quarta-feira, 7 de julho de 2021

Da série, bem-vindos à campanha eleitoral de Carlos Monteiro, autárquicas 2021 (8)

Via Diário as Beiras
"A capela de Santa Eulália (ou Santa Olaia), na Freguesia de Ferreira-a-Nova, encontra-se em avançado estado de degradação. As obras de estabilização, realizadas pelo proprietário, a Sociedade Agrícola Quinta do Foja (SAQF), evitaram a ruína do imóvel, situado no sítio classificado dos montes de Santa Olaia e Ferrestelo, mas a autarquia quer ir mais longe e vai reabilitá-la, obra que inclui a zona envolvente.
O protocolo que permite a intervenção da Câmara da Figueira da Foz na capela e no sítio classificado foi assinado ontem. O documento contempla um prazo de cedência da área ao município, com cerca de 90 mil metros quadrados, por 25 anos. Por outro lado, define um prazo de cinco anos para a realização das obras, que poderá ser renovado por igual período.
Ainda não há orçamento, mas, adiantou o presidente da edilidade, Carlos Monteiro, a reabilitação da capela poderá custar entre 200 mil e 300 mil euros. O investimento global será suportado por fundos europeus e pela câmara municipal."

PSD de Rio...

Para ler melhor clicar na imagem
 

CDU, aquela máquina!..

A CDU na Figueira ainda não tornou pública a sua candidatura autárquica às eleições de 26 de Setembro. A expectativa criada é razoável. Para já, como aperitivo fica, via edição do jornal Diário as Beiras (edição de hoje) e Figueira na Hora o anúncio do candidato à Junta de Freguesia de Lavos.
Isto, quando já é público, que o anúncio da candidatura vai ter lugar no próximo dia 13, segunda-feira, pelas 15 horas...


Bela, original e eficaz maneira de dar início a uma contenda eleitoral...
A candidatura de Santana Lopes está a fazer escola na Figueira.

Autárquicas, uma palavra difícil...

Lamento que as eleições autárquicas não consigam mostrar-se verdadeiramente  importantes para a população.
A primeira coisa que me ocorre sobre as eleições autárquicas, é que a palavra “autárquicas” é difícil de pronunciar...
Pensemos um pouco sobre as autárquicas, sobretudo porque os eleitos nas cidades, vilas e aldeias são quem está mais próximo dos eleitores. E estes querem resultados. O voto é um contrato público sobre o bem comum. 
Nas autárquicas escolhe-se com facilidade um "homem providencial", aquele que "mostra obra"
As eleições autárquicas, tornaram-se numa questão de homens carismáticos, algo que diz muito sobre o caminho da política nos nossos dias. 
Já não são as ideias que vencem: é a sua percepção. 
Talvez por isso as próximas autárquicas nos vão dizer tanto sobre o futuro político, social e económico da Figueira e do seu concelho.
Numa democracia saudável, a meu ver, quanto maior é o grau de proximidade da eleição, menor deveria ser a abstenção. 
Por exemplo, a eleição da Junta de Freguesia deveria ser muito mais participada do que a eleição para o parlamento europeu. 
O nosso problema é a incapacidade de pensar localmente, e de nos envolvermos localmente.
Depois, os políticos também não ajudam.
Em ano de eleições autárquicas multiplicam-se os concursos públicos de ideias para «intervenções», «requalificações», e «valorizações» de todo o tipo de equipamentos e espaços públicos. 
Não é uma denúncia, não é uma queixa, apenas uma constatação.

terça-feira, 6 de julho de 2021

Quando um presidente de câmara, perante um caso concreto, leva a discussão para este nível, que se pode esperar mais de um executivo camarário?.. (2)

 Via Diário de Coimbra

Quando um presidente de câmara, perante um caso concreto, leva a discussão para este nível, que se pode esperar mais de um executivo camarário?..

Via Diário as Beiras
«O presidente da Câmara da Figueira da Foz, Carlos Monteiro, afirmou, ontem, na reunião de vereação, que “os pequenos poderes que mandavam no Cabedelo já não mandam”.
A afirmação surgiu na sequência da intervenção do vereador da oposição Miguel Babo sobre o pavimento impermeável da praça construída naquela zona e a colocação de areia sobre a antiga estrada. “Estou convencido que (o pavimento impermeável) perfaz um quadro de ilegalidade. Mesmo que seja legal, é algo altamente não recomendável”, defendeu o autarca da oposição. “Estamos a gastar milhões de euros para ficar mal feito”, advogou. Por outro lado, sustentou que é “um absurdo” soterrar a estrada de alcatrão com areia, uma vez que as obras no Cabedelo visam proteger o ambiente.
“O alcatrão foi escarificado antes de ser depositada a areia”, esclareceu Carlos Monteiro. Depois, num registo enfático, afirmou: “O que está em causa não é a obra, são os pequenos poderes que mandavam no Cabedelo e que, hoje, não mandam e nunca deviam ter mandado”. E acrescentou: “Não se pode andar a ouvir papos e vir aqui levantar uma suspeição. Houve alguns que perderam regalias e, agora, estão incomodados”.
O edil disse também que “muitos dos que estão preocupados com a impermeabilização têm um carro de alta cilindrada a gasóleo”, salvaguardando que não se referia a Miguel Babo.»

Em tempo e ainda que mal pergunte: 
O carro utilizado pela presidência da câmara ainda é um igual a este?

segunda-feira, 5 de julho de 2021

Postagem 25660

Ao longo de mais de 15 anos publiquei 25659 postagens.
Esta é a postagem 25660.
Tenho tentado, ao longo destes anos na blogosfera, transmitir notícias de coisas que afectam o nosso dia a dia, emoções e sentimentos, pequenos apontamentos do quotidiano e algumas opiniões.
Sempre, sem esconder o ser humano que está por detrás do homem público que anda por aqui. 
Esse homem que anda por aqui, antes do OUTRA MARGEM, era já um ser humano que muitas pessoas conheciam e algumas estimavam.
Tenho-me esforçado. Sem medo de mostrar a outra face, aquela que, no fundo, só muito poucos conhecem e que dá substância ao homem que é o ser humano que anda por aqui. 
Não sei se o terei conseguido. Porém, pelo menos, esforcei-me. Todos vocês são importantes. Todos os que lêem. Todos os que gostam. Todos os que não gostam ou odeiam. São vocês que me motivam e me fazem escrever. Nada do que é importante se perde verdadeiramente...
Comigo continuam a caminhar todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que passaram. Até hoje não perdi nada de importante. Apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre. E, isso, como sabemos, mas raramente admitimos, é a dura realidade.

O debate com os candidatos autárquicos arranca com a CDU no próximo dia 20 do corrente mês de Julho...

«O Dez&10 está de regresso. Em ano de Eleições Autárquicas, o talk show conduzido pelo jornalista do DIÁRIO AS BEIRAS Jot’Alves vai trazer a política e os políticos ao Casino Figueira.»

Presidente da Câmara já solicitou reunião com o Comissário da Polícia...

Estamos num concelho "onde é impensável alguém não cumprir as regras", disse há poucos segundos o presidente da Câmara na reunião camarária que se está a realizar...

Pelo sim, pelo não, com muita pena minha, vou abandonar o acompanhamento desta reunião e vou para a fila tentar tomar a segunda dose da vacina...

 Via Diário as Beiras


Joana Aguiar de Carvalho enviou pedido de demissão ao Conselho Municipal de Turismo, onde representava a Assembleia Municipal, por indicação da maioria socialista...

Em 26 de Junho de 2020, a maioria absoluta do Partido Socialista, impôs o nome de Joana Aguiar de Carvalho, que não faz parte da Assembleia Municipal da Figueira da Fozcomo representante deste órgão autárquico no Conselho Municipal de Turismo.
Tal ocorreu no decorrer da Assembleia Municipal que se realizou nesse dia.
Ao que OUTRA MARGEM conseguiu apurar na altura, as bancadas da CDU e do PSD bateram-se para que a nomeação fosse feita entre os nomes de um dos membros que compõem a AM. Nelson Fernandes, no seu estilo característico, frisou que não se sentia representado por Joana Aguiar de Carvalho, "pois é membro da Assembleia Municipal e não deve ser uma pessoa de fora da Assembleia Municipal a representá-lo".
"Isto não é forma de fazer política", disse ainda Nelson Fernandes. Que acrescentou, dentro daquele que é o seu reconhecido estilo: "uma bancada destas (do PS), cheia de gente capaz e não há nenhum elemento virtuoso para ir para esta comissão?"
Porém, a vida e a política dão muitas voltas e segundo o Diário as Beiras, passado um ano, "Joana Aguiar de Carvalho enviou o pedido de demissão ao Conselho Municipal de Turismo (CMT), onde representava a Assembleia Municipal, por indicação da maioria socialista. A antiga dirigente do PS também se desfiliou do partido. 
Na base da dupla demissão está o apoio ao candidato à Câmara da Figueira da Foz Pedro Santana Lopes".
Na Assembleia Municipal de 5 de Maio de 2020, o PSD apresentou uma proposta para criar uma Comissão de acompanhamento do COVID. Foi chumbada com o argumento,  "de que não é preciso gente de fora". 
O mesmo Partido, por ter maioria absoluta, foi buscar uma pessoa de fora da Assembleia Municipal para o Conselho Municipal de Turismo... 
"A maioria absoluta do PS a permitir fazer tudo e o seu contrário"...
Registe-se que Joana Aguiar de Carvalho foi nomeada por votação secreta, com 11 votos contra, 2 nulos e uma abstenção.
Não foi proposto mais nenhum nome. O PS esteve igual a si próprio, ao informar a oposição: "a Joana Aguiar de Carvalho é o nosso nome, se quiserem ponham à votação um suplente!"...
Assim ia, há um ano, a democracia na Figueira.
Com as autárquicas de 2021 ainda longe, assistia-se a uma escalada de agressividade que se sentia, há meses, na política figueirense. Depois de ter  chegado  às sessões do executivo camarário, parecia ter também chegado às reuniões da Assembleia Municipal.
Passado um ano, com as autárquicas no horizonte, a maioria absoluta do partido socialista tem tentado dar uma imagem mais leve, mais risonha e de maior convívio democrático. Porém, como o verniz não é de grande qualidade, de vez em quando estala...

Cabedelo, um lugar cada vez mais de ninguém

"O CABEDELO MORREU !
Mais uma Excelente Obra deste Executivo do PS com o ALTO PATROCÍNIO da APA (Ministério do Ambiente )
Hoje, como se pode ver numa das fotos, 3 de Julho não havia um carro, estava deserto!
Reparem nas “pontes passadiços“ com centenas de metros de comprimento….
Pobre da nossa FLORESTA!"

Fotos e citação de 3 de Julho de 2021. Via Casimiro Terêncio
Em Julho de 2021, o Cabedelo é só obras e ausência de gente que já lá devia estar a ocupar o devido lugar e, este ano, não está lá. 
Na minha imaginação,  por ali andam fantasmas. O Cabedelo existe, o território existe, a praia existe, mas aquilo que existe é uma farsa.  
O Cabedelo morreu. 
No Cabedelo sinto-me como aqueles velhos, que já têm mais mortos na vida que vivos. É um local cheio de ninguém. Existem memórias a pairar no Cabedelo de vidas inteiras que se resumem numa palavra - saudade. 
Tal como o Cabedelo, Macondo também desapareceu do mapa, levando para o esquecimento as suas ruas com nomes de generais.
Mas tal como Macondo, o Cabedelo não é um lugar, mas um estado de espírito que nos vai permitir continuar a ver ver o que queremos, do modo como queremos. 
Em algum lugar entre Aracataca e a América Latina, Macondo existe e ficou imortalizada por Gabriel García Márquez. E o prolongamento da Gala, a terra na margem sul que segue o mondego até ao mar, o Cabedelo, também. 
O seu nome não vem no mapa. Contudo, não era terra morta que merecesse ser tão levianamente maltratada. 
Tem passado. E esse passado não foi tido em conta e, muito menos, respeitado.

domingo, 4 de julho de 2021

Alguém sabe quem é e por onde anda o vereador da Cultura do executivo figueirense?..

Imagem via Pedro Silva. Para ler melhor clicar na imagem.
Olho em volta à procura do vereador da Cultura e não o vejo. Desapareceu? Tornou-se invisível?
Se calhar, neste executivo de maioria absoluta PS, vingou a tese de que a Cultura é uma bizarria, uma extravagância, uma coisa menor... Por isso, está a ser descontinuada de forma discreta, longe dos olhares da ribalta.
Como a política na Figueira é cada vez mais o reino do silêncio, da hipocrisia e da conveniência, temo que o assunto demore a ser esclarecido (nunca antes das eleições de 26 de Setembro p.f.), até porque, por parte dos responsáveis, falta a coragem para assumir a consciência dos actos e, sobretudo, das convicções com que os praticam.

O triunfo dos "aparelhos partidários" e a realidade portuguesa em 2021...

Como escrevi um dia destes, para um político ambicioso,  pode considerar-se essencial dominar, ou ter alguém da sua confiança - o chamado "homem do aparelho" - a chamada "máquina partidária".
Isso é fundamental em todos os partidos. 
Na Figueira, neste momento, Carlos Monteiro, presidente da concelhia do PS, domina "o aparelho partidário local".
No País, essa é uma evidência há muitos, muitos anos...
Como Santana Lopes continua a andar por aí, recuemos a 11 de Julho de 2004 e à indigitação de Santana Lopes para primeiro-ministro, que se consumou no Conselho Nacional do PSD realizado nesse já longínquo dia.
Esse marco, foi a expressão máxima do triunfo dos aparelhos partidários sobre as regras democráticas mais elementares. Foi a vitória dos pragmáticos do poder sobre os idealistas que partem das velhas referências de valores, competência, conhecimento e ideias.
A vitória aparelhística de Santana, foi o triunfo de um político que tinha sobre todos os outros do seu partido a vantagem de conhecer melhor que ninguém o "interior real" do PSD. 

A vida profissional de Santana Lopes foi, no essencial, a política. 
Quando ía aos congressos para perder, sabia que ganhava para o futuro em espaço de manobra e influência porque as velhas referências do partido que não gostavam dele não estavam para se dar ao trabalho de o combater nas bases do partido.
Santana sempre foi melhor que ninguém a explorar nos mecanismos de decisão interna as omissões de todos os "notáveis" que têm da política uma visão superior e cómoda, que desprezavam essa emanação do povo militante que são os baronetes das concelhias e das distritais e, sobretudo, têm de si próprios e da sua importância uma ideia desproporcionada do peso real que lhes é dado pela máquina partidária.

Esses "notáveis" não perceberam que são meramente utilitários, quase residuais, consoante as circunstâncias da política e que só adquirem real poder quando as máquinas partidárias pressentem que através de um deles podem chegar ao poder ou credibilizar governos frágeis. O poder primordial é de quem os escolhe e não dos próprios, que raramente passam do estatuto de líderes tolerados.
Cavaco Silva ascendeu à liderança em circunstâncias excepcionais e conseguiu um ciclo de liberdade plena perante o partido de seis anos. A partir de 1991 foi amplamente derrotado pelo aparelho que se esforçou por mudar mas não conseguiu. 
António Guterres conseguiu algum sossego na primeira legislatura, logo mitigado pela voracidade da rapaziada. E quando se apercebeu da realidade, bateu com a porta...
Durão Barroso foi o primeiro a ter a consciência de que o seu ciclo de liberdade perante o partido seria curto. "seu" aparelho era o resultado de vários aparelhos (santanistas, marcelistas, cavaquistas). 
Foi, por isso, que logo que conseguiu, protagonizou a fuga, o que do ponto de vista do seu interesse pessoal e político, que é o objectivo destes políticos, foi o melhor que lhe aconteceu.

Durão. Santana. Sócrates. Passos. Costa. E o que há-de vir a seguir...
A culpa de chegarem ao poder não foi nem é deles. É de todos os que não os querem combater dentro das regras democráticas.
Sobre a breve passagem de 5 meses de Santana Lopes como primeiro-ministro, sobraram as memórias de um Governo curto onde aconteceu tudo. E na primeira pessoa.

Só o poder é que une o PSD!..


"O PSD nunca foi um partido unido, a não ser no poder. 

Vamos ser claros e objectivos. Nós estamos na oposição e o PSD na oposição queimou vários líderes até chegar um para primeiro-ministro. Que chega lá às vezes por demérito de quem está no poder e às vezes ainda não tinha caminhado para ter mérito próprio. 

A verdade é que estamos a dois meses e pouco de eleições que deveriam mobilizar o partido todo, deveria haver a responsabilidade de todos os órgãos do partido para pelo menos, nesta altura, não haver mais percalços porque esta luta difícil vai ter de se ganhar e isto não contribui. 

Daí dizer que estes empurrões parecem propositados para desgastar a imagem do presidente do PSD e do partido em geral."

José Silvano, via Jornal de Notícias

Uma vergonha

«Ano de eleições autárquicas é o período glorioso em que os jornais se enchem de suplementos em papel couché, onde alguns autarcas gastam o dinheiro dos contribuintes, que deveria ter sido aplicado em coisas úteis, a gabarem-se para serem reeleitos. Nenhum partido escapa a esta praga! Uma vergonha!»

sábado, 3 de julho de 2021

Como se pode chegar (e manter...) presidente de câmara na Figueira...

Para um político ambicioso,  pode considerar-se essencial dominar (ou ter alguém da sua confiança - o chamado "homem do aparelho") o "aparelho partidário".
Isso é fundamental em todos os partidos. Na Figueira, neste momento, Carlos Monteiro, presidente da concelhia do PS, domina "o aparelho partidário local".
Em Portugal e na Figueira, para se ter poder político e chegar à chefia do Governo ou de uma câmara, é necessário dominar uma estrutura partidária e os seus caciques locais.
Isto é:  ganhar eleições domésticas onde, por vezes, para eleger uma comissão política de um concelho ou de um distrito importante votam vinte, 25, trinta ou qurenta pessoas. 
Mais do que o mérito pessoal, o que é necessário é ter arte a sabedoria para “cacicar” um aparelho partidário e tê-lo na palma da mão. Com isso, é possível chegar ao Governo, ao parlamento ou a presidente de câmara. 
Depois, o dinheiro dos contribuintes ajuda. Cito a candidatura 
Pedro Machado - Figueira do Futuro"Actual presidente da Câmara do PS criou canal de TV online com dinheiros públicos e gastou milhares de euros em publicidade de autopromoção em vários jornais em vésperas do início da campanha."
Imagem sacada daqui

Gonçalos, ou a ensinança de bem cavalgar uma campanha autárquica a focar assuntos que não interessam a ninguém que goste da Figueira!..

O cartaz da foto acima é um exemplo disso: a vida política figueirense, neste momento, anda particularmente animada... 
Pena é que o concelho continue adiado. 
Mas, sobre isso, há-de haver tempo para conversar até 26 de Setembro próximo.
Para já, fica o registo do jeito que isso dá ao actual executivo camarário. 
Se há matéria, em que se deve reconhecer os méritos deste executivo camarário, é na esperteza saloia de manipular as mentes de um eleitorado amorfo, desejoso de boas notícias e anestesiado pela «boa imprensa»
Ainda há sábios políticos na Figueira, que nos brindam com a sua existência.
Fica igualmente o registo.
De resto, continuação de bom verão para todos. Sejam felizes. 
E isso, no fundo, é o que importa.

sexta-feira, 2 de julho de 2021

Atenção candidatos às listas que podem dar tacho nos próximos 4 anos na Figueira: este é o momento...

As eleições autárquicas 2021 foram ontem marcadas pelo Governo para o próximo dia 26 de Setembro.
Segue-se o momento mais dramático, mais melindroso e mais difícil para as forças que vão concorrer ao acto eleitoral: a escolha das listas. 
Por cada escolha, o candidato perde, pelo menos, meia dúzia de votos.
Para quem tem ambições a um lugar, deixo uma ajuda desinteressada.

Não esquecer: entre a graxa e a lisonja, optem pela lisonja.
Dir-me-ão: as duas são mais ao menos a mesma coisa. 
Substantivamente até podem ser iguais. Porém, a lisonja é mais eficaz, porque joga com as inseguranças do artista a quem se pretende dar lustro. 
Este é o momento de enaltecer e elogiar o raciocínio arguto do chefe e, sobretudo, o seu brilhantismo comparativamente com os seus pares.
Detectar a graxa é relativamente simples de tão óbvio que costuma ser. 
Já a lisonja pode ser direccionada ao elevado estatuto ético ou à resiliência à adversidade do chefe visado. 
Para ser eficaz, tem de ser subtil e abrangente. 

Se for feita com todos os matadores, a lisonja pode levar até gente consideravelmente inteligente a cair na esparrela. 
Com um chefe carente, inseguro, medroso, que não se ache merecedor do lugar que ocupa, a lisonja resulta na perfeição. Saber usar estas debilidades e inseguranças, afagar não só o ego, mas toda a envolvente da vida do candidato a chefe, é meio caminho andado para uma promoção na lista. 

Para quem tem aspirações, este é o momento. Se não se chegarem à frente alguém o fará por vós.
E não esqueçam.
O tempo em que a ética e o carácter eram determinantes num percurso profissional ou político, ficou bem lá atrás: vítima e prisioneiro nos idos de 90 do século passado.