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terça-feira, 14 de setembro de 2021
Previsão a 12 dias de distância
Autárquicas 2021 na Figueira: a eventual vitória de Santana Lopes ou Carlos Monteiro, é fácil de explicar...
No debate de ontem sobre a Figueira, o que parpassou como destaque, foram as três tentativas de impugnação falhadas da candidatura de Santana Lopes, por parte da candidatura de Pedro Machado.
A vida é o que é. E não como gostaríamos que ela fosse...
E quem proporcionou, em devido tempo, as condições para que a centralidade do debate fosse a vitimização de Santana Lopes?
Alguma dúvida?
Em 2021, Santana, se ganhar as eleições autárquicas, só tem que agradecer aos estrategas da candidatura de Pedro Machado. Carlos Machado, se ganhar as eleições, idem, idem, aspas, aspas.
Consumidores atados
"Os políticos, há uns anos, quiseram liberalizar o mercado da eletricidade. Haveria todas as vantagens: o consumidor poderia escolher o seu operador, a eletricidade seria vendida na bolsa ibérica e a produção teria vários fontes que obrigaria a maior concorrência.
Com várias imperfeições - desde logo as opções do consumidor não serem realmente uma escolha no que toca a preços -, o mercado foi-se desenvolvendo até ao dia em que a venda de megawatt de energia do mercado grossista passou de uma média de 30 euros para 130 euros. Mais que triplicou. Os portugueses, que já pagam uma das faturas mais caras da Europa, vão defrontar-se, muito brevemente, com uma subida exponencial do preço da luz. Tanto PCP como o Bloco de Esquerda já estão a alertar para o desastre que vem a caminho, enquanto o grande bloco central se esconde da situação até a ter à sua frente.
Em Espanha, que vive o mesmo dilema, o Governo foi imediato a atuar e baixou momentaneamente o IVA da eletricidade de 21% para 10%. Em Portugal vamos ver o que acontece. Se for como a novela orçamental do ano passado de baixar ou não o IVA da luz, estamos conversados. Não vai dar em nada e as famílias é que sofrem. É bom recordar que agosto converteu-se no mês com o preço da luz mais elevado de toda a história, triplicando o valor de agosto de 2020 (36,2 euros /MWh). O curioso é que nada aconteceu, em termos reais, para que se possam atingir estes valores. Tudo especulação. Nas subidas e descidas do petróleo ainda se justificam com uma guerra aqui ou ali, um desastre natural que afeta a extração, etc. Na produção da eletricidade, nada. As empresas do setor andam a "vender" a solução dos carros elétricos que, para além de menos poluentes - o que é verdade -, também são poupadinhos quando comparado com os combustíveis fósseis.
Este aumento estratosférico do preço da luz faz-nos pensar que, afinal, a eletricidade não será assim tão em conta. É que, na fatura, para além da máquina de lavar a roupa, lavar a louça e frigorífico, juntaram-se agora mais sugadores: computadores, telemóveis...e carros elétricos. E só estamos no início. Os consumidores estão atados."
O debate-espectáculo de ontem na RTP3
Carlos Monteiro teve uma prestação muito razoável: optou por uma postura de defesa e mostrou estar seguro nesse registo.
Pedro Machado prosseguiu na esteira da estratégia delineada desde finais do passado mês de Julho. Foi isso que marcou a campanha eleitoral para as autárquicas 2021 na Figueira. Foi isso que marcou este debate.
Rui Curado da Silva trazia o guião estudado. Foi fiel a ele.
Bernardo Reis foi o candidato diferente. Não tendo, como não tem, a experiência nem o poder oratório em debates dos outros candidatos - é estreante nestas andanças - defendeu as posições da CDU e do PCP, ao introduzir no debate a defesa dos interesses da maioria dos habitantes do concelho: os trabalhadores.
Mattos Chaves procurou falar do futuro do concelho da Figueira da Foz, depois de 26 de Setembro de 2021, tentou mostrar mostrar o seu programa, mas pouco conseguiu. E nã foi por culpa dele.
Se o debate de ontem tivesse ocorrido antes do final do mês de Julho passado, tudo, incluindo o debate de ontem, teria sido diferente.
E é este Dr. Santana Lopes que vai a votos em 2021 na Figueira.
Contudo, o combate político numa disputa eleitoral não pode ficar resumido a um concurso para ver quem fala melhor. Isso, embora seja uma triste emanação da nossa democracia, dita de mediática, não deixa de ser algo de honestidade intelectual discutivel.
Mas, em 2021, a campanha autárquica está a ser o que é. E o Dr. Santana Lopes, neste momento, tem uma vantagem que o Dr. Pedro Machado não tem: não é deste PSD Figueira.
Veremos...
segunda-feira, 13 de setembro de 2021
Autárquicas de 2021 na Figueira: o que está verdadeiramente em causa?..
As eleições autárquicas, deveriam ser a base a partir da qual se constrói uma democracia evoluída.
Os autarcas que estão no exercício do poder local - na Câmara, na assembleia municipal, nas juntas e assembleias de freguesia, deveriam estar na perspectiva de prestação de serviço público e de aproximação das pessoas do poder.
A necessidade da participação de todos na gestão da cidade e na defesa do bem comum, não pode ser apenas uma manifestação de vontade em períodos de campanha eleitoral, mas a normalidade na gestão de um concelho governado em democracia.
Todavia, essa postura dos políticos do quero, posso e mando, tem custos para a saúde da democracia e na gestão duma cidade e dum concelho.
Esta dinâmica de atraso democrático na gestão da Figueira, ao longo de décadas, está a conduzir-nos para uma morte lenta: nos últimos 10 anos, a Figueira, um concelho do litoral, perdeu mais de 5 000 habitantes!
Alguém acredita que uma cidade e um concelho, sem garantia de emprego de qualidade, sem economia, sem vida, tem poder para atrair as novas gerações?
A nossa linda e querida Figueira, é uma cidade em processo de despovoamento e sem dinâmica, o que deveria ser factor preocupante para qualquer político que queira ascender ao poder para dar a volta a isto.
Há mais de 4 décadas, lembro-me bem, a baixa da Figueira, agora uma zona da cidade que está a morrer um pouco todos os dias, fervilhava de pessoas, de comércio e de serviços.
O Mercado Municipal, tinha uma vida animada e pujante. A Praia da Sardinha, frente ao Jardim Municipal, na beira rio, era uma animação. A chamada Praça Velha era o centro da cidade. Toda a zona ribeirinha entre o Mercado e a estação do caminho de ferro tinha gente, comércio, serviços e vida.
A Figueira mudou. Se calhar não era evitável.
domingo, 12 de setembro de 2021
Andam tubarões no mar da Figueira
"Foi hasteada a bandeira vermelha em três praias da Figueira da Foz, após terem sido avistados três tubarões no mar da Praia do Hospital, durante a tarde deste domingo.
Segundo informação avançada à TVI24 por fonte oficial da Polícia Marítima, as pessoas foram retiradas da água por precaução.
Também na praia do Cabedelo, os banhistas foram aconselhados a sair do mar. À TVI24, o nadador-salvador da praia do Cabedelo avançou que os animais foram avistados durante cerca de 15 minutos mas que, por questões de segurança, a bandeira vermelha manter-se-á hasteada até ao final do dia."
Autárquicas 2021 na Figueira: o que está em causa é tão simples como isto - abster-se é votar em maus políticos
Não é por a abstenção ser maior ou menor que os políticos deixam de ser eleitos. Como sabemos, não existe um mínimo de votos para validar o acto eleitoral. No limite, um candidato até pode chegar a presidente com o seu próprio voto.
Não votar acaba por ter o mesmo resultado que votar. Contudo, existe uma única diferença: quem vota sabe quem está a escolher; quem se abstém nunca saberá quem ajudou a ser eleito. Provavelmente ajudou a eleger um candidato em quem nunca votaria e que não desejava ver eleito.
A abstenção não vai contribuir para melhorar a gestão das autarquias figueirenses em 2021. Muito menos, contribuirá para o aparecimento de políticos novos e honestos. Contribuirá, isso sim, para perpetuar a mediocridade política no concelho.
A abstenção favorece os políticos instalados. Mudar a forma de governar a Figueira, exige que os que dizem querer mudar o estado das coisas, na hora de votar, os eleitores com mais formação e com mais elevados níveis de exigência, não deleguem a sua responsabilidade, indo votar.
Os que optarem por protestar abstendo-se, contribuem para a sobrevivência dos maus políticos.
A democracia passa pela selecção e escolha dos melhores políticos.
Quantos mais eleitores votarem, mais possibilidade há de serem os melhores políticos a serem eleitos.
Não votar, é votar nos maus políticos.
sábado, 11 de setembro de 2021
Andam para aí a dizer que não há alternativa ao desastre a que chegou a Figueira em 2021...
Sejam sérios: não digam que não há alternativa.
Assumam que essa alternativa não cabe nos vossos preconceitos de vária ordem, nomeadamente os ideológicos.
Não digam que não existe a alternativa quando a CDU vos confronta, há dezenas de anos, com propostas alternativas em todas as áreas e sectores da vida local e nas opções estratégicas fundamentais para o desenvolvimento planeado do concelho da Figueira da Foz.
A alternativa constrói-se lutando.
Essa conversa, a de que não havia alternativas às suas políticas, já a conheço desde que tenho memória.
Salazar dizia que não havia alternativa à ditadura. Afinal houve, com o 25 de Abril, a liberdade e a democracia.
Afirmavam que não havia alternativa à guerra colonial. O 25 de Abril provou que havia, com o fim da guerra e a paz e cooperação com os povos antes explorados e colonizados.
Afirmavam que não havia alternativa ao subdesenvolvimento, ao atraso, ao analfabetismo, à elevada taxa de mortalidade infantil. O 25 de Abril veio mostrar que havia.
A Figueira, em 2021, está no estado em que está, mas a alternativa, não a alternância, existe.
Os figueirenses é que têm de decidir o que querem.
sexta-feira, 10 de setembro de 2021
Autárquicas 2021: "Figueira a Primeira"...
Agora só rezando. Mas, a quem?..
Durante cerca de um mês e meio andaram a vender o sonho. Não tomaram atenção aos sinais de alerta nem deixaram nenhuma possibilidade de utilização de uma escapatória airosa.
Bateram contra o iceberg. A notícia está nos jornais de hoje. «"Vitória". Tribunal Constitucional valida candidatura de Santana Lopes à Figueira da Foz...»
"Em 23 de agosto, o Tribunal da Figueira da Foz julgou improcedente uma segunda reclamação apresentada pelo PSD contra a candidatura de Santana Lopes às eleições autárquicas e os sociais-democratas decidiram então recorrer para o Tribunal Constitucional."