Foto Clara Gil |
domingo, 18 de junho de 2017
Desolação
Perante isto, o que se pode escrever?
Que estamos espantados, comovidos e com a noção exacta de quanto são frágeis as nossas vidas...
Música na abertura da época balnear
Para assinalar o início da época balnear, ontem, sábado, as oito filarmónicas do concelho levaram música ao areal urbano, a partir das 18H00, entre a Ponte do Galante e a Praia do Relógio, sob o genérico “Unidos musicamos”.
Mais pormenores, aqui.
Mais pormenores, aqui.
sábado, 17 de junho de 2017
Onde está o campo de futebol sintético prometido a Hugo Almeida em 2009?...Nem em ano de altíssimo patrocínio da Nossa Senhora das Eleições Autárquicas!..
Hugo Almeida, como bem se devem recordar, foi mandatário para a juventude da candidatura de João Ataide nas eleições autárquicas de 2009.
O então candidato, e actual edil, assumiu publicamente, perante câmaras de televisão e imprensa nacional, o compromisso de fazer um campo de futebol em Buarcos e baptizá-lo com o nome do jogador internacional, oriundo daquela freguesia, onde iniciou a sua carreira futebolística, ao serviço do extinto Grupo Desportivo de Buarcos.
Passados oito anos, a promessa está por cumprir e a freguesia continua sem qualquer campo de futebol, pois o único que existia, o alegado "proprietário" - a Cimpor, vendeu o terreno para dar lugar à "bela" urbanização Foz Village.
A ANC-Caralhete News apurou que Ataide, José Esteves e Carlos Monteiro pensaram em atribuir o nome do Hugo Almeida ao pseudo centro de alto rendimento na praia!..
Chegaram a abordar o jogador sobre esta possibilidade e este foi pronto na resposta:
- Não! Façam o campo sintético de futebol para os jovens, como prometeram, com ou sem o meu nome.
O jogador, mostrou a sua indignação, e não é para menos.
Haja decência!
A arte da política criativa e montar bem qualquer ilusão, é capaz de tudo!..
Sobretudo, em ano da Nossa Senhora das Eleições Autárquicas.
O então candidato, e actual edil, assumiu publicamente, perante câmaras de televisão e imprensa nacional, o compromisso de fazer um campo de futebol em Buarcos e baptizá-lo com o nome do jogador internacional, oriundo daquela freguesia, onde iniciou a sua carreira futebolística, ao serviço do extinto Grupo Desportivo de Buarcos.
Passados oito anos, a promessa está por cumprir e a freguesia continua sem qualquer campo de futebol, pois o único que existia, o alegado "proprietário" - a Cimpor, vendeu o terreno para dar lugar à "bela" urbanização Foz Village.
A ANC-Caralhete News apurou que Ataide, José Esteves e Carlos Monteiro pensaram em atribuir o nome do Hugo Almeida ao pseudo centro de alto rendimento na praia!..
Chegaram a abordar o jogador sobre esta possibilidade e este foi pronto na resposta:
- Não! Façam o campo sintético de futebol para os jovens, como prometeram, com ou sem o meu nome.
O jogador, mostrou a sua indignação, e não é para menos.
Haja decência!
A arte da política criativa e montar bem qualquer ilusão, é capaz de tudo!..
Sobretudo, em ano da Nossa Senhora das Eleições Autárquicas.
sexta-feira, 16 de junho de 2017
Popular
A meu ver, para entender a cultura popular é preciso estar na rua.
É na rua que desponta e é lá que ela acaba por desaguar.
Há sempre um momento em que alguém faz confluir numa tendência, inicialmente marginal, um conjunto de vontades onde se aglutinam valores éticos e estéticos que se manifestam desde a moda à música, passando pela forma de relação pessoal, inter-pessoal, e relação com a cultura pré-existente, enfim, o que nos rodeia.
Simplificando: de repente, algo que não estava presente no colectivo passa a estar. E cresce.
Quim Barreiros, de quem nem sequer sou fã, é um bom exemplo: cresceu. Hoje, é gigante, vê-se ao longe. Dia após dia, mês após mês, ano após ano, em passinhos pequeninos foi-se entranhando, ganhou visibilidade e dimensão popular. Já chegou onde queria: ao elogio dos vivos que gostam da vidinha do quotidiano do cidadão comum, isto é, da rua.
Esta vida vivida pelo cidadão que sabe o que falta e está atento. Esta vida feita de gente porosa, permeável, que faz o que nunca se fez antes, pelo menos, nunca daquela forma. Da forma que responde à necessidade daquele momento. Parte da cultura popular é o momento. Numa palavra: pulsação.
Para quem, como eu, sempre teve relação apaixonada com o fado, hoje, é quase preferível nem o ouvir, para não ter que escutar o que se fez desde que ganhou estatuto e, socialmente falando, foi revalorizado - isto é, reabilitado.
Há muito fado dentro do fado.
O meu fado é o transgressor. É o fado das frases longas inventadas por Alain Oulman para os poetas que Amália cantou.
A Camané, que pena, ao excelente Camané, falta-lhe um Oulman...
"As tasquinhas" merecem uma localização condigna...
A Feira das Freguesias é um evento sempre aguardado com expectativa pelos figueirenses.
Durante vários anos realizou-se na Praça da Europa. Entretanto, fecharam-no no Multiusus e ficou a perder: a nível de som é a desgraça completa e quando coincide com dias quentes, torna-se insuportável.
Como faz parte das Festas da Cidade da Figueira da Foz, que celebram o S. João e duram um mês, "as tasquinhas", como era conhecido este evento gastronómico, merecem um local apropriado. Ei-lo. Mesas já há. Bancos também. O resto compõe-se...
Para quem não consiga perceber a importância de um executivo, de maioria absoluta socialista, quase há oito anos no poder na Figueira da Foz, aqui está um bom exemplo da criação e manutenção de espaços públicos ao serviço das populações. Um parque de merendas, instalado em plena Praia outrora da Claridade, agora transformada em praia da calamidade. Assim, sempre ficava desobrigado de cumprir a promessa de um dia levar uma bucha e um garrafão de 5 litros para fazer ali um piquenique.
O certame que junta a gastronomia, as colectividades e a animação que elas levam ao pavilhão do parque das Gaivotas começou no passado dia 14.
No primeiro turno, que se prolonga até domingo, participam Alqueidão, Bom Sucesso, Ferreira-a-Nova, Lavos, Paião, Quiaios e São Pedro.
Na segunda parte, de 28 de junho a 2 de julho, marcam presença Alhadas, Buarcos e São Julião, Maiorca, Marinha das Ondas, Moinhos da Gândara, Tavarede e Vila Verde. As iguarias e a animação de cada freguesia têm lugar reservado das 19H00 à 01H00, com entrada livre.
Durante vários anos realizou-se na Praça da Europa. Entretanto, fecharam-no no Multiusus e ficou a perder: a nível de som é a desgraça completa e quando coincide com dias quentes, torna-se insuportável.
Como faz parte das Festas da Cidade da Figueira da Foz, que celebram o S. João e duram um mês, "as tasquinhas", como era conhecido este evento gastronómico, merecem um local apropriado. Ei-lo. Mesas já há. Bancos também. O resto compõe-se...
Para quem não consiga perceber a importância de um executivo, de maioria absoluta socialista, quase há oito anos no poder na Figueira da Foz, aqui está um bom exemplo da criação e manutenção de espaços públicos ao serviço das populações. Um parque de merendas, instalado em plena Praia outrora da Claridade, agora transformada em praia da calamidade. Assim, sempre ficava desobrigado de cumprir a promessa de um dia levar uma bucha e um garrafão de 5 litros para fazer ali um piquenique.
O certame que junta a gastronomia, as colectividades e a animação que elas levam ao pavilhão do parque das Gaivotas começou no passado dia 14.
No primeiro turno, que se prolonga até domingo, participam Alqueidão, Bom Sucesso, Ferreira-a-Nova, Lavos, Paião, Quiaios e São Pedro.
Na segunda parte, de 28 de junho a 2 de julho, marcam presença Alhadas, Buarcos e São Julião, Maiorca, Marinha das Ondas, Moinhos da Gândara, Tavarede e Vila Verde. As iguarias e a animação de cada freguesia têm lugar reservado das 19H00 à 01H00, com entrada livre.
As crises são para enfrentar...
"Podemos estar enfrentando uma crise de ideologias, mas nunca de ideais, de lutar por justiça social. Povos oprimidos, pessoas perseguidas, todos os géneros de ditadura são terríveis, de direita ou de esquerda." (Ernesto Sabato)
Porém,
"Tenho uma riqueza que não pode ser roubada, que nunca poderei gastar toda, que não pode ser afectada pelas crises económicas e quedas de títulos: essa riqueza é a minha alegria de viver." (Napoleon Hill)
quinta-feira, 15 de junho de 2017
Segundo o PSD/Figueira, o Presidente da Câmara da Figueira não gosta de festas fora da cidade...
O Partido Social Democrata da Figueira da Foz, em nota de imprensa, acusa o presidente da Câmara Municipal local de aniquilar os eventos promovidos por outras entidades fora da sede do concelho.
No mesmo documento, a que tivemos acesso, o PSD lembra que “ao contrário do que tem acontecido desde o seu início, este ano a Feira das Freguesias decorre com 1ª fase antes do S. João, e outra depois”.
Com a 1ª fase a iniciar-se no dia 14, há uma sobreposição de datas e incompatibilidade com outro evento que tem ganho grande relevância no concelho, o Street Food Fest, que decorre na Praia de Quiaios a partir do dia 16 de junho. O Street Food Fest, que vai para a sua 3ª edição, tem levado milhares de pessoas à Praia de Quiaios no fim de semana em que decorre, lamentam os sociais democratas.
Ainda de harmonia com o comunicado do PSD, acresce a esta incompatibilidade de datas a participação da Freguesia de Quiaios na Feira das Freguesias durante a 1ª fase, logo, durante o evento na sua própria freguesia.
Já no ano passado, houve uma sobreposição de datas com o concerto de Anselmo Ralph na Praça do Forte e com Os Azeitonas na Findagrim, em Maiorca, o que acabou por correr muito mal para o evento promovido pela Câmara e para todos os Figueirenses, pois todos acabamos por suportar um concerto promovido por um privado em milhares de euros, recorda o PSD.
Por tudo isto, “a Comissão Política do PSD repudia aquilo que parece ser uma tentativa por parte do Presidente da Câmara Municipal de aniquilar todos os eventos que tenham relevância fora da cidade, mais uma vez demonstrando o seu desprezo pelas freguesias e por aqueles que com o seu voluntarismo dão o seu melhor pela Figueira da Foz”.
No mesmo documento, a que tivemos acesso, o PSD lembra que “ao contrário do que tem acontecido desde o seu início, este ano a Feira das Freguesias decorre com 1ª fase antes do S. João, e outra depois”.
Com a 1ª fase a iniciar-se no dia 14, há uma sobreposição de datas e incompatibilidade com outro evento que tem ganho grande relevância no concelho, o Street Food Fest, que decorre na Praia de Quiaios a partir do dia 16 de junho. O Street Food Fest, que vai para a sua 3ª edição, tem levado milhares de pessoas à Praia de Quiaios no fim de semana em que decorre, lamentam os sociais democratas.
Ainda de harmonia com o comunicado do PSD, acresce a esta incompatibilidade de datas a participação da Freguesia de Quiaios na Feira das Freguesias durante a 1ª fase, logo, durante o evento na sua própria freguesia.
Já no ano passado, houve uma sobreposição de datas com o concerto de Anselmo Ralph na Praça do Forte e com Os Azeitonas na Findagrim, em Maiorca, o que acabou por correr muito mal para o evento promovido pela Câmara e para todos os Figueirenses, pois todos acabamos por suportar um concerto promovido por um privado em milhares de euros, recorda o PSD.
Por tudo isto, “a Comissão Política do PSD repudia aquilo que parece ser uma tentativa por parte do Presidente da Câmara Municipal de aniquilar todos os eventos que tenham relevância fora da cidade, mais uma vez demonstrando o seu desprezo pelas freguesias e por aqueles que com o seu voluntarismo dão o seu melhor pela Figueira da Foz”.
O poder político figueirense e os jornalistas
Todos sabemos das debilidades que existem em Portugal para exercer a nobre profissão de jornalista.
Se no País, em geral, é assim, na Figueira, em particular, as dificuldades acrescem.
Todos sabemos do enfado com que, certos políticos figueirenses, respondem (quando respondem...) aos jornalistas.
Chegam mesmo a considerar algumas perguntas ofensivas.
Claro que não é assim...
As coisas são simples: jornalista pergunta. Político responde.
É assim numa cidade civilizada.
Qualquer político que não aceite esta regra, tão simples e elementar, jamais deveria sair do gabinete...
Se no País, em geral, é assim, na Figueira, em particular, as dificuldades acrescem.
Todos sabemos do enfado com que, certos políticos figueirenses, respondem (quando respondem...) aos jornalistas.
Chegam mesmo a considerar algumas perguntas ofensivas.
Claro que não é assim...
As coisas são simples: jornalista pergunta. Político responde.
É assim numa cidade civilizada.
Qualquer político que não aceite esta regra, tão simples e elementar, jamais deveria sair do gabinete...
Pensava que quem manda na Figueira, ao menos, soubesse o que é bom senso!...
"Será que alguém me diz que isto é a brincar...
Depois de uma praia ser considerada com águas impróprias para banhos é la que se vão realizar os banhos santos?
Numa festa da cidade onde se deve oferecer o melhor oferecer o que a cidade tem de pior e que é noticia em todo o país...sinceramente sem palavras."
Via Paulo Rocha
A vergonha (neste caso, a falta dela!..)
"Passos Coelho sempre teve o mesmo programa político: tirar aos pobres para dar aos ricos, aos trabalhadores para dar aos patrões e ao estado para entregar a quem calhou.
Quando acabou a sua governação, a maioria dos portugueses estava muito mais pobre e o estado perdera a EDP, a REN, os CTT, a ANA e a TAP.
Peço desculpa se alguma privatização me escapou, mas estes exemplos são suficientes para calcular a dimensão do esbulho e do prejuízo causado pelo governo de Passos Coelho ao país. Tirando a TAP, cuja privatização o actual governo do PS reduziu para menos de 50%, todas as outras empresas eram rentáveis e davam dividendos ao estado. Agora dão aos chineses (EDP e REN), franceses (ANA) e outros accionistas.
Vem isto a propósito das declarações de Passos criticando a nomeação de um administrador para a TAP, empresa que vendeu na véspera de deixar o governo, quando já tinha perdido as eleições que deram a vitória aos partidos de esquerda e tinha sido demitido. Que falta de vergonha!"
quarta-feira, 14 de junho de 2017
Errar é humano. Contudo, quando a borracha se gasta mais do que o lápis, é exagero. É o que tem acontecido na Figueira...
Reabilitar, uma crónica de Daniel Santos...
"... Os erros pagam-se e daí a necessidade de prever programas que os compensem. Reabilitar, sim, é preciso. Para arrendar? Vamos ver, é preciso fazer bem as contas.
O programa pressupõe colocar no mercado de arrendamento mais disponibilidade. Mas para que utilizadores, atendendo a que a Figueira perde população? Mais precisamente 2,75% entre 2011 e 2015. Programas de reabilitação sim, são bem-vindos, mas antes é imperioso reverter essa tendência. Para isso, o município tem que dar prioridade à criação de emprego, assegurando que a prometida diplomacia económica tenha efeito no concelho."
"... Os erros pagam-se e daí a necessidade de prever programas que os compensem. Reabilitar, sim, é preciso. Para arrendar? Vamos ver, é preciso fazer bem as contas.
O programa pressupõe colocar no mercado de arrendamento mais disponibilidade. Mas para que utilizadores, atendendo a que a Figueira perde população? Mais precisamente 2,75% entre 2011 e 2015. Programas de reabilitação sim, são bem-vindos, mas antes é imperioso reverter essa tendência. Para isso, o município tem que dar prioridade à criação de emprego, assegurando que a prometida diplomacia económica tenha efeito no concelho."
Sábado há filarmónicas no areal urbano
As memórias da minha infância tem-me acompanhado pela vida.
Fazem parte de mim e têm sido minhas eternas companheiras.
Interiorizei-as de tal modo que cresci com elas, descobrindo-lhes a verdadeira importância à medida que me ia descobrindo a mim próprio.
Fui um na infância e adolescência. Outro, bem diferente, nos dias de hoje...
Uma coisa, porém, permaneceu durante estes anos todos: o encanto pelas bandas filarmónicas. Que não se deve, apenas, à música que tocam.
As bandas filarmónicas, representam, a meu ver, a associação perfeita entre o som e uma coreografia muito própria que cria uma empatia enorme com aqueles que presenciam este espectáculo.
Fico completamente absorto... Absorvo e fico imerso em pensamentos, alheio ao resto que me rodeia. Mais do que absorto, fico mesmo extasiado e enlevado.
Confesso que fiquei assim, por ter lido que para assinalar o início da época balnear, no sábado, as oito filarmónicas do concelho levam música ao areal urbano, a partir das 18H00, entre a Ponte do Galante e a Praia do Relógio, sob o genérico “Unidos musicamos”. Participam no espectáculo 400 músicos.
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