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domingo, 11 de novembro de 2018

Alerta Costeiro no CAE

Exposição de Pedro Agostinho Cruz sobre a Erosão Costeira…
A exposição Alerta Costeiro vai estar disponível a partir do dia 12 deste mês e está integrada no Seminário Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas.
 

"Alerta Costeiro será sempre o meu coração na boca! O grito de ver a minha terra desaparecer e a tentativa de fazer algo pela mesma. É um trabalho perturbador de consciências. Espero que assim continue”, diz Pedro Agostinho Cruz, autor da fotografias que estarão em exposição dentro de alguns dias no CAE - Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz.
Depois de ser “exposição cancelada”, de ser jornal, ser missão reflorestação, ser objecto de estudo para os alunos da Universidade de Coimbra e Minho, ser discussão de política local, ser destaque a nível nacional e internacional, de andar pelas principais feiras de fotografia de Portugal e de estar no Museu Nacional da Imprensa, chegou a hora de Pedro Agostinho Cru expor o seu trabalho no CAE, a convite de Ana Carvalho, vereadora da Câmara Municipal da Figueira da Foz.
Alerta Costeiro visa ser um trabalho informativo, de foto documental que retrata a realidade costeira na freguesia de São Pedro de uma forma crua e sem rodeios (agora) entre 2014 e 2018.
Alerta Costeiro, convém ainda frisar, é obviamente um “work in progress”.
A não perder, a partir do dia 12, no CAE da Figueira.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

ALERTA COSTEIRO 14/15, uma exposição fotográfica de Pedro Agostinho Cruz, vai ser inaugurada no próximo sábado, 28, pelas 10H30M no Mercado da Gala

No sábado, o Pedro (o fotojornalista Pedro Agostinho Cruz) vai mostrar mais uma série de fotografias.
Nesta mostra, o Pedro (o fotojornalista Pedro Agostinho Cruz) põe-se à prova.
Vai mostrar o que aprendeu em quase 10 anos de fotografia e provar que a sua fotografia tem a ver com a maneira como vê as coisas, as mesmas coisas, aliás, que estão à disposição de toda a gente para serem vistas, fotografadas e analisadas.
Ao Pedro (o fotojornalista Pedro Agostinho Cruz) não interessa apenas a estética - as suas fotografias comportam mensagens e pretendem contar «estórias».
Como escreveu um dia - já lá vão mais de 5 anos - o Fernando Campos, o Pedro (o fotojornalista Pedro Agostinho Cruz) é “um jovem “pas tout a fait comme les autres”; ao contrário do que é típico na sua idade (neste momento, tem apenas 27 anos) não é daqueles que descobriram a pólvora seca das verdades insofismáveis; gosta mais de ouvir (e observar) do que de falar. O Pedro (o fotojornalista Pedro Agostinho Cruz) é um andarilho (tem o projecto de uma viagem a África...) e, sobretudo, um observador incansável.
No seu olhar silencioso e perscrutador há algo que o distingue de um mero fotógrafo competente, algo intangível e difícil de descrever: uma sensibilidade poética; ou seja, aquilo que o torna capaz de, com enquadramentos ousados e um sentido da composição notável, transformar o mais banal retrato do quotidiano numa imagem carregada de sentido(s).
É este Pedro (o fotojornalista Pedro Agostinho Cruz), que depois de ter exposto noutros lados para onde foi convidado, vai mostrar o seu trabalho, pela primeira vez, na sua Terra e sobre a sua Terra.
Dia 28, sábado, no Mercado da Gala, (a inauguração acontecerá pelas 10H30M) vai estar patente ao publico o seu mais recente trabalho - ALERTA COSTEIRO 14/15.
- ALERTA COSTEIRO 14/15 é um retrato informativo, crítico e cru de uma realidade da costa portuguesa, nomeadamente na Cova-Gala - erosão costeira.
- É um olhar preocupado e inconformado que vive na esperança e ânsia de uma solução.
ALERTA COSTEIRO 14/15 é a exposição que o Pedro (o fotojornalista Pedro Agostinho Cruz) não queria fazer, mas que infelizmente sente que é importante a sua realização.
- ALERTA COSTEIRO 14/15 é mais uma sensibilização a quem de direito.

domingo, 7 de junho de 2015

A ensinadela



"O que vive em nós mesmo irrealizado precisa nestes tempos dúbios da rijeza da pedra. Orgulho autêntico. Recusa da conivência, do arranjo disfarçado. Dignidade. Elementos de que se faz a vagarosa teimosia dos sonhos. E então a partida está ganha. Pode perdê-la o escritor (por outras razões, aliás) mas o homem vence-a de certeza."
"O Aprendiz de Feiticeiro" de Carlos de Oliveira 

PEDRO AGOSTINHO CRUZ, em 2009, era este menino.
Os anos, entretanto, passaram e o Pedro Agostinho Cruz, já o assumido fotojornalista, cresceu e aperfeiçoou o seu profissionalismo e o sentido de cidadania: quem o conhece a nível profissional, sabe que trabalha sempre com grande ética, rigor e dedicação. Daí, que a qualidade daquilo que faz - a arte de trabalhar para o “boneco” - seja a que muitos já conhecem.

Sobre o rol de peripécias que teve de enfrentar para chegar a amanhã – o dia da apresentação pública da exposição ALERTA COSTEIRO 14/15, na Casa dos Pescadores da Costa de Lavos, pelas 11 horas -, muitas histórias haveria para contar. Mas, hoje, não é o dia...

O mais difícil, em tempos difíceis e de escassez, é viver com valores. É manter, contra todas as ignomínias, o espírito aberto ao diálogo e à diferença, para não nos tornarmos iguais a eles. 
O ar do tempo que vivemos apela ao salve-se quem puder. Os poucos que prezam e defendem, para viver, o espaço vivo da cidadania, em democracia e liberdade, resistem. Mesmo, quando resistir possa parecer não resistir.

Em todos os momentos deste processo, a meu ver, o Pedro Agostinho Cruz  surpreendeu pela positiva.
Nenhuma das suas figuras de referência (eu sou uma delas) o tinha conseguido preparar para a postura de emancipação que assumiu a partir de Fevereiro passado e, sem esmorecer, partir, por decisão própria, para a aventura que foi manter vivo o desejo de concretizar a 100% este ALERTA COSTEIRO 14/15. O que vai acontecer amanhã.
O Pedro vai sair deste processo mais forte, mais experiente  e mais preparado para enfrentar a vida. Gostava era de saber onde foi arranjar esta capacidade de resiliência!..

Ele sabe, porém, que nunca esteve só no seu destino. Ele sabe que nunca vai estar só no seu destino. Ele sabe que a família não deixou e nunca deixará.
O Pedro conhece o passado da família - e valores como honra,  carácter, a palavra  - e nunca vai esquecer de onde veio. 
Todos nós temos passado que nos marca. O Pedro também já começa a ter. Mas alguns têm mais passado do que outros. Os conservadores a sério - e o Pedro é  -  não brincam com o passado. Assumem o passado. Honram o passado. 
Os cidadãos decentes - e o Pedro é  -  respeitam a tradição. 
O Pedro tem a herança do passado familiar nas veias e sempre a respeitou. Uma família é uma sucessão de gerações. Entrelaçadas. Ele conhece as dificuldades e os dramas vividos pela sua família,  geração após geração,  e a forma enérgica, digna e honesta como sempre foram enfrentados os problemas para se conseguir dar a volta por cima.
Desta vez, coube ao Pedro apanhar no percurso com uma infinita dose de estupidez. Valeu-lhe  o poder da qualidade do seu trabalho e a maneira corajosa como enfrentou a realidade e os demónios.
Da família, ele sabe que pode contar sempre com o abrigo espiritual e o apoio que o hão-de ajudar, como aconteceu neste caso, a curar as muitas cicatrizes que ainda lhe  vão chagar o corpo e a alma pela vida fora. Este, foi só um desafio que enfrentou com inteligência e valentia. 

Este, está ultrapassado. Mas, muitos estão para chegar.
Nunca se pode esquecer, porém, do seguinte:  o carinho é a sobrevivência da alma.
O Pedro é um jovem. Tem  muito percurso ainda a percorrer.
O caminho não é este: mostrar o que não se  é. Ou fazer piruetas ou outras macacadas  para cativar os vivas da multidão ululante. 
O caminho é este - o que tenta percorrer: confiar nas suas capacidades e fazer o trabalho em silêncio, com profissionalismo, honestidade, rigor, dedicação e competência.

Nunca devemos utilizar a memória como uma arma de arremesso contra ninguém. A memória, quando cumprimos o nosso dever, perante os outros e nós próprios, serve simplesmente para nos apaziguar e nos fazer viver em paz connosco mesmos.  
Uma Aldeia, tal como uma família, sem memória é uma comunidade desarmada perante os desafios do futuro e os seus perigos. 
Seremos nós próprios mais autênticos perante a sociedade se assumirmos, em todas as suas facetas, o nosso passado. E tu, apesar da tua juventude, já começas a ter passado.
Numa altura em que as notícias se transformaram num espectáculo de divertimento, mais do que um exercício de cidadania relevante - que também é -, a notícia da inauguração deste ALERTA COSTEIRO 14/15, é uma excelente notícia.
Pedro Agostinho Cruz: a democracia - a verdadeira democracia - exige a coragem tranquila dos que querem ser livres e estão dispostos a correr o risco de lutar pela liberdade. 
"Há sempre uma filosofia para a falta de coragem", como escreveu um dia Albert Camus.

O Pedro ainda é muito jovem, mas já demonstrou o que é ser um Homem de carácter
Para que o carácter de um Homem revele qualidades verdadeiramente excepcionais, é preciso ter a sorte de poder observar os seus actos durante anos. Se esses actos forem desprovidos de todo o egoísmo, se o ideal que os conduz resulta de uma generosidade sem par, se for absolutamente certo que não procuram recompensa alguma e se, além disso, ainda deixam na sociedade marcas visíveis, estamos então, sem sombra de dúvida, perante um carácter de excepção. 
Quando se vê um “puto”, reduzido aos seus recursos morais, ser capaz de ultrapassar dificuldades sem conta e concretizar este ALERTA COSTEIRO 14/15, até nós ficamos mais optimistas ao verificar que, apesar de tudo que se vive neste momento em Portugal, a condição humana continua admirável e a produzir jovens fantásticos. 
Não foi fácil a tarefa, acreditem – foi necessária ao Pedro muita firmeza de princípios, grandeza de alma, persistência, generosidade e altruísmo, para concretizar este ALERTA COSTEIRO 14/15
Perante isto, independentemente de o Pedro Agostinho Cruz ser meu sobrinho, ao relembrar todo o esforço feito por um jovem para concretizar este objectivo, o ser humano que ele é, merece, do meu ponto de vista, um imenso respeito. 
Não podemos esquecer que, 41 anos depois de Abril de 1974, circulamos em piso escorregadio. E pouca gente se arrisca a andar à vontade num piso assim...
Pedro Agostinho Cruz: obrigado por teres provado que há sonhos que conseguem sobreviver e realizar a 100%.

sábado, 6 de junho de 2015

ALERTA COSTEIRO 14/15 É NOTÍCIA EM ORGÃOS DE COMUNICAÇÃO NACIONAL

O fotojornalista Pedro Cruz "transformou" uma exposição com fotografias da sua autoria sobre a erosão costeira nas praias a sul da Figueira da Foz num jornal de 16 páginas, que vai ser distribuído gratuitamente a partir de segunda-feira.
Em declarações à agência Lusa, Pedro Cruz, 27 anos, fotojornalista há quatro anos, disse que a ideia de fazer a exposição em formato de jornal resultou de querer chegar "a mais pessoas" do que os eventuais visitantes de uma mostra estática.

"Vão ser 500 jornais distribuídos gratuitamente em quiosques e cafés. E junto deles vai estar uma caixa para donativos, porque a ideia é a de que os 500 jornais possam resultar em 500 árvores para reflorestar a duna que está a ser reconstruída", afirmou Pedro Cruz.

"Com o jornal, tenho a certeza que 500 pessoas vão ver o trabalho, porque é o tema [da erosão costeira] que me interessa. Não sei se 500 pessoas iriam a uma exposição", acrescentou.

A exposição Alerta Costeiro 14/15 chegou a estar agendada, em janeiro, para a freguesia de São Pedro, Figueira da Foz, de onde o fotojornalista é natural, mas foi cancelada depois de o presidente da junta se ter oposto a uma fotografia que mostrava diversos políticos, entre os quais o ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva, o presidente da Câmara local, João Ataíde, e o anterior autarca local que se demitiu na sequência de irregularidades detectadas na sua gestão.

A foto em causa ocupa as páginas centrais da publicação a que a agência Lusa teve acesso e junta-se a outras 22, todas a preto e branco, captadas por Pedro Cruz nos invernos de 2014 e 2015.

As fotografias, que retratam "a realidade costeira da freguesia de São Pedro nos últimos dois anos" são acompanhadas por frases como "Alerta Costeiro 14/15 é mais uma sensibilização a quem de direito" ou uma outra que lembra a exposição cancelada, depois de o fotojornalista "não ter cedido ao pedido do presidente da junta (...) para retirar uma fotografia da sua narrativa fotográfica".

Na última página, o autor apela à "missão" de reflorestar a zona afectada - que está a ser alvo de obras de recuperação promovidas pelo Ministério do Ambiente - pedindo o "contributo" dos leitores e alertando os mais jovens para a erosão costeira, "um problema actual que, dada a sua natureza, corre o risco de ser o mesmo no futuro".

O jornal Alerta Costeiro 14/15 vai ser apresentado publicamente na segunda-feira, às 11:00, na Casa dos Pescadores da Costa de Lavos, a sul da Figueira da Foz.

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Liberdade - mesmo que a justiça não seja realizada, a liberdade preserva o poder de protesto contra a injustiça e ainda pode contribuir para salvar a Aldeia...

A exposição que esteve montada, à porta fechada, no Mercado de São Pedro, das 17 às 21 horas, do dia 27 de fevereiro, uma sexta-feira. Como se pode verificar, não existem legendas, como foi insinuado ontem na Assembleia Municipal pelo presidente da junta de S. Pedro, António Salgueiro. A exposição era para ter sido inaugurada às 10 horas do dia seguinte.
Na passada quinta-feira, 30 de de Abril, como faço quando posso, subi até ao salão nobre dos paços do concelho para assistir à Assembleia Municipal.
Tive uma enorme surpresa, ao deparar com a discussão de uma moção apresentada pela deputada municipal Ana Oliveira, com o seguinte teor:

"No passado mês de Fevereiro do presente ano, o fotojornalista Pedro Cruz foi convidado pelo Presidente da junta de freguesia de São Pedro a realizar uma exposição da Freguesia de são Pedro, tendo o autor atribuído lhe o nome de “Alerta Costeiro 14/15”.

Esta exposição mostrava imagens que documentam a erosão do litoral costeiro, em especial a zona da freguesia de S. Pedro.

Nas vésperas da inauguração, a exposição do fotojornalista foi cancelada, alegando o presidente de junta do partido socialista, que a mesma estava politizada, mostrando, no nosso ponto de vista, uma verdadeira barreira à liberdade de expressão.

O que é certo, é que, com este infeliz desfecho e tal como o artista comunicou numa rede social, “O alerta foi dado” e mais do que nunca a população e as várias entidades com responsabilidades sobre o assunto “Olharam com olhos de ver” para o real problema que aquela freguesia e que o concelho da Figueira da Foz está a sofrer com esta constante devastação da zona costeira.

Neste sentido propunha à Assembleia Municipal, que pelo impacto e para mantermos viva a nossa preocupação sobre a solução deste assunto, que convidassem o fotojornalista Pedro Cruz a realizar a exposição “Alerta Costeiro 14/15” nos Paços do Concelho."

Na votação verificou-se um empate:16 votos a favor, 16 contra e 1 abstenção. 
O Presidente da Assembleia Municipal teve de decidir com o seu voto de qualidade.
Sobre as ilações políticas a tirar, não me vou pronunciar: deixo isso a quem de direito. 

Sobre este assunto, recordo que as fotos da “A EXPOSIÇÃO CENSURADA PELO PRESIDENTE DA JUNTA DE FREGUESIA DE S. PEDRO, em finais do passado mês de fevereiro, podem ser vistas clicando aqui. O comunicado emitido pelo presidente da Junta de S. Pedro, António Salgueiro a propósito do cancelamento da exposição fotográfica ALERTA COSTEIRO 14/15, emitido na altura, pode ser lido clicando aquiA estória é curta e está contada aqui
Portanto, quem estiver de boa fé, tem os elementos para construir uma opinião fundamentada.

Esta estória exemplar, a meu ver, demonstra, quarenta e um anos depois da queda da ditadura de Salazar e Caetano, como este país continua afinal igual a si próprio e ao que sempre foi: um pobre e bisonho paraíso paroquial para pequenos chefes labregos que - no seu boçal entendimento, certamente inebriado pelo esplendor do mando - pensam que podem apagar figuras de uma paisagem.
Mas, também, demonstra que há algo - para além do talento, claro - que um artista consciente, ainda que pobre, nunca admite que lhe seja escamoteado: o orgulho e o amor-próprio.

O senhor presidente da junta de S. Pedro, pelo que disse na passada quinta-feira na Assembleia Municipal da Figueira da Foz, passados mais de 2 meses, continua sem perceber o óbvio.
A exposição era do artista: na totalidade - no talento e nos custos.
A Liberdade é isto, senhor presidente.
“Seu” era o espaço do Mercado de São Pedro.
O senhor presidente, por não gostar de uma fotografia que fazia parte da narrativa do fotojornalista, entendeu interditar o acesso ao espaço. Problema seu, caro presidente da junta.
Neste momento, a exposição do Pedro Cruz já foi mais longe do que o senhor pensa. E não vai ficar por aqui.

Já passaram 41 anos do 25 de abril de 1974.
Quem mora em S. Pedro e recorda Abril, sente que celebra um acontecimento já longínquo - daqueles que começam a ressoar a liturgia morta. Essa é, infelizmente, a realidade. Mas a memória tem de ser avivada,  sempre que  estiver em causa a questão da Liberdade. A dignidade não tem preço e, em democracia, a comunidade não pode perdoar a indignidade de quem governa.

V. Exa., na sessão da Assembleia Municipal da Figueira da Foz, realizada no passado dia 30 de Abril de 2015, mesmo descontando que não tem vocação para discursar, falou sem dizer nada perceptível, nem, ao menos uma palavra autêntica de arrependimento. Na Assembleia Municipal da Figueira da Foz, V. Exa. foi aos limites da náusea, sem carisma, nem dignidade institucional – e estava lá, como deputado municipal, por ser presidente, com maioria absoluta, da freguesia da minha Aldeia.
Senti-me muito mal representado como freguês de S. Pedro. 
Admito que o momento foi difícil para V. Exa. Contudo, a grandeza dos homens emerge nos momentos difíceis.
V. Exa.,  pelo que disse na Assembleia Municipal, desconhece a palavra grandeza, só conhece a palavra poder. Desconhece a palavra dignidade, só conhece a palavra arrogância. Desconhece a palavra humildade, só conhece a palavra vingança. 
Depois do que aconteceu na Assembleia Municipal da Figueira da Foz, parece-me que no mais alto forum político de debate concelhio, a recuperação da imagem do presidente da junta de freguesia de S. Pedro – que é V. Exa. - não tem retorno. 

Antes tivesse permanecido calado.
Num palco da política – e a Assembleia Municipal da Figueira da Foz é o maior palco político do nosso concelho - os discursos valorizam-nos ou desvalorizam-nos. E a  postura, as palavras e a falta de ideias dele, na qualidade de presidente da junta de S. Pedro, não foram um bom sinal. 
E, depois, como acontece com todos os fracos, a sua atitude foi boçal, imprevidente e insensata.
Tive pena de V. Exa., principalmente quando disse – ou deu a entender - que a exposição tinha legendas, o que, como sabe, é uma completa e real mentira. Ponto.
Como escreveu um dia Albert Camus: “É horrível ver a facilidade com que se desmorona a dignidade de certos seres. Vendo bem, isso é normal visto que a dignidade em questão apenas é mantida por eles através de incessantes esforços contra a sua própria natureza.”   

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Senhores autarcas figueirenses e covagalenses: queremos um país que dê a todos os jovens uma educação de qualidade, a oportunidade para se qualificarem para serem cidadãos conscientes, activos, participativos, inovadores? Tenham paciência, mas V. Exas. estiveram mal, pois esse objectivo passa por isto...

Diário de Coimbra
"Crianças da Cova-Gala concluíram ontem o “projecto” de Pedro Cruz, ao plantar 1026 pinheiros comprados com a verba angariada na “exposição”.
A mata junto ao parque de Orbitur na Cova-Gala “cobriu-se” ontem de alegria com mais de uma centena de crianças da escola básica da Cova-Gala, a colaborarem no projecto “Alerta Costeiro”, do fotojornalista Pedro Agostinho Cruz. Sensibilizados pelos professores, que inseriram a iniciativa no programa “Eco-Escolas”, os mais pequenos “adoptaram” os pinheirinhos e prometem tratar deles nos próximos anos. O director do Agrupamento de Escolas da Zona Urbana Adelino Matos, explicou que os docentes «vão criar áreas específicas da escola (diferenciada da dos adultos) para as pessoas perceberem que as crianças estimam mais a natureza e vão tratar dos pinheiros»."

As Beiras

"O “alerta” foi dado por Pedro Agostinho Cruz, através da sua exposição em formato de jornal, em junho deste ano. A fase final do projecto “Alerta Costeiro 14/15” decorreu ontem, no pinhal da Cova Gala, e reuniu mais de uma centena de crianças, entre outros. No total, foram plantados 1026 pinheiros mansos. “O objectivo foi sensibilizar os mais novos para a questão da erosão costeira e o avanço do mar. Acho que a mensagem passou”, disse o fotojornalista Pedro Agostinho Cruz. O projecto está, agora, nas mãos de quem se quiser associar. “Não posso dizer que tem um fim. Os pinheiros terão acompanhamento, garantindo uma maior taxa possível de sucesso”, acrescentou o fotojornalista. “Espero é que haja outras pessoas com responsabilidade a fazer algo por isto. Obviamente que devia ser feito há mais tempo, peca por tardio”, sustentou. Pedro Agostinho Cruz enalteceu o apoio da editora Palmier Books e do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, que através dos seus técnicos e engenheiros preparam o terreno para a plantação. Entretanto, o Agrupamento de Escolas da Zona Urbana da Figueira da Foz (AEZUFF) que se fez representar pelos alunos da Escola da Cova Gala, integrou o “ Alerta Costeiro 14/15” no programa Eco Escolas. O AEZUFF irá também acompanhar o crescimento dos pinheiros.
Recorde-se que o projecto de Pedro Agostinho Cruz esteve marcado para ser apresentado, em fevereiro do corrente ano, no Mercado Municipal de São Pedro. No entanto, o presidente da junta, António Salgueiro, não quis que uma das fotografias integrasse a exposição. O fotojornalista não baixou os braços e deu o “alerta” em formato de jornal. Pedro Agostinho Cruz transmitiu ontem que os convites para a acção de reflorestação foram feitos. “As pessoas foram convidadas por escrito. Não acho estranho, não estarem cá. Para mim é mais estranho nunca terem feito nada”, disse o fotojornalista, sustentando que “houve um choque de ideias em prol da freguesia de São Pedro”. 
“Tudo o que existe é um acto de cidadania. Se as pessoas não tiveram cá é porque não quiseram”, rematou." 

terça-feira, 30 de outubro de 2018

Alerta Costeiro a partir de 12 de Novembro no CAE...

Foto Pedro Agostinho Cruz
«Alerta Costeiro» vai ser finalmente exposição, depois de ser exposição cancelada, ser jornal, ser missão reflorestação, ser objecto de estudo para os alunos da Universidade de Coimbra e Minho, ser discussão política local, ser destaque a nível nacional e intencional e, claro, ser work in progresso”.
Ao Figueira Na Hora, Pedro Cruz resume a aposta neste projecto que hoje dá a conhecer uma realidade ainda mais preocupante: “Alerta Costeiro será sempre o meu coração na boca! Um alerta! Um grito de ver a minha terra desaparecer e a tentativa de fazer algo pela mesma. É um trabalho perturbador de consciências. Espero que assim continue”.
A erosão costeira é a base deste projecto. 
Três anos depois, a continuidade deste trabalho (iniciado em 2014) surge com uma nova exposição: a partir de 12 de novembro, no Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz, Pedro Cruz apresenta imagens desta mesma erosão costeira. 
O convite partiu da vereadora Ana Carvalho. A mostra insere-se no Seminário Anual de Adaptação às Alterações Climáticas que terá lugar no CAE a 16 de novembro.

domingo, 22 de novembro de 2015

ALERTA COSTEIRO: uma história que pode muito bem resumir-se numa história para crianças

Vivemos numa Aldeia difícil. A primeira coisa, porém, é nunca desesperar. 
Há profetas que se consideram imprescindíveis. Mas, de imprescindíveis, como sabemos, estão os cemitérios cheios.
As Aldeias são resistentes: não morrem assim tão facilmente.
É  verdade que vivemos numa época trágica. Contudo, nunca podemos confundir o trágico com o desespero. 
"O trágico", tem de ser encarado positivamente: tem ser uma espécie de pontapé dado na falta de visão
Este pensamento, sempre conduziu a minha vida e tem sido saudável e positiva a sua  aplicação no meu dia a dia. 
E há muitas coisas, na Aldeia, que merecem esse pontapé.
Não há vida sem diálogo. Todavia, o diálogo é uma coisa; a  polémica é outra
O diálogo, porém, só é possível com quem o cultiva com civilidade e elevação. 
Nunca, com quem prefere a difamação e o insulto. 
Nunca, com quem considera que quem pensa diferente não é opositor, mas inimigo: isso, é uma simplificação perigosa. 
Aqueles que preferem a calúnia e o insulto, têm de ser contrariados com civismo, determinação e sensibilidade.
Aqueles que ficam quase cegos por obra e graça do seu radicalismo (quem não é por mim é contra mim), e deixaram de  viver entre os homens, mas num mundo de sombras, temos de responder com inteligência.
Foi isto que senti, depois de ler a carta a uma criança - que pode ser a filha que o PEDRO AGOSTINHO CRUZ um dia pensa vir a ter - que passo a transcrever na íntegra:

Maria do Mar:
Esta é a primeira carta que te escrevo e ainda não existes…
Vou contar-te uma história triste, mas com um final feliz – ALERTA COSTEIRO 14/15.
Quando o pai, aos 25 anos, decidiu espreitar pela janela e lembrou-se de registar aquilo que o preocupava, o avanço do mar e a erosão costeira em São Pedro, na Cova-Gala, local onde poderás, quem sabe, um dia viver, estava longe de imaginar o episódio político que os que mandam por cá criaram e alimentaram…
Na altura uma colega do pai “apelidou-o” de “fotógrafo inconveniente”, mas calma, tudo isto porque o pai pratica o seu trabalho de uma forma transparente, independente e fala sem rodeios das coisas que são para falar baixinho, ou ao ouvido, ou simplesmente não se deve falar, percebeste?! 
A exposição foi inicialmente cancelada! Não aceitei retirar uma fotografia que fazia parte da história. Que ideia mais parva retirar uma página do teu livro de histórias, por exemplo, não era?
Mais tarde, criei com uns amigos a exposição em formato jornal, foi apresentada no dia mundial do Oceanos, dia 8 de Junho. O jornal foi distribuído gratuitamente e conseguimos arranjar dinheiro para plantar 1000 pinheiros mansos no pinhal da Cova-Gala. Fixe, não achas?
Amanhã, dia 23 de Novembro, dia da Floresta Autóctone, vamos finalmente plantar os pinheiros mansos. Vai ser divertido, vamos praticar uma boa acção. Como vês, por vezes, temos que saber lidar com aqueles que não percebem que o mundo é muito maior do que as suas preocupações pequeninas e os seus egos… eles andam por aí, mas não plantam nada, sabes? Só querem cortar raízes, esquecendo-se de que somos todos, tu também, sementes. 
Esta é a maneira mais simples que encontrei para te contar esta história ALERTA COSTEIRO 14/15
Olha Maria, espero que nunca tenhas medo de olhar pela janela, mas se algum dia tiveres medo, pensa que o mundo que vês lá fora ainda pode ser ainda mais perigoso, triste e complicado do que aquele que avistas… e ainda assim vale a pena, vale a pena lutar para que seja melhor.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

ALERTA !ALERTA COSTEIRO 14/15, mais do que possível é já uma certeza

"Dia 23 de novembro vamos plantar o dobro dos pinheiros - 1000 pinheiros mansos vão ser plantados
0,9 hectares vão ser reflorestados no pinhal da Cova-Gala. 
Alerta Costeiro 14/15 - Missão Florestação mais do que possível é uma certeza. 
Dia 23 de novembro, Dia da Floresta Autoctone conto com a vossa ajuda para plantar os mil pinheiros".

Pedro Agostinho Cruz

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Alguém sabe o que se passa?

Disseram-me, veio nos jornais e tudo, que a partir de hoje, 12 de Novembro, iria estar patente no CAE - Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz a exposição Alerta Costeiro, um trabalho do fotojornalista Pedro Agostinho Cruz...
Disseram-me, veio nos jornais e tudo, que a mostra surgiu a partir de um convite da Câmara da Figueira da Foz e está inserida no seminário nacional sobre a adaptação local às alterações climáticas, no dia 16, com a participação do ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes.
Disseram-me, veio nos jornais e tudo.
Como algumas dezenas, também fui ao CAE e do Alerta Costeiro nem sinais de fumo vi...
Aquilo que eu sei é que as fotos estão ao dispor dos serviços competentes da Câmara Municipal desde 25 de outubro do corrente ano.
Aliás, também é do meu conhecimento que as fotografias da exposição já foram impressas a semana passada.
No que diz respeito à montagem da exposição não consegui apurar nada de concreto.
Apenas tomei conhecimento pelo fotojornalista Pedro Agostinho Cruz, que também não consegue encontrar explicações para o atraso, que foi contactado, cerca do meio dia e meia hora de hoje, por parte dos serviços camarários, a solicitar-lhe colaboração na montagem da  mostra fotográfica para amanhã de manhã, ao que ele anuiu de pronto.
Esta, digamos assim para sermos brandos, a incúria e falta de respeito pelas pessoas que tudo isto revela, é uma pequena amostra do estado a que as coisas infelizmente chegaram na Figueira...

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Antes da apresentação do novo formato de ALERTA COSTEIRO 14/15…

O Pedro fotografou o que viu. 
A sua arte é filha da memória…
ALERTA COSTEIRO 14/15, "é um trabalho informativo, foto documental, que retrata a realidade costeira, na Freguesia de São Pedro, dos últimos dois anos" (...)

segunda-feira, 1 de março de 2021

O verdadeiro artista, finalmente, em "alerta costeiro"...

A protecção da Orla Costeira Portuguesa é uma necessidade de primeira ordem...
O processo de erosão costeira há muito que assume aspectos preocupantes numa percentagem significativa do litoral continental.
Atente-se, no estado em que se encontra a duna logo a seguir ao chamado “Quinto Molhe”, a sul da Praia da Cova.
Por vezes, ao centrar-se a atenção sobre o acessório, perde-se a oportunidade de resolver o essencial...
No passado dia 22 de fevereiro de 2021, no OUTRA MARGEM, deixámos a seguinte postagem: 
Como andamos para aqui a alertar há quase 15 anos, o problema é sério e não se compadece com politiquices. Venham de onde vierem. Basta de demagogia política, venham soluções.
Deixo uma sugestão, aliás, conhecida dos técnicos, há muito...

Apesar de tantos anos de chamadas de atenção, de tanto alerta costeiro e de tantos avisos para o que estava a passar aos olhos de todos (recordo, por exemplo, Manuel Luís Pata, Pinheiro Marques e este OUTRA MARGEM...), OS POLÍTICOS LOCAIS, tirando alguma demgogia e propaganda, andaram a chutar para canto, a dormir ou completamente distraídos...
Em 2009 acrescentaram 400 metros ao molhe norte... Não vi uma manifestação (uma única) da parte da autarquia de S. Pedro de inquietação sobre essa obra, quando já existiam estudos que apontavam para a realidade que se vive hoje: EM 2021, ALÉM DA BRUTAL EROSÃO, A SUL, E DO BRUTAL DESERTO, A NORTE, TEMOS O BRUTAL PROBLEMA NA BARRA!
Sabem o que é ser um um verdadeiro artista: é isto!
Hoje no Diário de Coimbra vem a seguinte notícia:
Tal como a qualquer verdadeiro artista que se preze, "Deus deve ter confiado ao presidente da junta a difícil mas honrosa missão de transformar a Cova e Gala." E o presidente da junta sente-se preso por voto de confiança e não vai abandonar o povo, "por muitas armadilhas que lhe sejam colocadas no caminho."

sábado, 25 de novembro de 2017

"Alerta Costeiro", Sempre!..

Imagem sacada do jornal AS BEIRAS
Com este "Alerta Costeiro", o Pedro provou que o mais difícil, em tempos difíceis e de escassez, é viver com valores. É manter, contra todas as ignomínias, o espírito aberto ao diálogo e à diferença, para não nos tornarmos iguais a eles. 
O ar do tempo que vivemos apela ao salve-se quem puder. Os poucos que prezam e defendem, para viver, o espaço vivo da cidadania, em democracia e liberdade, resistem. Mesmo, quando resistir possa parecer não resistir.
O Pedro conhece o passado da família - e valores como honra,  carácter, a palavra  - e nunca vai esquecer de onde veio. 
Todos nós temos passado que nos marca. O Pedro também já começa a ter. Mas alguns têm mais passado do que outros. Os conservadores a sério - e o Pedro é conservador...  -  não brincam com o passado. Assumem o passado. Honram o passado. 
Os cidadãos decentes - e o Pedro é um gajo decente... -  respeitam a tradição. 
O Pedro tem a herança do passado familiar nas veias e sempre a respeitou. Uma família é uma sucessão de gerações. Entrelaçadas. Ele conhece as dificuldades e os dramas vividos pela sua família,  geração após geração,  e a forma enérgica, digna e honesta como sempre foram enfrentados os problemas para se conseguir dar a volta por cima.
Desta vez, coube ao Pedro apanhar no percurso com uma infinita dose de estupidez. Valeu-lhe  o poder da qualidade do seu trabalho e a maneira corajosa como enfrentou a realidade e os demónios.
Da família, ele sabe que pode contar sempre com o abrigo espiritual e o apoio que o hão-de ajudar, como aconteceu neste caso, a curar as muitas cicatrizes que ainda lhe  vão chagar o corpo e a alma pela vida fora. Este, foi só um desafio que enfrentou com inteligência e valentia. 

Este, está ultrapassado. Mas, muitos estão para chegar.
Nunca se pode esquecer, porém, do seguinte:  o carinho é a sobrevivência da alma.
O Pedro é um jovem. Tem  muito percurso ainda a percorrer.

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Já estão escolhidas as áreas para a plantação dos mil pinheiros mansos - Missão Reflorestação, ALERTA COSTEIRO 14/15.

O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas esteve ontem na Cova-Gala, 
De harmonia com o que Pedro Agostinho Cruz escreveu no facebook, já estão escolhidas as áreas para a plantação dos mil pinheiros mansos - Missão Reflorestação, ALERTA COSTEIRO 14/15.
São duas as áreas escolhidas pelo ICNF (ver imagem).
Nos próximos dias as zonas indicadas (1) e (2) vão ser preparadas pelos técnicos dos ICNF para a plantação das 1000 árvores.
" A ideia é recuar, para depois numa outra fase avançar com maiores garantias, e vegetação muito específica para o efeito. É um trabalho a longo prazo, mas temos que começar já!..
A situação é bastante preocupante...".
Dia 23 de Novembro, Dia da Floresta Autóctone serão plantados mil pinheiros mansos no pinhal da Cova-Gala.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

A Figueira tem algo a agradecer a este jovem...

"ALERTA COSTEIRO 14/15, concluída mais uma etapa de uma história triste, mas com um final feliz...
ALERTA COSTEIRO 14/15 goza apenas da liberdade e responsabilidade que se exige a um fotojornalista, fotógrafo freelancer! Um fotojornalista, fotógrafo freelancer "controlado" é um olhar limitado!..
Até dia 23 de Novembro, obrigado a vocês 500 jornais 500 árvores é uma realidade!"
Em tempo.
Quando, por aí, tantos falam no medo que  tomou de assalto a nossa sociedade, um jovem ergueu a voz e deu-nos um exemplo concreto do que é ser verdadeiramente livre, corajoso e  defensor das liberdades. Foi um belo exercício de cidadania e uma lição para os que fazem do medo a bandeira das suas vidas.
Mais do que uma denúncia foi a clara e cristalina demarcação deles.

sábado, 28 de fevereiro de 2015

Pedro Cruz e a paisagem sem figuras

A estória é curta e resume-se assim: o jovem Pedro Cruz (que já retratei aqui e sobre quem já me debrucei aqui), foi convidado pelo presidente da Junta de freguesia De S. Pedro para fazer uma exposição de fotografia.
O jovem foto-jornalista, certamente enaltecido, aceitou o convite que encarou como um repto. Em lugar de postais bucólicos e turísticos o jovem Pedro, cidadão atento e interventivo, decidiu partilhar com os seus conterrâneos o que o preocupa, mostrando algumas das suas imagens que documentam a erosão do litoral costeiro e da sua praia e dando à mostra o nome de ALERTA COSTEIRO 14/15.
Leal, como só os grandes o sabem ser, o jovem fotógrafo deu uns dias antes uma entrevista a um jornal regional na qual anunciava que para além da paisagem devastada iria também expôr as figuras daqueles que acha responsáveis.
Em vésperas de dia de inauguração, Pedro dirigiu-se ao local marcado e começou a montar a selecção de imagens que, segundo o seu critério, melhor davam a ver a devastação da sua praia: paisagens, mas também figuras. Foi uma das fotos que mostrava figuras que o presidente da junta exigiu que fosse retirada. O jovem Pedro recusou fazê-lo e a exposição foi cancelada. Segundo o artista, no seu Face-Book, “O Alerta está dado”. 
(podeis acompanhar mais prolongamentos desta notícia  no blogue "outra margem").
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Esta estória exemplar demonstra, quarenta anos depois do vintecincodAbril, como este país continua afinal igual a si próprio e ao que sempre foi: um pobre e bisonho paraíso paroquial para pequenos chefes labregos que - no seu boçal entendimento, certamente inebriado plo esplendor do mando - pensam que podem apagar figuras de uma paisagem.
Mas também demonstra que há algo - para além do talento, claro - que um artista consciente, ainda que pobre, nunca admite que lhe seja escamoteado: o orgulho (o amor-próprio, meus lindos).
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Por isso, caro Pedro, nunca agradeças a quem te enaltece o talento e a independência (ninguém deve o que é seu por mérito). Seria falsa modéstia.

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

"Não faço política com o meu trabalho, mas não me importo que façam política com o meu trabalho, desde que ajudem a resolver o problema"...

ALERTA COSTEIRO, no CAE de 12 a 16 do corrente mês
Pedro Agostinho Cruz, volta a alertar para a erosão costeira que está a atingir o sul da Figueira da Foz. 
Numa exposição, patente de 12 a 16 deste mês no Centro de Artes e Espetáculos (CAE), o fotojornalista figueirense denuncia os efeitos, porque as causas já são conhecidas. 
A mostra surge do convite da Câmara da Figueira da Foz e está inserida no seminário nacional sobre a adaptação local às alterações climáticas, no dia 16, com a participação do ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes.
Este alerta é a “continuidade do trabalho que foi feito a partir de 2014”, esclareceu Pedro Agostinho Cruz, em entrevista hoje publicada, que pode ser lida na íntegra no DIÁRIO AS BEIRAS

“É um retrato cru de uma problemática da nossa costa, nomeadamente, no sul do concelho, que pode impressionar mais as pessoas, porque a erosão é ainda mais evidente do que era em 2014”, disse ainda. “A linha de trabalho é a mesma. Não estou a culpar as pessoas pela erosão, só as responsabilizo pelo que não foi feito e pelo que foi mal feito. Não faço política com o meu trabalho, mas não me importo que façam política com o meu trabalho, desde que ajudem a resolver o problema”, afirma a concluir esta entrevista a Jot´Alves o fotojornalista nascido na freguesia de S. Pedro.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

ALERTA! ALERTA COSTEIRO 14/15 - Missão Reflorestação

Engenheiros e Técnicos do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas vão estar hoje na Cova-Gala, São Pedro, com a finalidade de escolher e avaliar o melhor local/zona, para que  no dia 23 de Novembro, Dia da Floresta Autóctone, se plantem os mil pinheiros mansos.

Via Pedro Agostinho Cruz

sexta-feira, 15 de maio de 2015