sábado, 30 de janeiro de 2021

Da série, 2021 ano de eleições autárquicas...

Em 2021, na Figueira, como sempre aconteceu, o controlo do espaço político passa pelo domínio da narrativa...
As fronteiras da propaganda com o exagero ou a mentira, sempre foram ténues e difusas – a propaganda é uma arma de guerra, que sempre foi utilizada na disputa política.
Hoje, via Diário as Beiras:
"A Associação de Desenvolvimento Local da Bairrada e Mondego (ADELO) vai retomar a candidatura do geoparque da UNESCO, iniciada pela Câmara da Figueira da Foz. Em 2019, o organismo das Nações Unidas dissuadiu a autarquia a dar continuidade ao processo, tendo em conta novos requisitos. Na sequência da posição da UNESCO, a autarquia optou por abdicar do seu desiderato a solo e concordou em avançar com uma candidatura i n t e r m u n i c i p a l , q u e inclui, também, Montemor-o-Velho, Cantanhede, Mira, Mealhada e Penacova. O protocolo de colaboração entre a ADELO e o município será votado na próxima reunião de câmara."

As colectividades da freguesia de S. Pedro

 



Ricardo Santos, vice-presidente da ACCFF, escreve na edição de hoje do Diário as Beiras sobre duas das colectividades da freguesia de  S. Pedro. 

A resenha histórica deixou algumas coisas por contar. O que é normal. Não referiu, por exemplo, o papel que o Teatro teve no passado no Desportivo Clube Marítimo da Gala. Não focou, também, o desporto: o Marítimo da Gala teve participação nos campeonatos da antiga FNAT, agora INATEL, em modalidades como futebol, ping-pong e voleibol.

Por focar, ficou também a UNIFICACAÇÃO, UM PROCESO QUE JÁ VEM DE 1989, que na altura poderia ter feito sentido, mas que nunca foi viabilizado nem permitido pelo poder político local.

Em 2016, novamente por questões políticas,  a problemática da unificação (e não fusão) das Colectividades da Cova e Gala, voltou a ser um tema a ganhar actualidade.

Recordo o que escrevi em 16 de junho de 2006, quase há 17 anos: "Em 2006, mais de dez anos decorridos sobre a paragem do processo de unificação, a realidade é esta: não há uma estratégia de fundo, definida, concertada e devidamente fundamentada para o desenvolvimento do associativismo em S. Pedro. E a realidade recreativa e cultural, no âmbito do nosso concelho, para não irmos mais longe, é a conhecida de todos nós. Na ausência duma ideia de fundo, o poder político fez aquilo que é normal: tomou medidas avulsas e pontuais, onde foram gastos largos milhares de euros, como aconteceu no ano passado, curiosamente ano de eleições autárquicas, no Desportivo Clube Marítimo da Gala e no Clube Mocidade Covense. As carências recreativas e culturais, entretanto, subsistem. A nível desportivo, as coisas têm funcionado bem melhor, embora também aqui existam lacunas fundamentais que, por esta ou aquela razão, têm sido adiadas. É o caso do piso do Campo do Cabedelo. Meus senhores, sei que há quem não goste que se fale do problema, mas colocar desportistas – crianças ou adultos – a praticar desporto numa pedreira daquelas é, no mínimo, uma violência. É neste panorama de dificuldades gerais, que a problemática da unificação das nossas Colectividades, volta a ser um tema a ganhar actualidade. O futuro, que todos ansiamos pujante e vigoroso do associativismo na Cova-Gala, passa, inevitavelmente, pelas opções de fundo que terão, mais tarde ou mais cedo, de ser feitas. E que têm vindo a ser adiadas. Até quando?"

Infelizmente - e para mal dos pecadores dos moradores da freguesia de S. Pedro -, o que escrevi em 2006, continua actual: até a pedreira que é o piso do campo de futebol do Grupo Desportivo Cova-Gala...

Depois de uma noite de vento e chuva...

A noite passada foi de vento e chuva.
Vivemos dias difíceis e imprevisíveis.
Anda muita gente ansiosa e com medo do futuro.
As notícias não ajudam.
O vento e a chuva também não.
Vivemos em luto permanente. 
Em dias como o de hoje, resta cerrar o punho e pensar: temos muito que aguentar. Coragem. Isto pode ainda ficar pior...

sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Quando a cabeça não tem juízo o corpo é que paga: o Cabedelinho já começa a ter problemas por causa da obra do Cabedelo...

Quem vive a sul do estuário do Mondego, já tinha problemas com a erosão costeira que chegavam e sobravam.

Ontem de tarde, fui dar um pequeno passeio pelo local que a foto mostra, por necesidade de movimento, por ser uma zona segura, arejada e, neste momento, estar deserta. Nem pescadores lúdicos encontrei por lá.

Deparei-me com o que a foto mostra: numa zona onde não existiam problemas de erosão, há dois meses uma obra da câmara municipal da Figueira da Foz, retirou do Cabedelinho largos milhares de metros públicos de areia, para fazer uma montanha um pouco a norte do Campo de futebol do Grupo Desportivo Cova-Gala. Recomendo que olhem para o lado direito da foto acima.  A água está a escavar o enrocamento do molhe interior. Não vou falar do que se está a passar há longos anos a sul do Quinto Molhe, por desnecessário, pois a situação aí é por demais conhecida e ando a fazê-lo há mais de 16 anos neste blogue.

Como se pode ver na foto, numa Aldeia com tantos problemas de erosão, por causa de uma obra aberrante, neste momento, de forma perfeitamente dispensável, o Cabedelinho começa a ter por problemas por causa da obra do Cabedelo.

   

Sinceramente, não sei que mais o PS terá que fazer para perder as próximas autárquicas na Figueira da Foz. Todavia... É bem verdade que cada concelho tem os autarcas que merece.

Às sextas-feiras com Pedro Machado...

...via Rádio Regional do Centro

A importância da liberdade

Quem tem idade para ter vivido o chamado PREC, sabe que as hoje  denominadas "Fake News", tiveram um tio velhinho que se chama "boato".
Não sei a origem das "Fake News", de agora, como também nunca consegui saber onde nasciam os "boatos" do tempo do PREC.
No tempo do PREC, a rua era um espaço decisivo e interessante,  ocupado pelos chamados “activistas”, que mostravam a cara. Na época, o sectarismo político dominava. À esquerda, ao centro e à direita.
Em 2021, como sempre aconteceu, o controlo do espaço político passa pelo domínio da narrativa. No momento, temos o exemplo do Chega. 
Esse, é um perigo que não pode ser menosprezado.
Contudo, uma coisa é quem anda por aqui como no tempo do PREC - a dar a cara. Outra coisa, são os perfis falsos e os anónimos.
Não partilho, porém, a visão diabolizante das redes sociais e dos fenómenos daí emergentes. Isso, seria ir na linha da tentação censória do discurso dominante, das elites instaladas, que continuam a controlar os conteúdos dos media tradicionais: jornais, rádios e televisões.

"Fake News" sempre existiram e sempre existirão. As fronteiras da propaganda com o exagero ou a mentira, sempre foram ténues e difusas – a propaganda é uma arma de guerra, que sempre foi utilizada na disputa política
O actual incómodo com as "Fake News" está, digamos assim, na sua democratização e na perda do seu controlo pelas elites políticas e outras: as redes sociais permitem a facilidade de auto-edição.
Cada um de nós, sem filtros externos, pode ser um agente criador ou disseminador de aldrabices ou, pior ainda, de meias-verdades. Mas, isso, quer se goste quer não, corresponde a  liberdade. 

À liberdade de, por exemplo, dando a cara e de forma responsável,  através dum blogue como OUTRA MARGEM confrontar os poderes instituídos (onde se inclui o jornalismo) com interpretações alternativas aos factos em discussão.
Estou nas redes sociais, em 2021, como estive activo no PREC: mostrando a cara e abominando o boato, o anonimato e os perfis falsos.
Contudo, a última coisa que devemos recear é a liberdade. 
Só com a liberdade, o equilíbrio encontrará o seu caminho para separar o trigo do joio.

Dias difíceis

Confinados, tristes e em ânsias,
com a esperança quase perdida.
Nos hospitais é só ambulâncias:
nem morremos, nem temos vida.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Estado de emergência prolongado até 14 de fevereiro...

Fronteiras fechadas e aulas à distância no dia 8 de fevereiro...
Para ver em directo, clicar aqui.

O humor é uma arma difícil de manejar... (cito Fernando Campos: "não tem perdão nem inocência. Das duas, uma: ou é eficaz e consequente - e aqui recorre a todas as munições da inteligência - da subtileza à obscenidade, passando pela desmesura -, ou é amável e inofensivo...)

A ironia – "que, como muitos de nós sabemos, é um artifício da inteligência inacessível a uma imensa casta de imbecis - pode trazer algumas chatices".
Sei do que falo: dá-me um gozo tremendo, "quotidianamente, ter a satisfação de amesquinhar lautamente a mediocridade de alguns bonzos e revelar publicamente o ridículo dos pequenos mandaretes locais e das suas paroquiais freguesias ou clientelas..."

Como um dia, já lá vão quase 11 anos, o Fernando Campos  observou, o OUTRA MARGEM"para o Agostinho, trata-se de um testemunho de cidadania. Um veículo de intervenção cívica consciente, activa e assertiva, persistente, teimosa e irredutível na defesa das suas causas: a sua aldeia, tão desprezada; a sua praia, tão flagelada; o seu Cabedelo, tão abandonado; o hospital; a cidadania para todos.
E contudo, Agostinho não o faz por abnegação ou com aquele espírito de sacrifício tão apreciado pelos idiotas – não, Agostinho não corre o risco de ser condecorado plo presidente com a medalha-de-prata-de-qualquer-coisa - fá-lo por simples prazer e deleite - apenas pelo supremo, e afinal prosaico, gozo de exercer a liberdade e de o exprimir em português."

A sério. Estou preocupado. A Figueira, tal como há 11 anos, continua a ter medíocres, bonzos e mandaretes, e esta gente abomina a ironia. Ora isso, pode acrescentar mais tragédia, à tragédia que já é para os comerciantes da Rua dos Combatentes, a forma trágica como os processos das obras estão a ser conduzidos pelos "quens" de direito figueirenses...
Isso preocupa-me, pois por saber de experiência feito, conheço bem a desgraçada desgraça que é a classe política no poder local.

"Festeja - se hoje o Segundo Aniversário das obras da Rua dos Combatentes."

Como escrevi ontem: A realidade é indesmentível e fala por si

...a Figueira precisa de uma alternativa autárquica...

A perspectiva de uma vitória de Carlos Monteiro está a esvair-se à medida que o tempo passa.
E não irá acontecer pelos resultados obtidos nas últimas eleições presidencias pelo PS, pelo PSD, pelo Chega, pelo BE ou pela CDU...
Passará, inevitavelmente, pelo surgir de uma alternativa competente e credível nas próximas eleições autárquicas.
As condições políticas para que isso aconteça estão criadas: basta passar pelos locais onde este executivo camarário está a "obrar".

A realidade do que está acontecer nesses locais, desmente a ficção de quaisquer manobras de diversão ou desculpas. 

Isto, tem mesmo de mudar...

Mafalda Azenha: "dentre os clubes que utilizam as infraestruturas desportivas municipais, a Naval 1893 é o único que deve dinheiro ao município."

Imagem via Diário as Beiras
 

O enorme desafio que está colocado à esquerda: criar um projecto moblizador que capte o voto dos desiludidos...

Depois dos Açores, tornou-se visível que no futuro teremos uma recomposição partidária.

Uma análise ligeira dos resultados eleitorais, mostra que o crescimento do Chega provém essencialmente do eleitorado da direita tradicional, da abstenção e, provavelmente, também de jovens que votaram pela primeira vez. 

As transferências de voto provenientes do PS e dos partidos da esquerda serão marginais e muito localizadas.

Neste momento, as sondagens mostram que o PS continua a ter muito apoio junto da população. 

Portanto, a meu ver, dificilmente a curto prazo a direita terá acesso ao governo.

O Chega trouxe um problema ao BE e ao PCP: digamos assim, vai obrigá-los a apoiar o PS até ao fim da legislatura, mesmo que não gostem do resultado das negociações

Se, e quando, o PS gerar desencanto e frustração numa parte significativa do seu eleitorado - e isso pode acontecer, por exemplo, em resultado da gestão da crise actual e das políticas que nos forem exigidas pela UE como condição para o uso do Fundo de Recuperação, então poderá ocorrer uma transferência de voto do PS para o PSD. 

Nesse dia, teremos aquilo que André Ventura anunciou na noite das presidenciais: governo do PSD + Chega.

As eleições presidenciais mostraram que uma parte significativa da direita virou as costas ao PSD e ao CDS, procurando alternativas mais liberais ou mais radicais e musculadas.

A receita já é antiga: "menos Estado na economia e menos impostos", uns. Outros, "querem isso, mas com mais molho, isto é com porrada e menos liberdades (é uma questão de grau e às vezes de tempo, como se viu no Chile...).

Este, é um momento delicado e perigoso: há gente que se sente abandonada com as políticas neoliberais implementadas pelo PSD e PS ao longo dos anos. Não vê outra alternativa que não seja o Chega - que é isto tudo que tivemos nos últimos mais de 30 anos, numa versão pior: mais molho, isto é com porrada e menos liberdades.

As esquerdas em Portugal e na Europa têm um enorme desafio pela frente: serem alternativa ao caminho que fizemos até aqui, para ultrapassar os obstáculos que impedem o nosso desenvolvimento. 

Precisa-se um projecto mobilizador de esquerda, que capte  uma parte importante do voto dos desiludidos com a sociedade que esta democracia criou.

Isso,  exige diálogo unitário e trabalho militante de base. 


Mas onde pára aquela militância que quem viveu os anos a seguir ao 25 de Abril de 1974, protagonizou em partidos como o MDP/CDE, o PCP e o PS?

Na Gala, logo a seguir ao 25 de Abril, o MDP/CDE, partido de que fui miltante, alfabetizou dezenas de pessoas idosas. E como foi importante para esses idosos, muitos com família no estrageiro, terem aprendido a ler para lerem as cartas que o filhos lhes mandavam dos países onde estavam emigrados sem terem de expôr a sua vida pessoal!..

Quem leu até aqui, pode pensar que isto são «estórias» do tempo em que os animais falavam. Infelizmente, porém, decorridos quase 47 anos,  a iliteracia continua roer a nossa Liberdade, a diminuir-nos como Povo e a afectar profundamente a nossa Democracia e a nossa rentabilidade.
Precisamos de políticos que trabalhem muito - e com muita ligação à realidade. 
Há muita coisa a fazer. Precisamos de políticos genuinamente empenhados na transformação do país. 

Autárquicas 2021: PSD e CDS excluem Chega de coligações, mas...

PSD e CDS vão assinar acordo-quadro que exclui Chega de coligações nas autárquicas. 
LUSA/MANUEL DE ALMEIDA

No final de uma reunião de cerca de hora e meia, realizada ontem, Rui Rio e Francisco Rodrigues dos Santos não quiseram referir-se nem a municípios concretos nem balizaram o número de coligações pré-eleitorais que esperam alcançar, que estará dependente da vontade das estruturas locais e da aceitação das direções nacionais. 
“Este acordo não vai dizer que só há coligações com o CDS e com mais ninguém (…) A única questão que estamos de acordo é que não haverá com o Chega, mas tirando o Chega logo se verá”...
Questionado sobre a razão dessa exclusão do partido liderado por André Ventura, Rio respondeu: “O Chega para ter conversas com o PSD tem de se moderar, o Chega não se tem moderado, não há conversa nenhuma”.
Na mesma linha, também Francisco Rodrigues dos Santos disse já ter sido “perentório” que “não haverá coligações com o Chega, nem em autárquicas nem em legislativas”.
Na manhã de ontem, porém, em entrevista ao Observador, tinha afirmado que o partido de André Ventura não é fascista. Confrontado com a possibilidade de colocar a sua assinatura ao lado da do líder do Chega num entendimento à direita, hesitou numa resposta direta começando a explicar: “Por exemplo, nas autárquicas não vamos ter acordos rigorosamente nenhuns com o Chega. Fui o único líder partidário à direita que o disse”
E nas legislativas? “Nas legislativas temos de falar. Até lá, quero que o CDS, com o PSD, tenham a capacidade de construir essa alternativa de poder”
Segundo o Observador, ficou claro que um entendimento com o Chega não é descartado por Francisco Rodrigues dos Santos que, pouco depois, em declarações na sede do seu partido tentava explicar-se melhor, dizendo que nas autárquicas o seu “parceiro preferencial” é o PSD. 
À noite, ao lado de Rio, quis “aproveitar” para clarificar “títulos que iludem e criam a percepção errada”, referindo-se ao que disse na entrevista ao Observador. 
Contudo, em vez de desmentir, a explicação resultou numa reafirmação. Primeiro, o líder centrista começou por dizer que “já disse que não haverá coligações com o Chega em autárquicas nem em legislativas”. Mas que a pergunta que lhe fizeram no Observador era “se haveria a possibilidade de reproduzir um entendimento de incidência parlamentar como o dos Açores”
“E a minha resposta foi que estou empenhado em dar músculo ao meu partido para reforçar o seu peso eleitoral para que conjuntamente com o PSD possamos formar uma maioria parlamentar à semelhança do que já aconteceu no passado para poder governar Portugal”
A pergunta feita no Observador tinh sido: “se poria ou não a sua assinatura ao lado da de André Ventura”, coisa que não rejeitou na altura nem nesta clarificação. Apesar de assumir que “não admite a intromissão de nenhum partido à direita do CDS” no acordo que quer solidificar com o PSD, “o CDS não rejeita um voto pela sua origem”, disse ao fim do dia questionado concretamente sobre o Chega. “Todos os votos que o CDS puder receber para validar o seu programa estamos disponíveis para os receber, não rejeitamos pela sua origem como de resto acontece todos os dias no Parlamento”. 
Portanto: neste momento, a meu ver, tanto no PSD como no CDS, a porta a entendimentos com o Chega não está trancada. 

"Rede de oxigénio"...

 O burro de Auschwitz

Telejornal RTP 1, minuto 15:38

José Rodrigues dos Santos:

«- "Os senhores estão a trabalhar com pacientes Covid numa altura em que os médicos do Serviço Nacional de Saúde estão a ser vacinados, e os políticos vão começar a ser vacinados na próxima semana, o Governo diz que os outros, os outros médicos, os do privado só serão mais tarde. O que é que o senhor pensa disso?"

Rui Maio, director clínico do Hospital da Luz:

- "Nós já somos vacinados, nós já recebemos vacinas, recebemos inicialmente vacinas para todas as pessoas que estão directamente envolvidas no tratamento dos doentes Covid e portanto podemos dizer que neste momento todos os profissionais de saúde que estão envolvidos directamente no tratamento dos doentes, quer sejam médicos, enfermeiros, técnicos, auxiliares, já estão vacinados, e conseguimos também alargar para outras especialidades de maior risco e que estão em contacto com estes doentes, nomeadamente pneumologia, gastroenterologia, medicina dentária, otorrino, enfim, especialidades de maior risco já estão vacinados neste hospital".» 

quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Mensagem dos profissionais do HDFF

Via Município da Figueira da Foz

A realidade é indesmentível e fala por si: a Figueira precisa de uma alternativa autárquica

Imagem via Diário de Coimbra

Com os resultados obtidos no concelho da Figueira por Ventura, no domingo passado, não me admira que ande por aí pessoal do Chega a sonhar com um lugar na vereação, a seguir às próximas eleições autárquicas. 
Porém, muito dificilmente os resultados eleitorais das presidenciais permitem fundamentar e alimentar ambições  para as próximas eleições autárquicas. Para os Chegas e para os outros.
Neste momento, na Figueira as incertezas continuam a ser a realidade. 
O pessoal do PS que ficou fortemente perturbado com o resultado do Chega pode, por aí, ficar descansado.
O PS, como sabemos, não apresentou candidato nas últimas presidenciais.
A candidatura de Ana Gomes não uniu os eleitores do seu partido, nem ao nível nacional, nem ao nível local. 

Quanto às autárquicas de Outubro próximo.
A meu ver, para bem da Figueira e do concelho, Carlos Monteiro, que ascendeu a presidente por sucessão, não tem condições para a ganhar as autárquicas de Outubro próximo. O "senhor presidente por sucessão", se assim acontecer, nunca será um "presidente eleito".
Apesar de na Figueira, desde há muitos anos, só dois partidos elegerem vereadores (houve em 2009 o fogacho 100%...), algo poderá mudar.
Aliás, Carlos Monteiro e a equipa de vereadores que herdou, mostram já manifesta e precocemente sinais que andam nervosos e irritadiços. Quem estiver atento aos sinais, nota que andam preocupados. 
E têm razões para isso. Carlos Monteiro é um fraco candidato: foge às questões concretas e às responsabilidades políticas. Perante a realidade,  apresenta argumentos fora do contexto e algo delirantes, como se pode ver pelas respostas hoje publicadas no Diário as Beiras e no Diário de Coimbra, quando confrontado com o atraso das obras em curso no concelho, promovidas pela Câmara Municipal, cujo executivo integra há quase 12 anos: primeiro, como vereador; e, desde Abril de 2019, como presidente.
 
Andam em campanha há meses.  
Todavia, isso de pouco lhes poderá valer. 
A perspectiva de uma vitória está a esvair-se à medida que o tempo passa.
E não irá acontecer pelos resultados obtidos nas últimas eleições presidencias  pelo PS, pelo PSD, pelo Chega, pelo BE ou pela CDU...
Passará, inevitavelmente, pelo surgir de uma alternativa competente e credível nas próximas eleições autárquicas. 
As condições políticas para que isso aconteça estão criadas: basta passar pelos locais onde este executivo camarário está a "obrar"
A realidade do que está acontecer nesses locais, desmente a ficção de quaisquer manobras de diversão ou desculpas.

Com a ajuda da população...

 Via Diário as Beiras

Pescadores de lampreia enfrentam "pior ano de sempre"...

 Via Diário as Beiras

Já que não há culpados, vamos ao que interessa: para quando se prevê a conclusão das obras da Rua dos Combatentes?

Como se pode ver pela imagem via Diário as Beiras «a Concelhia do PSD, em comunicado, critica o atraso nas obras da Baixa da cidade, responsabilizando o presidente da câmara. “O doutor Carlos Monteiro falha sempre nas suas promessas, passando as responsabilidades dos atrasos para o empreiteiro que ele próprio contratou e renegociou”, acusa o partido da oposição. “Foi o PS e o seu executivo que, repetidamente, anunciaram o fi nal das obras. E asseguraram que as mesmas ficavam concluídas no final de 2020. Esta obra, sem qualquer estudo, é um puro esbanjamento de recursos públicos”, acrescenta o PSD.
“É uma verdadeira mentira que o empreiteiro tenha sido escolhido por mim. Houve um concurso público e o empreiteiro assumiu não ter condições para concluir a obra e propôs a cedência de contrato a outra empresa”, reagiu o Presidente da Câmara, Carlos Monteiro. Acerca do “esbanjamento de recursos públicos”, o autarca atirou: “Quem, em 2009, deixou uma divida de 92 milhões de euros e o edificado municipal completamente abandonado foi o PSD”.
Portanto...
Quem não tem culpa, seguramente, é a Câmara Municipal da Figueira da Foz. Nesta, como em todas as obras actualmente em curso... 
Porém, recuemos a 26 de Maio de 2018. Na opinião do PSD da Figueira da Foz, esta obra já então era exemplificativa da forma como é dirigido o concelho: "sem estratégia, sem auscultação das populações, sem a preocupação de melhorar o nível de vida das populações, sem criar atractivos para os empresários instalados ou que se queiram instalar com vista à criação de emprego, o qual tanta falta faz aos nossos jovens, não promovendo também a consequente fixação de mais população no nosso concelho."
Entretanto, daqui a pouco estão decorridos 3 anos, três.