quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Não esqueçam: é importante dormir com esperança...

Qualquer semelhança com o que se passou nas últimas três décadas e meia na Figueira é mera coincidência...

Quando o poder escolhe empresas de amigos, está a promover o quê?

1. Não exige que sejam competitivas.
2. Premeia as empresas fracas e os empresários incompetentes.
3. Assim, em vez de se promover a competitividade da economia está a promover-se a sua estagnação.
4. Por outro lado,  em vez de promover as empresas competitivas e empresários com valores, promove empresários oportunistas e alimenta empresas subsidio dependentes.
5. Quando esse mesmo poder contrata trabalhadores, mediante  critérios assentes no amiguismo e no compadrio (prática cada vez menos seguida pelos privados - eles lá sabem porquê...) está a assumir custos desnecessários. Contudo, se olharmos para o lado, facilmente damos por esse tipo de péssimos hábitos, ainda hoje "normais"  no Estado, em especial, nas autarquias locais.


Resumindo.
Um concelho que funciona  tendo como norma geral, o favorecimento de   empresas "amigas" e num sistema de selecção de quadros assente na "cunha", é um concelho em desagregação, com um tecido social em decomposição: os empresários protegidos e menos competentes, atrofiam e  asfixiam os que ousem competir com base na honestidade e competência. Se o Povo não é tratado com igualdade e é  o "irmão" das diversas confrarias que por aí existem, o que sabe dar "graxa ao cágado", o que tem cartão partidário da facção no poder, o que se sabe insinuar, que vai em frente e ocupa os postos importantes para o desenvolvimento do concelho, é bem possível que isso tenha custos a médio prazo.
Quando os líderes políticos não têm escrúpulos e sobrevivem no poder alimentando uma base eleitoral com base em favores empresariais e relações de compadrio com os funcionários, assegurando assim um mínimo de votos que lhes permite sobreviver no poder, estão destruindo as suas regiões. Quando os mais capazes, os que não estão dispostos a lamber os pés a políticos que para sobreviver precisam destes expedientes, ou quando os empresários que não estão dispostos ao mesmo, optam por investir noutras paragens, é a região que paga amargamente a manutenção no poder destas personagens.
Não são apenas as instituições que apodrecem: se for um concelho, é todo ele que sofre e que empobrece.
O genial Luís Vaz de Camões, quando escreveu nos Lusíadas que "Um fraco rei faz fraca a forte gente", acertou em cheio no futuro...

Pois...

terça-feira, 13 de agosto de 2019

Andam a gozar com a malta

Para um Governo português decretar uma requisição civil, é preciso que esteja em causa “o regular funcionamento de certas actividades fundamentais”
É isso que está inscrito no decreto-lei de 1974, emitido pelo ministério da Defesa com o propósito de definir “os princípios a que deve obedecer” essa requisição. 
Neste decreto, refere-se que a medida serve para responder a uma “paralisação momentânea ou contínua” que acarrete “perturbações graves da vida social, económica e até política em parte do território num sector da vida nacional ou numa fracção da população”.
Dado que não aceito esta requisição civil, para poupar combustível, hoje, OUTRA MARGEM não publica nada.
Para chegar até aqui não tive de me deslocar de trotinete.
Como sabemos, é um veículo eléctrico e mais amigo do ambiente.
Portanto, até amanhã. 
Se houver gasolina...
Pensando melhor: se não houver, amanhã venho de bicicleta!..
Mas, hoje, fica o meu protesto: não aceito esta requisição civil. Estou em greve.
Aconteça o que acontecer.

Boa noite.

segunda-feira, 12 de agosto de 2019

Um texto de Henrique Neto...

Na Figueira é sempre carnaval

Carnaval de verão, promovido pela empresa de eventos municipal

Nem tudo são más notícias...

... lá para 2098 teremos a recuperação das áreas ardidas...

Boa semana...


A. Piazzolla - Libertango by Tatyana's Guitar Quartet

Eu já passei por três idades: a juventude, a maturidade e... (mas continuo óptimo...) II

A imagem, diz respeito a uma postagem que publiquei no OUTRA MARGEM.
Como pode ser lido no cartaz: "esta candidatura espelha precisamente, a ideia de um dever que permanecerá... sempre! O futuro é dos jovens e, por isso mesmo, os jovens têm de ser protegidos, têm de lhes assegurar condições para ficar na nossa cidade!"
Promessas, passadas as eleições, também neste caso, levou-as o vento.
Apetece fazer uma pergunta a esta gente, que está no poder há 10 anos: o que fizeram pelos jovens do concelho da Figueira da Foz?
Muitos, assim de repente, dirão: "nada".
Mais valia: pensando no concelho,  já seria um grande elogio. Perante o que fizeram - e continuam a fazer - já seria uma benção.

Gastaram - e estão a gastar - o dinheiro que puderam arranjar vindo de fundos europeus em projectos que nada acrescentaram à cidade e ao concelho. Isso, é um ónus para o futuro da Figueira, que vai acabar por recair sobretudo sobre o futuro, que o mesmo é dizer, sobre a juventude.
Não gastaram em desenvolvimento económico e social sustentado. Não ajudaram a criar emprego remunerado decentemente. Enfim, não fizeram o essencial: criar condições para fixar os jovens.
Gastaram nas suas clientelas. Com os seus amigos promotores  e empresários oportunistas  e lambe-botas, com festarolas,  eventos de desportos de praia e outros, e manifestações de qualidade duvidosa. 
Nas próximas eleições, espera-se que  os jovens e os restantes votantes figueirenses,  tomem em mãos os seus destinos, não se deixando enredar em campanhas publicitárias, mais promessas falsas, ajudando o concelho a livrar-se de políticos incompetentes e outras pragas que acabam por nos  atingir a todos.

"Os critérios misteriosos do (des)governo da autarquia."

Texto a não perder, via BUARCOS BLOG.

domingo, 11 de agosto de 2019

A habilidade de ser credível na farsa deveria ser tão valorizada quanto a de ser genuinamente credível...

Na véspera de uma greve, com excepção dos comunistas, existem silêncios que não se admitem, mesmo que não se concorde com esta linha sindical.
Registe-se, por ser impossível ignorar, a ausência de sindicalistas nas listas do PS às próximas legislativas, assinalando a ruptura com a tradição socialista. 
Na realidade, como assinala Ana Sá Lopes, em editorial no jornal Público, o PS sempre foi mais tributário da tradição “racha-sindicalistas” de um Afonso Costa, condenando a República ao isolamento social, do que a qualquer tradição operária da restante social-democracia europeia (em larga medida desaparecida, entretanto).
Na sua história, e com muito honrosas excepções (por todos, Kalidás Barreto), a actividade sindical do PS pode resumir-se ao esforço de divisão do movimento operário português, tendo pesadas responsabilidades na perigosa pulverização que agora, ironicamente, muitos aí lamentam.

Já repararam como no PS ninguém fala na importância de ter eleitos oriundos das classes trabalhadoras e ligados aos seus problemas?

Este admirável mundo novo...

Imagem sacada daqui

De facto, parece estar a acontecer qualquer coisa ali...

Para a história dos aterros sanitários na Figueira: um problema que vem de longe... (III)


Telejornal, SIC, Abril, 1994

As novas funções das autarquias: os eventos/espectáculos de diversão...

O papel do jornalismo que se publica na Figueira, sobre o concelho da Figueira, um dia,  será alvo de escrutínio e de estudo. Espero que esse trabalho mostre e prove como jornalismo local abdicou de ser um contrapoder e,  por isso, abdicou de ser democrático. E se tornou dependente do poder local, a "voz" do poder local.
 É absolutamente ridícula a quantidade de notícias que são publicadas, todos os dias,  sobre os políticos locais. Qualquer pretexto, serve. Até uma Feira promovida por uma junta de freguesia transformada em promotora de eventos.
Via Diário de Coimbra
Via Diário as Beiras
Há uma nova realidade na maioria das autarquias figueirenses, que começa na câmara e se prolonga pelas juntas de freguesia: a promoção de eventos de diversão e de entretenimento, substituindo os promotores profissionais e asfixiando o tradicional associativismo (remetido à subsidiodependência).
O abandono a que algumas autarquias votaram as necessidades básicas das populações - mobilidade  (rede viária; transportes públicos; rede integrada e segura de ciclovias), higiene pública (recolha indiferenciada e separada de resíduos; limpeza do espaço público (saneamento básico (em todas as povoações) e espaços verdes (criação; requalificação; manutenção) -,  tem sido compensada na  aposta em diversão, para além do que é razoável, normalmente contratada por ajuste directo, ou nas avenças anuais continuadas, a meu ver, muito discutíveis.
Gastam-se largos milhares de euros nisto,  que depois faltam para o essencial.
Todas estas festas e carnavais também servem  para que os munícipes ao votar se esqueçam do que ficou por fazer. É o conhecido «pão e circo» do tempo dos Romanos, hoje apenas «circo» pela escassez de recursos.
No final, sobra a ausência de pensamento estratégico sobre o futuro do concelho e a definição de grandes objectivos para o médio e o longo prazos.
Na Figueira é cada vez mais visível a falta de massa crítica que, além das vitórias eleitorais, pense na qualidade de vida das pessoas. 
O que não se estranha:  a falta de massa crítica apresenta-se como natural, pois cada vez mais os candidatos autárquicos são qualificados apenas pelo cartão partidário.
A propósito deste regabofe (muito generalizado no país), era bom que os candidatos autárquicos se pronunciassem e os munícipes não se ficassem pela abstenção em valores obscenos:  mais de 50%.
Na minha família seria difícil compreender que, primeiro,  não se comprasse pão, roupa e medicamentos e se gastasse os parcos recursos em bilhetes de futebol, passeios ou perfumes.
Por isso, como querem que compreenda que nas autarquias o regabofe seja coisa normal?
E como querem que compreenda que a comunicação social não questione isto?

Para a história dos aterros sanitários na Figueira: um problema que vem de longe... (II)

Na sequência da postagem ontem publicada neste espaço, fica um resumo da opinião de um profundo conhecedor desta matéria, o eng. Casimiro Terêncio. Por ser do interesse público e dos leitores deste espaço segue-se a sua publicação, com o devido agradecimento e reconhecimento ao seu autor:
Foto via O AMBIENTE NA FIGUEIRA DA FOZ.

"Em 80 a única lixeira oficial era ao pé da Carreira de tiro, na EN 109 a seguir à Orbitur, do lado direito.
A lixeira, uns anos mais tarde, estava a rebentar pelas costuras e era preciso encontrar uma solução 
Essa solução surgiu porque no Cabo Mondego acabou  a extracção de inertes para fabrico do cimento
Através do eng. Moreira dos Santos juntou-se o útil ao agradável: a Câmara precisava dum sítio para descarregar os entulhos e a Cimpor precisava de colocar o terreno igual ao que encontrou
Atenção:  no Cabo Mondego não era um Aterro Sanitário era uma lixeira a seu aberto.
Mais tarde, fez-se o primeiro Aterro Sanitário com a Ersuc. O Aterro seria para Câmara e Soporcel, já com lexiviantes, chaminés para os gases e compactacao por estratos. Só que a previsão para a longevidade do Aterro foi atingida muito rapidamente.
Por último, se calhar por isso não se consegue a posse daqueles terrenos para a Câmara. 
A Câmara tem que retirar todo o lixo que lá pôs à balda e selar as paredes laterais e isso custa milhões largos de euros!"

sábado, 10 de agosto de 2019

Esperemos então por melhores dias... Por enquanto, "não há ainda razões para alarme"...

"A Figueira da Foz é uma praia histórica, apesar de não ser das mais quentes do país. Mas nem os frequentadores habituais se convencem com este verão incerto e tímido. Os comerciantes registam uma significativa quebra nos negócios."


Para ver o vídeo clicar aqui.


Para a história dos aterros sanitários na Figueira: um problema que vem de longe...



Figueira da Foz, situação dos aterros sanitários da câmara municipal em antigas pedreiras da CIMPOR. Para ver o vídeo, clicar aqui.




Vasco Trigo, jornalista entrevista Manuel Aguiar Carvalho, Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, e Amadeu Soares, Departamento de Zoologia da Faculdade de Ciências de Coimbra, em directo dos estúdios do Porto, sobre os aterros sanitários instalados em antigas pedreiras da CIMPOR pela Câmara Municipal da Figueira da Foz, nomeadamente o perigo de contaminação das águas de escorrência e consequente impacto ambiental. Para ver o vídeo clicar aqui.