Via Diário as Beiras
sábado, 7 de outubro de 2023
25 de Novembro — O nanico tem razão na celebração
"Moedas sabe porque deve anunciar a comemoração do 25 de Novembro de 1975, de que na atual geração ninguém (ou muitos poucos) sabe o que foi. Moedas sabe duas coisas: o seu mercado eleitoral é o dos neoliberais, dos adeptos do individualismo, do sucesso dos mais agressivos e sem escrúpulos, dos que acreditam na bondade e virtude da ditadura do mercado e que estão em transumância do PSD para a Iniciativa Liberal. Moedas quer ser o federador, o pequeno grande homem, o nanico dessa massa eleitoral de direita. Depois, Moedas sabe o que foi a essência do 25 de Novembro de 1975. Basta ler um pouco do seu currículo.
Moedas é, antes de um tudo, um boy da grande banca de investimentos, um Goldman Sachs boy. Trabalhou em Londres na área de fusões e aquisições do Goldman Sachs, e no Deutsche Bank para montar o Eurohypo Investment Bank. No regresso a Portugal dirigiu a consultora imobiliária Aguirre Newman Cosmopolita, e criou a empresa de gestão de investimentos Crimson Investment Management. Sempre debaixo do guarda-chuva do Goldman Sachs, uma das principais empresas globais de banco de investimento e gestão de valores mobiliários. O único dos grandes bancos que sobreviveu à crise de 2008 e também aos enormes escândalos financeiros de desvio fraudulento de fundos e de corrupção política no sudoeste asiático.
Num artigo de Mafalda Anjos, na revista Visão de 4.8.2016, o Goldman Sachs materializa o que há de pior e mais imoral no capitalismo e na maior praça financeira do mundo. «A história do banco de investimento inclui ganância e jogos de poder, dinheiro a rodos, escândalos e escrúpulos q.b., arrependidos, denunciadores, cassetes secretas e até prostitutas contratadas para sacar negócios. A história do Goldman é feita com os mesmíssimos ingredientes da maior praça financeira do mundo e centro do capitalismo global: inteligência, trabalho e ambição, mas também imprudência e ganância, juntas num caldo de princípios éticos convenientemente deixados em “banho-maria”. Desde a sua fundação, em 1869, que a Goldman se tem visto envolto em escândalos financeiros de espécie vária, quase sempre no centro do furacão de bolhas especulativas e crashs estrondosos, e quase sempre com o mesmo desfecho: somar e seguir, maior e mais forte, depois de ajudar a evaporar milhões de euros dos bolsos dos investidores.»
É esta a escola de Carlos Moedas. A que pertencem outros portugueses ilustres: Durão Barroso, José Luís Arnaut e o falecido António Borges. “Goldmanites” é o epíteto pelo qual são conhecidos os altos quadros do Goldman Sachs, por vezes usado em tom de impropério, que ajudaram a fazer dele a mais desejada e vilipendiada instituição financeira do mundo.
Desde sempre que o Goldman Sachs se deita na cama com o poder político. Carlos Moedas não é o menino de coro que afirmou estar disposto a fazer tudo o que a Igreja Católica e o presidente da República (o patrono da sua carreira) lhe dissessem para fazer na preparação da Jornada Mundial da Juventude! Ele é um sabujo consciente e informado que está a fazer carreira política. Ele é um ativo da banca na política!
Ele sabe qual foi o objetivo principal do 25 de Novembro de 1975: desnacionalizar a banca! Abrir a banca, o coração do “sistema”, à iniciativa privada. A reprivatização da banca portuguesa teve como resultado a emergência de corsários bancários: BPN, BANIF, BPP, mas também o BPI, a espanholização da banca — isto é a colocação da banca portuguesa sob direção espanhola — e a eliminação dos bancos tradicionais, incluindo o Banco Português do Atlântico, o maior. Sobreviveu o BES até há pouco. O BES de Ricardo Salgado, que em desespero terá dito: Temos de pôr o Moedas a funcionar. Isto é, a fazer uns recados e a mover umas influências.
Ora, o Moedas está a funcionar, como sempre esteve, mas para ele. Vai celebrar o 25 de Novembro de 1975 e, sem qualquer pudor, referir os perigos da guerra civil, da substituição de uma ditadura por outra de sinal contrário. É um reportório mais do que estafado, mas o que interessa isso ao Moedas? Para ele a verdade é uma esponja! Ele é um faxina que está a funcionar com um balde e uma esfregona. Agora funciona por conta de Marcelo Rebelo de Sousa, que o tirou da manga como o seu jóker federador da direita, fiador dos grandes bancos, do clube Bildeberg, pau mandado do FMI e do Banco Central Europeu. Um homem acima de qualquer suspeita!
O 25 de Novembro de 2023 de Carlos Moedas é a celebração da vitória dos grandes banqueiros em 25 de Novembro de 1975. De fora ficará a memória dos tempos da troika, e também a memória de Ricardo Salgado, o que queria colocar o Moedas a funcionar antes de ser apunhalado. Talvez, no intervalo da sua doença, Ricardo Salgado repita a frase de Júlio César: Também tu, Brutus!
O Moedas, o nanico, está a funcionar, mas para ele próprio, servindo de tarameleiro de Marcelo Rebelo de Sousa, o verdadeiro pai da ideia de esvaziar as comemorações do 25 de Abril. Está montada mais uma farsa. Moedas é o truão da serviço. A comunicação social vai encarregar-se de soprar trombetas a anunciar o espetáculo!"
sexta-feira, 6 de outubro de 2023
"Hotelaria e restauração fecharam o verão com elogios à dinâmica incutida na cidade destinada a captar turistas"
«A hotelaria, segundo o vice-presidente da Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz (ACIFF) para o setor do turismo, Jorge Simões, faz balanço “muito positivo” do mês de setembro. Já o havia feito em relação a agosto. “O mês de setembro foi muito positivo. A primeira quinzena teve predominância de turistas. A segunda quinzena, com menos turistas, viu o mercado corporate crescer. Em algumas unidades hoteleiras, a taxa de ocupação chegou aos 85 por cento”, afirmou o dirigente setorial ao DIÁRIO AS BEIRAS. Jorge Simões realçou, por outro lado, que “o preço médio [das dormidas] foi um pouco mais elevado, face a 2022”. E acrescentou que “o turista internacional também subiu”. O vice-presidente da ACIFF destacou ainda “a dinâmica da cidade e o excelente impacto que as piscinas de praia tiveram”. A este propósito, defendeu: “Temos uma oportunidade única de ampliar esse produto e sermos uma referência a nível europeu”.
Sobre o impacto das piscinas de praia também falou o presidente da Associação Figueira com Sabor a Mar (vocacionada para o setor da restauração), Mário Esteves. “O pormenor das piscinas foi notório. Este trabalho foi extraordinário”, afirmou, destacando, também, o aumento do número de meios de transporte de banhistas entre o extenso areal urbano, junto à marginal, e a zona de banhos. “Correu muitíssimo bem” Mário Esteves, por outro lado, vaticinou que a anunciada cobertura das piscinas pelo município será “mais uma opção excelente”. E frisou: “Não podia deixar de salientar que [a boa época balnear] deve-se à dinâmica que está a ser aplicada pelo município, nomeadamente animação e captação de mercados. Tudo isto atrai turistas e dá motivos acrescidos para que as pessoas não venham apenas pela praia”.»
Imagem via Diário as Beiras
Moedas na peugada de Ventura...
O objectivo foi atingido: hoje, em vez de se falar dos discursos das comemorações dos 113 anos da implantação da República, fala-se de Carlos Moedas por ter apresentado um tema fraturante na sociedade portuguesa.
Nem Ventura faria melhor...
quinta-feira, 5 de outubro de 2023
Também se joga em Portugal...
Olhem que coisa supimpa e tão à maneira: será jogado em Portugal, Espanha, Marrocos, Uruguai, Paraguai e Argentina.
E na nossa algibeira.
Em Portugal, vai ter três palcos predilectos: Alvalade, Luz e Dragão.
Vai ser mais um fartote de ajustes directos.
E muita confusão...
E quem quiser ver ao vivo a final, vai ter de ir até Espanha, à capital.
VIVA A REPÚBLICA
quarta-feira, 4 de outubro de 2023
Queixinhas...
Não é possível continuar a assistir ao que se está a passar na saúde sem um sobressalto cívico
«O comandante dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz, Armindo Bertão, afirmou ao DIÁRIO AS BEIRAS que a corporação chegou a ter cinco das nove ambulâncias à porta das Urgências do HDFF. “Em média, o tempo de espera foi de cerca de três horas, a partir das 11H00”, afiançou. No entanto, ressalvou Armindo Bertão, nenhum serviço de socorro foi comprometido. “Não foi recusado nenhum serviço de socorro”, garantiu. Mas, frisou, para uma ocorrência na cidade, teve de ser acionada uma ambulância da secção do Paião dos Bombeiros Voluntários, na margem Sul do concelho, que tem duas destas viaturas a seu cargo. Contactada pelo DIÁRIO AS BEIRAS, a administração do HDFF asseverou que “houve durante o dia de hoje [ontem] ambulâncias que ficaram a aguardar as macas, porque estavam a ser dadas altas clínicas e a proceder-se ao internamento dos utentes que estavam” nas Urgências. Na última semana, acrescentou, “houve uma procura acrescida nos serviços de Urgências, por parte de utentes fora da área de referenciação da Figueira da Foz”. Sobretudo, vindos dos distritos vizinhos de Aveiro e Leiria.
Entretanto, como o DIÁRIO AS BEIRAS avançou ontem, citando a administração do HDFF, este hospital “também enfrenta dificuldades no preenchimento da escala do Serviço de Urgência para o mês de outubro, principalmente em Cirurgia Geral”. Os “médicos que já atingiram as 150 extraordinárias” mostraram “indisponibilidade” para fazerem mais horas extras para além daquelas que estão contempladas na lei, avançou a administração do HDFF. O hospital, esclareceu, está, contudo, a “tentar resolver as ausências na escala com o apoio a prestadores externos”.»
Imagem via Diário as Beiras
terça-feira, 3 de outubro de 2023
Não vi...
Mas, pelo que vou lendo esta manhã, António Costa deu uma entrevista.
Bem: pelos vistos "não foi bem uma entrevista digna desse nome: foi mais um ameno bate-papo que serviu para preencher grande parte do serão de ontem da TVI/CNN Portugal. Fazendo lembrar tempos antigos, quando apenas existia um canal de televisão em Portugal e o poder falava pelos cotovelos, sem cronómetro a atrapalhar."
A Figueira Champions Classic realiza-se no dia 10 de fevereiro de 2024
Via Diário as Beiras
"A União Ciclista Internacional (UCI), tendo em conta o sucesso deste ano, subiu a prova internacional de ciclismo de escalão, passando à categoria Pro Series. Esta promoção traduz-se na participação de mais equipas World Tour e ciclistas de topo, uma vez que também subiu o valor dos prémios em dinheiro. Por sua vez, o canal internacional de televisão Eurosport aumenta o tempo de antena dedicado à prova, passando de uma hora e meia, na edição de 2023, para duas horas (das 15H00 às 17H00), em 2024. A transmissão, em direto, deverá incluir a entrega de prémios, já que está previsto que a prova, que arranca de manhã, termine por volta das 16H45."
Campanha de prevenção do cancro da mama e da próstata
A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz, com o apoio da Liga Portuguesa Contra o Cancro, leva a efeito uma campanha de prevenção do cancro da mama e do cancro da próstata, de outubro a dezembro próximo, que integra os movimentos “Outubro Rosa” e “Novembro Azul”.
O movimento “Outubro Rosa” tem o intuito de inspirar a mudança e mobilizar a sociedade para a luta contra o cancro da mama. A cor rosa é utilizada para homenagear as mulheres com cancro da mama, sensibilizar para a prevenção e diagnóstico precoce e apoiar a investigação nesta área.
O mês de “Novembro Azul” pretende alertar e consciencializar para a saúde do homem, muito em especial, a prevenção e o diagnóstico precoce do cancro da próstata que é uma doença geralmente silenciosa, de evolução lenta e assintomática, na qual, o aparecimento de sintomas pode ser sinal de doença avançada. Detetá-lo numa fase precoce é essencial.
Assim e com a finalidade de a todos consciencializar para a prevenção e o diagnóstico precoce do cancro da mama e da próstata, a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz vai pintar uma das suas viaturas administrativas integralmente de rosa e de azul, metade de cada cor e colocá-la, todos os dias, em lugares estratégicos do concelho, na cidade e em todas as freguesias, como forma de chamar a atenção e alertar para a importância da prevenção. Serão, com a viatura, divulgadas mensagens nesse sentido e distribuídos suportes de informação.
A apresentação do início da campanha, tem lugar no proximo dia 7 de outubro, sábado, às 11hoo, na Praça da Europa, frente à Câmara Municipal da Figueira da Foz.
segunda-feira, 2 de outubro de 2023
Presidente da concelhia figueirense continua "a andar aos papéis"...
Porque nunca perdi tempo com blogues anónimos
Por nada de especial.
Apenas porque a minha maneira de ser não é compatível com esse tipo de espaços. Portanto, para mim, pura e simplesmente, não existem.
Nunca tive idade, tempo ou pachorra, para desperdiçar com fofocas de meninos e lavagens de roupa suja.
A net, sem dúvidas, é um espaço de liberdade. Mas, será este tipo de comportamento irresponsável, um reflexo da liberdade ou será antes o reflexo da sociedade sem valores e princípios em que vivemos?..
Anonimamente, pode dizer-se o que se quiser, para quem quiser.
Mas, só mesmo, para quem quiser escutar...
Desde que OUTRA MARGEM viu a luz do dia - já lá vão quase 18 anos - ficou bem patente a minha independência, que muitos - ainda hoje - não conseguem perceber e muito menos aceitar.
Ganhei alguns "ódios de estimação".
Contudo, o que me move é fácil de explicar: não sou filiado em nenhum partido, não tenho amigos bem posicionados na politica local ou nacional, não tenho interesses partidários nem económicos ou financeiros, portanto, OUTRA MARGEM, foi sempre para mim o meio de participar activamente na discussão em redor da actualidade covagalense, figueirense e nacional.
Podem acusar-me do que quiserem - o mais habitual não é rebater os meus argumentos sobre o que posto (alguém é capaz de contestar que não tenho razão nos alertas que tenho vindo a fazer ao longo dos anos sobre a erosão costeira a sul da barra ou o aumento em 400 metros do molhe norte?..) mas que sou sempre do contra, o que não é verdade.
A esses digo, apenas, isto: quando conseguirem perceber a minha independência, perceberão todo o resto.
Enquanto morar em mim a esperança de que há uma possibilidade de ser possível viver numa Aldeia, num Concelho e num País melhor do que isto que temos, vou continuar por aqui.
Quando perder totalmente essa esperança, meto o teclado no saco...
Nos dias que correm um gajo como eu, quase com 70 anos, tem tantos problemas, que qualquer coisa que contribua para o seu divertimento diário é bem vinda.
Continuo optimista por natureza.
Optimismo para mim é simples: é somar a + b na máquina de calcular e esperar obter c.
Este país do faz de conta, onde é mais importante ter e parecer do que ser, continua a precisar é de estilo: sobretudo, de sinais exteriores de modernidade e estatuto comuns aos que não sendo, querem parecer que são.
Sobre a triste figura que vi fazer em directo na Assembleia Municipal da Figueira da Foz, na passada sexta-feira, o "deputado" municipal do BE, continuo a preferir levantar-me cedo e ir "larear a pevide".
Via Diário as Beiras, fica o registo do acontecimento.