domingo, 6 de outubro de 2019

Parabéns Grupo Desportivo Cova-Gala!..

Ontem, o Grupo Desportivo Cova-Gala completou 42 anos de vida. Tempo para recordar um texto de 5 de Outubro de 2011, que no essencial continua actual.

foto via ULTRAS MARGEM SUL


Texto de PEDRO José Agostinho da CRUZ
"Os sonhos e os rostos são os mesmos. As vitórias, as promessas e as dificuldades teimam em permanecer. O campo é o mesmo -  lamentável!
Hoje, 5 de Outubro de 2011 o Grupo Desportivo Cova-Gala celebra 34 anos de existência.
Naquele pedaço de saibro, miúdos com idades compreendidas entre os 6 e 12 anos de idade praticam no clube que por opção escolheram a modalidade que gostam – futebol.
Segundo consta,  ao lado do campo do Grupo Desportivo Cova-Gala vai nascer mais uma invenção do poder local - um campo sintético (4 x 4). Uma espécie de campo de futebol (idêntico ao campo do parque de merendas – “o ex-líbris da vila”). Não quero acreditar que seja verdade. Alias, não pode ser verdade!
O Grupo Grupo Desportivo Cova-Gala sonha com o campo prometido. O Grupo Grupo Desportivo Cova-Gala merece o campo prometido.
A “Vila de S.Pedro” dos boys não merece este Cova-Gala que luta todos os anos para sobrevir.
A “Vila de S.Pedro” dos boys devia ser mais do que uma terra de rotundas idealizada por cabeças quadradas.

O Grupo Grupo Desportivo Cova-Gala dificilmente formará "craques". No entanto, uma coisa é certa, o Grupo Grupo Desportivo Cova-Gala continua diariamente a formar Homens!.."

“São quatro anos decisivos na vida de Portugal”...

MEMÓRIAS

Via Daniel Santos

"Estas grades, em boa hora mantidas nas proximidades do seu local de origem, têm uma história de guerrilha política entre os regeneradores e progressistas que se alternaram nos executivos da Câmara da Figueira. Foram colocadas para protecção entre o nível das praças Nova e Velha e a doca.
Esta, como outras memórias existentes na cidade, são referências históricas cujo conhecimento permitirá perceber o presente e ajudará a fundamentar o futuro. O modo de respeitar a sua autenticidade está muito para além da vontade de um qualquer que, acabado de chegar ou sendo autóctone, se encontra a prazo no exercício de um poder efémero.
Já aqui foi escrito, e por outros corroborado, que adjacentemente à doca se situava a então designada PRAIA DA SARDINHA, junto a cujo local foi colocada uma “memória” que lhe alterou a designação e ali se mantém, apesar das chamadas de atenção de alguns figueirenses.
Agora que o município é presidido por um figueirense nado e criado, talvez seja a ocasião para corrigir o erro, sob pena de se manter mal informados os vindouros. É só uma questão de respeitar a letra do Regulamento de Toponímia. E não tem custos significativos."

Nota: 
Via OUTRA MARGEM de 3 de Novembro de 2016: reponham a memória e a verdade histórica: praia da sardinha, se faz favor...

HOJE HÁ ELEIÇÕES LEGISLATIVAS


"Muito se tem especulado sobre como será o “day after” se o PS ganhar as eleições sem maioria absoluta. Dizem uns que se o PS fizer maioria com os deputados do Bloco dificilmente haverá acordo por o PS não querer ficar nas mãos do Bloco, quer esse apoio seja parlamentar, quer de coligação governamental. Dizem outros que mais fácil seria o acordo com o PCP se o número de deputados de ambos os partidos fossem suficientes para fazer maioria. Outros, finalmente, colocam a hipótese de o PS governar sozinho, como já fizeram Soares, Guterres e Sócrates.

A minha análise da situação é um pouco diferente. O que me parece é que, sejam quais forem os resultados eleitorais do BE e da CDU, a menos que se trate de uma verdadeira catástrofe para um deles, a Costa só restam duas saídas: ou tentar um acordo semelhante ao desta legislatura ou governar com a abstenção e o apoio de Rio, consoante os casos.

De facto, o PS nas sete vezes em que governou sem maioria absoluta nunca governou sozinho. Em dois acasos governou em coligação com a direita, uma vez com o CDS, outra com o PSD. Em quatro, governou sem coligação com o apoio da direita, salvo num ou noutro caso, de relativa pouca importância, em que beneficiou do apoio pontual da esquerda. Em cinco destas seis situações os governos não concluíram a legislatura, ou por a direita ter rompido a coligação ou por a direita ter derrubado o governo no Parlamento. Em todos os casos em que a direita derrubou o Governo, quer por rompimento da aliança, quer por votação no Parlamento, o PS perdeu as eleições subsequentes. Sem maioria absoluta, o PS somente por duas vezes concluiu a legislatura, uma vez por Guterres, outra por António Costa. De ambas as vezes, a confirmarem-se as sondagens, o PS ganhou as eleições legislativas subsequentes. 

Este é o quadro histórico. Das duas hipóteses acima referidas, a ter em conta depois de conhecidos os resultados das eleições de amanhã, a que me parece menos provável é a de um acordo à esquerda. Esse acordo, a existir, nunca seria com apenas um partido. Não só por essa não ser a hipótese que mais interessa ao PS, nomeadamente no caso de esse partido ser o Bloco, mas também por nenhuma das duas forças políticas da esquerda – BE e CDU – estar verdadeiramente interessada num acordo que deixe a outra força de fora a concentrar nela a capitalização do descontentamento governativo.

Independentemente destas considerações, os últimos tempos têm demonstrado que as exigências à esquerda iriam subir de tom e teriam de ser satisfeitas para poder haver acordo. O que desagrada francamente ao Partido Socialista porque sabendo que o próximo contexto económico-financeiro será diferente para pior do desta legislatura de forma alguma lhe convém ficar “atado” a partidos que lhe dificultarão ou até inviabilizarão o cumprimento da ortodoxia financeira comunitária. Convém-lhe, portanto, arranjar um parceiro mais compreensivo e que comungue das mesmas preocupações. E a saída para esta situação, que nunca seria una saída sem antes se assistir a uma imputação de responsabilidades à esquerda por ter inviabilizado uma solução semelhante à actual, seria a de um acordo com Rui Rio, governando o PS com a abstenção ou o apoio do PSD, consoante os casos.

Não só é essa a solução que mais interessa ao "PS que conta", como é também a saída mais condizente com o contexto económico-financeiro esperado, além de coincidir com o interesse de Rio e para a satisfação do qual expressamente se candidatou. Rio sempre disse, quando concorreu à presidência do PSD contra Santana Lopes, que não se candidatava para ganhar as “próximas” eleições (as de amanhã), mas para tirar o PS dos braços do Bloco e do PCP. O que levou, como se sabe, ao “divórcio” de Santana Lopes e à criação da Aliança. Só que esta "saída", que é muito provavelmente aquela pela qual o PS vai “entrar”, é a que deixa nas mãos de Rio a marcação das próximas eleições, aquelas para cuja vitória Rio verdadeiramente se candidatou.

Como pode o PS "cair" nisto? Exactamente pelas mesmas razões que o levaram nas seis das sete vezes anteriores em que foi governo sem maioria absoluta a pretender o apoio da direita e a por ela ser derrubado por cinco vezes."
JM Correia Pinto via Politeia

sábado, 5 de outubro de 2019

27 de Outubro de 2017: António Costa: “Tenho os nervos de aço”

Dois anos depois o aço enferrujou?..

Viva a República

Da série postagens inofensivas que não ofendem ninguém...

Imagens via Diário as Beiras

Na Figueira, a primeira reunião camarária à porta fechada, depois do 25 de Abril de 1974, realizou-se no dia 4 de Novembro de 2013.
Recordando... Contas da FINDAGRIM de 2018: receitas ascenderam a cerca de 122 mil euros. Despesa situou-se nos 170,5 mil euros. Défice chegou perto dos 48,3 mil euros.

Da série postagens inofensivas que não ofendem ninguém...


Imagens via Diário as Beiras
Com todo o respeito e consideração pelo Jot´Alves, a meu ver ficou uma pergunta por fazer ao Doutor Nogueira Santos: como é que um movimento independente dos partidos, como eram os 100%, se conseguiu financiar para a campanha autárquica de 2009? 
Isto, porque poderia ser didáctico e útil para perceber a dificuldade que constitui a falta de recursos financeiros para os grupos independentes se aventurarem na política autárquica e as dificuldades e desvantagens que existem em comparação com quem concorre numa lista patrocinada pelos partidos.
Dois pontos.
1. Sei do que estou a falar, pois em 15 de Dezembro 1985 e em 17 de Dezembro de 1989 concorri, como membro de uma Lista de Independentes,  à Junta de Freguesia de S. Pedro.
Neste caso fomos nós próprios, os candidatos, que metemos dinheiro do nosso bolso e confeccionamos, colocámos no terreno e distribuímos os materiais de campanha.
2. No caso dos 100% sei que, porventura, para além de alguns mecenas, houve necessidade de recorrer à banca, com o aval de alguns elementos do Movimento, para a obtenção de um empréstimo, que depois foi pago com o retorno que está previsto na lei e que depende do nível de votação obtida.
Neste caso correu bem. Os 100%, na votação para a Câmara Municipal,  obtiveram 18,39% (6 168 votos), logo tiveram dinheiro para cobrir o empréstimo. Mas, se tal não tem acontecido?

Há dias assim: de reflexão...

A campanha eleitoral terminou ontem. 
Sabemos o que foi. Sabemos como terminou
Hoje, é dia de reflexão.
Como português, sinto-me impotente.
Por muito que deseje (e desejo...) que isto realmente mude, tenho medo que aconteça mais do mesmo: que só seja possível continuar a ser governado por "gente que não sabe estar" na governação do País.
Como sempre, porém, vou fazer o que posso: vou votar.

Hoje é dia de reflexão. Portanto, hoje, para além de ser sábado, é um dia diferente. Talvez por isso,  apetece-me voltar à poesia de O'Neill.
O’Neill tinha um ar natural e irreverente.
Foi um homem e é um poeta transbordante de sonhos e sedento de realidades submersas.
Talvez por isso, foi em vida - e continua - incompreendido e  votado ao esquecimento.
Foi esse o preço que pagou por se ter recusado diluir numa qualquer poesia do populismo fácil.
Ele passou ao lado desse tipo de poesia pobre, decadente e estéril. Rejeitou a fórmula cor-de-rosa de ver a realidade: o lado obscuro do real existe, mas não é poeticamente estético descrevê-lo.

Quem ousa levantar a poeira, paga  um preço alto -  e ele fazia-o.
Fica um poema, para mim de um poeta fora do comum, de que gosto especialmente: Alexandre O'Neill.
Bom sábado e bom dia de reflexão.

Entre a
cortina e a vidraça

Vem o tempo de varejeira
entre a cortina e a vidraça.
O tempo assim à minha beira!
Que é que se passa?

E eu, que estava tão enredado
nos baraços do eternamente,
nos lacetes do já passado,
sou esfregado contra o presente.

A varejeira é nacional.
Terei, assim, de preferi-la?
Ora! É a mosca-jornal
- e já agora vou ouvi-la...

quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Morreu Freitas do Amaral, fundador do CDS e antigo deputado e ministro...

"Diogo Freitas do Amaral, 78 anos, morreu esta quinta-feira, 3 de outubro, avançam a SIC Notícias e o Expresso. Nascido na Póvoa de Varzim em 21 de julho de 1941, fundou o CDS, foi deputado e ministro dos Negócios Estrangeiros. O político estava internado desde 16 de setembro num hospital em Cascais."

Escrevi isto sobre Diogo Freitas do Amaral em 23 de outubro de 2012, e vou copiar.
"Neste País, a seguir ao 25 de Abril de 1974, tirando Diogo Freitas do Amaral, então Presidente do CDS, a quem ouvi dizer, aí pelos idos de 1976,  que era de direita, nunca mais ouvi nenhum político afirmar que é de direita.
Isso, marca a diferença  entre a esquerda e a direita.
Conheço muita  gente, incluindo Mário Soares, que diz  que tem «orgulho em ser de esquerda»!..
Todavia,  excluindo o caso acima citado, nunca ouvi ninguém a dizer que tem «orgulho em ser de direita»."

Da série postagens inofensivas que não ofendem ninguém...


Via Diário as Beiras

Vamos ao que é realmente importante...

... para lá da fumaça...

"Daqui a três dias, todos poderemos votar (sem que nos possamos candidatar) para eleger alguns que, maioritariamente, nem sequer conhecemos. Chamamos a esta liturgia, de certa menoridade política, eleições legislativas.

A análise dos programas eleitorais e o decurso da campanha que os promove mostra que a Educação não é tema que preocupe prioritariamente os partidos políticos. Mais do que a pobreza e inadequação de muitas propostas, é preocupante sabermos que o vencedor fará delas doutrina, sem qualquer sentido de urgência para resolver os problemas do sistema de ensino. Porque os políticos continuam a não entender que o que se passa é um problema deles e não dos professores já que, por mais variáveis que a Escola possa controlar, boa parte do que nela acontece é corolário das condições sociais e emocionais em que os seus alunos vivem. Com efeito, seria imperioso que os políticos entendessem a natureza holística da educação dos jovens, juntando ao currículo académico apoios sociais, médicos e psicológicos, para que a Educação se tornasse o factor mais poderoso de promoção da qualidade de vida de cada ser. Mas os problemas têm passado de governo em governo sem que o maior, qual seja o separar o interesse da criança, enquanto indivíduo, do interesse e das solicitações da sociedade, enquanto forma de organização colectiva, seja considerado resolutamente e financiado adequadamente."