quarta-feira, 11 de outubro de 2023

Televisão: Chega ultrapassa PSD

Imagem via Coversa Avinagrada
A televisão é a principal fonte de informação política para os portugueses.
Quem não aparece na televisão não existe.
A visibilidade na televisão é determinante para a formação da opinião pública. 
Normal, portanto, que todos queiram aparecer.

Em Agosto de 2019, Santana Lopes, então líder do recém-criado partido Aliança “ocupou” as instalações da ERC (Entidade Reguladora da Comunicação Social), queixando-se de que “os novos partidos são postos de lado”, que nenhuma televisão lhe “aparecia” e que os media não cumpriam as regras de “igualdade de tratamento”
Contudo, não é assim com todos.
Há quem tenha tratamento priviligeado.
Vejamos os números de Setembro passado.
Ventura teve muito mais tempo de antena do que Montenegro.
Isto aconteceu pro acaso?

E isto está a fazer caminho.
Basta ir tomar uma bica e temos a oportunidade de ver as conversas dos clientes: jovens e menos jovens. 
A conversa que os partidos são todos iguais é recorrente.
As famílias, a comunicação social, a escola e a sociedade deixaram muito trabalho cultural por fazer entre os jovens nas últimas 3 ou 4 décadas.
Vamos pagar isso.

Urgências HDFF

Montenegro

Atormentado pelo passado

«O homem cujo passado "se chama Passos" acha que o seu passado "podia dedicar-se à universidade" e que "devia investir na vida académica", por acaso apenas quatro dias depois de Passos que é passado, o seu e o dele, ter deixado escapar "estou na reserva", a avaliar um possível regresso, que o partido está entregue a uma troupe de nabos, subentende-se. 

Ele há coisas que contadas ninguém acreditava.»

terça-feira, 10 de outubro de 2023

Portugal dos pequeninos: há sempre capacidade para melhorar

Imagem via Diário as Beiras

𝗙𝗶𝗴𝘂𝗲𝗶𝗿𝗮 𝗱𝗮 𝗙𝗼𝘇 𝗯𝗲𝗺 𝗿𝗲𝗽𝗿𝗲𝘀𝗲𝗻𝘁𝗮𝗱𝗮 𝗻𝗮 𝗲𝘀𝘁𝗿𝘂𝘁𝘂𝗿𝗮 𝗱𝗲 𝗱𝗶𝗿𝗲𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗲 𝗴𝗲𝘀𝘁𝗮̃𝗼 𝗱𝗮 𝗙𝘂𝗻𝗱𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗕𝗶𝘀𝘀𝗮𝘆𝗮 𝗕𝗮𝗿𝗿𝗲𝘁𝗼

"Nuno Gonçalves, atual Diretor do Portugal dos Pequenitos, ex-Vereador da Câmara Municipal da Figueira da Foz (CMFF) nos mandatos 2017-2021 e 2021-2025, tendo renunciado em março deste ano, apresenta novos projetos para aquele equipamento cultural, nomeadamente a construção de miniaturas de edifícios contemporâneos e emblemáticos."

Há dez anos foi assim

Em Lisboa e em muitas cidades a manifestação “que se lixe a Troika”, reuniu centenas de milhares  de portugueses. 

Via Jumento

"Depois de muitos portugueses terem visto os seus vencimentos cortados enquanto o horário de trabalho era aumentado arbitrariamente sem qualquer compensação ou negociação, sempre com a Troika a ser usada como espantalho ameaçador.

Curiosamente, a reação só surgiu depois de muita austeridade imposta aos funcionários públicos, quando se deu o golpe da TSU, perante a recusa da redução da TSU para os patrões enquanto era aumentada para os trabalhadores, o que equivalia a impor aos salários do setor privado os cortes já impostos no Estado.

Foi então que Vítor Gaspar, ministro das Finanças de Passos Coelho, que era apresentado como uma versão democrática do Salazar ministro das Finanças do Estado Novo, até tinha uma avozinha na Covilhã o que lhe dava um ar de ruralista, se lembrou de um golpe de magia, já que não aceitavam o golpe na TSU, levam com um corte nas pensões.

Uma medida que nos lembrava um velho anúncio da aguardente da Aldeia Vela, já que não há Aldeia Nova então sirva um pastel de bacalhau.

Os protestos serviram par uma explosão coletiva de sentimentos e na imagem vemos um cartaz em que se grita “não estamos a estudar para emigrar”.

Passaram 10 anos, a Geringonça foi aproveitando a continuação da austeridade e António Costa só não a prolongou mais porque os parceiros de governo se opuseram à devolução dos salários em pequenas prestações disso. A verdade é que a austeridade foi mantida e neste último ano até foi repostas de forma sub-reptícia, com a ajuda da inflação, que se traduziu num aumento de receitas ficais sem se ter de aumentar qualquer taxa de impostos.

Passados dez anos o cartaz faria sentido? Desconfio que agora o cartaz seria outro “Estamos a estudar porque queremos emigrar”.

Nota de rodapé.
Na Figueira foi assim: uma manifestação com largas centenas de pessoas percorreu as ruas e avenidas da Figueira, entre a Câmara e Esplanada Silva Guimarães, com passagem pelo Bairro Novo. 
Mais fotos aqui.

Os anos passaram e o problema continua

Via Diário as Beiras

Santana Lopes deslocou-se ontem ao local e considerou que alguns dos decisores do Estado “são absolutamente insensíveis” em relação aos problemas das pessoas. “Despacham nos gabinetes e deviam trazer o nariz aqui, pelo menos”.


Hospital Distrital da Figueira da Foz ficou sem médicos de Cirurgia Geral entre as 21H00 de ontem e as 09H00 de hoje

 Via Diário as Beiras

"...o abrandamento económico está inscrito no Orçamento"

Via Jornal Público
Governo entrega proposta do OE esta terça-feira às 13 horas. Apresentação marcada para as 15.
Esta terça-feira, pelas 15h, Fernando Medina apresenta a proposta de Orçamento do Estado para 2024, em conferência de imprensa, que irá decorrer no salão nobre do Ministério das Finanças, em Lisboa.

"Fica sempre incomparavelmente mais caro ignorar que o telhado mete água e poupar na sua reparação do que proceder à intervenção necessária para evitar que a água vá entrando e destrua o recheio. O Medina diz que não pode dar passos maiores do que as pernas e que é preciso não cometer loucuras. Isto é bastante mais do que loucura em estado puro. É suicídio e o preço que todos iremos pagar é incalculável. A comissão liquidatária desta troika composta por António Costa, Mário Centeno e Fernando Medina vai dar cabo do que ainda resta sem ter que negociar nada. A estabilidade está a passar por aqui."

Um militar na Presidência?

Gouveia e Melo em primeiro na sondagem SIC/Expresso

«Nomes fora do pódio

Catarina Martins, Mário Centeno, Ana Gomes, Pedro Passos Coelho e Durão Barroso fecham a lista dos eventuais candidatos com mais de 3 pontos. Para encontrarmos o Presidente da Assembleia da República temos que descer à 11ª posição: Augusto Santos Silva tem 2.8 pontos, o que o coloca uma décima abaixo de Rui Rio. Francisco Louçã, André Ventura, Santana Lopes, Paulo Portas, João Cotrim de Figueiredo e João Ferreira são os que parecem ter menos hipóteses de ganhar as eleições presidenciais, que devem ser marcadas para o início de 2026.»

Montenegro sob pressão...

 "Apesar de má avaliação ao Governo e de tendência decrescente do PS, sociais-democratas continuam a marcar passo"...

segunda-feira, 9 de outubro de 2023

Mar Maior" mergulha na história e na cultura da pesca à linha do bacalhau, destacando a dedicação e a coragem dos pescadores portugueses que enfrentavam os desafios de uma actividade extremamente dura e perigosa

Título Original: Mar Maior

Realização: Rui Bela.

Autoria Guião: Rui Bela, Senos da Fonseca.

Ano: 2023.

Duração: 56 minutos.

Para ver, clicar aqui.

A tragédia da Palestina

Via Expresso

«Há três meses escrevi nesta mesmo coluna um artigo a que dei o título da “ignomínia de Israel na Palestina”. Nesse artigo exprimi a indignação com a impunidade com que o regime de apartheid vigente em Israel espezinha todos os direitos do povo da Palestina, privado, não apenas do Estado a que tem direito, mas do mais elementar direito à existência.

Todos os dias, militares de Israel e colonos fanatizados controlam, humilham e assassinam fria e impunemente, homens, mulheres e crianças da Palestina, na sua própria terra. A ocupação da Palestina pelo Estado de Israel, desde 1948, tem sido um desfile de expulsões forçadas, de anexações militares, de ocupações ilegais, de prisões em massa, de assassinatos seletivos ou indiscriminados, de incumprimento arrogante de todas as resoluções das Nações Unidas que reconhecem os direitos do povo palestino.

Os colonatos israelitas que têm sido instalados nos últimos anos em territórios palestinos constituem uma das mais selváticas formas de colonização de que há memória recente. Em territórios internacionalmente reconhecidos como devendo estar sob autoridade palestina na Cisjordânia, o estado de Israel procede à demolição forçada das casas dos palestinos, destrói as suas culturas e expulsa-os para instalar colonos fanatizados e armados que semeiam o terror entre as populações palestinas. Apesar da condenação retórica da chamada “comunidade internacional” os colonatos somam e seguem.

A ocupação militar israelita tornou a Palestina uma prisão a céu aberto. Cercada, privada de recursos, de empregos e de direitos, a população da Cisjordânia e da Faixa de Gaza vive uma das maiores tragédias dos nossos tempos, e apesar do reconhecimento retórico do caráter corrupto, autoritário, racista e belicista do regime de Benjamin Netanyahu e da inclusão no seu Governo dos partidos mais extremistas de Israel, nada disso perturba as boas almas “ocidentais”. Os sionistas podem ocupar territórios, violar como querem o direito internacional, expulsar e assassinar à vontade as populações, que nada disso põe em causa o apoio inquebrantável do chamado ocidente ao governo de Israel.

O que está a ocorrer por estes dias em Israel e na Palestina é mais um triste capítulo desta tragédia. Condenar os atos de violência praticados pelo Hamas e esquecer a violência quotidiana exercida diariamente por Israel contra a Faixa de Gaza é de um relativismo moral inaceitável.

Não vale a pena referir as responsabilidades de Israel na criação do Hamas, enquanto elemento útil de divisão do povo da Palestina e de enfraquecimento da Autoridade Palestina. Neste aspeto, o Hamas, tal como os talibãs e o estado islâmico, é criatura que se virou contra o criador. Não é isso que me interessa.

Não nutro a mínima simpatia em relação ao Hamas. Todavia, só alguém muito distraído poderia pensar que a abominável violência que se abate diariamente contra o povo dos territórios palestinos ocupados por Israel não poderia, mais dia menos dia, desabar numa reação violenta, quase suicida, de quem já nada tem a perder.

O que se impunha da parte da tal “comunidade internacional” seria uma ação decidida no sentido da exigência de cumprimento das resoluções das Nações Unidas, do reconhecimento dos dois Estados (Israel e Palestina) com fronteiras seguras e da adoção de medidas de mediação que garantissem o fim das hostilidades e trabalhassem para que esta tragédia pudesse ter um fim.

Ao invés, o que vemos dos Governos dos países da NATO e da UE é o apoio incondicional a Israel para que a tragédia prossiga. Por isso, o chamado “ocidente”, está cada vez mais de costas voltadas para o resto do Mundo.»

Governos PS/Costa investem menos na Educação que o Governo PSD/CDS

"NO ÚLTIMO ANO PORTUGAL CRIOU PRINCIPALMENTE EMPREGO PARA TRABALHADORES COM O ENSINO BÁSICO, DE BAIXAS QUALIFICAÇÕES E BAIXOS SALÁRIOS, E DESTRUIU EMPREGO DE TRABALHADORES COM O ENSINO SUPERIOR. O GOVERNO DESINVESTE NA EDUCAÇÃO APESAR DA SITUAÇÃO GRAVE DESTA E DO ATRASO DO PAÍS"

Por EUGÉNIO ROSA

Município tem em curso a empreitada de conversão do complexo molinológico em centro interpretativo e núcleo molinológico

 Via Diário as Beiras

Um carro que não é só um carro....


Os Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz, com o apoio do Município da Figueira da Foz e com parceria da Liga Portuguesa Contra o Cancro, iniciaram, no fim de semana, as campanhas de prevenção contra os cancros da mama e da próstata "Outubro Rosa" e "Novembro Azul".
Para dar nas vistas e alertar a população, os BVFF pintaram uma viatura dos seus serviços administrativos com as cores rosa e azul, que ao longo de dois meses, irá circular pela cidade e pelas restantes freguesias do concelho.
Primeiro esteve frente à Câmara, ontem em Buarcos, hoje no Paião, terça-feira no Alqueidão. E por aí fora...

"O Mar é a nossa Terra" continua até 25 de Maio

 Via Diário as Beiras


domingo, 8 de outubro de 2023

Prémio Nobel de Saramago aconteceu há 25 anos

Prémio Nobel da Literatura 1998

“Os meus pais sacrificaram-se muito e deram-me estudos para ir para a universidade? Não, tive estudos que estavam ao meu alcance e ao alcance da bolsa da família: estudei para ser serralheiro mecânico. Fui serralheiro mecânico. Depois fui várias coisas ao longo da vida. Li muito. Livros meus só os tive quando tinha 19 anos, quando pude comprar, com dinheiro que um amigo me emprestou. Em 47 escrevi um romance, escrevi outro logo a seguir que ficou inédito, que se chama Clarabóia, e que ficará inédito enquanto eu viva. Podia chamar-se oportunismo comercial, publicar agora esse livro escrito há 50 anos ou 60 anos. Aceitei que Terra do Pecado fosse publicado. Houve dois momentos importantes na minha vida que decidiram tudo. Um deles, não muito consciente, foi o facto de ter deixado de escrever depois de ter escrito esses livros. Durante 20 anos, quase não escrevi. Só voltei a publicar em 1966.

O segundo momento foi em 1975, quando, depois do 25 de Novembro, fiquei sem trabalho e sem esperança de o conseguir. “E agora, o que é que eu faço? Tenho aí alguns livros, mas não tenho uma obra, é agora ou nunca”. Durante cinco ou seis anos, talvez sete, vivi de traduções, ao mesmo tempo que ia escrevendo o Manual de Pintura e Caligrafia, e o Objecto Quase. A sorte foi que o Círculo de Leitores me tivesse convidado para escrever uma Viagem a Portugal, em 1979-80. Foi bem pago, deu-me uma estabilidade económica que me permitiu afrontar durante um ano ou dois o trabalho [da escrita], sem estar a pensar que tinha que ganhar dinheiro – ele já estava ganho.”

E tudo estava para vir numa vida que, como resumiu Eduardo Lourenço, foi um milagre.

Mar Maior, amanhã, segunda-feira, pelas 23 horas na RT1

 «Mar Maior», documentário de Rui Bela & Senos da Fonseca, é uma jornada cinematográfica emocionante, que mergulha na história e na cultura da pesca à linha do bacalhau, destacando a dedicação e a coragem dos pescadores portugueses que enfrentavam os desafios de uma actividade extremamente dura e perigosa.

É um documentário que mergulha nas profundezas dos mares da Terra Nova e da Gronelândia retratando a fascinante tradição da pesca à linha do bacalhau, mantida pelos pescadores portugueses ao longo de cinco séculos de história, bem como as relações entre portugueses e canadianos e ainda a construção naval em madeira. São revelados alguns dos segredos da pesca, plasmando a luta quotidiana dos pescadores enquanto embarcavam nos seus frágeis dóris, nas suas jornadas extremamente perigosas, em busca do cobiçado bacalhau, e a imponência dos famosos lugres bacalhoeiros concebidos por afamados mestres construtores navais portugueses.

Esta obra pretende ser um tributo não apenas à pesca à linha do bacalhau, mas também ao espírito de perseverança e resiliência dos pescadores portugueses, que enfrentavam tempestades e condições adversas, mantendo viva uma tradição secular.

Tem testemunhos do pescador figueirense Adelino Agostinho, gravados no Núcleo Museológico do Mar.
Adelino António Pereira Agostinho é irmão do meu Pai - dos cinco, o único vivo. Portanto, meu tio. Adelino Agostinho, tem 88 anos de idade e é oriundo de uma família tradicional da Cova-Gala ligada ao mar e à pesca. Ainda frequentou a Escola Industrial na Figueira, mas desde a adolescência que a sua vida foi o mar. Teve uma longa carreira de mar, repartida pela pesca longínqua (14 anos) e pela marinha mercante (24 anos). Está reformado desde 1992. Dono de uma rara capacidade para trabalhos manuais, é um estudioso das coisas marítimas, sua vivência e cultura, sobretudo das embarcações tradicionais, artes, redes e nós de todo o tipo – isto é, tudo o que tenha a ver com a marinharia. Os seus modelos de barcos, caracterizam-se por serem fiéis às embarcações que os originam. Afinal, "o mais importante na vida é ser-se criador - criar beleza".

Nota:
Entretanto, a RTP1 antecipou o início do programa para as 22 horas e 53 minutos.