sábado, 4 de novembro de 2023

Dilemas morais e valores da democracia

Pacheco Pereira no Jornal Público:

«Os actos do Hamas e os de Israel são politicamente equivalentes? Não, não são. O que é que significa aqui “politicamente”?

Já não é a primeira vez que escrevo artigos contra minha vontade. Tudo está tão inquinado, a dramaticidade real – demasiado real – do que se está a passar é tal que de pouco valem as palavras. Há milhões delas no ar, a maioria das quais furiosas, sectárias, combatentes de um lado ou do outro, algumas de lados imaginários, outras de puro oportunismo e aproveitamento, muitas irresponsáveis e algumas mesmo criminosas, que a tentação de ficar calado é grande. Mas há um pecado mortal, a acedia, mal traduzido na lista dos pecados por “preguiça” e eu não queria acrescentar mais um à longa lista dos meus outros pecados. E por isso lá vou falar daquilo a que se tem chamado o “conflito israelo-palestiniano”.

O que tem de profundamente errado o diálogo absurdo do Presidente da República com o representante diplomático da Autoridade Palestiniana é a frase: “Desta vez foi alguém do vosso lado que começou.” 

E, mesmo quando precisou com um “alguns de vocês”, é exactamente o “vocês” que coloca na acção do Hamas a culpa de todos os palestinianos. Ele está a falar com alguém do sector moderado da Palestina, que reconheceu o Estado de Israel, e que o Hamas vê como traidor e inimigo e que sente como “seus” os que o Presidente classifica de “vocês”, como é de todo natural. 

Se alguém nesta situação, com as pilhas de mortos inocentes atrás, me dissesse que tenho de ser “cauteloso, inteligente e pacífico”, eu passava-me certamente.»

Apagar o mundo

"Quando pensávamos que organizações que se dedicam à procura da paz não seriam atiradas para a lama formada por vários agentes ocidentais, eis que o inofensivo Guterres passa a ser alvo destas dinâmicas censórias."

Urgência Externa de Ortopedia do HDFF vai ter períodos de encerramento

O Hospital Distrital da Figueira da Foz (HDFF) prevê que a Urgência Externa de Ortopedia esteja encerrada por indisponibilidade de médicos ortopedistas das 09H00 de hoje até às 09H00 do dia 6, das 09H00 do dia 11 até às 09H00 do dia 13 e das 09H00 do dia 26 até às 09H00 do dia 27. 
“O HDFF está a tentar resolver as ausências na escala. No site institucional do HDFF, serão colocados os avisos referentes aos encerramentos”, garante nota do hospital. 
Mediante os constrangimentos, os doentes com politrauma e outros doentes com caráter cirúrgico emergente serão encaminhados para outros hospitais. 

Entretanto, o HDFF promove hoje, numa unidade hoteleira da cidade, um encontro de assistentes operacionais, tendo como tópico “Criar pontes nos cuidados de saúde”
Estão inscritos cerca de 300 participantes.

sexta-feira, 3 de novembro de 2023

Votações sobre o Cabo Mondego e IRS adiadas para a reunião de 17 do corrente

Via Notícias de Coimbra

"O município da Figueira da Foz voltou a adiar a adquisição do Cabo Mondego, cujo negócio está acertado por 2,1 milhões de euros, mas que ainda não foi votado.

Depois de vários meses “adormecido”, o assunto voltou hoje à ordem de trabalhos da reunião de Câmara, mas a decisão foi novamente adiada, desta vez para 17 de novembro, por proposta do presidente, Pedro Santana Lopes, após alguns reparos do PS.

O autarca, eleito pelo movimento Figueira a Primeira, reconheceu que existe informação nova que ainda não foi distribuída pelos vereadores socialistas e aceitou que o contrato de compra e venda inclua um prazo para o negócio se efetivar, já que a promitente vendedora ainda tem de regularizar o registo dos bens imóveis.

“É hora de tomar uma posição, por respeito às partes envolvidas e aos munícipes”, disse Santana Lopes, que invocou também a necessidade de evitar que privados se intrometam no negócio de um património “vantajoso” para o município.

Salientando que uma decisão positiva não implica um efeito financeiro imediato, o presidente da autarquia figueirense não pretende continuar a “arrastar um processo que não é fácil” e que vem do ano passado, com vários adiamentos.

Os vereadores da oposição (PS) esclareceram que são a favor da compra e afastaram qualquer responsabilidade no atraso do processo de aquisição, salientando que pretendem votar “em consciência e com certezas”.

“Para nós, o Cabo Mondego é um bem essencial para a cidade, que pode ser um museu industrial, um espaço de investigação ou tão esperado parque natural”, disse Daniel Azenha.

O socialista defendeu que a Câmara dividisse a votação em dois momentos: primeiro a decisão política de aquisição e depois o contrato de compra e venda, após serem resolvidas algumas questões como o processo de regularização da área.

Após alguma discussão, Pedro Santana Lopes propôs o adiamento da votação para a próxima sessão de Câmara, com a garantia de que as últimas informações do conhecimento do executivo seriam distribuídas pela oposição e que seria colocado um prazo no contrato para o negócio se concretizar.

Na mesma sessão, foi também adiada uma decisão sobre a taxa de devolução de IRS, cuja proposta do executivo foi rejeitada na reunião da Assembleia Municipal de setembro pela maioria socialista.

O executivo do grupo de independentes Figueira a Primeira, que está em maioria depois de um acordo com o único vereador do PSD, tinha fixado em sessão de Câmara uma taxa de 3,5%, mantendo-se a devolução de 1,5% aos munícipes, com os votos contra dos vereadores do PS, que exigiram 2%.

Na reunião de hoje, Pedro Santana Lopes voltou a alertar que o aumento de encargos do município não permite reduzir mais meio ponto percentual, que representa um montante de meio milhão de euros, mas aceitou discutir o assunto no âmbito do orçamento para 2024, que será submetido à Assembleia Municipal de 15 de dezembro."

Marcelo...

A situação no Médio Oriente é o tema da próxima edição do ciclo bimestral Figueira - Encontros da Claridade, promovido pelo Município da Figueira da Foz

 Via Diário as Beiras

Pela primeira vez na história do festival, também se pontua para o campeonato do mundo individual (torneio de candidatos), ao integrar o circuito da Federação Internacional de Xadrez (FIDE)

Via Diário as Beiras
(para ler melhor, clicar na imagem)

Lídio Lopes vai apresentar recandidatura

Lídio Lopes, que está no cargo desde 1997, recandidata-se ao cargo de presidente da direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Figueira das Foz. 

A lista é apresentada amanhã, pelas 19H30, no quartel, seguindo-se uma noite de fados para angariação de fundos para a corporação. 

As eleições realizam-se no próximo dia 7 de dezembro.

Travessia fluvial cancelada

A travessia fluvial entre as duas margens da cidade da Figueira da Foz, serviço assegurado pela embarcação municipal, estava ontem cancelada, devido ao vento, chuva e agitação marítima fortes. 

Esta situação continuará enquanto as condições atmosféricas adversas prevalecerem, informa nota publicada nasredes sociais do município.

Sismo de 2,8 na escala de Richter sentido no concelho da Figueira da Foz

Um sismo de magnitude 2,8 na escala de Richter foi sentido , esta quinta-feira, no concelho de Figueira da Foz, distrito de Coimbra, informou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

O abalo, com epicentro localizado a cerca de quatro quilómetros a oeste da Figueira da Foz, foi registado pelas 20.42 horas nas estações da Rede Sísmica do Continente.

"Este sismo, de acordo com a informação disponível até ao momento, não causou danos pessoais ou materiais e foi sentido com intensidade máxima III/IV (escala de Mercalli modificada) no concelho de Figueira da Foz", realçou o IPMA.

quinta-feira, 2 de novembro de 2023

Notas sobre a actual situação na Ucrânia

Para ler, clicar aqui.

Primeira reunião do mês de novembro realiza-se amanhã

Amanhã, a partir das 17 horas, realiza-se a primeira reunião de camâra do mês de novembro.
Da ordem de trabalhos fazem parte vários assuntos. Na edição de hoje do Diário as Beiras, o destaque vai para Abrigo da Montanha, a futura ponte sobre o Rio Mondego, que irá ligar as duas margens através de Vila Verde e Alqueidão e o Cabo Mondego. 

Esta medida visa ter efeitos na declaração de IRS em 2025...

 Via Diário as Beiras

A triste realidade do SNS em novembro de 2023

A palavra a quem sabe: Doutor Rui Melo Pato

"Sou médico aposentado, com 37 anos de carreira hospitalar em tempo completo prolongado e dedicação exclusiva, fui diretor de serviço e presidente de um conselho de administração de um hospital central.

Começo por pedir desculpa pelo meu pessimismo…mas quando me ponho a imaginar em como ficará o SNS caso todas as reivindicações dos profissionais sejam integralmente satisfeitas…não acredito que volte a ser como foi até 2005. 

Não acredito que com horários de 35 h e com limitações ao número de horas extraordinárias a actividade do SNS não vá diminuir drasticamente! ;  e não acredito que, mesmo a existir um novo afluxo de profissionais para o SNS devido às mais aliciantes condições em horários e vencimentos , essas  entradas de profissionais possam vir a compensar as carências a curto e a médio prazo. E, a juntar a isto, as empresas privadas, na sua sofreguidão, continuarão a assediar os profissionais cobrindo financeiramente as conquistas salariais exigidas agora pelos sindicatos e, por isso, os profissionais continuarão a fugir para os privados até porque agora terão mais horas livres.

Por todos estes motivos eu acho que , com ou sem acordo entre os sindicatos e o ministério, não vão existir ganhos em saúde para os cidadãos e tenho muitas dúvidas que, depois desta crise, voltemos a ter um SNS como ele foi antes desta crise. Ele foi enfraquecido durante anos a fio por incapacidade da tutela, pela concorrência feroz dos “ industriais da doença” e pela campanha de descrédito junto da opinião pública. É difícil a sua reabilitação tanto no desempenho como no seu crédito público.

Provavelmente, havendo sucesso nesta luta, que é legítima, só os profissionais terão ganhos nos vencimentos e nas suas condições de trabalho; mas o povo português,  eu duvido que ganhe um SNS universal, de qualidade e tendencialmente gratuito, com médicos família para todos, com urgências de qualidade, com consultas e intervenções atempadas. Por isso eu estou muito pessimista. Oxalá eu me engane."

Em tempo.
Extracto de um comentário de Luís Gouveia na postagem do Doutor Luís Melo Pato.

“Enquanto o setor privado foi composto de consultórios, pequenas clínicas e pouco mais, o SNS não tinha "oposição". A partir do momento, em que os hospitais e grandes grupos económicos privados se instalaram na saúde, com a lógica das seguradoras, o apetite passou a ser voraz.

Como pode haver capacidade de competir, quando um médico do SNS ganha num mês aquilo que o setor privado lhe oferece numa semana?

Tem de haver força política para impor a obrigatoriedade pós formação, ou então o setor privado que forme os técnicos. O Estado não pode suportar toda a formação até o técnico ser especialista e de seguida ele ir embora.”

SNS: Novembro terá "muitas dificuldades"

 
Por agora, médicos mantém greves para 14 e 15 de novembro.
Via Diário de Notícias
«Sindicatos e Ministério da Saúde voltam às negociações amanhã para discutir aumentos salariais. Ex-bastonário dos médicos acha alarmismo do diretor executivo do SNS exagerado.
"Novembro vai ser extremamente complexo, vai ser o pior mês, eventualmente, nestes 44 anos do SNS, na resposta de urgência, se nada se alterar". O alerta foi dado há uma semana pelo diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde, falando sobre o impacto de uma possível falta de acordo entre médicos e Ministério da Saúde. Eis-nos chegados a novembro, ainda sem um entendimento entre a classe médica e o governo, e com 38 hospitais onde cerca de 90% dos seus serviços indisponíveis devido à falta de médicos e estima-se que este mês 3500 médicos possam deixar de fazer urgência externa por terem apresentado escusa para mais horas extra. Será que, perante este cenário, o prognóstico de Fernando Araújo se tornará uma realidade?»
Mas, haverá possibilidade de acordo?
"O ministério propõe 5% de aumento. Os sindicatos querem conseguir o mais próximo dos 30%"!...