sábado, 16 de março de 2019

O ponto de encontro será junto à entrada do Parque de Campismo da Praia do Cabedelo...

Utopia, pois que seja...

Para um comunista utópico,  lucro é a capacidade de produzir em função da comunidade.
É trocar a acumulação, por uma classe, pela distribuição, pelo todo.
O lucro não fica apenas nas mãos de alguns. O lucro é social, comum e justo.
Obviamente, que a economia terá de sofrer uma verdadeira revolução: é insustentável continuar com uma política de exploração desenfreada, incluindo os recursos naturais.
É claro que isso tornaria insustentável haver boys a receber salários e bónus pornográficos, quando se limitam a gerir empresas sem concorrência e sem riscos, como é o caso da distribuição de água na Figueira e de electricidade, no País.
Não é verdade, que todos se queixam do preço da água na Figueira, e do preço da electricidade, no País?
Na sociedade ideal, aquela em que gostaria de viver, passar algo de privado a público, queria dizer que deixariam de lucrar apenas alguns, para passarmos todos a lucrar.
Apenas isso. Isto é utopia?.. Pois que seja. Mas, um dia, não sei quando, há-de ser realidade.

Carlos do Carmo


sexta-feira, 15 de março de 2019

Obras do Cabedelo envoltas em polémica

Imagem Diário de Coimbra. Para ler melhor clicar na imagem
Imagem via Diário as Beiras
"Os vereadores eleitos pela lista do PSD Carlos Tenreiro e Miguel Babo solicitaram esclarecimentos à Inspeção Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT) sobre o projeto da requalificação do Cabedelo. A resposta já chegou e, segundo nota de imprensa enviada ao DIÁRIO AS BEIRAS pelos dois autarcas da oposição, há desconformidades com o Plano de Praia (PP). Na nota, Tenreiro e Babo afirmam que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e a Câmara da Figueira da Foz “pretendem mudar a lei para branquear as ilegalidades da obra já iniciadas no Cabedelo”. Além de detalharem os diversos pontos com que sustentam as suas afirmações, os vereadores divulgam a resposta da APA, que foi abordada sobre o assunto pela IGAMAOT. “Não obstante o contrassenso da polícia do ambiente (IGAMAOT) entregar a investigação à própria entidade que, em conjunto com a câmara municipal, detém a direção da referida obra, ainda assim, veio a APA reconhecer a existência das referidas ilegalidades”. Na resposta aos autarcas, a APA adianta que estão a ser feitas alterações ao PP, “por pedido da autarquia, por forma a compatibilizar as intervenções pretendidas para a zona com os objetivos estratégicos do programa”.
“Discussão pública viciada”
Acerca das alterações, Carlos Tenreiro e Miguel Babo entendem que “a lei está a ser mudada em função da obra que já se iniciou, onde a discussão pública que agora decorre está viciada e o resultado já está estabelecido, não passando a discussão pública de uma mera formalidade que levará, inevitavelmente, ao resultado que a câmara e a APA necessitam para cobrir uma obra com as ilegalidades denunciadas”. Os dois autarcas, atuando à margem do PSD, que este ano lhes retirou a confiança política, adiantam que apresentarão, na próxima reunião de câmara, uma “proposta para suspensão imediata da obra, com base nas referidas ilegalidades”.
“É lamentável”
Por seu lado, o movimento SOS Cabedelo, em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, afirmou que “já não espanta mais uma ilegalidade, a juntar à da transposição sedimentar sem o estudo de viabilidade”. Acerca das referidas obras, frisou que não compreende como é possível que elas continuem “sem a conformidade legal com o plano em vigor” e se faça a consulta pública com os trabalhos em curso. “É um desrespeito pela participação pública. É antidemocrático. É lamentável”, rematou.
“Obras  não vão contra o POOC”
Em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, a vereadora Ana Carvalho afirmou que “o PP só abrangia a praia propriamente dita, e a praia acaba na duna”. E afirmou: “O que nós vamos fazer é aumentar a praia e criar parques de estacionamento novos”. A autarca do executivo camarário afiançou, ainda, que “a APA quer que o PP abranja a nova praia, porque é uma área portuária, que, no fundo, vai deixar de ser”. Ana Carvalho reduziu as alterações em curso a “uma pequena alteração ao Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC)”, garantindo que “não é todo o programa, é só uma planta”. Ou seja, elucidou: “As obras que estamos a fazer não vão contra o POOC; o POOC, simplesmente, não as abrangia. Era omisso”. Assim sendo, afiançou, as alterações ao PP não vão fazer parar as obras nem alterar o projeto. “Temos a aprovação da APA e da administração do porto”, concluiu."

Texto Jot’Alves, via Diário as Beiras

Em Lisboa, para ter votos, os políticos vão ao programa da Cristina. Na Figueira, (apesar das audiências do Dez & 10) promovem carnavais. Mesmo na Quaresma.

A minha crónica desta semana no Diário as Beiras.

A Figueira ficou mais pobre: morreu o Capitão Guerra, um dos figueirenses que tentou salvar da sucata o último de todos os navios bacalhoeiros da Figueira da Foz (o "José Cação", antigo "Sotto Mayor")

Imagem Diário as Beiras

Na altura, comprar o Palácio de Maiorca, o Convento de Seiça e fazer o Caríbe foram  as prioridades...


"O dr. António Cação ofereceu o navio à Câmara Municipal e não foi aceite tão preciosa oferta. Que belo seria podermos ver hoje o navio José Cação instalado numa abertura feita na Morraceira, junto à Ponte dos Arcos. Ílhavo tem um belo museu, o navio Santo André e tem o casco do Santa Maria Manuela, o qual pensam aparelhar para pôr a navegar. E o que tem a Figueira que honre os seus filhos?" - palavras de Manuel Luís Pata.

Estávamos em 1998 na Figueira da Foz.
Santana Lopes tinha tomado posse de presidente da Câmara Municipal há poucos meses.
Com o apoio do Centro de Estudos do Mar - CEMAR, uma comissão de cidadãos (constituída por Manuel Luís Pata - que, então, estava a publicar os seus livros sobre a Figueira da Foz e a Pesca do Bacalhau, e já era associado do CEMAR - e pelos últimos Capitães figueirenses desse navio: o Capitão Marques Guerra e o Capitão Abreu da Silva) desenvolveu esforços para tentar salvar da destruição e da sucata o último de todos os navios bacalhoeiros da Figueira da Foz (o "José Cação", antigo "Sotto Mayor").
Com o declínio das pescas portuguesas, fruto em grande parte da adesão à União Europeia, após o falhanço da tentativa levada a cabo nos anos de 1998 e 1999 de transformar este navio em museu - a Câmara da Figueira presidida então por Santana Lopes não apoiou a iniciativa da sociedade civil - o “José Cação” acabou na sucata por volta de 2002-2003.
Recordo, um pequeno excerto de uma  interessante crónica de Manuel Luís Pata, publicada no jornal O Figueirense, em 2.11.207.
"A pesca do bacalhau foi a indústria que mais contribuiu para o desenvolvimento da Figueira da Foz. Nas campanhas de 1913/14 foi este o porto que mais navios enviou à Terra Nova (15 navios), ou seja, quase metade de toda a frota nacional. Hoje o que resta? Nada de nada!”
Foi assim que as coisas se passaram, mas tudo poderia ter sido diferente. Recordo as palavras do vereador então responsável, Miguel Almeida de seu nome: “esta proposta (a oferta do navio que o dr. António Cação fez em devido tempo à Câmara Municipal da Figueira da Foz, presidida na altura por Santana Lopes) foi o pior que nos podia ter acontecido”.
Como disse na altura Manuel Luís Pata, “nem toda a gente entende que na construção do futuro é necessário guardar a memória”
E, assim,  o “José Cação” foi para a sucata. Como sublinhou Álvaro Abreu da Silva, o seu último Capitão, "foi e levou com ele, nos ferros retorcidos em que se tornou, a memória das águas que sulcou e dos homens que na sua amurada se debruçaram para vislumbrar os oceanos”.

A utilidade de um blogue...

Passado...
Sou do tempo em que se guardava no papel.
Desapareceu tudo.
Tanta coisa que me apaixonou que ficou perdida...
Nos últimos 13 anos, este blogue é um cemitério que recorda as paixões, inquietações e irritações,  que me foram acontecendo... 

 

quinta-feira, 14 de março de 2019

Isto vale o que vale, mais com certos personagens vale mais...

[Imagem "Leap into the Void" by Yves Klein]
«"Em Março de 2018, ex primeiro ministro entrou no ISCSP a ganhar cerca de €1.200. Em Novembro, o contrato sofreu uma adenda e passou para cerca de €2.000". Saiu logo a brigada da direita radical de plantão às redes em defesa do homem que antes de abandonar o cargo lamentou publicamente não ter conseguido baixar os custos do trabalho. "Entrou a tempo parcial a ganhar 1200. Passou a tempo completo a ganhar 2000.
*Mais um escândalo"
Escândalo era se tivesse sido, por exemplo, com os estivadores, toda a vida a tempo parcial a trabalharem a tempo completo, os madraços. Dias inteiros no cais encostados aos contentores e à sombra dos guindastes a queimar cigarros e a falar de futebol.



Justiça é passar de tempo parcial  a "tempo completo" alguém que durante quase cinco anos nos andou a dizer que não tinha um modelo de baixos salários para o país enquanto indirectamente baixava os salários por via de sobretaxas, eliminação de subsídios de férias e Natal, aumento da carga horária, diminuição dos dias de férias e eliminação de feriados.



Justiça é passar de tempo parcial  a "tempo completo" alguém que durante quase cinco anos nos andou a dizer que não tinha um modelo de precariedade para o país enquanto assinava contratos de formação profissional com a McDonald's, aumentava o tempo de duração da contratação a prazo, aliviava as fiscalizações da inspecção do trabalho, punha os organismos do Estado a subcontratar por intermédio de empresas de trabalho temporário.



Justiça é uma universidade pública contratar alguém que durante quase cinco anos nos andou a badalar a excelência do ensino privado e o mérito, o mérito de ser contratado por um presidente militante do partido, uma coincidência de certeza, longe de mim levantar suspeitas ou calúnias, esclareço já.



Justiça é o ensino público, do Estado, pago com o dinheiro dos contribuintes, contratar para docente pela experiência adquirida alguém que durante quase cinco anos andou a denegrir o Novas Oportunidades que certificava competências pela experiência adquirida.



Justiça é o ensino público, do Estado, pago com o dinheiro dos contribuintes, contratar para docente alguém que durante quase cinco anos andou a resmorder quem vivia na sombra do Estado, não saía da zona de conforto, os professores que podiam muito bem deixar de ser piegas, fazerem-se à vida, não faltava trabalho nos PALOP's.



Isto vale o que vale mas com determinados personagens vale mais, muito mais.»

Lídio Lopes, presidente da concelhia do PSD, 1 Outubro de 2010, no DIÁRIO AS BEIRAS...

Entrevista a Lídio Lopes: “Duarte Silva não reunia condições para se recandidatar”

  
Foto Pedro Agostinho Cruz

Por que é que o PSD perdeu as eleições autárquicas para o PS?  

Houve um conjunto de circunstâncias que condicionou o mandato. Desde logo, o tempo que o eng. Duarte Silva demorou a decidir se seria ou não candidato, mas também a sua determinada vontade em ser ele a constituir a equipa que iria levar a votos. 

Nos dois mandatos de Duarte Silva não foram cometidos erros que possam ter contribuído para os resultados?

Cada caso é um caso… Por exemplo, em relação ao Parque Desportivo de Buarcos, se fosse eu a decidir, não o fazia.

Mas não se opôs… 

Não me opus… Dou as minhas opiniões em privado.

Quem decidiu que Duarte Silva era o candidato?

A dra. Manuela Ferreira Leite.
Concordou com a escolha?

Não tive espaço de decisão para concordar ou não. Havia uma estratégia do partido que dizia que todos os autarcas em funções seriam candidatos se reunissem as necessárias condições.

E Duarte Silva reunia condições para se recandidatar ao terceiro mandato?

É evidente que não, porque perdeu as eleições.

Foi o resultado previsível?

Havia um enorme descontentamento em relação à gestão das opções pessoais do eng. Duarte Silva. E esse descontentamento acabou por verificar-se através da própria criação do Movimento Figueira 100%. De lembrar que o eng. Daniel Santos era o coordenador do Conselho de Opinião do PSD.

Sentiu-se frustrado por não ter sido o candidato, como pretendia?

Nunca disse publicamente que queria ser candidato.

Ficou magoado (com Duarte Silva) por não ter sido convidado a integrar a lista à câmara?

Fiquei a pensar que, de facto, em política, algumas das decisões que se tomam, a frieza e o afastamento do reconhecimento obriga a algumas decisões. Na altura, fiquei a pensar no percurso que me permiti conduzir, condicionando a minha vida pessoal, para atingir determinados objetivos. Se calhar, não terá sido o melhor percurso, porque é público que eu me candidatei em 2007 (à concelhia) para defender a figura do eng. Duarte Silva.

Sente que o seu trabalho não foi reconhecido?

Sinto que o eng. Duarte Silva sentiu-se muito condicionado para me poder integrar na sua lista.

Quem o condicionou?

Não foi com certeza o trabalho que eu desenvolvi na câmara. Terá sido outra circunstância que o eng. Duarte Silva, se assim entender, dirá.

Vai recandidatar-se à concelhia?

Não sei. Ainda é cedo para tomar essa decisão.

Reconhece que o legado financeiro que o PSD deixou na câmara hipotecou o desenvolvimento do concelho, a curto, médio prazo?

Acho que não, porque se eu olhar para o país encontro muitos outros casos semelhantes. E também consigo encontrar muitas câmaras que, não tendo o desenvolvimento que a Figueira da Foz teve, têm igual dificuldade financeira. (…) Considero a situação financeira da câmara muito preocupante, tal como a do país.

O PSD vai viabilizar a aprovação do orçamento da câmara para 2011?

Mais importante que o orçamento vai ser o programa de saneamento financeiro.

Quem vai apoiar nas eleições à liderança da Distrital de Coimbra do PSD?

A minha vontade, não obstante a minha opinião, vai ter de resultar de um denominador comum muito bem apurado entre aqueles que eu entendo que devem pronunciar-se (na concelhia) sobre o assunto.

Lídio Lopes no Dez & 10... (II)

... a fazer o caminho de acesso à Liga (de Bombeiros)...

... foi “um homem de partido” e agora é “um homem de liberdade de opinião”
 “Posso estar em condições de poder apoiar quem quer que seja”. Está “disponível para ouvir e apoiar uma candidatura do PS”
Se Carlos Monteiro vier a ser candidato do PS à câmara, Lídio Lopes não rejeitou a possibilidade de apoiá-lo. Acerca da vereação do PSD, o antigo líder local daquele partido frisou que não deposita grande esperança no candidato que os social-democratas vierem a apresentar em 2021. A não ser que fosse um como Santana Lopes, que resolvia o diferendo entre os vereadores Carlos Tenreiro e Miguel Babo e a Concelhia rapidamente, pode ler-se hoje na edição do DIÁRIO AS BEIRAS.

A caminho de dias loucos!..

"O Rali de Portugal, que vai passar pela Região Centro e terá retorno económico estimado em 155 milhões de euros, a experiência gastronómica na Região de Coimbra, a Festa do Queijo Serra da Estrela em Oliveira do Hospital ou as apostas da Pampilhosa da Serra para atrair mais visitantes são alguns dos destaques no especial sobre o primeiro dia da Bolsa de Turismo de Lisboa".

Via Diário as Beiras

Tem sido sempre assim nos últimos quarenta anos...

Desta vez calhou ao Vice do CDS... Adolfo Mesquita Nunes na administração da GALP.


“Domínio” feminino em várias artes ao longo de oito dias

Doutor Luís Marques Mendes



Video sacado daqui

quarta-feira, 13 de março de 2019

Numa Aldeia onde se respira mar, espera-se que cuidem dos barcos em terra...

Foto António Agostinho

Não mexe!

"Perante a forte possibilidade de a Comissão Organizadora da Queima das Fitas não contar com a Figueira da Foz no seu programa de festas para 2019, veio o gabinete da presidência do município garantir estar disponível para trabalhar em formas alternativas de manter a ligação aos estudantes.
Ora, disponibilidade para trabalhar em formas alternativas significa, como todos sabemos, “não nos aborreçam mais com este assunto”. São ótimas notícias! A melhor decisão, por vezes, é não decidir, não reagir, não mexer, deixar estar. Quando se voltar a envolver os estudantes de Coimbra, que seja fora da época de festas, de forma séria e pensada, sem comboiadas e com valor acrescentado. Para os estudantes e para o concelho."

Via DIÁRIO AS BEIRAS

Pintura