Cito o jornal AS Beiras.
"O cientista Paulo Trincão coordena a equipa que está a elaborar a candidatura que a câmara vai apresentar à Unesco para a classificação do geoparque jurássico do Cabo Mondego como património mundial. Em declarações a este jornal, adiantou que aquele organismo das Nações Unidas já elogiou, em público, o processo da Figueira da Foz.
A representação da Unesco em Portugal só pode sugerir duas candidaturas por ano.
Neste momento, no entanto, há pelo menos três: Figueira da Foz, Região Oeste e Viana do Castelo. A primeira avaliação deverá ser feita no início de 2018. Paulo Trincão, contudo, sossegou os figueirenses: “Estamos à frente das outras candidaturas”. Por outro lado, acrescentou aquele responsável, “a autarquia assumiu a candidatura como um desígnio”. Portanto, sublinhou: “Estamos a trabalhar para fazermos um geoparque”. Ou seja, mesmo que, na remota hipótese da Unesco não aprovar a candidatura, afiançou o cientista, “a Figueira da Foz já tem um geoparque”. “Há 100 anos que o monumento natural do Cabo Mondego é um geoparque de grande referência para académicos de todo o mundo”, enfatizou Paulo Trincão.
Por seu lado, o Prego de Ouro, atribuído em 2016, é mais um importante elemento para convencer a Unesco.
Estudo único no país
Paulo Trincão pediu seis especialistas em regime de avença, mas a Câmara da Figueira da Foz só disponibilizou verbas para dois. Os restantes 12 elementos da equipa são quadros da autarquia. Um dos avençados é o arquiteto João Sebastião Ataíde Goulão, autor de uma tese de mestrado sobre o edificado do Cabo Mondego, que concluiu com 19 valores. Ao que se sabe, aquele é o único estudo sobre o tema, que o autor entretanto ofereceu ao município figueirense. Aquele avençado é sobrinho do presidente da câmara, João Ataíde, e filho da chefe de divisão do Departamento de Urbanismo da autarquia, Maria Manuel Ataíde. O contrato tem duração de um ano, auferindo 900 euros por mês. “O Sebastião Goulão foi-me sugerido pela minha colega Helena Henriques e só pus uma condição: ver
a tese e conhecê-lo. Gostei muito da tese e do seu autor. Sem a sua contratação, o processo sofreria um atraso de, pelo menos, seis meses”, declarou Paulo Trincão, garantindo que os laços familiares do contratado não influenciaram a decisão.
Contrato controverso
Quem assinou o despacho foi o vice-presidente da câmara, António Tavares, porque o avençado é familiar do presidente. A proposta partiu da vereadora Ana Carvalho. “As pessoas não podem estar impedidas por terem laços familiares. Não ficam diminuídas por causa disso, mas devia evitar-se, porque, geralmente, estas situações trazem adversidades por parte da opinião pública”, declarou António Tavares. Contactado pelo Diário As Beiras, o gabinete de João Ataíde respondeu que o presidente, “quando lhe foi colocada a questão, demonstrou o máximo de reservas”. No entanto, acrescentou: “Desde que a equipa entendesse que a sua contratação era imprescindível e indispensável, não seriam as reservas do Sr. presidente que iriam por em causa o mérito do contratado, pelo que, nesses termos, nada teria a opor”.
Nota de rodapé.
“Na roça com os tachos”, é uma série em exibição na Figueira há 40 anos...
Na Figueira, lida-se com muita dificuldade e muito mal com a verdade.
A acreditar na caixa de comentários deste blogue, só existem duas maneiras de dizer toda a verdade.
1. Anonimamente.
2. Postumamente.
Mais de 11 anos decorridos, posso afirmar que este é um blogue, que é verdadeiramente um blogue.
11 anos decorridos resiste.
Já assisti, falando apenas na Figueira, ao nascimento, à agonia e à morte de muitos blogues. Isso, pode querer dizer que os promotores desses blogues tinham poucas coisas e pouca coragem para as dizer.
Por aqui há sempre - e cada vez mais - verdades para dizer e coragem para escrever.
Quanto mais não seja, para tentar contrariar a Figueira das convenções e dos arranjinhos.
Odeio convenções. Odeio arranjinhos. Aborrecem-me.
quinta-feira, 6 de julho de 2017
quarta-feira, 5 de julho de 2017
O futuro, para a salvação de algumas almas, continua assegurado...
"Parece que o regime que acabou em abril de setenta e quatro… não se finou totalmente. Pressente-se que, caso os militares de abril não tivessem um problema corporativo para resolver, muito provavelmente os protagonistas, a coberto de outra orientação, seriam os mesmos que ora conhecemos. O que ocorre é que o modo como se vivia antes da democracia era imposto de cima para baixo à força pelos protegidos do regime. Hoje, com os tais mesmos “espertos”, os métodos são porém bastante mais sofisticados e exigem-lhes a sagacidade para se constituírem, eles próprios, como “o regime”. À força da argumentação elaborada e sedutora juntam as promessas que arrastam as multidões que aliás só se dão contam quando o céu lhes cai em cima e ainda assim difi cilmente gritam que o rei vai nu. O incêndio que devastou Pedrogão, arrastando consigo dezenas de mortos e de feridos, criando a falência de inúmeras famílias, já teve tantas versões quantos os comentadores, técnicos e políticos que sobre ele botaram palavra, arremessando responsabilidades entre si (e não só). O inclassificável roubo de material de guerra de uma unidade militar parece não ter responsáveis à vista e, segundo “eles”, não é assim tão grave como isso (!). Os atrasos na Justiça e na resposta da Administração ou das concessionárias de serviços públicos são, apesar do Simplex, uma constante da nossa vida. O rei vai mesmo nu. Ninguém vê?"
Os espertos, uma cónica publicada no jornal AS BEIRAS, com assinatura de Daniel Santos.
Nota de rodapé.
Se um cigarro encurta a vida em 2 minutos.
Se uma garrafa de álcool encurta a vida em 4 minutos.
Se um dia de trabalho encurta a vida em 8 horas.
Se a vida está cara como sabemos que está.
Quem é que lhe pode fazer face com as reformas que temos?
Daí, como diria Oscar Wilde, que "a fidelidade seja para a vida afectiva o que a coerência é para a vida intelectual - a simples constatação de um logro!"
Os momentos de descontração, como por exemplo o proporiconado pela leitura desta crónica, são-nos imprescindíveis. O lazer é essencial para o nosso equilíbrio interior. Aproveitêmo-los e disfrutemos da nossa melhor saúde!
E não tenham receio de confessar uma certa preguiça!
Faz-nos bem...
E, sobretudo, irrita os que se governam à nossa custa!
Os espertos, uma cónica publicada no jornal AS BEIRAS, com assinatura de Daniel Santos.
Nota de rodapé.
Se um cigarro encurta a vida em 2 minutos.
Se uma garrafa de álcool encurta a vida em 4 minutos.
Se um dia de trabalho encurta a vida em 8 horas.
Se a vida está cara como sabemos que está.
Quem é que lhe pode fazer face com as reformas que temos?
Daí, como diria Oscar Wilde, que "a fidelidade seja para a vida afectiva o que a coerência é para a vida intelectual - a simples constatação de um logro!"
Os momentos de descontração, como por exemplo o proporiconado pela leitura desta crónica, são-nos imprescindíveis. O lazer é essencial para o nosso equilíbrio interior. Aproveitêmo-los e disfrutemos da nossa melhor saúde!
E não tenham receio de confessar uma certa preguiça!
Faz-nos bem...
E, sobretudo, irrita os que se governam à nossa custa!
“Na roça com os tachos”, uma série em exibição na Figueira há 40 anos... (II)
«No meu país não acontece nada.» (Ruy Belo)
CONTRATO DE AQUISIÇÃO DE SERVIÇOS NA ÁREA DA ARQUITECTURA - MODALIDADE DE AVENÇA
AJUSTE DIRECTO Nº. 832/17
Para conseguir ver melhor, basta clicar em cima da imagem |
Quem alguma vez se tenha debruçado sobre a etologia do intelectual béu-béu figueirense, vulgo guarda-portão, sabe que lema inspira a intervenção pública deste tipo de animal: forte com os fracos e fraco com os fortes.
Esta fauna, sempre necessária à oligarquia do momento, é tão velha como o mundo e define-se pela aplicação sofistica e mercenária que dá à sua mioleira. As suas cabecinhas pensadoras, registam e estão sempre prontas a apontar os crimes dos pequenos e a silenciar ou desculpar os dos grandes.
Embora formado num niilismo moral muito prático e rentável, o béu-béu não gosta que lhe lembrem o seu cinismo. É fácil vender a “alma”; difícil é admitir que se a vendeu.
Daí que o intelectual béu-béu deteste quem lhe lembre a humanidade e o direito dos fracos.
Daí, que as mais encarniçadas acusações a Robin Hood tivessem vindo de antigos “companheiros de luta”, de trânsfugas ao ideal de justiça que na juventude os levara à floresta de Nottingham.
Só esse mecanismo de auto-defesa (que de intelectual, em rigor, pouco tem) explica a inaudita sanha que os béu-béus costumam reservar para quem aponte o dedo ao seu dono.
Entendem eles - e bem - que a crítica ao dono é extensível ao jeco.
Por aqui, a ideologia não deixa de ser muito linda, seja à esquerda (leia-se PS...), seja à direita (leia-se PSD...). Porém, quando começa mais uma sessão do programa, velho de 40 anos, “na roça com os tachos”, aí é que o caldo entorna mesmo.
Fico à espera dos próximos capítulos...
Por aqui, a ideologia não deixa de ser muito linda, seja à esquerda (leia-se PS...), seja à direita (leia-se PSD...). Porém, quando começa mais uma sessão do programa, velho de 40 anos, “na roça com os tachos”, aí é que o caldo entorna mesmo.
Fico à espera dos próximos capítulos...
terça-feira, 4 de julho de 2017
João Saltão, candidato a Presidente da Junta de Freguesia de Buarcos e S.Julião pelo PSD
A importância da inocência para ser uma pessoa feliz
Força de vontade, é uma tendência instintiva que se destina a alcançarmos objectivos de médio e longo prazo, ignorando prazeres ou desconfortos imediatos.
Cristo era um homem sem medo.
Quando entrou em Jerusalém, acompanhado dos apóstolos, ele sabia bem ao que ia.
Cristo foi um homem feliz, um homem perfeitamente realizado.
Nunca pensava no mal e, por isso, nunca tinha medo.
Ninguém consegue ser feliz com medo.
Cristo era um homem sem medo.
Quando entrou em Jerusalém, acompanhado dos apóstolos, ele sabia bem ao que ia.
Cristo foi um homem feliz, um homem perfeitamente realizado.
Nunca pensava no mal e, por isso, nunca tinha medo.
Ninguém consegue ser feliz com medo.
segunda-feira, 3 de julho de 2017
Comunicar...
Como um blogue não é um monólogo, ficou o registo do meu gosto pela aprendizagem.
Este blogue não tem nada de especial para ser invejado...
Não sei se já perceberam, mas isto brota ao sabor das teclas.
Portanto, não me esforço para escrever...
É claro, que sei que os meus leitores são inteligentes e percebem o que quero transmitir.
Percebem, não percebem?
Claro que percebem.
Temos necessidade de comunicar.
E, mais que isso, temos necessidade de encontrar a pessoa que nos entende e a quem compreendemos.
Essa, é a busca permanente.
A simples hipótese de encantamento faz-nos sorrir.
É esse o estado de espírito que interessa.
Daí a busca...
Este blogue não tem nada de especial para ser invejado...
Não sei se já perceberam, mas isto brota ao sabor das teclas.
Portanto, não me esforço para escrever...
É claro, que sei que os meus leitores são inteligentes e percebem o que quero transmitir.
Percebem, não percebem?
Claro que percebem.
Temos necessidade de comunicar.
E, mais que isso, temos necessidade de encontrar a pessoa que nos entende e a quem compreendemos.
Essa, é a busca permanente.
A simples hipótese de encantamento faz-nos sorrir.
É esse o estado de espírito que interessa.
Daí a busca...
"A Figueira que já não é só da Foz", lembram-se?
Na Assembleia Municipal realizada na passada sexta-feira, a campanha promocional da cidade, um investimento de 90 mil euros, para mostrar a diversidade da oferta turística do concelho e combater a sazonalidade, foi criticada pela deputada municipal do PSD Isabel Gaspar, sustentando que só os figueirenses entendem a mensagem.
“A primeira fase foi para ter impacto local, para chamar a atenção da diversidade de produtos locais”, clarificou na oportunidade João Ataíde, presidente da câmara.
Na Figueira, e Ataíde sabe disso, só se vê bem com os olhos.
O essencial, continua invisível ao coração dos figueirenses! E Ataíde sabe disso...
Mermão, claro que isto, pelo menos a mim, só dá para sorrir...
É óbvio...
“A primeira fase foi para ter impacto local, para chamar a atenção da diversidade de produtos locais”, clarificou na oportunidade João Ataíde, presidente da câmara.
Na Figueira, e Ataíde sabe disso, só se vê bem com os olhos.
O essencial, continua invisível ao coração dos figueirenses! E Ataíde sabe disso...
Mermão, claro que isto, pelo menos a mim, só dá para sorrir...
É óbvio...
ESTAR FELIZ NÃO É OBRIGATORIAMENTE ESTAR ALEGRE... É ESTAR PRESENTE NAQUILO QUE SE VIVE...
Quase todos pensam que a felicidade passa por termos a vida com que sempre sonhámos: a casa, o carro, a profissão, uma companhia...
Por causa disto, quase todos aceitam entrar num ritmo de vida alucinante que os impede, muitas vezes, de apreciar os verdadeiros e simples momentos de alegria que surgem no dia-a-dia.
Quando dão por eles, estão sufocados, tristes, isolados.
E a felicidade teima em não chegar!..
Citando Henry Drummond.
"Na busca da felicidade, meio mundo anda no caminho errado. Pensam que consiste em possuir e adquirir, e em ser servido pelos outros. A felicidade, realmente, está em dar e servir os outros."
Por causa disto, quase todos aceitam entrar num ritmo de vida alucinante que os impede, muitas vezes, de apreciar os verdadeiros e simples momentos de alegria que surgem no dia-a-dia.
Quando dão por eles, estão sufocados, tristes, isolados.
E a felicidade teima em não chegar!..
Citando Henry Drummond.
"Na busca da felicidade, meio mundo anda no caminho errado. Pensam que consiste em possuir e adquirir, e em ser servido pelos outros. A felicidade, realmente, está em dar e servir os outros."
domingo, 2 de julho de 2017
Absolutamente delirante...
Gestos largos, falsetes e graças - a apresentação da candidatura de Fernando Seara à Câmara de Odivelas teve momentos delirantes.
Com Passos Coelho a assistir na primeira fila!
Os psiquiatras afirmam que uma em cada quatro pessoas tem alguma deficiência mental.
Ao olhar para esta figurinha fiquei descansado...
Se acharem Fernando Seara um tipo normal, então o doido dou eu!..
Águas de Mafra regressam à gestão municipal
Na Figueira há tomates para tomar uma decisão destas?..
Por onde anda um político chamado António Tavares, que durante oito anos, 8, quando estava na oposição, tinha um posição clara sobre este assunto?
Depois de oito anos de poder, 8, alguém conhece alguma tomada de posição do vice-presidente da câmara sobre uma matéria tão importante para o dia a dia dos figueirenses.
Nota de rodapé.
Era bom, em nome da lisura de processos e da transparência democrática, que fosse tornado público o nome das empresas que financiam as campanhas eleitorais dos partidos do chamado "arco do poder" figueirense...
Tenham cuidadinho...
Há alturas em que este concelho lembra, apenas, um imenso carnaval, com gente que nos quer impedir de usar o cérebro.
Estamos a 3 meses do dia em que vamos a votos nas autárquicas 2017.
Esta, é mais uma dessas alturas.
Quem estiver minimamente atento vê, a olho nu, que há gente que nos toma sistematicamente por idiotas. Uns úteis, outros inúteis.
Entretanto, vão-nos atirando areia para cima, na desesperada esperança que ninguém veja os reizitos nus, os charlatães de meia tijela e os incompetentes arvorados em grandes e públicas figuras de cultos e cultivados doutoures de generalidades e tudologia.
O objectivo a atingir, com esta insuportável claustrofobia, é simples: afogar-nos em entulho, excremento e estupidez....
A Figueira e o concelho estão de rastos. Mais uma vez, somos tratados como tontinhos crédulos, invertebrados e palermas.
Anda meia dúzia a preocupar-se, enquanto a imensa maioria anda é atenta às festas de verão, às próximas iluminaçõis de Natal, ao carnaval e ao S. João do próximo ano.
Não tarda nada e acaba o ano de 2017. Mais uma vez não vou conseguir ser adjunto do assessor. Mais uma vez, nem sequer consegui ser comentador nos jornais, na rádio, na TV, nem aceder ao nobre título de escritor, muito menos ensaísta ou pensador!
Carago pá! Ando a perder tempo!..
Querem ver que tenho de ir para um partido pequeno, como o PSD/Figueira, ou o que dele resta, para atrair votos, à esquerda, como o foram, a nível nacional, em tempos ainda recentes, figurantes do jornalismo e das minorias fracturantes!..
Como dizia o outro: na vida, estamos sempre a iniciar novos fins e a finalizar princípios.
sábado, 1 de julho de 2017
José Duarte Pereira: um presidente que é uma pessoa
Na passada sexta-feira, estive na sessão da Assembleia Municipal.
Tive oportunidade, mais uma vez, de constatar o ser humano de excelência que é José Duarte Pereira, o presidente daquele órgão autárquico.
Não é o melhor, nem o mais competente, presidente de uma Assembleia Municipal, mas exerce o cargo com modéstia, respeito por todos, cordialidade democrática, tem estados de espírito, emociona-se (como aconteceu) e é exigente q.b..
Bastava-me que os políticos fossem assim.
A descredibilização que atinge a política concelhia, não é pontual nem subjectiva.
É um processo evolutivo que ultrapassa as circunstâncias, os partidos e as personalidades.
Radica-se na constatação quotidiana que os políticos figueirenses, seja qual for a sua ideologia, não são capazes de resolver os principais problemas do nosso concelho.
Isto afecta profundamente a democracia na Figueira, quer na forma como as pessoas a avaliam, quer na forma como as pessoas participam nela.
Vamos ver em outubro próximo, via números e percentagem de votantes, o quão frágil está o instrumento a que se pretendeu reduzir a democracia: o voto, as eleições.
Esta fragilização da participação popular, através do voto, a concretizar-se, constituirá um inevitável empobrecimento da democracia figueirense.
É neste contexto, penoso e difícil, que José Duarte Pereira tem desempenhado o melhor que sabe e pode o difícil cargo de Presidente da Assebleia Municipal da Figueira da Foz.
Tive oportunidade, mais uma vez, de constatar o ser humano de excelência que é José Duarte Pereira, o presidente daquele órgão autárquico.
Não é o melhor, nem o mais competente, presidente de uma Assembleia Municipal, mas exerce o cargo com modéstia, respeito por todos, cordialidade democrática, tem estados de espírito, emociona-se (como aconteceu) e é exigente q.b..
Bastava-me que os políticos fossem assim.
A descredibilização que atinge a política concelhia, não é pontual nem subjectiva.
É um processo evolutivo que ultrapassa as circunstâncias, os partidos e as personalidades.
Radica-se na constatação quotidiana que os políticos figueirenses, seja qual for a sua ideologia, não são capazes de resolver os principais problemas do nosso concelho.
Isto afecta profundamente a democracia na Figueira, quer na forma como as pessoas a avaliam, quer na forma como as pessoas participam nela.
Vamos ver em outubro próximo, via números e percentagem de votantes, o quão frágil está o instrumento a que se pretendeu reduzir a democracia: o voto, as eleições.
Esta fragilização da participação popular, através do voto, a concretizar-se, constituirá um inevitável empobrecimento da democracia figueirense.
É neste contexto, penoso e difícil, que José Duarte Pereira tem desempenhado o melhor que sabe e pode o difícil cargo de Presidente da Assebleia Municipal da Figueira da Foz.
Para sossego dos espíritos mais desconfiados...
Foto Beiras |
O tempo que gosto de perder, nunca o considerei tempo perdido.
Depois, sempre fui um homem de esperança.
Por isso, há sempre esperança. Mesmo no meio das ruínas, a reconstrução é sempre possível. Por vezes a única forma de começar de novo é precisamente como está a Figueira: crescer do nada.
Isto é: quando acontece, que absolutamente nada já se tem a perder.
Numa situação destas, das duas uma: ou surge o maior dos desânimos; ou a maior das forças.
Como sou homem de esperança, nunca desanimo...
Como um blogue não é um monólogo, fica o registo do meu gosto pela aprendizagem
"O arquitecto telefona-me em jeito de desabafo: “tu já viste o que fizeram ali na marginal de Buarcos em frente à Muralha? Mais um muro de betão que nos corta a vista e não serve para nada?”.
Tem razão.
A Agência Portuguesa do Ambiente e a Câmara Municipal da Figueira da Foz decidiram que precisamos de reforçar a “muralha de pedra e betão dos anos 80” para proteger a rodovia.
Contrariando qualquer Manual de (bom) Urbanismo, mantêm-se as infraestruturas viárias construídas literalmente em cima da praia. Nada se fez para as substituir por usos pedonais ou recreativos.
Resumo, em 2017, o Estado português insiste em gastar dinheiro em obras áridas, repetindo erros do passado e desprezando o património natural e construído.
Lamentável ainda a falta de ambição do actual executivo na transformação da cidade. O peão, a bicicleta, o lazer saudável continuam a ficar com as nesgas e o que sobra do espaço ocupado pelo sacrossanto automóvel.
Estacionamento, postes de iluminação e um relvado vazio é tudo que existe em frente à “Muralha de Buarcos”.
O modelo espacial de intervenção na frente de Buarcos continua a subestimar a “Fortaleza de Buarcos” que resiste desde 1751, ano em que terminou a sua construção.
Porque não retirar a rodovia e defender a costa com “praia e areia”? Porquê privilegiar a “preguiça automóvel”?
A resposta é simples, há ausência de visão e um enorme comodismo, próprio de quem não anda a pé nem vivencia os espaços.
A oposição política também não existe nem quer andar a pé."
“Betão em força”, uma crónica de João Vaz, consultor de ambiente.
Tem razão.
A Agência Portuguesa do Ambiente e a Câmara Municipal da Figueira da Foz decidiram que precisamos de reforçar a “muralha de pedra e betão dos anos 80” para proteger a rodovia.
Contrariando qualquer Manual de (bom) Urbanismo, mantêm-se as infraestruturas viárias construídas literalmente em cima da praia. Nada se fez para as substituir por usos pedonais ou recreativos.
Resumo, em 2017, o Estado português insiste em gastar dinheiro em obras áridas, repetindo erros do passado e desprezando o património natural e construído.
Lamentável ainda a falta de ambição do actual executivo na transformação da cidade. O peão, a bicicleta, o lazer saudável continuam a ficar com as nesgas e o que sobra do espaço ocupado pelo sacrossanto automóvel.
Estacionamento, postes de iluminação e um relvado vazio é tudo que existe em frente à “Muralha de Buarcos”.
O modelo espacial de intervenção na frente de Buarcos continua a subestimar a “Fortaleza de Buarcos” que resiste desde 1751, ano em que terminou a sua construção.
Porque não retirar a rodovia e defender a costa com “praia e areia”? Porquê privilegiar a “preguiça automóvel”?
A resposta é simples, há ausência de visão e um enorme comodismo, próprio de quem não anda a pé nem vivencia os espaços.
A oposição política também não existe nem quer andar a pé."
“Betão em força”, uma crónica de João Vaz, consultor de ambiente.
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