domingo, 8 de janeiro de 2023

Pedro Santana Lopes, novo cronista do Correio da Manhã.

«O presidente da Câmara da Figueira da Foz, independente e comentador da CMTV, vai passar a assinar, todas as terças-feiras, na página 2 do jornal, um espaço de opinião intitulado ‘Lado Lunar’ e onde abordará os temas quentes da atualidade política nacional. 
“Vou tratar sempre da evolução ultrainsólita da situação política portuguesa e do que acontece ao resto do País no seu relacionamento com o poder central, em Lisboa, no que respeita às decisões do que necessita para o seu desenvolvimento”, afirmou ao CM o autarca da Figueira da Foz. 
Santana Lopes passa, assim, a integrar o vasto conjunto de cronistas e colunistas que escrevem no CM, nas mais diferentes áreas, numa altura em que este jornal vai surgir nas bancas com uma imagem renovada.»

Figueira Champions Classic, prova de nível mundial, que vai ter lugar no dia 12 de fevereiro de 2023....

deo promocional da Figueira da Foz, passado na Eurosport 1 para todo o mundo.

A história de Conceição Matos, a mulher mais torturada pela PIDE

Via sacado daqui

Luís Osório

"1.
Conceição Matos aceitou estar comigo amanhã num monólogo que levarei em 2023 a vários teatros do país.

Aceitou estar comigo no Barreiro, lugar para onde foi viver com os pais e irmãos. Uma família de operários que chegou a uma terra de operários no final da década de 1930.

A Conceição tinha três anos quando a segunda guerra mundial começou. Tinha três anos quando chegou ao Bairro das Palmeiras onde fez vida e construiu o sonho de um dia Portugal deixar de ser uma ditadura da mesma família dos fascismos de Franco, Mussolini ou Hitler.

2.
Amanhã no Barreiro, nos meus “Ficheiros Secretos”, estará na primeira fila a mulher que foi mais torturada na história do Estado Novo.

A doce Conceição Matos, mulher de Domingos Abrantes, que mantém os seus olhos sem ponta de ressentimento depois de tanto sofrer, depois do tanto que lhe fizeram.

A Conceição que depois da quarta classe feita começou a trabalhar numa máquina de costurar e depois numa fábrica de pirolitos onde lavava as garrafas.

Terra dura, terra de exploradores e explorados, de conflito de classes.

O Partido Comunista tornou-se parte da sua vida.
Da sua e dos irmãos – o Alfredo, o mais velho, foi levado para o Aljube aos 18 anos.

E ela tornou-se comunista.

Esteve na clandestinidade muitos anos.

Foi várias numa só.

Maria Helena, Marília, Benvinda.

Mas só teve uma única cara e um único nome na prisão.

3.
Conceição Matos resistiu a tudo.

Às tantas tornou-se um troféu de caça para os inspetores Tinoco e Madalena, dois monstros que faziam apostas para lhe arrancar uma palavra que fosse.

E irritavam-se porque da boca de Conceição não saia rigorosamente palavra nenhuma que lhes servisse.

Torturaram-na barbaramente.

Espancaram-na.

Arrancaram-lhe as unhas a sangue frio.

Obrigaram-na a estar imóvel durante horas e horas e horas.

Obrigaram-na à tortura do sono, dias e dias e dias.

Choques elétricos, humilhações atrás de humilhações, uma perversidade levada a uma categoria demencial.

Arrancavam-lhe a roupa até ficar nua. Tiraram-lhe fotografias que distribuíam aos agentes da PIDE na António Maria Cardoso. Homens que riam fazendo gestos de natureza sexual enquanto olhavam para o seu corpo e para a fotografia que guardavam nas suas mãos como violadores à espera da presa.

Deixaram-na vários dias sem poder ir à casa de banho. O seu corpo com urina, com fezes, com o sangue da menstruação.

E ela com a roupa que trazia, a ter de limpar a cela imunda com o que tinha, com a roupa que tinha.

E depois a raiva dos pides por ela não falar, os agentes a entrarem e a espancá-la uma vez mais e uma vez mais e uma vez mais.

A gritarem os nomes que imaginas.

Tudo o que imaginas.

4.
Amanhã, no seu Barreiro, dar-lhe-ei um abraço forte.

E perguntar-lhe-ei a razão para ser assim.
Para continuar assim, com aqueles olhos curiosos de vida, sem ponta de ressentimento.

Conceição Matos, 86 anos, casada com o histórico Domingos Abrantes, dirigente marcante do PCP.

Uma das últimas provas vivas do combate e do sacrifício de tantos e tantas por uma ideia de liberdade. Ela e o marido, casados em 1969, em Peniche.

Conceição que é a prova de um combate corajoso por uma ideia de um mundo mais justo para quem nascia marcado com o ferro da desigualdade. Para gente como ela que nascia condenada a passar pela vida com um único objetivo: sobreviver.

Eu, filho de um comunista, mas crítico algumas vezes do PCP, não o esqueço.

E não o relativizo."

"Portugal é o terceiro país mais envelhecido da Europa e o quinto do mundo, transformando a demografia num dos grandes desafios nacionais para a próxima década"

Pordata tem disponível para consulta uma infografia que não só traça um retrato dos idosos do nosso país, como revela alguns dados sobre o envelhecimento em Portugal, como por exemplo, o facto de 22% da população portuguesa atual ter 65 ou mais anos, um número que tem tendência a subir.

Imagem via Jornal de Notícias

"Números da nossa realidade: Portugal é o quarto país mais envelhecido do mundo. Reflexo das baixas taxas de natalidade e do aumento da esperança média de vida — temos 182 idosos por cada 100 jovens —, a longevidade será um dos temas centrais não apenas da nossa sociedade, como de todo o mundo. Os seus impactos serão transversais: serviços, saúde, habitação, educação, emprego, banca, finanças, tecnologia e turismo, nenhuma destas áreas deixará de ser afetada pelo envelhecimento da população — e pela sua longevidade. Os desafios da chamada ‘economia cinzenta’ são enormes. Basta pensar, por exemplo, no impacto que a redução de jovens no ativo pode ter nos sistemas de pensões dos reformados."

sábado, 7 de janeiro de 2023

"Dois dirigentes do partido Chega, Rui Afonso e Jerónimo Fernandes, ter-se-ão envolvido numa discussão que resultou numa briga"

 Via Porto Canal

Para ler melhor clicar na imagem

Agravamentos das condições do tempo condiciona funcionamento da barra da Figueira

Foto Pedro Agostinho Cruz

Em nota de imprensa, a Capitania do Porto da Figueira da Foz alerta para o agravamento da agitação marítima, a partir da tarde de hoje e até segunda-feira, levando ao condicionamento da barra. 

Segundo as previsões meteorológicas, as ondas podem atingir os cinco metros de altura. “Devido a este agravamento, devem ser consideradas medidas de prevenção por todos aqueles que se encontram ou possam frequentar as áreas junto à orla costeira.

Assim, recomenda-se o reforço da amarração e vigilância apertada das embarcações atracadas nos portos e marinas, bem como evitar passeios perto da zona de rebentação, nas praias, nos molhes, nos esporões e outras zonas de pedra e rocha junto à orla costeira”, recomenda a capitania. 

“A prática da barra do Porto da Figueira da Foz irá sofrer os condicionamentos entendidos como necessários e adequados, tendo em vista a segurança das embarcações e dos seus tripulantes”, acrescenta o alerta da Capitania do Porto da Figueira da Foz.

Segundo o que pode ser lida na edição de hoje do DIÁRIO AS BEIRAS, "devido à agitação marítima, a partir de hoje a até segunda-feira, a barra estará fechada para embarcações até aos 35 metros de comprimento."

Nascer na ambulância: desta vez, foi na circular externa, em Coimbra...

Via Notícias de Coimbra:


"Foi às 7:30, do dia 4 de janeiro, que a pequena Nadine decidiu conhecer o mundo. A menina nasceu na circular externa, em Coimbra, quando estava a ser transportada pela ambulância da Estrutura Operacional de Emergência da Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação da Figueira da Foz para a Maternidade Daniel de Matos. 

O enfermeiro que ajudou no parto, Bruno Gomes contou ao Notícias de Coimbra que “a menina nasceu saudável, com perto de 3 quilos e que ao fim de 30 segundos já chorava”.

A equipa que assistiu a grávida conta com 18 anos de serviço, contudo, foi a primeira vez que ajudaram um bebé a nascer."

Em Outubro de 2006, apesar da luta corporizada num abaixo-assinado com mais de 8 mil assinaturas, uma grande manifestação em Maio, e outras iniciativas, não foi possível evitar o que um governo do Partido Socialista já tinha determinado. O bloco de partos do Hospital Distrital da Figueira da Foz (HDFF) encerrou a partir das 00h00 do dia 4 de Novembro de 2006

E assim se mantém. Isto é uma vergonha num país europeu

Se  todas as maternidades com menos de 1500 partos constituíam um risco para a saúde pública, ao ponto de terem sido encerradas maternidades, então terá que levada esta ideia até às suas últimas consequências:
1. os partos em casa e nas ambulâncias têm de ser proibidos;
2. todas as clínicas privadas com menos de 1500 partos/ano também têm de ser encerradas.
Pronto, a crise em 2023 existe mesmo mesmo. Resta saber quem são, afinal, os verdadeiros culpados das dificuldades que o País atravessa.
A resposta é simples: nós, as próprias vítimas dela.
Os trabalhadores por não produzirem, os desempregados por não trabalharem, os jovens sem colocação no mercado de trabalho por consumirem, os reformados por colocarem em causa a sustentabilidade da segurança social, os doentes crónicos por consumirem muitos medicamentos, internamentos hospitalares e intervenções cirúrgicas, as grávida por terem de dar à luz em maternidades.

Temos  uma capacidade brutal "pró desenrascanço".
Oxalá que não, mas isto um dia vai acabar mal...

Frases...

Uma para emoldurar:


António Costa: «estabelecer um circuito que permita evitar desconhecer factos que não estamos em condições de conhecer».

Vasco Paiva vai apresentar “O Desbravar dos Caminhos”

A construção do Movimento Camponês, as lutas e as organizações dos agricultores após o 25 de Abril até meados dos anos 80.

Vasco Paiva apresenta hoje, sábado, pelas 16h00, na Casa Municipal da Cultura, o seu novo livro com o título “O Desbravar dos Caminhos”, editado na Lápis de Memórias.
“O Desbravar dos Caminhos é um livro fundamentado e importante, tanto pelo horizonte que revela, do panorama das associações e lutas dos agricultores familiares nos anos 1974 – 1978, como pelos ensinamentos que evidencia sobre a autonomia e independência das organizações e lutas no mundo da agricultura familiar” sublinha no prefácio o ex-Ministro da Agricultura nesse período Fernando Oliveira Baptista, que fará a apresentação do livro.
Vasco Paiva, que é engenheiro florestal e mestre em Recursos Florestais, publicou em 2006, “Na outra margem do Tempo”( editora Campo das Letras), “Crónicas de um Tempo Novo” em 2014 (editora Lápis de Memórias) e ”O Despertar das Montanhas” em 2020 ( editora Lápis de Memórias).

Um presente envenenado

"Esta maioria absoluta foi original. Aconteceu depois de seis anos no poder sem maioria. Surgiu no que parecia ser o fim de um ciclo, com um primeiro-ministro que se preparava para a gestão de uma saída que lhe permitisse dar um salto europeu. Nasceu cansada. Ela pode ter sido um presente envenenado para o PS e para o país. Apesar de garantir, teoricamente, mais estabilidade do que a ‘geringonça’, é muito mais instável. Porque a estabilidade política não depende de maiorias aritméticas, mas da estabilidade social que elas ofereçam. E de um propósito. Na ‘geringonça’, era reverter as imposições da troika. Na pandemia, era a emergência sanitária. Perante uma crise inflacionista e sem receitas diferentes da direita, qual é o propósito de António Costa?
Ao contrário do que acontecia na ‘geringonça’, de que era a alma, Pedro Nuno Santos era um corpo estranho neste Governo. Permanecer nele destruiria o seu caráter, porque Costa nunca desistiria de o fragilizar e humilhar. E destruiria o seu programa, porque corresponde a tudo o que se tem oposto. Não sai fortalecido e, longe do Governo, perde parte do poder que tem no PS. Se o Governo correr bem, estará longe e falhará a oportunidade. Mas tem 45 anos e muito tempo para regressar. Se correr mal, e há tanto por onde correr mal, será o mais bem colocado para assumir um caminho alternativo para os socialistas.

Não há, nem haverá enquanto Costa tiver as rédeas do poder, contestação interna ao líder. Mas há cada vez menos entusiasmo na sua defesa. É o cansaço, é a arrogância, é o que quiserem. Mas também é a sensação de que o PS está a fazer o que criticou a Passos. É por isso que a ofensiva da direita se concentra em casos. E defender o partido de casos quando falta uma causa desgasta a moral das tropas. Não é a primeira vez que o PS se verga aos dogmas económicos da direita, mas agora fá-lo depois de um Governo popular, com apoio de toda a esquerda e em que se envolveu em alguns confrontos ideológicos, uns mais reais do que outros. 

António Costa está fechado no seu núcleo cada vez mais apertado. Mais do que João Galamba e Marina Gonçalves serem ou não “pedronunistas”, estas escolhas foram determinadas pela impossibilidade de ir para lá do que já existe no Governo. Por culpas próprias e porque todos os potenciais convidados perceberam que ir para a política é ir para a forca. Fora da política ninguém quer lá entrar, dentro dela ninguém quer entrar num Governo que se desfaz. 

Porque não há alternativa, porque as alternativas são demasiado assustadoras, porque o Presidente o segura, Costa até se pode manter no poder mais quatro anos. Duvido. Mas extinguiu-se a sua estrela, talvez logo depois de conquistar a maioria absoluta. Porque ela foi determinada por uma conjuntura, não por uma vontade: o resto da esquerda estava condenada a escolher entre apoiar um Governo onde já não mandava ou provocar uma crise política de que seria a principal vítima; Rui Rio estava amarrado ao fantasma de Ventura, depois do erro que cometeu nos Açores, e as sondagens apontavam para um empate depois da vitória de Carlos Moedas em Lisboa, traumatizante para a esquerda. Não foi o entusiasmo dos eleitores que nos trouxe aqui. Foi o medo. E, nas mãos de um primeiro-ministro exausto com uma pandemia seguida de uma guerra, esta maioria absoluta em plena crise internacional pode ser fatal para o PS. Depois de Cavaco, o PSD só esporadicamente voltou “ao pote”. Só que agora é mais perigoso do que isso. Os tempos, na Europa e no mundo, são outros. 

Apesar da inflação, da obsessão de Medina pelo corte à bruta do défice e da instabilidade interna do Governo, o PSD tem dificuldade em ultrapassar a barreira dos 30%, mesmo nas sondagens que dão uma queda do PS. Os que fazem análises simplistas imaginaram que se viesse alguém conotado com Passos Coelho esvaziaria o campo à sua direita. Se isso pode acontecer com o IL — esta crise é péssima para a sua agenda —, não acontecerá com o Chega. O PSD vai sinalizando casos, a extrema-direita vai ganhando com eles. Ainda por cima Montenegro não tem perfil para dar “banhos de ética”. Quanto à crise económica e social, que era onde podia disputar os votos ao PS, tem pouco a dizer. Primeiro, porque quando um passista diz que não cortaria nas pensões reais ninguém acredita. Depois, porque Montenegro é um taticista puro. Está à espera que a crise bata mais forte para culpar as escolhas do PS e nunca dizer quais seriam as suas, achando que o poder lhe vai cair no colo. Só que esse tempo acabou. Quem fatura com os escândalos é a extrema-direita. Quanto mais o Chega cresce nas sondagens, mais o PSD fica seu refém e mais assusta o centro que precisa de conquistar. Como ficou provado há um ano, a função corretiva de uma crise política depende da existência de uma alternativa. 

E ela depende de um líder convincente, da clareza na relação do PSD com a extrema-direita e da existência de um programa de Governo que o distinga. Sem alternativa, a crise social manifesta-se em pequenos ou grandes casos, distantes dos problemas das pessoas. Se houvesse uma crise política sem que estas condições estivessem satisfeitas, o mais provável é que se iniciasse um período de crises sucessivas, como outras democracias conheceram, atirando-nos para um impasse. Nos próximos anos, se o Governo se for autodestruindo sem que o PSD se consiga afirmar como alternativa, Portugal pode encaminhar-se para a desestruturação do seu sistema partidário, com um enfraquecimento dos dois principais campos políticos, como aconteceu em vários países europeus."

(Daniel Oliveira, in Expresso, 06/01/2023)

sexta-feira, 6 de janeiro de 2023

Espera-se que esta "solução inovadora" encontrada com a “boa vontade da câmara” permita a reabertura das extensões de saúde de São Pedro e Marinha das Ondas na próxima segunda-feira...

 Via Diário as Beiras

«Estava previsto as extensões de saúde da Marinha das Ondas e de São Pedro reabrirem na passada segunda-feira. Entretanto, duas assistentes técnicas (secretárias clínicas) entraram em baixa médicas e a reabertura foi adiada para o dia 9.»

«A reabertura só é possível porque, como o DIÁRIO AS BEIRAS avançou em primeira-mão, a Câmara da Figueira da Foz criou uma bolsa de assistentes técnicos, com quatro elementos, para colmatar a falta destes profissionais nas unidades de Cuidados de Saúde Primários do concelho. O protocolo entre o município e o Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Baixo Mondego para este efeito já foi assinado. As duas primeiras assistentes técnicas cedidas pelo município figueirense terminam hoje a formação, entrando ao serviço no dia 9 deste mês.»

«“Estão, neste momento, criadas as condições para as duas extensões de saúde reabrirem [no dia 9], se até lá não houver outras ocorrências que possam impedir a reabertura”, afirmou o diretor do ACES do Baixo Mondego, José Luís Biscaia, ao DIÁRIO AS BEIRAS.

A Câmara da Figueira da Foz vem resolver uma situação gerada pela falta de recursos humanos no SNS. “[O protocolo assinado entre o ACES do Baixo Mondego e o Município da Figueira da Foz] vem ajudar a resolver um problema que não é da responsabilidade da câmara municipal”, ressalvou José Luís Biscaia.»

Chegada dos Reis: cumpriu-se a tradição

 Via Município da Figueira da Foz

"Concessionários de praia querem regras mais justas e ajustadas ao concelho da Figueira da Foz"

Via Diário as Beiras

quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

69

Foto: Pedro Agostinho Cruz
Um português, ter algo de louco e de paradoxal, é algo normal.
Portanto, é com toda a naturalidade que encaro  ter chegado a esta nobre idade.
Acreditem: é um enorme prazer fazer 69!..
Quem faz 69, mesmo que feito num oito, conseguiu ultrapassar a barreira dos 68.
Aguentei. 
O tempo passou e tudo resolveu. 
Confesso que gostei.

Nasci em 5 Janeiro de 1954. Hoje, mais uma vez é Janeiro, 5, mas de 2023.
Passaram 69. 
Hoje, ninguém que me incomode. Caramba, pá, mereço: faço 69.

Não houve, não há, nada escondido: o segredo, no caminho percorrido, foi perceber que, cada momento, era para ser vivido em seu devido tempo.
Objectivo próximo: continuar o percurso, sem fazer grandes figuras de urso.

Tem sido fixe. Confesso que vivi. Conseguir chegar aqui, não é a glória, nem o fim da minha história. Contudo, constitui uma importante vitória. 
Houve momentos porreiros, outros de algum fetiche e outros mesmo prazenteiros. Dos maus não reza a história, nem disso resta nada na minha memória.

Não desperdicem tempo com a minha pessoa. Friedrich Nietzsche, se por absurdo cronológico se tivesse cruzado comigo, diria de mim apenas: "humano, demasiado humano"
No fundo, sou apenas boa pessoa. Não tenho rancores, desamores, apenas bons humores. 
Pouco mais há a dizer. O resto, que é pouco, fica apenas para eu saber.
 
Tem sido fixe. O resto que se lixe.
Como dizia a minha avó Maia no tempo da fome e da guerra: "haja saúde e coza o forno".