segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

OS MEUS AMIGOS

«Dos meus amigos quero calor. Quero saber que sejam bons. Quero saber que queiram saber. Cada um de nós é uma pequena embarcação. Uns à deriva, outros não. Partilhamos o rio. Uns estão de lancha. Outros com o barco furado e a meter água. Vão-se afogar. Rememos até eles e convidemo-los para o nosso barco. Já fui salvo algumas vezes. Sinto já ter salvado. Ser amigo é isto. Salvar, dar amparo, dar chão tão seguro que apeteça dançar em cima dele. Mesmo que na flutuação perigosa de um rio. Mesmo que sob um nevoeiro de pensamentos abstrusos. Dêem-me esse chão. Agarrem-me pelo braço. Dou-vos esse chão, agarro-vos pelo braço. Hoje aqui, amanhã acolá. Hoje em choro, amanhã em deleite. Hoje a deitar água, amanhã a reparar a embarcação furada de outro. É isto que são os meus amigos. Mais bonitos do que a junção de todas as letras que a República das Letras escreveu sobre amizade – porque real.»

O verdadeiro artista...

Via Diário as Beiras
«“Aquilo que pretendemos é uma placa de relva natural, umas balizas, uma coisa simples, para podermos ter algumas seleções a treinar e ficar nos hotéis”. No entanto, garantiu Carlos Monteiro, “isso será a longo prazo, porque a prioridade é recuperar os equipamentos desportivos existentes”...  
Por esta ordem de prioridades, acrescentou o edil, será construída uma piscina coberta na cidade, um pavilhão polidesportivo e, depois, “havendo condições para isso”, o campo com relvado natural.»

Ouvido na rua: "esta malta que gere a Câmara tem a mania de planear mal as obras..."

Obras no Mercado Municipal Engenheiro Silva 
Comerciantes em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS: 
"Isto está a prejudicar-nos. O negócio estava mau por causa da pandemia e as obras arrasaram o negócio, numa quadra do ano em que esperávamos vender mais qualquer coisinha."

domingo, 20 de dezembro de 2020

Uma comemoração diferente para assinalar os 138 anos de vida dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz assinalou ontem o seu 138.º aniversário.

O evento foi lembrado de forma simbólica: houve uma romagem aos cemitérios e o desfile silencioso de viaturas pela cidade, com paragem em frente a Câmara Municipal, onde a sirene de um carro tocou, «numa homenagem a todas as vítimas da Covid-19, a todos os que estão na primeira linha, desde os médicos aos enfermeiros, funcionários dos lares, até aos bombeiros, Cruz Vermelha, INEM, Protecção Civil», no fundo, «os que se confrontam com a doença e que a ela têm que dar resposta».
Foi uma comemoração de aniversário diferente.
Não Sessão Solene comemorativa e a entrega das Distinções Honoríficas. Foi apenas entregue simbolicamente por todos os que justamente as iam e vão receber, ao Presidente da Assembleia Geral.

Na foto, o Coronel Carlos Gonçalves, Presidente da Assembleia Geral dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz.

Em Quiaios onde ficou, por parte do PS Figueira, o respeito pela ética republicana?

Já todos sabemos o que se passou em Quiaios. 
Assistimos ao funcionamento da justiça, embora lento. Foram os tribunais, no fundo o sistema de justiça, que apeou Fernanda Lorigo do poder. 
O PS Figueira, a seguir, transformou um caso de Justiça num caso de política. 
Neste momento, a freguesia de Quiaios ficou sem o presidente da junta em funções, após a renúncia ao mandato dos eleitos da oposição (PSD e CDU) na Assembleia de Freguesia. 
Existe uma comissão administrativa provisória, até o Governo indicar uma comissão que fará a gestão corrente da autarquia até à realização de eleições intercalares. 
A demissão colectiva dos eleitos do PSD e CDU aconteceu na sequência da perda de mandato, imposta em setembro pelo tribunal, da presidente e do secretário da junta. 

Um problema que apenas teve a ver com a Justiça, transformou-se num problema político, dada a insistência do PS em tentar formar novo executivo. 
PSD e CDU, em maioria na Assembleia de Freguesia, fizeram o que tinham que fazer. 
Na Assembleia Municipal realizada no passado dia 18, Quiaios não esteve representada por não existir presidente de junta. Porém, Quiaios não deixou de ser falada na Assembleia Municipal. 
Primeiro, o presidente da câmara participou à assembleia a ausência, quando o correto teria sido o presidente da assembleia a fazê-lo... 
Depois, o deputado Nelson Fernandes, da CDU, criticou as declarações do ex-presidente de junta feitas ao DIÁRIO AS BEIRAS, nas quais defendeu que à oposição restava viabilizar um executivo de compromisso ou renunciar por não ter nada para oferecer à freguesia. 
João Portugal, saiu em defesa do autarca quiaense. Instalou-se alguma polémica, que se estendeu e envolveu, lamentavelmente, o presidente da assembleia municipal. 

Não foi bonito e perdeu-se tempo. No meio disto tudo, dei comigo a pensar onde ficou, neste caso de Quiaios, a tal ética republicana, tão cara ao PS, pois foi um conceito introduzido no debate político nacional por dirigentes do partido no poder no país e na Figueira. 
Recordo que o político que se comportou com grande elevação e dignidade neste capítulo, dando um exemplo de ética que ainda é recordado, foi António Vitorino. Quando era ministro da Defesa do Governo de António Gutierres, um jornal acusou-o de ter fugido ao cumprimento das suas obrigações fiscais. Perante as notícias António Vitorino apresentou a sua demissão, porque sobre um ministro do Governo não podiam recair suspeitas tão graves, isso apesar de a então Direção-Geral dos Impostos ter esclarecido que António Vitorino tinha cumprido com as suas obrigações. 
Aliás, se bem me lembro, apenas teria sido cometido um erro processual que o prejudicou. 

É assim que os democratas se deveriam comportar. 
António Vitorino deu o exemplo, a partir daí passou a ser uma referência ética para toda a classe política, desde o Presidente da Republica ao presidente da junta de freguesia da aldeia mais recôndita, incluindo Quiaios. 
Por isso, não entendemos porque razão o PS Figueira não retirou as devidas ilações éticas e morais e assumiu as consequências políticas em Quiaiois. 
Querem que vos recorde o que se passou em 2014 na freguesia de S. Pedro, onde ainda sem julgamento e sentença dos Tribunais, bastou uma notícia de jornal,  para acontecer a demissão do presidente eleito pelo PS, e a seguir a de todos os elementos eleitos pela lista do PS para a assembleia de freguesia?
Afinal como é: a ética republicana para o PS Figueira é uma coisa que se usa avulso? 
Com o arrastamento do caso de Quiaios, o PS tentou impedir o que não poderia deixar de ser feito por imperativos éticos do seu partido e que vai acontecer, para bem da ética e do respeito que os políticos têm de merecer: o funcionamento da democracia.
São atitudes políticas, como a tomada pela concelhia do PS no caso de Quiaios, que contribuem para a profunda descredibilização da república e da democracia em Portugal. Deixem de "atirar areia" para os olhos dos figueirenses.

Despedido médico que denunciou morte de Ihor

«Carlos Durão tem carreira ligada à criminologia, mas foi dispensado da Medicina Legal»

sábado, 19 de dezembro de 2020

«Ainda os ecos do conselho nacional do CDS que decorreu no sábado passado em clima de guerra civil...»

 Via OBSERVADOR

Agora que a Figueira já está sossegada, deve haver uma série de pessoas cheias de nervos em Sintra...

Via jornal SOL

Actualização via Marco Almeida

28 de Janeiro de 2002, foi quase há 19 anos! Porquê o assunto ter vindo à colação antes da discussão do orçamento camarário para 2021?

Via Diário as Beiras

Quiaios, como se degrada a democracia...

Freguesia de Quiaios vai para eleições intercalares
"Com a demissão do eleito da CDU e do PSD, a freguesia de Quiaios vai para eleições intercalares. 
Ontem, na Assembleia Municipal, o presidente da Câmara justificou a ausência de qualquer representante da junta de freguesia, por não haver «em funções, membros legais»."
Citação do Diário de Coimbra

Em Quiaios, como sabemos, o funcionamento da justiça, embora lento, ineficaz, muitas vezes incompetente e discricionário, fez o seu caminho. 
Foram os tribunais, no fundo o sistema de justiça, que apeou Fernanda Lorigo do poder. O PS Figueira, a meu ver, também neste caso, aparece como uma entidade mais ao serviço dos seus membros e na defesa do seu poder, enquanto partido, do que na defesa do interesse da governação da freguesia. A preponderância, já manifestada na teia obscura de negociações e interesses na tentativa de evitar o escrutínio pelo voto do Povo, dá do poder do PS Figueira e PS Quiaios, a pior das imagens.  
E, infelizmente, na minha opinião, a imagem não está longe da realidade. Muita da crise da política figueirinhas, encontra-se e explica-se no modo como os partidos políticos evoluíram nos últimos anos no exercício do poder local.
Não há demagogia política que consiga branquear esta triste e lamentável situação.
O bom povo, um dia, estará mais atento. Será mais perspicaz e inteligente e saberá eleger melhor as pessoas que andam a servir-se da política...

«Cavácuo»...

(...foi dez anos primeiro-ministro e mais dez Presidente da República.)


sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

... (o problema é o Aliança...)


«Canal entre Rio e Santana “está reaberto”, mas Lisboa não é hipótese...
Jantar num hotel da capital foi um momento de reaproximação promovida pelo PSD, mas continua a haver um problema para ser candidato a Sintra ou à Figueira da Foz: o ex-primeiro-ministro ainda tem cartão de militante do Aliança. Sem se desfiliar do partido que fundou, nada feito»

O (miserável) sentido de humor de Rio...

Via Delito de Opinião

"Não se descarte a possibilidade de estarmos perante uma conspiração de assessores do PSD e do Chega, a soldo de socialistas, da extrema-esquerda ou da Venezuela"...

«The Rio-Ventura emoji-chatice connection»

Cuidado com a velocidade: não acelerem demais, pois podem matar a "velha" (Figueira)...

Como demos conta esta manhã, citando o Diário as Beiras, o presidente da Câmara da Figueira da Foz, Carlos Monteiro, anda descontente com a lentidão das obras da Baixa da cidade. Eu, se fosse, presidente da câmara andava, mais do que descontente, desmoralizado. O que se passa em Buarcos, no Cabedelo, em toda a baixa figueirense é demasiado grave, para mim, não era caso para menos.
Mas eu sou eu... 
Citando o mesmo jornal, ficamos a conhecer o anúncio de mais uma catrefada de obras. A saber.


"Nova ponte custa 3,6 milhões de euros 
...o concurso público para a construção da ponte sobre o Rio Mondego entre Lares e o Alqueidão, inserida na via ciclável europeia Eurovelo, deverá ser lançado nas próximas semanas. 
Neste momento, ressalvou Carlos Monteiro, este procedimento está pendente da aprovação, pela Administração Central, da declaração do Reconhecimento de Interesse Público. 
A construção da ponte será lançada a concurso com um orçamento de 3,6 milhões de euros (mais IVA, de seis por cento). A estimativa inicial apontava para 1,5 milhões, mas, esclareceu Carlos Monteiro, houve que elaborar o projeto e atender a condicionantes impostas pela tutela do Ambiente. 
Na ponte também poderão circular viaturas, com limitação de peso, numa única faixa e com sistema de semáforos e zonas de espera junto aos acessos.
Requalificação da Enforca Cães e rotunda na Chã 
Também a requalificação da estrada entre o Cabo Mondego e a Murtinheira, conhecida por Enforca Cães, aguarda aprovação da declaração do Reconhecimento de Interesse Público. 
Será adjudicada por 650 mil euros. 
As duas obras, com cofinanciamento europeu, serão lançadas logo que esta etapa burocrática estiver ultrapassada. 
“Da nossa parte, está tudo pronto”, garantiu Carlos Monteiro. 
Por seu lado, a obra que transformará o cruzamento do Galo de Ouro, na Chã, em rotunda já foi adjudicada, por 341 mil euros (sem IVA incluído), aguardando-se que o empreiteiro a inicie. 
Para a freguesia de Tavarede estão previstas outras obras, como a manutenção do viaduto da rodovia urbana, junto à Quinta do Paço."

Erosão do quinto molhe: a sul da freguesia de S. Pedro, de concreto, nada de novo...


Via Diário de Coimbra

Hoje há Assembleia Municipal

 Via Diário a Beiras


Basta, vamos ao que interessa: quando se prevê que as obras da Rua dos Combatentes estarão concluídas?

Diário as Beiras, edição de hoje.
Passo a citar. "O presidente da Câmara da Figueira da Foz, Carlos Monteiro, está descontente com a lentidão das obras da Baixa da cidade. Em declarações ao jornal, o autarca frisou que os trabalhos estão a decorrer “demasiado devagar”. A continuarem assim, admitiu que o prazo para a conclusão da empreitada por si definido, até ao final de 2021, “está comprometido”
(Aqui faço um parêntises para para recuar a 26 de Novembro de 2019 e avivar a memória:  "A requalificação do núcleo antigo da Figueira da Foz, cujos trabalhos estiveram parados por dificuldades do anterior empreiteiro, foi retomada e deverá estar concluída no início de 2021, um ano após o prazo previsto)
Carlos Monteiro, no entanto, vai fazer mais uma tentativa para acelerar as obras. “Neste momento, estamos a avaliara a situação, estamos a falar com o empreiteiro”, adiantou. Indagado acerca do que poderá vir a ser feito caso a empresa não incuta mais cadência nos trabalhos, o presidente defendeu que, “no futuro, a obra não pode andar a este ritmo”. Tem sido ao ritmo dos empreiteiros que as obras se vão fazendo, tendo sido já, há muito, ultrapassado o prazo inicial. Para tentar dar um novo impulso à regeneração da Baixa, a autarquia convenceu o primeiro empreiteiro a ceder a conclusão da obra a uma outra empresa. 
Contudo, o resultado ficou aquém do esperado e os trabalhos continuam a avançar em marcha lenta."

Quem avisa amigo costuma ser. Recuemos a 26 de Maio de 2018:

Acerca da falta de consulta pública, Carlos Monteiro sustentou na altura: “Cumpriu-se a norma legal, porque os projetos foram debatidos e aprovados pela câmara e pela assembleia municipal”.

A requalificação do núcleo antigo da Figueira da Foz foi adjudicada pela Câmara Municipal da Figueira da Foz, em novembro de 2017, e o contrato da empreitada assinado em 2018.
Esta obra, exemplifica bem a forma como está a ser governado o concelho: sem planeamento, sem estratégia de desenvolvimento sustentado, sem ter em conta as aspirações e os interesses da população, sem o objectivo de melhorar o dia a dia das pessoas, sem cuidar da sobrevivência das empresas, dos empresários e colocando em causa a preservação dos postos de trabalho, sabendo-se como se sabe que o emprego tanta falta faz para a fixação da população jovem e menos jovem  na Figueira da Foz.
Basta ter em atençaõ o que tem sofrido o comércio tradicional com estas obras na baixa.
A falta de pedra não pode servir de explicação...