Via Jornal de Notícias
sábado, 7 de agosto de 2021
sexta-feira, 6 de agosto de 2021
Cabedelo piroso e soturno: "que fizemos para merecer isto?".
Imagem via Diário as Beiras
Muitas vezes ouvimos desabafar: "que fiz eu para merecer isto?".
Mais do que uma queixa, um lamento, uma surpresa, é um protesto.
Quando algo desagradável nos toca a nós, todos achamos que não merecemos.
Estamos formatados e vivemos para as coisas boas - numa palavra para a felicidade.
Achamos que Deus nos deve uma vida feliz, onde só têm de acontecer coisas positivas. Contudo, algum de nós se lhe tocasse o euromilhões (é para isso que jogamos...) se questionaria de onde tinha vindo tanta sorte?
Mais do que uma queixa, um lamento, uma surpresa, é um protesto.
Quando algo desagradável nos toca a nós, todos achamos que não merecemos.
Estamos formatados e vivemos para as coisas boas - numa palavra para a felicidade.
Achamos que Deus nos deve uma vida feliz, onde só têm de acontecer coisas positivas. Contudo, algum de nós se lhe tocasse o euromilhões (é para isso que jogamos...) se questionaria de onde tinha vindo tanta sorte?
Na prática, uma queixa, um lamento serve para nos consolarmos e para salvar, no meio da desgraça, a nossa imagem.
O corpo já teve melhores dias, rebentou um cano em casa, avariou o motor do portão electrico da garagem, a arca frigorífica deu o berro, tivemos furos seguidos na bicicleta, demos um toque na parede ao estacionar o carro, apanhámos uma diarreia (não a mental, que essa é crónica...), temos um novo Cabedelo piroso e soturno: "que fizemos para merecer isto?".
Logo nós, que não merecíamos. Logo nós, sempre tão bons rapazes e raparigas...
O corpo já teve melhores dias, rebentou um cano em casa, avariou o motor do portão electrico da garagem, a arca frigorífica deu o berro, tivemos furos seguidos na bicicleta, demos um toque na parede ao estacionar o carro, apanhámos uma diarreia (não a mental, que essa é crónica...), temos um novo Cabedelo piroso e soturno: "que fizemos para merecer isto?".
Logo nós, que não merecíamos. Logo nós, sempre tão bons rapazes e raparigas...
Parábola das sandálias (ou a importância da oposição)
"Quando o meu filho faz birra porque quer ir para a praia com meias e sapatilhas em vez de levar as sandálias do Homem-Aranha que seriam muito mais fáceis de calçar e descalçar num mundo de areia assaltam-me dois sentimentos contraditórios: uma ira imensa, porque até foi ele que escolheu as sandálias na loja; e um orgulho desmedido, por ver que segue as minhas pisadas e defende o uso de meias e sapatilhas nas idas à praia, ao contrário da maioria absoluta dos veraneantes.
E quem diz que a maioria tem sempre razão? Esse é, aliás, o calcanhar de Aquiles da democracia. Mesmo quando a maioria está errada, os poucos que a contestam têm de submeter-se à sua vontade. E tão importantes são as minorias para acautelar os desmandos das maiorias, que por mais absolutas que sejam não têm o monopólio da razão.
Com as autárquicas à porta, é natural que a preocupação primordial dos eleitores seja a escolha de um presidente de Câmara. Mas não menos importante será a oposição com que os vencedores terão de conviver e trabalhar durante o mandato. Uma oposição forte faz um executivo forte. Torna-o mais atento, menos displicente, obriga-o a preparar melhor os dossiês.
A tese de que só com uma maioria absoluta é possível ter a estabilidade necessária para levar por diante as políticas sufragadas pelos eleitores convence pouco.
Boa parte das decisões nos executivos até são tomadas por unanimidade ou sem sobressaltos de maior. É nos grandes projetos, nas matérias com mais impacto na vida dos cidadãos, que muitas vezes surge a discórdia.
Um problema? Não creio. Porque é precisamente nestes casos que a discussão mais faz sentido. Um executivo de maioria absoluta, não raras vezes, envereda por um simulacro de debate, ciente de que, no final, a sua vontade prevalecerá, por muito benévolos que sejam os contributos da oposição.
É por isso que desconfio das maiorias absolutas e discordo da teoria dos executivos monocolores que alguns defendem em nome da alegada estabilidade.
No entanto, é evidente que numa câmara de maioria relativa, para que não se atinja o caos, exige-se uma oposição adulta, com noção de que o seu contributo é essencial, mas que continua a estar em minoria.
Em suma, não podemos ter uma oposição birrenta, a fazer barulho só porque sim. Na maioria das vezes, será mesmo preciso usar as sandálias e esquecer as meias e as sapatilhas. Mas haverá com certeza ocasiões para calçar as sapatilhas e outras até em que a melhor solução será juntar meias e sandálias. O importante é que os munícipes estejam bem calçados."
quinta-feira, 5 de agosto de 2021
PS, PSD e Figueira A Primeira, querem ser canibais nas autárquicas 2021, na Figueira. Vamos permitir isso?...
A questão, à direita é esta: se o CDS, neste processo autárquico, tivesse posições iguais às do PSD, para que serviria? Qual seria a sua utilidade?
Uma coligação entre dois partidos só faz sentido se os dois tiverem uma base comum de entendimento, mas diferenças de opinião relativamente a vários temas.
Se um dos partidos renuncia às suas opiniões, a coligação deixa de ter sentido.
Não se pode falar de coligação mas de «deglutição».
Isto é: se tivesse havido uma coligação à direita, o PSD estaria a engolir o pouco que sobra do CDS na Figueira.
Sendo ainda mais claros: como Mattos Chaves não iria conseguir meter Machado no bolso, teria alguma vantagem em ser ele a ir meter-se no bolso de Machado?
Uma coligação entre dois partidos só faz sentido se os dois tiverem uma base comum de entendimento, mas diferenças de opinião relativamente a vários temas.
Se um dos partidos renuncia às suas opiniões, a coligação deixa de ter sentido.
Não se pode falar de coligação mas de «deglutição».
Isto é: se tivesse havido uma coligação à direita, o PSD estaria a engolir o pouco que sobra do CDS na Figueira.
Sendo ainda mais claros: como Mattos Chaves não iria conseguir meter Machado no bolso, teria alguma vantagem em ser ele a ir meter-se no bolso de Machado?
O que se coloca à direita em relação ao PSD e ao CDS, coloca-se à esquerda com PS, CDU e BE.
Uma putativa coligação à esquerda na Figueira, só serviria os interesses deste PS municipalista.
CDS, CDU e BE, com as suas diferenças, são importantes opções no espectro político figueirense, pois alargam o leque das escolhas.
Em Democracia, isto é fundamental.
Desenho de António Jorge Gonçalves, com a devida vénia |
Em 2021, na Figueira, PS, PSD e Figueira A Primeira, quais canibais autárquicos, têm um objectivo claro e importante para a sua estratégia eleitoral: tentar subalternizar no concelho da Figueira as 4 restantes candidaturas para condicionar o sentido do voto dos figueirenses, reduzindo as opções a 3 forças políticas, quando no boletim de voto vão aparecer 7 opções paar escolha do futuro presidente e vereadores.
Essa, neste momento, é uma ameaça emergente e perigosa para a livre escolha do eleitorado figueirense.
Isso não é inocente, nem acontece por acaso. A grande e maior ameaça aos figueirenses é o passado dos últimos 30 anos: PS e PSD, canibalizaram o poder local. Antes, até à década de 80, CDU e CDS chegaram a eleger vereadores, que tiveram pelouros distribuídos e fizeram um bom trabalho.
Se olharmos atentamente para os últimos 30 anos de poder local na Figueira, podemos verificar que, afinal, não houve grandes diferenças entre a gestaão do PS primeiro, do PSD, depois, e estes 12 últimos anos novamente do PS. Houve alternância, não houve alternativa. Os resultados falam por cima.
A Figueira é um concelho que tem vindo a definhar. Os números dos censos falam por si. A verdade é que somos poucos, cada vez menos, pobres, os ordenados roçam o mínimo nacional, e moramos longe de tudo (onde está a rede de transportes públicos?).
Não há nenhum ângulo em que a demografia não tenha um papel decisivo, nem vale a pena tentar nomeá-los a todos (economia, emprego, Segurança Social, território).
De forma resumida, tomemos a economia e o emprego, o motor de tudo o resto, como exemplo. É com emprego desqualificado, miseralvelmente pago e precário que queremos fixar jovens no concelho da Figueira da Foz?
Onde é que está a qualidade de vida e o futuro para a Figueira?
Os figueirenses que forem votar a 26 de Setembro têm de estar atentos: a escolha não está reduzida a 3 opções de escolha para a eleição do futuro executivo Figueirenses. Existem 7 escolhas, SETE.
Onde é que está a qualidade de vida e o futuro para a Figueira?
Os figueirenses que forem votar a 26 de Setembro têm de estar atentos: a escolha não está reduzida a 3 opções de escolha para a eleição do futuro executivo Figueirenses. Existem 7 escolhas, SETE.
CIM-RC lança ciclovia para ligar Figueira da Foz, Cantanhede e Mira, por sete milhões com ponte incluída
Via Diário as Beiras«A Comunidade Intermunicipal da Região de
Coimbra (CIM-RC) assinou,
ontem, o auto de consignação da empreitada do troço da via ciclável europeia
Eurovelo 1 que atravessará
os concelhos de Cantanhede, Mira e Figueira da Foz,
junto ao Atlântico, com 84
quilómetros de extensão, que ligará os distritos de
Coimbra e Leiria.
A obra
custa 2,3 milhões de euros
(com IVA incluído) e tem
um prazo de execução de
18 meses. Este valor não inclui os 4,5 milhões de euros
que custará a ponte entre
Vila Verde e Alqueidão. A ligação entre
Vila Verde e Alqueidão,
freguesias da Figueira da
Foz – ponte mista (bicicletas e viaturas) sobre o
Mondego – não deverá ficar concluída ao mesmo
tempo da via ciclável Eurovelo 1.
O concurso será lançado este mês, tendo um
prazo de execução de 18
meses, enquanto a construção da ciclovia arranca
brevemente.
Esta obra é da responsabilidade da autarquia figueirense, mas sem a qual
a Eurovelo 1 não avançará para a margem sul do
concelho, até à Marinha
das Ondas, onde ligará,
no concelho de Pombal,
à ciclovia do Atlântico.
A
Câmara Municipal da Figueira da Foz candidatou
os 4,5 milhões que a obra
custa a fundos europeus
e ao Turismo de Portugal.
Entretanto, a concelhia do
PSD e a candidatura de
Pedro Machado, cabeça
de lista do partido à Câmara da Figueira da Foz,
consideram, através de
nota de imprensa, que o
auto de consignação da
via ciclável Eurovelo 1 foi uma
cerimónia de “Carnaval
político ilegal e pura
campanha eleitoral”. Os
social-democratas destacaram, ainda, a participação de um membro do
Governo.
Carlos Monteiro, em
declarações aos jornalistas, feitas à margem
da referida cerimónia,
lamentou “esse tipo de
linguagem para desvalorizar um evento que é da
maior importância para a
região e para o concelho
em particular”.
Por outro
lado, frisou que, no dia
anterior, “realizou-se em
Coimbra uma cerimónia
semelhante e nenhuma
força política se manifestou contra”.
O Município de Cantanhede (PSD) não participou na cerimónia
realizada ontem. O de
Mira, no entanto, liderado pelo mesmo partido, fez-se representar
pelo presidente, Raul Almeida. Segundo Carlos
Monteiro, Cantanhede,
“provavelmente, tomou
a decisão de não ter estas
cerimónia neste período
[pré-eleitoral]”.»
Temos a classe política que merecemos?
Com o actual método de escolha das lideranças, sim, temos.
O sistema de selecção das lideranças é disfuncional, feito em função de critérios que acabam sempre por levar à escolha de pessoas que não são as mais adequadas para a governação de um país ou de uma cidade.
Via Diário de Notícias
"Algumas portas de casas na
Ajuda, que ficaram numa
posição estranha depois
de rebaixada a calçada por
causa das obras no palácio, motivaram mais um ataque de Rui Rio a
Fernando Medina – ataque a que
este respondeu com ironia, enquadrando as palavras do líder do PSD
na silly season.
O que aconteceu com as portas
foi que ficaram
“penduradas” a 1,5 metros do
chão, perdendo-se assim o acesso
à rua. Rio usou o Twitter para dizer
que a gestão autárquica da cidade
é de “terceiro mundo”. Na mesma
plataforma, Medina respondeu esclarecendo que as casas são da
GNR, ninguém lá vive, e têm portas do lado oposto, viradas para o
pátio do quartel onde se encontram. “Pode agora retomar as suas
férias e prosseguir com a silly season”, ironizou ainda o autarca, recandidato à Câmara de Lisboa liderando uma coligação do PS com
o Livre."
2023, ano mágico para a Figueira da Foz?..
Via Diário as Beiras
"Figueira da Foz: Requalificação da linha do Oeste pode estar concluída em 2023 A linha tem 215 quilómetros, liga Sintra à Figueira da Foz e depois a Coimbra.
De acordo com a SIC Notícias, as obras para a requalificação da linha do Oeste já arrancaram. Contudo, só daqui a dois anos é que os tempos e as condições de viagens devem melhorar.
Desde a inauguração, há 134 anos, que esta linha não via uma requalificação de fundo."
quarta-feira, 4 de agosto de 2021
Querem mais do mesmo, nas próximas autárquicas? Bom proveito...
O tempo que passa na Figueira está a ser maçador e deprimente.
Sente-se no clima crispado que anda no ar.
Muito boa gente anda com os nervos em franja, o que não é saudável para ninguém.
Quanto menos tempo falta para o dia 26 de Setembro, maior vai ser o sacrifício, menor vai ser o debate e maior vai ser a desilusão e a vergonha.
Quanto menos tempo falta para o dia 26 de Setembro, maior vai ser o sacrifício, menor vai ser o debate e maior vai ser a desilusão e a vergonha.
A campanha de Santana Lopes perdeu gás e está sem interesse.
Esvaziou-se: o que não constitui surpresa, pois resume-se a ele. Sem ele não há mais nada na candidaura que encabeça para a Câmara Municipal. Santana, porém, está desgastado e já não tem segredos.
Esvaziou-se: o que não constitui surpresa, pois resume-se a ele. Sem ele não há mais nada na candidaura que encabeça para a Câmara Municipal. Santana, porém, está desgastado e já não tem segredos.
A personagem que vestiu durante décadas resume-se em muito pouco: a história da ambição falhada.
Santana passou por quase tudo: pelos partidos, pelo governo, pelas autarquias, pelos jornais, pela televisão, pelo futebol e pela "noite de Lisboa".
Para vir a acabar na Figueira!.. Por amor, ao que diz. Santana, pelos vistos, tem muito a ver comigo: também é lírico.
Para vir a acabar na Figueira!.. Por amor, ao que diz. Santana, pelos vistos, tem muito a ver comigo: também é lírico.
A mim, o lirismo já me acabou com muita coisa. A ele pode comprometer-lhe as expectaivas que ainda tenha para o futuro da carreira política.
Como habitualmente, os partidos do regime, PS e PSD mostram-se incapazes de apresentar propostas novas, exequíveis e concretas.
O PS, incapaz de apresentar uma liderança credível e confiável, poderia disfarçar com uma equipa forte que camuflasse as debilidades do líder.
Neste momento, este PS municipalista local só está a tentar segurar o poder, custe o que custar, pois se assim não acontecer será uma calamidade para o PS Figueira. Melhor: para muita gente habituada a comer da manjedoura municipal há mais de um dezena de anos.
O PSD, que tinha expecativas altas, fruto da campanha eleitoral que estava a realizar, espalhou-se ao comprido onde costuma ser habitual: na feitura das listas.
Ficou patente que na escolha de nomes para as autárquicas, há muito mais coisas em jogo: nomeadamente, há quem esteja já a pensar em 2023, ano de legislativas.
Nada de novo.
Contudo, se os figueirenses assim o quisesssem estaria tudo em aberto.
Além das três candidaturas já abordadas, os figueirenses têm outras opções: CDS, CDU e Bloco.
Passam os anos e as décadas e os partidos do arco do poder na Figueira não evoluem nada. Aquilo que realmente interessa aos figueirenses, não é o que interessa aos protaganonistas principais.
Infelizmente, esse estado de coisas não vai acabar a 26 de Setembro próximo.
Vai prolongar-se e, possivelmente, aumentar.
Passam os anos e as décadas e os partidos do arco do poder na Figueira não evoluem nada. Aquilo que realmente interessa aos figueirenses, não é o que interessa aos protaganonistas principais.
Infelizmente, esse estado de coisas não vai acabar a 26 de Setembro próximo.
Vai prolongar-se e, possivelmente, aumentar.
A incapacidade em discutir Política vai continuar. Não é que não haja ideologias: há-as, mas dá muito trabalho fazer os trabalhos de casa para haver discussão séria. Interessa é que a política figueirense continue asséptica, inodora e incolor.
Isso é fundamental, para a sobrevivência dos interesses tribais e individuais, que passsam pelos resultados eleitorais, sem interessar, por isso é omitido, que estes, muitas vezes, são indissociáveis dos processos, por vezes pouco edificantes, como foram alcançados.
A política é substituída pela técnica e pelos golpes baixos, os políticos pelas estrelas, as ideias pela competência, que se passa a medir apenas pelo sucesso e pelos resultados eleitorais conseguidos.
A constituição das listas, conhecida recentemente, fala por si.
A constituição das listas, conhecida recentemente, fala por si.
É óbvio e indesmentível, que precisamos de gente tecnicamente competente.
Contudo, nestes dias de profunda agitação, quase vendaval, que se estão a viver na Figueira, lembro: numa autarquia, toda e qualquer decisão técnica é, também, política. A Política, não se resume apenas a resultados eleitorais. A Política passa por desígnios, objectivos de longo prazo, ideias e projectos.
A Figueira está a ser muita mal gerida. E vai continuar. Os tiques autoritários continuam todos. As pessoas, basta-lhes o cheiro do poder para ficarem diferentes. Para mim, entre os três que são apontados como venecedores, passsou-me a ser indeferente quem perde ou quem ganha.
É verdade que a Figueira, com esta equipa actualmente no poder autárquico, está muito mal gerida. Porém, não tenho de pactuar com a falta de ideias, o vazio gerador de falsos consensos, num concelho que anda a fugir, há décadas, ao verdadeiro debate.
Tem sido isso mesmo, que tem permitido a governaça dos partidos do bloco central - PS e PSD - ao longo de mais de 4 décadas, com os resultados de todos conhecidos.
Querem mais do mesmo? Bom proveito vos faça...
Querem mais do mesmo? Bom proveito vos faça...
"Nem o patrão vem, nem a gente almoça"...
"Desde o prolongamento em 400 metros do molhe norte do porto comercial, um investimento de 14,6 milhões de euros, inaugurado em 2011, a erosão nas praias a sul acentuou-se, com destruição da duna de proteção costeira em vários locais, com especial ênfase na praia da Cova..."
Diário as Beiras, edição de 4 de Agosto de 2021.
Diário as Beiras, edição de 4 de Agosto de 2021.
Tal como escrevemos em 11 de dezembro de 2006, o processo de erosão costeira da orla costeira da nossa freguesia, a sul do quinto molhe, a nosso ver, era já então uma prioridade.
Continua a ser... Até porque, entretanto, pouco se fez.
Nessa época, tinha este blogue cerca de 6 meses de existência, a erosão da orla costeira da nossa freguesia assumia já – como continua a assumir cada vez mais ... - aspectos preocupantes para o responsável deste espaço. Especialmente, uma zona a que, na altura, ninguém ligava: a duna logo a seguir ao chamado “Quinto Molhe”, a sul da Praia da Cova...
Tal como agora, entendíamos que, por vezes, ao centrar-se a atenção sobre o acessório, perde-se a oportunidade de resolver o essencial... Foi o que aconteceu, neste caso.
Durante todos estes anos – o histórico de postagens publicada ao longo de ais de 15 anos, prova-o -, a erosão costeira tem sido a maior preocupação do autor deste blogue.
Sofremos ataques de personagens que passaram pelo poder local figueirense... Infelizmente, o que muito lamento, pois adorava ter sido eu a estar completamente enganado e fora da razão, a realidade é a que todos conhecemos: neste momento, a duna a Sul do 5º. Molhe da praia da Cova está devastada e o mar está a entrar pelo pinhal dentro...
Muita gente, que deveria ser responsável, por omissão, contribuiu para o estado a que chegámos.
Nós, aqui no Outra Margem, continuaremos a fazer aquilo que é possível: contribuir para sensibilizar a opinião pública da nossa freguesia, do nosso concelho, do nosso País e dos inúmeros covagalenses espalhados pela diáspora, para um problema gravíssimo que, em última análise, pode colocar em causa a sobrevivência dos covagalenses e dos seus bens.
E não o fazemos, nem nunca o faremos, por haver campanhas eleitorais. Sejam elas presidenciais, legislativas ou autárquicas.
Infelizmente, a realidade está à vista. Tudo foi dito, tudo se cumpriu: depois da construção do acrescento dos malfadados 400 metros do molhe norte, a erosão costeira a sul da foz do mondego tem avançado, a barra da Figueira, por causa do assoreamento e da mudança do trajecto para os barcos nas entradas e saídas, tornou-se na mais perigosa do nosso País para os pescadores, a Praia da Claridade transformou-se na Praia da Calamidade, a Figueira, mais rapidamente do que esperava, perdeu.
A pesca está a definhar - tudo nos está a ser levado...
Resta-nos a promessa dos paquetes de passageiros e os números das toneladas dos cargueiros...
Espero que, ao menos, perante a realidade possam compreender o porquê das coisas...
O que nos vale é que temos uma política bem definida para a orla costeira...terça-feira, 3 de agosto de 2021
O envolvimento dos cidadãos na política
Estamos a pouco mais de mês e meio de um importante acto eleitoral.
Estes, são tempos difíceis. Sobretudo, para quem aceite envolver-se na coisa política.
Quem ousa aceitar uma candidatura a um cargo público, arrisca destruir o prestígio de uma vida de trabalho construída arduamente ao longo dos anos.
Falo de cidadãos comuns – incluindo os que são filiados em Partidos políticos – e não de políticos que fizerem da política o seu trabalho e a sua carreira profissional.
O importante é o poder. Essa é a ambição. A projecção mediática e pública podem ser motor para que os cidadãos se envolvam.
Todavia, também há outros - ainda são muitos - que se envolvem por motivos de serviço público. Oferecem o que de melhor sabem fazer em favor do bem comum.
Na Figueira muita coisa terá de mudar, se quisermos ter no futuro equipas formadas por gente de competência que zele pelo interesse e bem-estar público.
A começar pela composição das listas...
Estes, são tempos difíceis. Sobretudo, para quem aceite envolver-se na coisa política.
Quem ousa aceitar uma candidatura a um cargo público, arrisca destruir o prestígio de uma vida de trabalho construída arduamente ao longo dos anos.
Falo de cidadãos comuns – incluindo os que são filiados em Partidos políticos – e não de políticos que fizerem da política o seu trabalho e a sua carreira profissional.
O importante é o poder. Essa é a ambição. A projecção mediática e pública podem ser motor para que os cidadãos se envolvam.
Todavia, também há outros - ainda são muitos - que se envolvem por motivos de serviço público. Oferecem o que de melhor sabem fazer em favor do bem comum.
Na Figueira muita coisa terá de mudar, se quisermos ter no futuro equipas formadas por gente de competência que zele pelo interesse e bem-estar público.
A começar pela composição das listas...
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