa a financiar diretamente os cidadãos. Tendo em conta que o partido defende a proteção da criança "desde a conceção", espera-se ainda a adoção de uma lei que traga de volta a penalização da interrupção voluntária da gravidez, que é permitida no país desde 2020.
No âmbito securitário, algumas medidas almejadas por Milei também têm causado polémica. O ultraliberal tenciona estudar a redução da maioridade penal, proibir a entrada no país de estrangeiros com antecedentes criminais, promover a disseminação de armas pessoais e criar uma espécie de bolsa de órgãos humanos. Além disso, pretende equipar, treinar e fornecer tecnologia às forças de segurança para lhes devolver "autoridade profissional e moral", de modo a que possam ter "tolerância zero" com o crime.»
segunda-feira, 20 de novembro de 2023
"... embora tardiamente..."
Via Município da Figueira da Foz
«"𝗕𝗼𝗺𝗯𝗲𝗶𝗿𝗼𝘀 𝗦𝗮𝗽𝗮𝗱𝗼𝗿𝗲𝘀: 𝗣𝗿𝗲𝘀𝗶𝗱𝗲𝗻𝘁𝗲 𝗱𝗮 𝗥𝗲𝗽𝘂́𝗯𝗹𝗶𝗰𝗮 𝗽𝗿𝗼𝗺𝘂𝗹𝗴𝗮 𝗱𝗶𝗽𝗹𝗼𝗺𝗮 𝗾𝘂𝗲 𝗽𝗿𝗲𝘃𝗲̂ 𝗮 𝗮𝗱𝗺𝗶𝘀𝘀𝗶𝗯𝗶𝗹𝗶𝗱𝗮𝗱𝗲 𝗱𝗲 𝗮𝘁𝗿𝗶𝗯𝘂𝗶𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗱𝗲 𝘀𝘂𝗽𝗹𝗲𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼𝘀 𝗿𝗲𝗺𝘂𝗻𝗲𝗿𝗮𝘁𝗼́𝗿𝗶𝗼𝘀 𝗽𝗲𝗹𝗮 𝗽𝗿𝗲𝘀𝘁𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗱𝗲 𝘁𝗿𝗮𝗯𝗮𝗹𝗵𝗼 𝘀𝘂𝗽𝗹𝗲𝗺𝗲𝗻𝘁𝗮𝗿 𝗲 𝗽𝗼𝗿 𝘁𝘂𝗿𝗻𝗼𝘀.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou, esta segunda-feira, dia 20 de novembro, o diploma do "Governo que clarifica a admissibilidade da atribuição de suplementos remuneratórios pela prestação de trabalho suplementar e de trabalho por turnos, para efeitos do disposto no Estatuto de Pessoal dos Bombeiros Profissionais da Administração Local, estabelecido pelo Decreto-Lei n.º 106/2002, de 13 de abril, alterado pelo Decreto-Lei n.º 86/2019, de 2 de julho."».
Adelino Cunha, jornalista, investigador e profesor universitário, trabalhou no gabinete de José Relvas, no governo de Passos Coelho, escreve livros sobre comunistas
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| Foto Reinaldo Rodrigues/Global Imagens |
Numa interessante entrevista ao Diário de Notícias, que vale a pena ler na íntegra, este jornalista e profesor universitário, que trabalhou no gabinete de José Relvas, no governo de Passos Coelho, (o XIX Governo Constitucional) durante 11 meses e escreve livros sobre comunistas, considera que "as pessoas não fizeram nenhum esforço para entender a posição do PCP sobre a guerra da Ucrânia. As pessoas estão a dispensar os políticos, os jornalistas, os historiadores, para apurar o que se passa e o que se passou. Há muito tempo a esta parte há uma coisificação do espaço público. Assistimos a isso sobre a Ucrânia e também sobre a guerra de Israel em Gaza. As ideologias deixaram de ser suficientes para explicar o mundo. Como é que um partido político que tem uma visão e interpretação da história e é forjado nela pode explicar a sua narrativa nesse novo ambiente de perda de sentido coletivo. Esse fenómeno é uma das principais dificuldades do PCP, que tem uma ideologia e quer fazer o debate num mundo totalmente fragmentado e dividido em bolhas, numa sociedade de pessoas irritadas em que se perde esta dimensão coletiva.
domingo, 19 de novembro de 2023
Figueira, uma cidade de mar. E rio...
O Mar português, para quem os portugueses tanto olham no verão, é uma enorme riqueza potencial, que quem tem mandado em Portugal nas últimas décadas tem desconhecido.
"O Mar, é o maior recurso do País e da cidade!
Foi o Mar que definiu parte da vocação económica da nossa cidade. Hoje já grande parte dos autarcas, felizmente, tem uma maior consciência da necessidade da dinamização económica das vilas e cidades e duma estruturação adequada do seu tecido económico. Adequada quero dizer adaptada às condições naturais e populacionais dos seus territórios, pois “ricos” não são apenas os que tem recursos naturais, mas sim os que os sabem explorar."
A economia do mar (essa descoberta mais ou menos recente dos políticos. Há 13 anos, houve um presidente da câmara da Figueira da Foz, que quando apareceu na política veio falar numa coisa – a famosa Aldeia do Mar, lembram-se, que nunca ninguém verdadeiramente soube o que era) deveria ser há muito uma prioridade nacional.
E, no entanto, o sector merecia outro olhar e outra atenção dos governantes.
Lembre-se: o valor económico das actividades ligadas ao mar consideradas na economia portuguesa ronda os 2% do PIB e emprega directa e indirectamente cerca de 100 mil pessoas.
O que muitos agora chamam de hypercluster da Economia do Mar, tem de deixar de ser apenas uma frase pomposa, para passar a ser uma força catalisadora, capaz de organizar e dinamizar um conjunto de sectores com elevado potencial de crescimento e inovação e capacidade para atraírem recursos e investimentos de qualidade, nomeadamente externos.
A Figueira tem potencial neste sector. Mas, neste momento, o sector da pesca está asfixiado e vive dias difíceis na nossa cidade.
Basta passar pelo porto de pesca e ver o número irrisório de unidades de pesca que utilizam o nosso porto, comparativamente com anos atrás. E a causa é bem fácil de explicar, basta falar com os homens do mar: a barra está a afastar os pescadores, pois está cada vez mais insegura e perigosa. Se alguém duvida disto é fácil de o tirar a limpo – basta falar com os homens do mar. “A barra nunca esteve tão má para nós” – é o que de certeza vão ouvir da boca dos pescadores, que são aqueles que a conhecem melhor do que ninguém.
Seria necessário e justo, que quem anda a pensar na estratégia portuária, aqui pela Figueira, tivesse sempre a pesca em grande conta, pois o potencial está cá - e continua bem vivo e presente, no seio das comunidades piscatórias locais.
Café com história
A BRASILEIRA DO CHIADO: 118 ANOS DE HISTÓRIAS, MEMÓRIAS E UM PAÍS A FERVILHAR
Quem é turista, vai lá direitinho. Mas quem é português ou lisboeta, sabe que não ir à Brasileira do Chiado é quase como que uma infâmia na cronologia da vida.
A Brasileira não é só um nome, carrega consigo muitas outras histórias, atravessou épocas, muitos Governos e momentos decisivos do País. Palco maior de políticos, escritores, artistas é um espaço ímpar que, em 2023, continua a avivar as memórias e os sabores dos que nela não prescindem de lá passar.
Criada por Adriano Telles, um ex-emigrante português no Brasil, que naquele país casou com a filha de um dos maiores produtores de café da região de Minas Gerais, voltou a Portugal e iniciou então o caminho para o sucesso dando o mote a uma casa que ainda hoje resiste.
Espaço verdadeiramente icónico da cidade de Lisboa, com uma arquitetura extraordinária, é um dos locais mais emblemáticos do Chiado, e continua a ser a imagem de um Portugal secular e ao mesmo tempo moderno, que nos aquece a memória histórica e nos agita a consciência futura.
Curiosidade: os óculos de Pessoa
Para os que não sabem, os icónicos óculos de Fernando Pessoa, e que já usava no tempo em que escreveu a ‘Mensagem’ (uma das suas mais soberbas obras), foram adquiridos em leilão à família do poeta, e estão em exposição n’A Brasileira do Chiado, ao dispor de todos os que visitam o espaço."
Nota: A Brasileira faz parte actualmente do Grupo ‘O Valor do Tempo’.
Fotos: A Brasileira
PCP pede que se perca menos tempo "em tricas" e mais a responder aos problemas
Numa conferência de imprensa de apresentação das conclusões da reunião deste sábado do Comité Central do PCP, em Lisboa, Paulo Raimundo foi questionado sobre as palavras do primeiro-ministro, António Costa, que considerou que o Presidente da República teve falta de "bom senso" ao decidir dissolver o parlamento, considerando que foi uma opção "totalmente despropositada e desnecessária".
Na resposta, o secretário-geral do PCP referiu que, apesar de o país estar numa crise política, a vida "das pessoas está em crise há muitos meses" e destacou que a decisão do Presidente da República está tomada e não suscita "nenhuma dúvida". "Talvez o melhor seja aproveitar este tempo que temos - ainda temos algum tempo - não para perder tempo em tricas, mas sim para perder tempo na resolução dos problemas das pessoas", defendeu.
Paulo Raimundo deu o exemplo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), salientando que "cada minuto" que se perde "a falar sobre esses conflitos institucionais" é menos um minuto que se gasta a tentar resolver os problemas na saúde.
"Era preciso concentrarmos todas as forças que existem para resolver agora os problemas com que estamos confrontados, de respeito pelos profissionais, pelos utentes, falta de capacidade de dar resposta aos utentes do SNS", sublinhou. Questionado sobre o facto de o ministro da Saúde ter convocado uma nova ronda de negociações com os sindicatos dos médicos para esta semana, Paulo Raimundo considerou que Manuel Pizarro "fez bem". "Fez mal foi em ter desmarcado a anterior e andar há 19 meses a esta parte a enrolar as negociações e, ao mesmo tempo que anda a enrolar, vai paulatinamente desmantelando o SNS", criticou.
Apesar de esperar que se chegue a acordo nessas negociações, Paulo Raimundo disse, "com uma certa mágoa", que não acredita que isso venha a acontecer.»
Teatro: mais uma noite memorável em Tavarede
Foi levada à cena "1904", uma peça que é a história de quase 120 anos de Teatro na Sociedade Instrução Tavarense e, ao mesmo tempo, (mais) um tributo a José da Silva Ribeiro, um Homem do Povo, do Teatro e do Jornalismo, que quis fazer sempre mais e melhor pela Cultura da sua Terra.
A foto é uma amabilidade de João Miguel Amorim, a quem aproveito para agradecer.





















