O mundo que temos é este em que vivemos. Portanto: «não importa para onde tentamos fugir, as injustiças existem em todo o lado, o melhor é encarar essa realidade de frente e tentar mudar alguma coisa.» Por pouco que seja, sempre há-de contribuir para aliviar...
Gosto da tranquilidade. Para consegui-la tive de palmilhar muito: com trabalho duro e muito caminho percorrido. Ainda por cima, dizem que sou poeta! Logo eu que ando sempre sozinho... e sem protecção, nem escolta.
1. Face à invasão esperada no dia de Carnaval, solicito que a edilidade figueirense proponha à Figueira Parques, agora privatizada, para não se esquecer de oferecer estacionamento gratuito nesse dia. 2. Quem já só conseguir estacionar em segunda fila, deverá ser contemplado com um bónus (deixo o bónus à imaginação do executivo camarária ou da administração da Figueira Parques)... 3. Todos perceberíamos, facilmente, que isto não é campanha eleitoral, pois insere-se, com toda a naturalidade, na campanha do cabaz do carnaval figueirense... 4. Vivam os foliões e quem os ajuda a divertir (nomeadamente, como a foto comprova, Sua Excelência, o Senhor Presidente da Câmara, Doutor João Ataíde). 5. A bem do carnaval.
Figueira da Foz, 28 de Fevereiro de 2019 O proponente: António José de Jesus Agostinho, bloguer, com a situação regularizada perante o fisco (se tal for necessário, apresento declaração comprovativa).
José Sequeira Costa, morreu recentemente nos Estados Unidos, onde residia, aos 89 anos. Sequeira Costa, como lembrou o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues no voto de pesar apresentado e aprovado por unanimidade no Parlamento, é recordado como “um dos maiores pianistas portugueses do último século e um ilustre pedagogo”. “Não lhe faltou coragem. Num tempo em que tal não era fácil nem evidente, divulgou no nosso país a grande escola pianística russa”. Foi também Director do Festival de Música da Figueira da Foz na década de 1990. Ontem, na Assembleia Municipal da Figueira da Foz, foram apresentados dois votos de pesar pelo falecimento de Sequeira Costa. Foram admitidos à discussão e votação, por unanimidade, os dois votos de pesar – um apresentado pela bancada do PS e outro pela da CDU. Porém, a seguir veio o pior. Tal teve a ver com uma passagem do texto apresentado pelas deputadas municipais comunistas que aludia à cessação de funções de Sequeira Costa como director do festival de música, “por opção do executivo camarário liderado por Santana Lopes”. Teotónio Cavaco, líder da bancada do PSD, criticou as alusões partidárias “descabidas” da proposta da CDU, questionando a redacção do texto. “Não é a questão da pessoa, é a questão da redacção da moção. Os votos de pesar devem ser redigidos de forma a salvaguardar as razões positivas”, disse Teotónio Cavaco. A proposta da CDU, que propunha um minuto de silêncio “em homenagem e manifestação de pesar” pela morte de Sequeira Costa, acabou por ser votada e aprovada – com 10 votos contra do PSD e um do PS – este assumido pelo deputado José Fernando Correia, em declaração de voto: “Os votos de pesar servem para enfatizar, valorizar, as virtudes dos falecidos. Não devem servir para nenhuma espécie de ajustes de contas e coisas outras. Não posso deixar de votar contra a redação [do texto da CDU]”, afirmou. Aprovado por unanimidade foi o voto de pesar apresentado por Nuno Biscaia, que refere que Sequeira e Costa “foi um dos mais importantes pianistas de sempre” e “quer como músico, quer como pedagogo, quer como organizador de festivais de música clássica, em que foi diretor artístico, deixou um inegável legado cultural”. “Muito honrou a Figueira da Foz ter o maestro Sequeira Costa como diretor do seu Festival de Música durante a década de 90, tendo-lhe emprestado o seu prestígio e mestria na organização de programas de nível internacional”, regista a proposta socialista. Na sequência da aprovação dos dois votos de pesar, o presidente da Assembleia Municipal, José Duarte, esqueceu-se de cumprir o minuto de silêncio pela morte de Sequeira Costa, que acabaria observado cerca de 15 minutos mais tarde “com um pedido de desculpa reiterado” pelo autarca, depois de alertado pelo deputado Tiago Cadima, do PSD.
A chamada requalificação de Buarcos foi ontem criticada pela CDU, via Adelaide Gonçalves, e pelo PSD, via Teotónio Cavaco. Estes dois membros da Assembleia Municipal apontaram o congestionamento de trânsito que se verificou na zona no último fim de semana. A contestação às obras levou o presidente da Assembleia Municipal, o socialista José Duarte, a fazer uma declaração de voto, no decorrer da sessão realizada, ontem, dia 27 de fevereiro de 2019, que transcrevo via edição de hoje do DIÁRIO AS BEIRAS. “Sou a favor de todas as obras que se estão a fazer em Buarcos. Se estiver errado, podem crucificar-me em hasta pública. O que aconteceu no domingo é que os autocarros não param nas paragens, porque ainda não estão feitas”. A paixão faz doer e causa danos. Isso é coisa que, qualquer um de nós, aprende demasiado cedo. Vão-se coleccionando pequenos e insignificantes instantes de frustração. Por isso, presumo eu, é que com o tempo e a idade, se dá o salto qualitativo para o amor. Os velhos, sei do que falo, têm mais medo da paixão do que do amor. Do amor sempre colhem uma outra coisa que se guarda. Da paixão já não conseguem extrair nada. Deve ser por isso, que apesar de só a paixão ter cura, é dela que os velhos mais devem tentar escapar. Talvez por saberem que tudo o que nada lhes deixa, só lhes tira alguma coisa...
"A partir do próximo dia 1 de março e durante 5 dias, o Portugal “O” Meeting trará ao concelho 2577 participantes, originários de 32 países diferentes. O sonho começou há muito, e terá agora a sua realização suprema. São necessárias – não duvidem! – mais pessoas assim."
Nota de rodapé apropriada à quadra que atravessamos, portanto, carnavalesca:
… cá pra mim, isto é o espírito fulião do presidente Ataíde a funcionari… acabadu o carnaval retumemus a normalidade do carnaval cótidiano deste concelhu...
Muito bem Senhor Presidente da Câmara. Finalmente, saiu do armário e clarificou as coisas. O meu agradecimento pelo aviso feito à navegação. Pois, deixe que lhe diga, que também não consegui ler, sem desconfiança, um político, neste caso um presidente de câmara, a armar-se em delimitador da liberdade de opinião. Primeiro, porque a liberdade de um político, seja em Portugal, seja na Venezuela, não tem de coincidir com a liberdade de um cidadão. Segundo, porque a experiência mostra que os interesses dos políticos, nomeadamente da gestão das suas carreiras, podem ser um dos principais limites à liberdade de opinião de um cidadão. Tudo, no fundo, é um problema de liberdade. Só que a questão não acaba aí: começa, apenas. Porque este é o caminho mais exigente. A liberdade só o é quando supõe a igualdade. E esse é o passo que nem todos estão dispostos a dar. A título de exemplo: só podemos convencer alguém de que não é ofensivo ter opinião, quando não nos sentirmos ofendidos com a opinião dele acerca de nós. Neste caso, é óbvia a extrema finura da linha que separa a liberdade "dos outros" da contrariedade à "ordem pública", aos "«bons» costumes" e noções semelhantes. Nem por isso ficamos dispensados de examinar e ponderar, em cada caso, os interesses em confronto. Isto é uma questão de princípio, para que a Liberdade não seja só a "nossa liberdade", ou, mais precisamente, o poder disfarçado de liberdade. Recuemos uns anos e lembremos o caso Watergate. O problema que se colocava à sociedade americana, nessa altura, era o da liberdade de a imprensa relatar factos conhecidos que poderiam apontar para outros, desconhecidos. Watergate, para mim, significa essencialmente liberdade. Não esqueçamos: tudo começou com a curiosidade de um grupo de jornalistas do Washington Post apoiado incondicionalmente pelo seu director. O mérito da sua acção não está em terem feito cair um Presidente. O mérito está em terem denunciado publicamente o clima de ilegalidade, o gangsterismo que se instalara na Casa Branca, que tudo corrompia, que tudo e todos procurava comprar. Ao longo de anos, o Washington Post e os seus jornalistas sofreram toda a espécie de pressões para se calarem. Mas eles, conscientes dos seus direitos (e deveres) não cederam. Com os resultados que conhecemos.
Não sei se ainda se recordam, mas em agosto de 2011, o PSD alertou, em reunião de câmara, para o desaparecimento de algum património municipal. Em causa, estava o extravio de duas dezenas de pilaretes, como os da foto ao lado - dissuasores de estacionamento - da Rua Dr. Calado. O caso na altura, teve eco na política local: a bancada do PSD exigiu esclarecimentos, "sob pena de poder ser sinónimo de descuido com a defesa e salvaguarda do património". A explicação dos factos foi então formulada pelo vereador António Tavares do PS: “confirmada a recolha por parte do casino do material abandonado na via pública, diligenciei o retorno dos pilaretes à Câmara”.
Miguel Almeida congratulou-se pelo “gesto de solidariedade institucional” do casino. “Houve uma pessoa de bem que os encontrou, guardou e entregou, mas é preciso saber o que se passou”.
O Vereador apontava assim para a imperatividade de salvaguardar o património da cidade de ficar mais pobre. E, sobretudo, de fazer valer a autoridade do município, em virtude de “haver património municipal que desaparece e nada ser feito para se apurarem responsabilidades”, o que suscita comentários menos favoráveis e motiva nos munícipes uma má imagem associada à câmara.
O Presidente João Ataíde, na altura, considerou terem sido feitas “as diligências necessárias”. Presumo que, passados quase 8 anos, o problema esteja resolvido. Todavia, dado que esta questão dos pilaretes continua a ser tão importante na Figueira, pelo menos, como o carnaval, para o futuro deixo a sugestão de um modelo de piraletes que, em princípo, têm a belíssima utilidade que a fota mostra.
"Joana nasceu condenada aos infortúnios da vida. A vila pobre, o pai ausente, a mãe entregue ao álcool, o irmão deficiente. Apesar de ter sido agraciada com inteligência e beleza, as qualidades da rapariga parecem não ser suficientes para que ela reme contra a corrente.Numa terra de ninguém, Joana luta para ser gente: resiliente como uma flor que teima em brotar entre as pedras da calçada.O romance de estreia de Pedro Rodrigues é sobre a dureza da vida e a importância de se manter viva a esperança por uma primavera que acaba sempre por chegar, mesmo depois do mais rigoroso inverno."
Porque não há inverno que dure para sempre, DEVE SER PRIMAVERA ALGURES, primeiro Romance de Pedro Rodrigues, já está em pré-venda através da FNAC, BERTRAND, WOOK e no site da CULTURA EDITORA.
A obra continua. Os "chouriços", como disse um vereador um dia destes, estão lá. Todavia, a areia da duna, por detrás dos "chouriços", está a desaparecer. Isto está pior do que nunca, pois a duna está a ser a ser fortemente atacada pela erosão a sul, logo a seguir ao parque de estacionamento da Praia da Cova, depois do enroncamento do quinto molhe. O filme fala por si...
"Na minha terra – aquela onde nasci e cresci e onde venho dormir – esta é a realidade. Não é uma realidade escondida. Está à vista de todos – embora nem todos a queiram ver. Ainda não entendi o que será maior: se a nossa mudez, se a surdez de quem se esconde atrás de um cargo político. Não ponho em causa o sistema democrático. Não ponho em causa nenhum dos grandes substantivos abstractos. Ponho em causa certas competências. Ponho em causa esse cancro da ganância cega que se parece alastrar por todo o lado. O dinheiro cega, é uma verdade universal. É isso que me assusta. Compreendo a nossa pequenez. Somos uma pequena povoação, na outra margem do rio. Somos um anexo da cidade. Mas existimos. Fazemos parte da história. Somos gentes humildes: pescadores, peixeiras, marinheiros. Gentes do mar que precisam de terra onde atracar as suas vidas. Existimos. Apesar da nossa pequenez, existimos. Por muito que nos queiram esquecer, que nos queiram apagar, não deixamos de fazer parte deste chão. Peço a todos, que partilhem esta mensagem. O mar é um gigante bruto que não tem noção da sua força. Não fomos nós que decidimos brincar com ele. Alguém o fez, mas não fomos nós. Por que raio temos de ser nós a pagar pelos erros alheios? Pior que ter um burro no leme, é ter um chico-esperto a mandar no barco. Aqui, deste lado, é o mar que corre para o rio - e eu ainda não encomendei a minha gôndola."
Actualmente sem filiação partidária, o quadro superior da Misericórdia de Lisboa foi vereador, coordenador dos serviços municipais de Protecção Civil da Figueira da Foz e presidente da Concelhia do PSD. O programa, com duração de uma hora, realiza-se na Sociedade Filarmónica Dez de Agosto, com público a assistir, agora à terça-feira, pelas 21H30. O Dez&10 resulta de uma parceria do DIÁRIO AS BEIRAS com aquela centenária colectividade e a Foz do Mondego Rádio. A primeira entrevista da segunda temporada do Dez&10 contará ainda com a participação de Francisco Murta, o cantor figueirense finalista do The Voice Portugal – agora com o nome artístico Murta – que acaba de lançar o tema “Porquê” e o respectivo videoclip. A segunda temporada do Dez&10 terá como último convidado Carlos Monteiro (presidente do Secretariado da Concelhia do PS e vice-presidente da Câmara da Figueira da Foz, dia 21 de maio). Depois de Lídio Lopes, seguem-se o vereador Nuno Gonçalves (19 de março), a deputada Ana Oliveira (26 de março), o vereador Carlos Tenreiro (2 de abril) e Pedro Machado (presidente do Turismo Centro de Portugal, 9 de abril). A lista de convidados fica concluída com António Rafael (presidente da Associação de Colectividades do Concelho da Figueira da Foz, 16 de abril), vereador Miguel Pereira (23 de abril), Carlos Beja (antigo deputado e candidato do PS à câmara em 1997, 30 de abril), Fernando Matos (administrador da Sociedade Figueira Praia, 7 de maio) e Carlos Moita (presidente da ACIFF, 14 de maio).
"Não há dúvida que a imagem da Figueira da Foz de outrora se fixou no nosso consciente e inconsciente (histórico) da cidade. Do passado, ficou-nos a praia limpa de areia fina junto ao Relógio com as suas ondas frias de mar salgado. Os chapéus de lona com saia de riscas dispostos cuidadosamente em filas paralelas, onde todos os anos em Agosto se reviam famílias. Os barcos de pesca presos por cabos na margem do rio, apreciados do gradeamento de ferro. Os chapéus e as cadeiras de lona do Turismo perto da esplanada. Os giros em círculo nas bicicletas infantis alugadas no passeio do grande hotel. A piscina praia de água salgada pertença da Estalagem, ponto de encontro animado quando não se descia ao areal, e a animação natural do Bairro Novo, especialmente à noite, fazendo “piscinas” no picadeiro e observando o desfile de modelos de bom gosto das gentes que iam bailar ao “Grande Casino Peninsular”. As pessoas que vinham de férias partiam, e o regresso no ano seguinte era certo. Muitos desses turistas habituais deixavam antecipadamente a casa de Agosto alugada e a previsibilidade e o conhecido eram o que parecia atrai-los. Sabiam para o que vinham. Descansavam e gostavam, divulgando a Figueira da Foz como Rainha das Praias de Portugal. O tempo foi passando e a Figueira da Foz perdeu a sua identidade. A imprevisibilidade, o fortuito, o acaso, as medidas avulso transfiguraram a Figueira da Foz. Primeiro, as “negociatas” imobiliárias entre empreiteiros e autarquia. Depois, a transformação da cidade em percurso animado de festas pimba, jovens bebedeiras , comes e bebes e barulho insuportável em zonas mudadas para esse fim, dantes locais aprazíveis de descanso e contemplação da bela Foz do rio. Agora, desde 2009, estes autarcas habilitados já com o décimo ano de praia, surgem com múltiplas peripécias de animação do povinho, e muitas obras sem nexo, deixando a cidade irreconhecível em determinados locais. Na praia, criaram verdete e dispuseram umas horríveis mesas de piquenique sem sombra junto a um wc, caro e de mau gosto. As infraestruturas de lazer que têm sido implementadas no areal são de material perecível e vão degradar-se. Muitos dos residentes contribuintes, quando criticam e esperam melhor, são desprezados, mas alguns resistem e recusam projectos caros, mal concebidos, para turista de fim-de-semana e de ocasião usufruir, assando dentro das viaturas no pára arranca. A imprevisibilidade experimentada nestes últimos 10 anos de viagem autárquica não prova - (antes pelo contrário) - o desenvolvimento económico-social da cidade. Há desleixo, ponto!
Há falta de gosto, (re) ponto!
Sabemos que o futuro a “Deus pertence” e logo se verá, mas será que este presente pode ser fruto apenas de sucessivos acasos, dependentes de verbas emprestadas? Não. Aqui na Figueira da Foz não há heróis. Há cobardia e alguma arrogância porque o próprio poder “vomita” pressões e tece comentários depreciativos para silenciar os críticos!
Não me parece que a maioria dos figueirenses que amam a sua terra e fotografam o que não pode ser estragado (mar e foz do rio) sejam tão estúpidos que continuem a proteger estes “camaradas” do PS.
Aquela foto do rei da cidade, na varanda com os reis de Carnaval, mostra aquilo que se oferece na terra."