quarta-feira, 7 de junho de 2023

Lamentável: sempre os mesmos a colocarem a minha Aldeia nos jornais regionais pelos piores motivos

Ao que tive oportunidade de ler na página do facebook de um ilustre covagalense, "na segunda-feira, a sessão de Assembleia de Freguesia São Pedro houve o culminar do exemplo do que não se deve desejar. Perda de noção de limites, manutenção de poder-pelo-poder e, algo muito comum, não saber sair no tempo certo. O Campeão das Províncias esteve atento, partilho convosco a peça! Uma saudação especial à bancada do PS que soube assumir a posição errada e à oposição pela defesa da verdade. O público vivo deixou bem claro o seu cansaço sobre a postura, que não é nova, dos que também, na casa, não são novos."

Imagem via Campeão das Províncias

Querem mesmo saber porque considero Ricardo Silva o melhor jogador político da Figueira?

No passado dia 9 de Julho de 2022, realizaram-se eleições para os órgãos concelhios do PSD da Figueira da Foz.
As eleições tiveram lugar no Grupo Caras Direitas, em Buarcos, já que a sede local do partido encerrou no final de 2021, no mandato de Ricardo Silva como líder concelhio. 
Ana Oliveira, ex-deputada da Assembleia da República, foi eleita. Passou a liderar a concelhia concelhia e assumiu a liderança «de uma equipa de trabalho dinâmica e disponível em prol do concelho da Figueira da Foz».
Foram três os pilares "fundamentais para o futuro do PPD/PSD Figueira da Foz", em que se sustentou a candidatura que teve como primeira figura Ana Oliveira.

A saber:
"Reorganizar: Revitalizar a ligação dos órgãos do Partido com os seus militantes e a sociedade civil criando condições para que haja uma motivação em torno do projecto social democrata concelhio, distrital e nacional.
Renovar: Atrair novos militantes bem como novas «bandeiras/políticas» a defender que contribuam para o desenvolvimento da Figueira da Foz.
Rigor: Unir esforços com o poder o local com intuito de estabelecer as melhores soluções para desenvolvimento do concelho sempre de uma forma consciente, rigorosa e responsável."
A aproximação do PSD ao presidente da autarquia, “é uma questão que acabou por ser natural”. Isto, porque “houve um plenário de militantes em que foi aprovada, por unanimidade, uma moção sobre essa aproximação”
O relacionamento da nova estrutura concelhia do PSD Figueira com o único vereador PSD, era e continua a ser um tema interessante e importante para o futuro da gestão autárquica.
Recentemente, com Ana Oliveira na direcção local do PSD, o vereador Ricardo Silva aceitou a estratégia de aproximação a Santana Lopes, o presidente da câmara, assumindo o lugar de vereador executivo, o que prorcionou  ao vencedor das autárquicas de 2021 a maioria confortável que desde o início do mandato desejava.
Neste momento, a correlação de forças existente é diferente daquela que existia quando Ana Oliveira assumuiu a presidência da concelhia do PSD Figueira, que dava  vantagem à oposição, com quatro vereadores do PS e um do PSD. A FAP elegeu quatro. 

Na edição de 18 de Outubro de 2022 o Diário As Beiras, noticiava que prestigiados militantes do PSD/Figueira, como Teresa Machado, Teotónio Cavaco, Carlos Ferreira, Antonino Oliveira, Inês Cláudio, Luís Marques e Ricardo Oliveira terão enviado uma nota de imprensa, qualificando de mentira «que o plenário concelhio tenha aprovado uma moção de aproximação do partido ao executivo camarário…».

Contactado na altura pela FigueiraTV, Henrique Carmona proponente da moção «aprovada por unanimidade» no dia 8 de novembro de 2021, considerou esta manifestação «uma declaração errática da moção, até porque em plenário tive oportunidade de esclarecer que se procura uma oposição sensata e não cega». E acrescenta: «não aprovando ou chumbando indiscriminadamente as propostas do executivo de Pedro Santana Lopes», mas exercendo «uma oposição responsável e atenta, sem bloqueios e com colaboração ao executivo eleito pela FAP».
Perante estes factos, imaginemos que os lugares actualmente estavam trocados: Ana Oliveira era a vereadora truculenta, que por estar desempregada, aceitava o acordo tripartido e Ricardo Silva o presidente da concelhia, que tinha ganho as eleições internas para desbravar a aproximação do PSD/Figueira ao presidente da autarquia elito numa lista FAP.
Certamente que, no mínimo já teria saido um belo comunicado da concelhia do PSD/Figueira a congratular-se com o novo facto político ocorrido na passada sexta-feira, a felicitar Santana Lopes e a sublinhar que isto ia ao encontro da linha política preconizada pela Direcção política do PSD/FIGUEIRA.
Ana Oliveira, nos mentideros políticos figueirinhas, no mínimo, seria considerada uma oportunista a fugir ao trabalho e à procura de tacho.
"É a vida", como diria o "nosso" presidente de câmara.

Mas como o vereador truculento é Ricardo Silva e Ana Oliveira a presidente da concelhia, o PSD/Figueira ficou em silêncio, um facto político entretanto criado chegou para justificar o que aconteceu.

Ficou tudo justificado, menos o essencial. 
Se bem lembro a candidatura autárquica de Setembro de 2021, do PSD/Figueira, tinha um programa concreto de recuperação do comércio e do turismo, fortalecimento do porto e da criação de um porto turístico e a passagem do porto comercial para a margem sul, o que permitiria devolver a margem norte à cidade, a modernização da linha do oeste, medidas para promover o investimento e a competitividade ajudando e dando melhores condições às empresas concelhias para criar emprego, criar condições ao nível do ensino para tornar a Figueira um destino internacional que capte jovens a partir dos 14 anos. Foram também prometidas medidas para melhorar a vida dos figueirenses, como por exemplo, encarar o problema da habitação, com políticas concretas para atrair jovens casais dando-lhe condições ao nível da saúde, do emprego, da cultura, etc., a redução de impostos municipais, o preço da água, a coesão territorial concelhia, proporcionando as mesmas oportunidades às 14 freguesias do concelho. 
Será que algum destes pontos foi debatido no "acordo tripartido", para permitir que a ida de Ricardo Silva para vereador executivo possa criar condições para melhorar a gestão da autarquia figueirense e da vida dos seus habitantes?
Não conhecendo o acordo escrito que, presumo, deve ter sido assinado entre as "partes", arrisco afirmar que não. Portanto, venceu quem tinha de vencer: "o maior jogador político da Figueira da Foz" e "o maior jogador político na Figueira da Foz". E cumpriu-se o que tinha de ser cumprido.

Recordo algo que escrevi na edição do mês de Novembro de 2021 na Revista ÓBVIA
"Na Figueira, em 2021 e anos seguintes, concorde-se ou não, a vida política vai passar por políticos como Santana Lopes - aqueles que sabem aproveitar as oportunidades pessoais. 
Santana sempre foi mestre a aproveitar as falhas dos chamados "notáveis", que desprezam num partido enraizado no povo, os militantes. Os "baronetes" das concelhias e das distritais, têm de si próprios e da sua importância uma ideia desproporcionada do peso real que lhes é dado pela máquina partidária dum partido com Povo, como é o PSD. 
Sem esquecer que na "elite" local há quem se oponha, não me admirará que o verdadeiro "proprietário" do PSD Figueira, nos próximos tempos, venha a ser, não alguém que defenda a aproximação a Santana, mas, ainda que por interposta pessoa, o próprio Santana Lopes. E Santana Lopes, se assim o quiser, nem vai precisar de tornar a ser militante do PSD... 
Acham estranho? Lembram-se o que aconteceu ao PS depois de 2009? O PS Figueira passou a partido municipalista liderado por João Ataíde, que nunca foi militante socialista. Para o PSD Figueira, o comboio de amanhã já passou há semanas. 
Ventos e marés podem contrariar-se, mas há muito pouco a fazer contra acontecimentos como o que aconteceu ao PSD Figueira nas autárquicas 2021. Em 2021, que saída tem um PSD Figueira confrontado com uma escolha entre a morte por asfixia ou por estrangulamento? 
Resta Santana Lopes, um político que, como ficou provado na anterior passagem pela Figueira, continua em campanha eleitoral, mesmo depois de ter ganho as eleições?"

Portanto, Ricardo Siva (e quem está acima dele...) apenas conseguiu atrasar o percurso natural do processo político em curso na Figueira quase dois anos. 
Como escrevi ontem na minha página no facebook, a aproximação do PSD ao presidente da autarquia, “foi uma questão que acaba por ser natural”. Isto, porque “houve um plenário de militantes em que foi aprovada, por unanimidade, uma moção sobre essa aproximação”.
Não foi isso que acabou por acontecer na passada sexta-feira, dia 2 de Junho de 2023, com a cooptação de Ricardo Silva, único vereador que os cerca de 10% conseguidos pelo PSD/Figueira permitiu eleger?
Imaginemos que o vereador cooptado por Santana Lopes não era Ricardo Silva, número dois na lista, mas Pedro Machado, que foi quem, efectivamente, foi eleito, ou o número 3, 4, 5, 6, que já nem lembro quem foram, não seria isto que todos pensariam?
Portanto, o problema da equação é, apenas, um: Ricardo Silva e o passado que o vai perseguir para o resto da vida.
A beleza está na simplicidade.
Pensar simples não é para todos.
E a memória é tão curta na Figueira...

Os figueirenses em geral ficaram na mesma. 
Contudo, a Figueira política mudou mesmo na passada sexta-feira, dia 2 de Junho de 2023.
Nem ficou melhor nem pior, nem houve renovação: apenas mudou o ambiente crispado em que se vivia há anos.
Renovar, se alguma vez isso acontecer, "será trazer para a política pessoas com vida e profissão, que tenham conhecido dificuldades, desilusões, derrotas, perdas, que sejam mais de carne do que de plástico. Há cada vez menos gente assim na política, à medida que nos partidos as jotas funcionam como incubadoras de carreiras semiprofissionais e profissionais de política. Elas implicam quase sempre baixa qualificação profissional, cursos de segunda, pouca experiência profissional e vidas que rapidamente acedem a regalias e prebendas que separam os que as recebem do comum dos cidadãos."

"... sublinho que uma política exercida sem objetivos de interesse público transparentes, que promova uma melhoria real na vida dos cidadãos, se torna oca em conteúdo, obsoleta, cujo único propósito visa alimentar os egos de quem a exerce"

 Via Diário as Beiras

Conhecer o passado para prespectivar o futuro

 Via Diário as Beiras

Festa rija na (minha) Aldeia. E com o "conduto do povo", que é a sardinha...

Via Município da Figueira da Foz

"A edição de 2023 do S. João – Festas da Cidade da Figueira da Foz, tem início já esta sexta-feira, dia 09 de junho, com a Festa da Sardinha, que vai decorrer no Portinho da Gala, até domingo, dia 11 de junho.

Pelo segundo ano consecutivo a organização está a cargo do Centro de Cultura e Desporto dos Trabalhadores do Município da Figueira da Foz, que irá abrir o recinto da festa para servir a tão ansiada sardinha, pelas 19h00 (dias 09 e 10) e pelas 12h00 (dia 11).
E para que a festa seja completa, não pode faltar a animação musical, que será assegurada por José Praia & Aqua Viva, dia 09 e 10 de junho (20h30), por José Alberto Reis, dia 09 pelas 22h00 e pela Banda Chic, dia 11 pelas 12h30."

Encontro com poemas e música: Richard Simas, Alcino Clemente, Manuel Gabriel (e Leonard Cohen...), na Praia de Mira…

Na foto:o presidente da Junta de Freguesia da Praia de Mira, Francisco Reigota, o poeta e Mestre Pescador Manuel Gabriel, Richard Simas, o poeta e Mestre Pescador Alcino Clemente, Mariana Oliveira, António Veríssimo e Tomás Pauseiro. Praia de Mira, 4 de Junho de 2023.


No passado dia 4 de Junho, teve lugar na Praia de Mira um encontro com poemas e música, dedicado às relações de Portugal com o Canadá no âmbito da Pesca Longínqua do Bacalhau (Saint Johns - Newfoundland), com a presença do artista e investigador Richard Simas, músico e musicólogo, de Montreal (Quebec) e os poetas e mestres pescadores da Praia de Mira, Mestre Manuel Gabriel e Mestre Alcino Clemente, bem como a cantora da Praia de Mira Mariana Oliveira acompanhada pelo seu grupo musical.
Esteve exposto um modelo (mecanizado) de um "Barco-do-Mar" (Barco da Arte ["meia-lua"]), a ancestral pesca de arrasto para terra tradicional da Praia de Mira (a pesca de cerco e alar para terra localmente chamada "Arte", e actualmente designada oficialmente como "Arte-Xávega"), construído por João Facão, um dos artífices da "Memória da Terra e do Mar" da Praia de Mira, e membro do Conselho Consultivo e Científico do CEMAR, bem como outras obras de João de Jesus e outros artesãos locais.
Richard Simas quis ter a amabilidade de trazer de Montreal, para oferecer para a Biblioteca do CEMAR, um exemplar do último livro de Leonard Cohen, The Flame: Poems and Selections from Notebooks (Montreal: McClelland & Stewart, 2018) publicado, postumamente, dois anos após a morte do poeta canadiano.
O CEMAR havia publicado em Portugal acerca de Leonard Cohen, nomeadamente em 2017 o livro O Cohen Morreu… E Eu…?, e em 2009 a reedição da tradução portuguesa (originalmente publicada em 1984-1985) do poema de juventude de Cohen dedicado a Portugal e aos Portugueses ("The Warrior Boats", in Let Us Compare Mythologies, 1956); o poema de juventude que, de facto, mais do que acerca de Portugal e dos Portugueses, é sobretudo acerca dos Pescadores Portugueses da Pesca Longínqua do Bacalhau na Terra Nova (Canadá).
O director do CEMAR, Alfredo Pinheiro Marques, é o tradutor de Leonard Cohen para a Língua Portuguesa, desde 1984-1985.

terça-feira, 6 de junho de 2023

«Sobre Ricardo, disse Pedro que “era melhor ficar bem patente o nível das pessoas, sendo que o do Vereador Ricardo Silva já era conhecido”. Sobre Pedro, disse Ricardo que “tinha o vício de fazer insinuações que não correspondiam à verdade”»

 Via Diário as Beiras

"... paralisação vai prolongar-se por dois meses, até 6 de agosto"

 Via Diário as Beiras

Acordo de princípio foi fechado na tarde de ontem com o presidente do Automóvel Clube de Portugal. Falta a aprovação do Executivo municipal...

Imagem: CM Figueira da Foz
«Figueira da Foz “rouba” Rali a Coimbra e garante partida e super-especial em 2024».

Victor Baptista: “continuarei a lutar por eleições para todos os órgãos e, por isso mesmo, não me resigno perante a denegação de justiça”

 Via  Campeão das Províncias


A nova configuração do executivo camarário traz mais estabilidade governativa?

Via PS Secção da Figueira da Foz

"O Partido Socialista e de acordo com o mandato atribuído pelos Figueirenses tem sempre assegurado, com sentido de responsabilidade, a governabilidade do executivo.

É o Dr. Santana Lopes que nunca aceitou gerir em diálogo e conforme as condições do mandato que lhe atribuíram, criando consensos com as outras forças partidárias o principal foco de instabilidade no executivo. O PSD foi absorvido e a FAP simplesmente ignorada. Na ótica do Presidente da Câmara nada existe além da sua vontade.
Dizer que este "acordo" foi feito devido ao PS, é no mínimo inacreditável e pouco sério. Ele nada tem a ver com o Partido Socialista, mas sim, com as mudanças de lideranças no PSD, a nível nacional, e é público que já vem sendo "negociado" há largos meses. Sendo que, apesar deste "entendimento", continuamos a ter a maioria na Assembleia Municipal e a assumi-la com responsabilidade.
O problema é que, o Dr. Santana Lopes, não tem políticas para resolver os problemas estruturais a que urge dar resposta tais como as de âmbito demográfico, da saúde e educação, do saneamento, ou as de criação de uma rede de transportes funcional, atrativa, ecológica e que sirva às pessoas.
A instabilidade neste executivo, com pouco mais de ano e meio, é originada pelo Presidente da Câmara e a sua personalidade, e pelo Movimento que o tem sustentado (já com morte anunciada pelo recente "pacto") e não pelo Partido Socialista (que no essencial viabilizou as suas propostas).
Relembramos o abandono intempestivo das reuniões da Câmara pelo Sr. Presidente, das caricatas "descomposturas" aos vereadores com pelouros e da irritação assumida quando as suas propostas não são aprovadas.
Da prossecução de uma política do facto consumado (apresenta-se como já decidido algo que ainda não foi votado nem discutido em reunião de Câmara), a demissão e afastamento de Quadros de Chefia, a criação e/ou a extinção de Departamentos.
Anunciam-se hoje propósitos, muitos que não dependem da autarquia, que depois são ignorados ou dá-se o dito por não dito (dando a ideia de que afinal não há projetos nem se sabe o que se pretende), estacionamento subterrâneo, a Escola das Ciências do Mar, aumento do parque das Abadias, campo de golfe, um aeródromo. Não há desígnios para a Figueira da Foz, há sim um desígnio meramente pessoal, sem ligação ao concelho.
Vai haver mais estabilidade governativa? Não acreditamos, porque a fonte da instabilidade não está no número de vereadores, mas sim nas características pessoais e na instrumentalização da Figueira da Foz para outros fins, como tem declaradamente afirmado o Dr. Pedro Santana Lopes.
O Partido Socialista continuará a fazer uma oposição construtiva a este executivo, numa postura serena, de diálogo e escrutínio político e técnico, com responsabilidade, com rigor aos assuntos da Câmara Municipal e na gestão dos dinheiros públicos."
Figueira da Foz, 5 de junho de 2023
O Secretariado da Concelhia do Partido Socialista

segunda-feira, 5 de junho de 2023

O desafio do "maior jogador" político da Figueira nos últimos cerca de 20 anos começou hoje

Foto via Município da Figueira da Foz

Foto via Figueira na Hora
“A imaginação contribui para um conhecimento vital e inteiro da vida.” 
A propósito do momento político na Figueira, imaginemos que o PS/Figueira tinha alguém ao nível, nomeadamente, do gabarito político de Ricardo Silva (e tudo o que está acima dele...).
Já imaginaram a crispação que, neste momento, estaria a ser vivida no ambiente político figuerinhas, com a campanha de intoxicação e guerrilha política provocada, a partir de catatumbas nojentas e mal cheirosas, por esse tal imaginário Ricardo Silva do PS/Figueira?
Já imaginaram o esterco que "os cocós histéricos do BE local" já tinham espalhado pelo facebook? Já imaginaram os comunicados do BE e do PS que já tinham vindo a lume? 

Se quiserem imaginem, mas imaginem vocês que eu não estou para aí virado.
Eu estou noutra. Imagino outra coisa: um PS/Figueira, a quem Ricardo Silva (e tudo o que está acima dele...), comeu "as papas na cabeça" e geriu politicamente como quis no último ano e meio, sem "unhas" para aproveitar esta oportunidade para se começar a regenerar.
E isto é facílimo de explicar: "quem não tem unhas não toca guitarra".

Voltemos à realidade.
Tal como já fiz anteriormente e, ao contrário do que o Ricardo pensa, não estou a ser irónico: parabéns Ricardo. És o maior jogador político da Figueira (atenção, porém: não escrevi na Figueira). Ao trabalho Ricardo. És um Mestre.
Conseguir colocar ao teu serviço - e, por arrastamento, do PSD -  alguns comunistas figueirenses (nomeadamente, daqueles que gostam de fazer desenhos cá no sítio, amantes de festa e de sardinha - e por aí adiante...), bloquistas queques e bimbos, inúmeros socialistas (mesmo ao mais alto nível local...), parte do PSD/Figueira e alguns e algumas  figuras à paisana, inchadas e "ingénuas", jornalistas, etc. - merece uma vénia de reconhecimento, pois não é para qualquer um.
Foi obra.

A Figueira viveu sempre de aparências. Como tal, recompensa com mais assiduidade e facilidade as aparências do mérito do que o próprio mérito.
No fundo, como diz o "nosso" presidente, "é a vida".  
No caminho, aconteceram "coisas e mais coisas" que  soubeste ultrapassar. 
Não foi fácil o percurso percorrido. Porém, o pior (ou melhor) está para vir.
As coisas, a partir de hoje, mudaram: já não estás na sombra a manipular os títeres e a gozar na bancada o desenrolar do "jogo político" controlado por ti (...e, claro por tudo o que está acima de ti)
Agora, meu caro Ricardo, vai ser a doer: estás no "centro do olho do furacão".
Tal como já fiz anteriormente e não estou a ser irónico: parabéns.
E ao trabalho Ricardo. Ao trabalho.
E não te esqueças de continuar a treinar o teu excelente jogo de cintura.
Contudo, não te deslumbres. Este, vai ser o maior desafio político da tua vida.
E a vida, nem a política, vai acabar em 2026.

Já que pela imaginação não vamos lá, fiquemos com a realidade. 
E, na Figueira, a realidade em Junho de 2023, é que se não podemos considerar o que temos um regime de partido único, a verdade é que vivemos numa realidade sem alternativas.

O novo vereador da Obras Municipais, Ambiente e Espaços Verdes teve a primeira aparição pública esta manhã

Via Campeão das Províncias 

"No Dia Mundial do Ambiente a autarquia figueirense decidiu inaugurar, hoje de manhã, um Jardim Polinizador nas Abadias Norte, cerimónia que contou com várias dezenas de crianças da Creche e Jardim de Infância Bissaya Barreto, bem como com Pedro Santana Lopes e alguns vereadores do executivo (nomeadamente, Ricardo Silva, a partir de hoje o novo responsável autárquico pelo ambiente na Figueira, que fez a sua primeira aparição pública como o novo vereador executivo que passa a garantir a maioria ao Executivo liderado pelo ex-primeiro-ministro), presidente da Assembleia Municipal – José Duarte e a presidente da Junta de Freguesia de Buarcos e S. Julião – Rosa Batista, entre outros autarcas, entidades e educadoras.

A autarquia figueirense aproveitou este espaço no coração da cidade para plantar algumas espécies silvestres e não só porque, cada vez mais, os polinizadores precisam da nossa ajuda devido à constante perda de habitat originado pelas mais diversas razões, segundo alguns dados mais recentes, cerca um em cada 10 polinizadores da União Europeia está em risco de extinção. Esta iniciativa de criar um Jardim Polinizador no Parque das Abadias, é uma boa notícia para ajudar a abrandar ou até a reverter o declínio de abelhas, borboletas, moscas-das-flores e outros polinizadores semeando uma boa diversidade de plantas nos nossos jardins."

A Figueira conhece hoje o primeiro dia do após sexta-feira, dia 2 de Junho de 2023

Ricardo Silva, a partir de hoje, assume funções a tempo inteiro no executivo e os pelouros das Obras Municipais, Ambiente e Espaços Verdes.
Um acordo entre Santana Lopes, o líder do PSD e Ricardo Silva, único vereador social-democrata na câmara da Figueira da Foz, passou a garantir a maioria ao executivo liderado por Santana Lopes.
O acordo “estava em cima da mesa há tempo, por iniciativa da direção nacional do PSD, combinada com o vereador Ricardo Silva. A hipótese foi falada várias vezes entre o dr. Luís Montenegro [presidente do PSD] e eu próprio (…) e a mudança teve a ver, no meu pensamento, com a evolução no Partido Socialista [local], com toda a franqueza”, explicou Santana Lopes.
Já agora, para a informação ficar mais completa, não é difícil de adivinhar que tudo isto deve ter tido o "dedinho" de Paulo Pereira Coelho, mentor político de Ricardo Silva, como meia Figueira sabe...
Imagem via Diário as Beiras.

Quem acusa a "Câmara de falta de cultura ecológica" só pode estar manifestamente a exagerar...

Depois do comunicado/nota publicado na Página do Município, assinado pelo Doutor Santana Lopes, em que somos informados que já existe "a autorização para remover a camada vegetal que, desde há anos, cobre o lindíssimo areal da Praia da Figueira da Foz" que, pelos comentários que li, tirou do sério os ambientalistas figueirenses, temos a oportunidade de nos reconciliarmos com a harmonia ambiental na nossa cidade, com uma iniciativa importantíssima promovida exactamente pelo mesmo organismo que é acusado de estar a fazer, "talvez, o grande erro".  Quem diz que se "nota bastante a diferença, em alturas de nortada, no antes e no depois, da vegetação", vai ter oportunidade, depois de retirada a "camada vegetal", de comprovar que teve razão antes do tempo: qualquer pessoa que circule pela zona, quando há nortada rija, sabe o que custa ficar com areia por todo o corpo. Porém, há sempre o outro lado da moeda: pode ser que haja a possibilidade de trazer a praia até à marginal, pois areia é o que não vai lá faltar.
Caros ambientalistas, não desesperem nem sejam tão precipitados. Atentem no pormenor via Diário as Beiras, e digam lá se a nossa Câmara Municipal é, ou não é, uma autarquia preocupada com os insetos, em particular as abelhas, e  com a biodiversidade. Não se esqueçam que as comemorações se realizam hoje, no Jardim Polinizador da ala Norte do Parque das Abadias pelas 10 da manhã.
Isto está a ficar, de novo, como eu gosto: uma comédia. Hoje, só não vou estar presente a assistir, porque tenho tarefas domésticas inadiáveis a cumprir.

domingo, 4 de junho de 2023

"A mudança é a lei da vida." *

NOTA AOS FIGUEIRENSES
"Quero comunicar que temos já a autorização para remover a camada vegetal que, desde há anos, cobre o lindíssimo areal da Praia da Figueira da Foz. Disse, em campanha eleitoral, que o queria fazer. Mas nunca o poderia fazer sem estudar todos os aspetos do processo, sem ouvir os serviços municipais - e com eles avaliar - e sem ter a autorização das entidades competentes (no caso, a ARH do Centro). Tudo isso foi realizado e conseguido. Estou muito satisfeito e, posso dizer, orgulhoso, por poder cumprir mais este compromisso eleitoral."


Pedro Santana Lopes 

Notas de rodapé:

2 de Junho de 2023 vai ser uma data marcante na política figueirense: há um antes e um depois

Foto: Pedro Cruz
“O deserto é o lugar onde surgem as miragens, onde se desencadeiam os pensamentos, onde se manifestam os demónios.”
Politicamente falando, a Figueira mudou na passada sexta-feira.
O actual mandato autárquico conheceu aquilo que os analistas políticos (que não é de todo o meu caso) costumam designar por um virar de página.
O desafio político está colocado. A fasquia e o grau de exigência subiu para todos.

A saber.
Santana Lopes revelou aquilo que os mais atentos "liam nas estrelas": para além da Figueira, tem outro interesse para o seu futuro próximo. O que, para além de lógico, é legítimo.
PS e PSD têm como objectivo imediato reconstruir-se. Se conseguirem isso nos próximos dois anos, será uma conquista importante.
Ricardo Silva, "o mestre da gestão dos silêncios", vai estar, finalmente, exposto e com todos os olhos colocados no seu desempenho político. Para quem andou dezenas de anos a fazer política na sombra, é um desafio a ter em conta.
Finalmente, a Cidadania, considerando que a FAP é uma agremiação de cidadãos que se reuniram em torno de uma figura nacional para lutar pela Figueira e pelo seu progresso, levou uma machadada - a meu ver fatal - na passada sexta-feira.

Sem esquecer que na Figueira existem outros partidos (Chega, PCP, BE) retomo o tema o acesso dos cidadãos à política activa fora do sistema partidário, pois é algo que me interessa há décadas.
Em 1985, já lá vão 38 anos, fui um dos promotores de uma Lista de Cidadãos que concorreu às primeiras eleições autárquicas na Freguesia de São Pedro, que tinha acabado de ser constituída. Na altura, talvez ainda mais do que agora, o concelho da Figueira (e a minha Aldeia, upa, upa...) era um feudo socialista. 
Porém, para surpresa de muitos, a Lista de Cidadãos ganhou.

A explicação, penso que terá passado pelo facto dos activistas da Lista de Cidadãos terem conseguido passar a seguinte mensagem aos votantes da Cova e Gala: os direitos inerentes a um sistema democrático não se esgotam nos partidos (embora eles sejam fundamentais), mas na necessidade da participação política activa dos cidadãos.
Na altura, conseguimos fazer perceber aos votantes que a participação activa dos cidadãos aglutinava, não só a possibilidade de um qualquer cidadão participar na política activa sem dependência directa do espectro partidário, como também dava a possibilidade de cada cidadão aceder e responsabilizar politicamente, o mais directamente que é possível, aqueles que elegeu
No fundo, esta coisa aparentemente simples, mas importante: cada um de nós poder pedir contas a um político por determinada actuação ou omissão. E poder penalizá-lo com o seu voto sem correr o risco de o ver eleito no sufrágio seguinte, "escondido" no meio de uma lista partidária. Para já não dizer, vê-lo administrador decorativo nomeado pelo governo de uma empresa do Estado a ganhar ordenados chorudos e outras mordomias

A meu ver,  a cidadania não é uma questão irrelevante para a saúde da democracia: é um acto político que pode dar ao cidadão comum a possibilidade de recuperar e perceber a importância fundamental na vida de todos nós, que o voto deveria ter.
Contudo, na Figueira, também isso mudou na passada sexta-feira dia 2 de Junho de 2023. Citando o presidente Santana Lopes“é a vida”
Estejam atentos aos próximos dois anos. Em Setembro de 2025, se ainda por cá estivermos, veremos.

sábado, 3 de junho de 2023

A Música Popular Marítima Portuguesa-Canadiana, na Praia de Mira

Via Centro de Estudos do Mar (CEMAR)

"Amanhã, 4 de Junho de 2023, a Música Popular Marítima Portuguesa-Canadiana vai estar em Mira, no Centro Cultural e Recreativo da Praia de Mira (17.30 horas), com um espectáculo de poesia e música em que estarão presentes o investigador canadiano de origem portuguesa Richard Simas e os pescadores e poetas da Praia de Mira, Mestre Alcino Clemente, Mestre Manuel Gabriel (ambos associados e membros do Conselho Consultivo e Científico do CEMAR), e outros mais pescadores, evocando a presença portuguesa na pesca longínqua do bacalhau na primeira metade e no terceiro quartel do século XX, até 1974, onde participaram muitos pescadores de Mira.


Richard Simas, escritor e músico, de Montreal (Quebec), dedica-se, desde há anos, a investigações acerca das relações entre os pescadores portugueses e a Terra Nova, particularmente no que diz respeito ao tipo de música, localmente célebre, chamada "The Portuguese Waltzes", uma música sobretudo popularizada, ao longo da sua vida, por uma figura famosa de Saint Johns (Newfoundland), o músico popular Art Stoyles (que, desde criança, tocava acordeão no cais do porto de Saint Johns, e que faleceu, com 75 anos, em 2015).
Richard Simas é autor de um livro de ficção sobre o assunto, publicado no Canadá em 2019, do qual foi já também publicada uma versão bilingue, "The Mystery of the Portuguese Waltzes - O Mistério das Valsas Portuguesas", lançado em 2022 em Portugal, editado por Poética Edições. Prepara também um livro de crónicas, “Searching for the Origins of the Portuguese Waltzes”, para ser editado nos U.S.A., baseado em entrevistas com pescadores bacalhoeiros, historiadores, músicos e outras pessoas, sob a forma de uma coleção de histórias, pesquisas e observações ligadas à sua procura da origem dessa música misteriosa, ao longo dos anos.  Livro esse para o qual Alcino Clemente e Manuel Gabriel, da Praia de Mira, prestaram os seus testemunhos.
Em Portugal Richard Simas foi já também entrevistado e as suas investigações de musicologia divulgadas pela RTP-Antena 2, a principal estação emissora pública de rádio existente em Portugal, com cobertura nacional, e com uma programação de tipo cultural de alto nível. E tem apresentado as suas investigações em outros locais, como Póvoa de Varzim/Caxinas, Vila do Conde, Vila Praia de Âncora, Ílhavo, Lisboa, etc..

O Centro de Estudos do Mar (CEMAR) tem muito prazer e muita honra em estar associado a esta iniciativa, que vai ser promovida, na Praia de Mira, pela comunidade dos seus antigos pescadores da pesca longínqua do bacalhau, e pela respectiva Junta de Freguesia da Praia de Mira."