quarta-feira, 13 de junho de 2018
Enquanto João Ataíde pensar como Presidente do "Conselho", vai ser assim, e não pode ser de outra maneira!
Imagem Beiras |
Pela primeira vez, depois do 25 de Abril de 1974, um executivo camarário PS, com maioria absoluta, tendo como presidente de Câmara o Dr. João Ataíde, votou, para passar a vigorar daí para a frente, que os jornalistas e o público só podem estar presentes na segunda reunião de câmara do mês.
Convém não esquecer, que a “coisa” para ser aprovada, na altura, teve o voto a favor de João Portugal, Carlos Monteiro, João Ataíde, Ana Carvalho e António Tavares, as abstenções de Azenha Gomes e João Armando Gonçalves e um único voto contra, o de Miguel Almeida. ..
Como previ, a “coisa” continua a dar muito que falar e que escrever...
Uma Câmara Municipal é um órgão democrático do Poder Local, onde o presidente só consegue impôr a sua vontade se tiver o apoio ou a conivência da maioria dos vereadores.
Para memória futura: tal fica a dever-se a maiorias absolutas do Partido Socialista.
Será com decisões destas que se vai conseguir reforçar a participação dos figueirenses na vida colectiva da sua cidade?
O presidente só consegue impor a sua vontade se tiver o apoio ou a conivência da maioria dos vereadores...
Recordando um grande democrata figueirense, o doutor Luís Melo Biscaia, em democracia "nada há a esconder e é bom que quem dispõe da maioria num órgão político não julgue ter o direito de fazer o que quiser…"
Figueirenses: é importante que saibamos quais são as nossas metas, que nos conheçamos, que tenhamos interiorizado aquilo que é verdadeiramente importante para nós e para o nosso futuro...
Foto Figueira na Hora |
A escolha, do Doutor João Ataíde e da sua magnífica equipa, por maioria absoluta, comprova esta minha afirmação.
O importante é dar alegria às pessoas.
Na Figueira, neste mês de Junho, essa alegria sente-se.
Não é uma alegria consciente, mas sim um estado de um puro contentamento que a despreocupação sempre proporciona.
Portanto, polémicas à parte, as Festas da Cidade, organizadas pela autarquia, continuam até ao dia 30, com espectáculos grátis (Herman José, é o cabeça de cartaz na noite de S. João), marchas populares, fogo de artifício, bailes, cerimónias religiosas e provas desportivas.
terça-feira, 12 de junho de 2018
Pensamentos de um cão sem dono...
Há quem sempre sonhe com homens fiés e obedientes.
Só não deve querer é transformar o sonho em realidade.
Sonhar não é proibido.
Nem quando nos tentam proibir o sonho.
Especialmente, se nos tentam proibir o sonho...
E prontus: isto é tudo uma ganda paródia pá!..
Imagem via Vânia Isabel Baptista |
... entretantu, porque esta cidade não é pra pessoas é pra "gajos" que tavam convencidos que eram arquitectos porque andaram não sei aonde a fazer não sei o quê por um prazo dilatado ....
nesta cidade tamos sempre a fazer estudos e análises e research para problemas cuja análise ... estudo ....research... foi feita em bom tempo há séculos ou décadas atrás ....
... enfim: mais um prublema "resolvido" em cima do joelho ...
Nota de rodapé.
... fica por saber de quem é o joelho!..
eu pur mim que não tenhu vinculu definitivu a nada (nunca segui o conçelhu que me deram um dia para cuncurrer à xunta de freguesia por um partido do airco do puder... senão agora pelo menos tava respaldado numa liçença sem vençimento ....) não veju óbstáculu nenhum ....
mas também não queru prejudicarme que já vi que a Figueira por estes dias tá apreçida com a Guiné ou outro cantu exótico em que a malta a uma esquina (aqui é no feissebuque) é desaconçelhada de ir por çertos trajectos .....
aqui o desaconçelhu não é tanto físico com milicias de gajos com dentes cariados e cheiru a aguardente rasca no hálito a chegar a roupa ao pelo ...
é mais metafórico mas igualmente filho da puta ....
garantu que aqui no outra margem a gente não quer guzar.
primeiro temus uma estima e conçideração elevadiçima pelas enormidades intelectuais dos puderosos da polis.
e doravante vamos só dizer bem dos sinhores do puder do PS ...
Prumetemos entretantu dizer igualmente bem du PSD e mesmo du PPD...
Confissão...
Gostaria de viver numa cidade onde os políticos não fossem tão poderosos, a ponto de comprarem os pobres.
E os pobres, não tão pobres, a ponto de aceitarem as propostas...
Convenhamos.
Segundo as estatísticas, os ricos vivem mais dez anos, em média, que os pobres.
Contudo, em compensação, estão mortos, em média, menos dez anos...
É a chamada lei da compensação.
Desde que por cá ando, encontrei pessoas simpáticas, por acaso, pessoas boas, por sorte e, pessoas imbecis, por todo o lado...
Eu, que em boa verdade, até nem sou crente, acredito que pode ser pecado pensar mal dos outros.
Todavia, realisticamente comprovo que raramente é um equívoco...
Política, no fundo, resume-se a isto: é a arte de arrancar dinheiro dos ricos e votos dos pobres, com o pretexto de protegê-los uns dos outros.
E os pobres, não tão pobres, a ponto de aceitarem as propostas...
Convenhamos.
Segundo as estatísticas, os ricos vivem mais dez anos, em média, que os pobres.
Contudo, em compensação, estão mortos, em média, menos dez anos...
É a chamada lei da compensação.
Desde que por cá ando, encontrei pessoas simpáticas, por acaso, pessoas boas, por sorte e, pessoas imbecis, por todo o lado...
Eu, que em boa verdade, até nem sou crente, acredito que pode ser pecado pensar mal dos outros.
Todavia, realisticamente comprovo que raramente é um equívoco...
Política, no fundo, resume-se a isto: é a arte de arrancar dinheiro dos ricos e votos dos pobres, com o pretexto de protegê-los uns dos outros.
segunda-feira, 11 de junho de 2018
Feira das Freguesias abri oje às 19h00
Atão boa nôte.
É ofiçial!
Dêmus um bom paço em frente.
Depois do precalço de onte, devido ao mau tempo que se fez sentir, a Feira das Freguesias abre oje ao público, a partir das 19h00, com a animação e a gastronomia mais representativas das 14 freguesias do Concelho da Figueira da Foz.
Ao que pareçe as peçoas na Figueira têm menus medo para ir a festas do que o pânico induzidu pra vender vacinas e dar uns cobres às farmaçeuticas, por isso, o argumento, digaçe pesadiçimo e muita inteligente, do timporal não vai resultar.
Fónix ....
Vá.
E todos ficamus menos inquietus...
Nota de rodapé.
Eu gosto sempre de confirmar as coisas.
Purtantus fui aqui...
"Mau tempo" adia para hoje abertura da Feira das Freguesias
Via AS Beiras Via Diário de Coimbra |
A abertura do evento foi adiada.
“Desde que as condições meteorológicas o permitam, a abertura da Feira das Freguesias será realizada” hoje, segunda-feira.
O (putativo) "temporal" que se fez sentir durante a noite destruiu o palco que, ao cair, terá atingido um armazém e vedações na área circundante. O alerta para a queda da estrutura foi registado pelas 03H10, disse fonte dos Bombeiros Municipais da Figueira da Foz que se deslocaram ao local com uma viatura e dois elementos.
Notas de rodapé.
1. Será que a Câmara da Figueira já criou alguma linha de crédito para ajudar os habitantes do concelho, lesados por este (putativo) "temporal" que assolou a Figueira na noite de sábado para domingo, a repor os prejuízos?
2. Quanto ao adiamento, por um dia, da abertura da festa, isso é um pormenor irrelevante numa cidade que está em festa todo o ano!
Complexo desportivo do Cabedelo vai a reunião de Câmara....
Está agendada para hoje, a primeira das duas reuniões de câmara ordinárias para o mês de junho.
Realiza-se à porta fechada.
Da agenda, destaca-se a votação do contrato de comodato entre o município e o Clube Desportivo da Cova-Gala, tendo em vista a cedência gratuita do campo de jogos do Cabedelo, O CAMPO DO GRUPO DESPORTIVO COVA-GALA DESDE 1976.
A agenda com a ordem dos trabalhos pode ser consultada, clicando aqui.
Realiza-se à porta fechada.
Da agenda, destaca-se a votação do contrato de comodato entre o município e o Clube Desportivo da Cova-Gala, tendo em vista a cedência gratuita do campo de jogos do Cabedelo, O CAMPO DO GRUPO DESPORTIVO COVA-GALA DESDE 1976.
A agenda com a ordem dos trabalhos pode ser consultada, clicando aqui.
Está bem: és um gajo meio antiquado...
És honesto no teu silêncio.
Sei que não o fazes por birra ou estupidez.
O que assusta, porque isto se está a tornar demasiado sério.
Estás criterioso como um homem de sessenta e tal anos.
Não papas grupos, não te revês em modas.
Resistes teimoso, mesmo que o resto do mundo pense o contrário.
Depois, há dias em que não te calas...
Sei que não o fazes por birra ou estupidez.
O que assusta, porque isto se está a tornar demasiado sério.
Estás criterioso como um homem de sessenta e tal anos.
Não papas grupos, não te revês em modas.
Resistes teimoso, mesmo que o resto do mundo pense o contrário.
Depois, há dias em que não te calas...
"AREIA A MAIS, AREIA A MENOS…"
A FIGUEIRA DA FOZ VAI ATÉ À PRAIA DA VIEIRA DE LEIRIA...
Sexta-feira passada, dia 8 do corrente, na Vieira de Leiria (Marinha Grande), no auditório da Biblioteca local, teve lugar uma sessão pública, organizada pela associação cívica local Marinha Grande em Movimento, com intervenções de Alfredo Pinheiro Marques (director do CEMAR), Eurico Gonçalves e Miguel Figueira (coordenadores do movimento cívico SOS Cabedelo, e membros do Conselho Consultivo e Científico do CEMAR), e José Nunes André (geólogo e consultor de Ambiente local).
Tratou-se do Ordenamento (e desordenamento…) Costeiro: da erosão e do assoreamento do litoral português, no âmbito da situação catastrófica que está em curso desde há décadas na Beira Litoral (sobretudo desde Aveiro até Mira e desde a Figueira da Foz até à Nazaré) devido aos efeitos do "erro histórico" da construção dos molhes, monstruosos e desmesurados, que foram construídos na segunda metade do século XX na barra do porto lagunar de Aveiro e na barra do porto fluvial da Figueira da Foz.
O que ali foi agora discutido na Vieira foram sobretudo os molhes que mais afectam essa região: os que levaram à destruição das praias e do Turismo da Figueira da Foz e levaram à erosão feroz que desde então se tem avolumado em todos os litorais a sul da Foz do Mondego: Cova-Gala, Lavos, Leirosa, Pedrógão, Praia da Vieira…
O director do Centro de Estudos do Mar (CEMAR) participa também em iniciativas deste tipo porque, embora esta associação científica tenha como fim estatuário e como actividade principal a defesa do Património Cultural e Histórico Marítimo (a herança histórica e patrimonial local, e a etnografia, tecnologia e cultura popular marítima dos pescadores e marítimos locais), não quis deixar nunca de, também, ao mesmo tempo, desde o princípio (1995), tomar também posição e fazer ouvir a sua voz sobre a paralela e indissociável questão cívica e científica da defesa do Património Natural e Ambiental Marítimo. Sobretudo, sobre esta catástrofe ambiental indesmentível (cujos resultados estão à vista de toda a gente), que sepultou aquela que outrora havia sido considerada em Portugal a "Rainha das Praias Portuguesas" ("Figueira, das finas areias, berço das sereias…") sob um areal monstruoso que afastou a cidade do mar ("o maior aterro urbano da Europa") a norte da foz do Mondego, ao mesmo tempo que a sul se criavam problemas de erosão gravíssimos, que ameaçam as populações (e o próprio Hospital Distrital), e estão a afectar todas as praias e populações da costa portuguesa, até Pedrógão, Vieira, etc..
A erosão e assoreamento que transformaram aquela que outrora havia sido chamada "a Praia da Claridade" em algo que, pelo homem do mar, e autor autodidacta da História Marítima local figueirense, Manuel Luís Pata (Associado Honorário do CEMAR, e Medalha de Mérito da Cidade da Figueira), veio a ser chamado "a Praia da Calamidade"…
Portugal, na sua realidade geográfica e humana concreta, e no seu significado simbólico e identitário, tem como uma das suas características mais notáveis as suas célebres praias de areia branca: como se diz, popularmente (na célebre "Nau Catrineta"), "Terras de Espanha, Areias de Portugal"... Mas, aqui, na Beira Litoral, toda esta realidade está em risco.
E é em Portugal que existem -- e, sobretudo, aqui, na Zona Centro do país (e, também, nesta Praia da Vieira de Leiria, ao sul da Figueira da Foz) -- as comunidades dos pescadores da "Arte", a pesca de cerco e alar para terra a partir de praias arenosas (actualmente designada oficialmente como "Arte-Xávega"), únicas em termos mundiais, que pescam sem portos (!), com os seus extraordinários "Barcos-da-Arte" em forma de meia-lua, sem quilha nem leme (!), enfrentando e varando a rebentação a partir das próprias praias ("tecnicamente, surfistas"…), em pleno litoral oceânico do Atlântico Norte…! ("os mais pobres dos pobres, com o mais belo barco do mundo"… "sozinhos com Deus e Mar"… no silêncio rumoroso dos seus antigos litorais arenosos desertos).
Todo esse mundo (o mundo a que Paulo Rocha, outrora, no Furadouro [Ovar], chamou "um mundo maior do que o das cidades"…), está hoje em dia em perigo (em agonia acelerada, "como neve diante do sol"...), ao mesmo tempo que estão em perigo as próprias praias de areia fina em que, ao longo dos últimos séculos, tal mundo existiu.
Assim nos sendo dada, uma vez mais, a lição que já tínhamos obrigação de saber (e nunca nos deveremos cansar de repetir): são absolutamente paralelas, e indissociáveis, a defesa do Património Cultural e Histórico e a defesa do Património Natural e Ambiental.
O Centro de Estudos do Mar (CEMAR), centrado na Figueira da Foz do Mondego e na Praia de Mira, lutou ao longo de mais de vinte anos pela sobrevivência deste mundo cultural e pela salvaguarda, e "renaturalização" (verdadeira) do seu ecosistema. E tentou motivar para esse combate também todas as demais instituições e entidades da "sociedade civil" e da "comunidade científica e universitária" (e já em 06.09.1996 o jornal "Público" o noticiava).
Lutou, e vai continuar a lutar… E congratula-se por, finalmente, na Figueira da Foz, desde 2009, ter surgido (mas, significativamente, vindo de fora da "comunidade científica e universitária"…!) o movimento cívico SOS Cabedelo, que foi quem foi capaz de desatar o "nó-cego" de tantas décadas de imobilismo, de desleixo e de fatalismo... e foi capaz de ir procurar, encontrar, e propor, uma verdadeira nova solução -- através de um "by-pass", de transposição mecânica das areias… -- para o catastrófico "exemplo" de Hidráulica Marítima da Figueira da Foz… O catastrófico "exemplo" do "erro histórico" cujos resultados foram calamitosos.
O Centro de Estudos do Mar, na Figueira da Foz, vai continuar a lutar e a apoiar o movimento cívico SOS Cabedelo no combate pela reposição da dinâmica sedimentar e da alimentação das praias com a areia que nelas é natural, desde a Figueira da Foz até à Praia da Vieira e mais a sul.
E os contributos pessoais de Alfredo Pinheiro Marques, director do CEMAR, ao longo destes anos, vão ser antologiados, no fim, no seu livro "O Mar Mais Alto Do Que a Terra", em edição do CEMAR.
"Areia a Mais, Areia a Menos…" : a Figueira da Foz vai -- ou não vai…? (ou devia ir…) -- até à Praia da Vieira…
Na passada sexta-feira, dia do corrente, foi.
Sexta-feira passada, dia 8 do corrente, na Vieira de Leiria (Marinha Grande), no auditório da Biblioteca local, teve lugar uma sessão pública, organizada pela associação cívica local Marinha Grande em Movimento, com intervenções de Alfredo Pinheiro Marques (director do CEMAR), Eurico Gonçalves e Miguel Figueira (coordenadores do movimento cívico SOS Cabedelo, e membros do Conselho Consultivo e Científico do CEMAR), e José Nunes André (geólogo e consultor de Ambiente local).
Tratou-se do Ordenamento (e desordenamento…) Costeiro: da erosão e do assoreamento do litoral português, no âmbito da situação catastrófica que está em curso desde há décadas na Beira Litoral (sobretudo desde Aveiro até Mira e desde a Figueira da Foz até à Nazaré) devido aos efeitos do "erro histórico" da construção dos molhes, monstruosos e desmesurados, que foram construídos na segunda metade do século XX na barra do porto lagunar de Aveiro e na barra do porto fluvial da Figueira da Foz.
O que ali foi agora discutido na Vieira foram sobretudo os molhes que mais afectam essa região: os que levaram à destruição das praias e do Turismo da Figueira da Foz e levaram à erosão feroz que desde então se tem avolumado em todos os litorais a sul da Foz do Mondego: Cova-Gala, Lavos, Leirosa, Pedrógão, Praia da Vieira…
O director do Centro de Estudos do Mar (CEMAR) participa também em iniciativas deste tipo porque, embora esta associação científica tenha como fim estatuário e como actividade principal a defesa do Património Cultural e Histórico Marítimo (a herança histórica e patrimonial local, e a etnografia, tecnologia e cultura popular marítima dos pescadores e marítimos locais), não quis deixar nunca de, também, ao mesmo tempo, desde o princípio (1995), tomar também posição e fazer ouvir a sua voz sobre a paralela e indissociável questão cívica e científica da defesa do Património Natural e Ambiental Marítimo. Sobretudo, sobre esta catástrofe ambiental indesmentível (cujos resultados estão à vista de toda a gente), que sepultou aquela que outrora havia sido considerada em Portugal a "Rainha das Praias Portuguesas" ("Figueira, das finas areias, berço das sereias…") sob um areal monstruoso que afastou a cidade do mar ("o maior aterro urbano da Europa") a norte da foz do Mondego, ao mesmo tempo que a sul se criavam problemas de erosão gravíssimos, que ameaçam as populações (e o próprio Hospital Distrital), e estão a afectar todas as praias e populações da costa portuguesa, até Pedrógão, Vieira, etc..
A erosão e assoreamento que transformaram aquela que outrora havia sido chamada "a Praia da Claridade" em algo que, pelo homem do mar, e autor autodidacta da História Marítima local figueirense, Manuel Luís Pata (Associado Honorário do CEMAR, e Medalha de Mérito da Cidade da Figueira), veio a ser chamado "a Praia da Calamidade"…
Portugal, na sua realidade geográfica e humana concreta, e no seu significado simbólico e identitário, tem como uma das suas características mais notáveis as suas célebres praias de areia branca: como se diz, popularmente (na célebre "Nau Catrineta"), "Terras de Espanha, Areias de Portugal"... Mas, aqui, na Beira Litoral, toda esta realidade está em risco.
E é em Portugal que existem -- e, sobretudo, aqui, na Zona Centro do país (e, também, nesta Praia da Vieira de Leiria, ao sul da Figueira da Foz) -- as comunidades dos pescadores da "Arte", a pesca de cerco e alar para terra a partir de praias arenosas (actualmente designada oficialmente como "Arte-Xávega"), únicas em termos mundiais, que pescam sem portos (!), com os seus extraordinários "Barcos-da-Arte" em forma de meia-lua, sem quilha nem leme (!), enfrentando e varando a rebentação a partir das próprias praias ("tecnicamente, surfistas"…), em pleno litoral oceânico do Atlântico Norte…! ("os mais pobres dos pobres, com o mais belo barco do mundo"… "sozinhos com Deus e Mar"… no silêncio rumoroso dos seus antigos litorais arenosos desertos).
Todo esse mundo (o mundo a que Paulo Rocha, outrora, no Furadouro [Ovar], chamou "um mundo maior do que o das cidades"…), está hoje em dia em perigo (em agonia acelerada, "como neve diante do sol"...), ao mesmo tempo que estão em perigo as próprias praias de areia fina em que, ao longo dos últimos séculos, tal mundo existiu.
Assim nos sendo dada, uma vez mais, a lição que já tínhamos obrigação de saber (e nunca nos deveremos cansar de repetir): são absolutamente paralelas, e indissociáveis, a defesa do Património Cultural e Histórico e a defesa do Património Natural e Ambiental.
O Centro de Estudos do Mar (CEMAR), centrado na Figueira da Foz do Mondego e na Praia de Mira, lutou ao longo de mais de vinte anos pela sobrevivência deste mundo cultural e pela salvaguarda, e "renaturalização" (verdadeira) do seu ecosistema. E tentou motivar para esse combate também todas as demais instituições e entidades da "sociedade civil" e da "comunidade científica e universitária" (e já em 06.09.1996 o jornal "Público" o noticiava).
Lutou, e vai continuar a lutar… E congratula-se por, finalmente, na Figueira da Foz, desde 2009, ter surgido (mas, significativamente, vindo de fora da "comunidade científica e universitária"…!) o movimento cívico SOS Cabedelo, que foi quem foi capaz de desatar o "nó-cego" de tantas décadas de imobilismo, de desleixo e de fatalismo... e foi capaz de ir procurar, encontrar, e propor, uma verdadeira nova solução -- através de um "by-pass", de transposição mecânica das areias… -- para o catastrófico "exemplo" de Hidráulica Marítima da Figueira da Foz… O catastrófico "exemplo" do "erro histórico" cujos resultados foram calamitosos.
O Centro de Estudos do Mar, na Figueira da Foz, vai continuar a lutar e a apoiar o movimento cívico SOS Cabedelo no combate pela reposição da dinâmica sedimentar e da alimentação das praias com a areia que nelas é natural, desde a Figueira da Foz até à Praia da Vieira e mais a sul.
E os contributos pessoais de Alfredo Pinheiro Marques, director do CEMAR, ao longo destes anos, vão ser antologiados, no fim, no seu livro "O Mar Mais Alto Do Que a Terra", em edição do CEMAR.
"Areia a Mais, Areia a Menos…" : a Figueira da Foz vai -- ou não vai…? (ou devia ir…) -- até à Praia da Vieira…
Na passada sexta-feira, dia do corrente, foi.
Via INTERMAR
domingo, 10 de junho de 2018
Volta Ataíde, que estás a fazer muita falta na Figueira...
Com a autarquia figueirense transformada numa empresa organizadora de eventos de entretenimento, nada parece correr bem.
A Feira das Freguesias anda "azarada": dos erros ortográficos dos cartazes, chegámos ao voo do palco!..
A Feira das Freguesias anda "azarada": dos erros ortográficos dos cartazes, chegámos ao voo do palco!..
O chauvinismo começa quando aparece nuvem negra no céu e as pessoas correm a recolher a roupa do varal...
Via o sítio dos desenhos |
"Bem sei que o chauvinismo, no seu «entusiasmo intransigente por uma causa, atitude ou grupo», por extensão de sentido, também «rejeita tudo o que é de outros». O chauvinista não conhece a ponderação, o relativismo, a civilidade, a cortesia, a franqueza, o sentido de humor, porque não os compreende.
Também não compreende a ironia nem aceita a crítica. Toma-as sempre como afronta.
Em todo o caso, o que terá levado a simpática e até aqui discreta secretária da junta de Maiorca ao protagonismo político? Com mandato de quem, de que plataforma política informal ou desconhecida aceitou o papel de representar uma rábula de um chauvinismo tão anedótico que julgava já ultrapassado entre nós?"
O chauvinismo “maior cá”.
Subscrever:
Mensagens (Atom)