quarta-feira, 16 de novembro de 2022
"Das várias soluções alternativas à actual, a que apresenta o menor custo unitário por m3 de areia transportada é a solução 1 (by pass): custo unitário actualizado €/m3 1,64"
Se tivessem tido a humildade de nos ter ouvido (sim, a nós Povo), ou tivessem tido a capacidade de prever o que foi previsível para o Povo, não chegávamos a isto...
OUTRA MARGEM, 11 DE DEZEMBRO DE 2006
DIÁRIO DE COIMBRA, 16 DE NOVEMBRO DE 2022
Entretanto, foram cometidos, por quem de direito, muitos erros.
Nós, durante todo este longo período, arrostando com maledicências, incompreensões e faltas de consideração de vária índole, fomos cumprindo a nossa missão, fazendo o que podíamos como simples cidadãos: fomos alertando...
Ter razão antes do tempo é "tramado".
O nosso papel está cumprido: agora, têm a palavra os "salvadores".
Onde é que estava o executivo da Junta de Freguesia de S. Pedro quando foi prolongado em 400 metros o molhe norte?
Onde é que estava a Junta de Freguesia de S. Pedro quando foi cometido o atentado ambiental no Cabedelo?
Eu digo: muda e queda, a apoiar sempre a Câmara Municipal da Figueira da Foz.
Outros valores se alevantavam...
Portanto, citando Camões, Os Lusíadas, Canto I, estrofe 3:
Cessem do sábio Grego e do Troiano
As navegações grandes que fizeram;
Cale-se de Alexandre e de Trajano
A fama das vitórias que tiveram;
Que eu canto o peito ilustre Lusitano,
A quem Neptuno e Marte obedeceram:
Cesse tudo o que a Musa antiga canta,
Que outro valor mais alto se alevanta.
Erosão costeira e o inverno que se aproxima: se preocupado estava, mais preocupado fiquei...
Não chegámos ao ponto crítico em que nos encontramos por mero acaso: foi causa, efeito e consequência de erros sucessivos - alguns deles estratégicos -, cometidos por responsáveis políticos e técnicos, durante décadas no concelho da Figueira da Foz.
«O presidente da Câmara da Figueira da Foz exigiu ontem celeridade à Agência Portuguesa do Ambiente (APA) nas intervenções de combate à erosão da costa e ameaçou tomar formas de luta se os processos não avançarem.
Numa sessão de esclarecimento com a APA relativa à orla costeira, que decorreu ao fim da tarde de ontem no auditório municipal, Pedro Santana Lopes defendeu que a situação no concelho apresenta “circunstâncias excepcionais”, que podem ser usadas diminuir prazos dos procedimentos legais.
“Estamos em circunstâncias excepcionais, que a lei prevê quando estão em causa vidas humanas, habitações, segurança e risco. Há circunstâncias mais do que ponderosas”, enfatizou o autarca, salientando que o problema da erosão se arrasta há anos, afetando a marina, o porto marítimo e as populações das praias a sul do concelho.
Santana Lopes defendeu mesmo que a APA crie uma comissão para esta “sub-região do baixo Mondego para tudo o que está implicado: erosão costeira, porto e transposição de areias”.
“Que a APA perceba que a Figueira da Foz está em emergência nessas matérias”, frisou o presidente da autarquia figueirense, reconhecendo que existe “estudo e trabalho feito”, mas que falta passar à acção.
Na sua intervenção final na sessão, o autarca disse que o município não quer utilizar “outras formas de luta”, mas que se for preciso serão usadas, arrancando uma grande salva de palmas do público que quase lotou o auditório municipal da cidade.
Relativamente à intervenção que já esteve agendada para maio, de transferência de 100 mil metros cúbicos de areia na área costeira da Cova-Gala, para reforço do cordão dunar, o vice-presidente da APA, Pimenta Machado, disse que a intervenção está iminente, embora a “janela de tempo para intervir é curta e difícil” devido às condições do mar.
Segundo o responsável, o processo concursal está concluído para a intervenção avançar.
O vice-presidente da APA adiantou ainda que está prevista uma resposta de médio prazo, que consiste na construção de um “big shot” que vai transferir 3,3 milhões de metros cúbicos de areia na praia a sul na Cova Gala e dentro do mar, num investimento estimado de 20 milhões de euros, cujo concurso público deverá ser lançado ainda em 2023, após a realização de um estudo de impacte ambiental que dura seis meses.
Como estratégia de longo prazo, Pimenta Machado apresentou uma solução com recurso a um sistema fixo (‘bypass’), “que nunca se fez em Portugal”, previsto para 2030, com um custo estimado de 72,2 milhões.
A sessão ficou marcada por várias queixas de autarcas das freguesias afetadas pela erosão, preocupados com os efeitos do mar no Inverno, operadores comerciais e o movimento SOS Cabedelo, que acusou a APA de estar com uma década de atraso.»
terça-feira, 15 de novembro de 2022
Ponte de Alfarelos vai estar encerrada durante um ano
Os Presidentes de câmara de Montemor-o-Velho e Soure mantém-se preocupados com as alternativas. Para os veículos ligeiros, a IP sugere utilizar a Estrada Nacional 341 e M601 passando por Verride e Vila Nova da Barca. Já os veículos pesados devem utilizar a Estrada Nacional 342 passando por Soure e Louriçal até à EN109 ou A17. Há também a possibilidade de fazer o percurso pela EN347 direção Condeixa até ao IC2 ou A1.
Barra da Figueira: de erro em erro, estamos em 2022...
Há muito que a erosão costeira, a sul do estuário do Mondego, e o crescimento do areal, a norte, é uma fonte de problemas e preocupações a nível local.
No nosso concelho, a erosão costeira está a afectar as praias de São Pedro, Costa de Lavos e Leirosa. A areia que tanta falta faz a sul, sobra no areal urbano: neste momento, a distância entre a marginal oceânica da cidade e o mar deve ultrapassar os 800 metros.